Capítulo 42
Flávia narrando
Assim que eu escutei a porta de casa batendo, sentei na cama.
Esperei alguns minutos pra ter certeza que o Digão tinha saído e logo levantei, procurando ele pela casa, é... ele realmente tinha saído.
Voltei pra meu quarto e peguei o celular que tava em cima do criado mudo, disquei o número e fiquei esperando atender.
Ligação on
— A... — interrompi.
— O Digão já saiu, vem logo — disparei de uma vez
Ligação off
Desliguei sem esperar resposta nenhuma.
Eu já tinha dito a ele, que bastava eu chamar pra ele vim.
Mas só viesse quando eu chamasse.
Eu não sei o que anda acontecendo comigo.
Nunca precisei dessas coisas, o meu marido sempre foi o suficiente pra mim, mas desde o dia que ele me encontrou bêbada e me trouxe pra casa em um dos dias que o Digão dormiu na boca, eu tô com ele.
Flashback on
— Mais uma — gritei pra o garçom do bar enquanto balançava a garrafa de cerveja.
— Miga, cê tá animada hein — Cláudia disse rindo e bebeu um gole da cerveja dela
O garçom assentiu pra mim e eu abaixei meu braço, olhando pra Cláudia em seguida.
— Meu marido vai dormir na boca — Sorri
— Ih menina, tem certeza que é na boca mesmo? — ela perguntou rindo e deixou o copo da cerveja dela em cima da mesa
— Tenho — pisquei — Ele não dorme com nenhuma amante dele não, pelo menos isso — Suspirei.
Fiquei toda muxoxa de verdade sabe, falar dessas parada me deixa assim.
Cláudia percebeu e segurou a minha mão com um sorriso.
— Fica assim não fia, eu voltei pra nós meter o louco — Deu um leve aperto na minha mão.
Soltei uma risada anasalada e balancei minha cabeça em negativo.
Cláudia nunca perdeu essa mania doida dela, essa de querer viver cada dia como se fosse o último.
— Eu sou casada hein — ri
O garçom de aproximou com a garrafa de cerveja.
Depois que eu enchi meu copo e bebi um gole longo, eu encarei ela com a testa franzida.
— Casada, mas não morta — deu de ombros e bebeu um gole longo do copo dela — Tu mesmo não disse que teu bofe coloca enfeite também mona? só acho que tu tem que pagar na mesma moeda — colocou o copo dela em cima da mesa e voltou a me encarar.
Eu engasguei com a cerveja e comecei a tossir.
Eu não, nunca quis trair o Digão, nunca.
Ele sempre foi o suficiente pra mim, sinceramente não sei o que passa na cabeça da Claudia as vezes.
— Não — balancei minha cabeça em negativo — Tá viajando Cláudia? eu amo o meu homem, amo o Digão e ele é o único na minha vida — Falei séria.
Ela levantou as mãos em rendição.
— Se você diz.
Balancei a cabeça e voltei a tomar a cerveja, dessa vez calada.
Não é porque o Digão faz coisas comigo, que eu vou pagar a ele na mesma moeda, não mesmo.
Eu amo ele, e eu sei que um dia ele vai mudar.
Ele vai ser outro sim, eu sei.
Sem contar que apenas ele me toca, me beija e faz amor comigo, apenas ele sabe me fazer sentir como eu me sinto.
Despertei dos meus pensamentos quando a Cláudia levantou da cadeira.
— Pietro — gritou animada
Olhei na direção que ela tava gritando e olhando.
Era aquele médico.
O do postinho.
Agora quer eu tinha reparado o quanto que ele era bonito.
Cara, ele é bonito, bonito mesmo.
— Ei Cacau — ele disse animado e abraçou ela.
Arqueei a sobrancelha encarando eles dois.
💭aposto que a safada já pegou 💭
— Vem cá, deixa eu te apresentar — puxou o braço dele — Essa aqui é a Flávia minha amiga — apontou pra mim.
Nossos olhares se cruzaram na mesma hora.
Abri um sorriso e acenei pra ele que tava me encarando com os olhos arregalados.
— Eu... eu já conheço ela — falou meio nervoso.
Eu sorri de lado e Claudia me olhou com um sorriso malicioso.
— Ah é — ela disse ainda mais maliciosa.
— Ele me atendeu uma vez no postinho, quando... ahn... quando eu machuquei meu punho — mordi a ponta do meu lábio.
— E outra vez quando for fazer o exame né — ele disse
Assenti.
— Ahhh, então vocês se conhecem mesmo... — Cláudia abriu mais o sorriso dela — Senta aí com a gente, vamo tomar uma — apontou pra cadeira do meu lado.
— Posso? — perguntou a mim.
💭ue bofe, eu mando em tu? 💭
— Pode — dei de ombros
Ele deu a volta na mesa e sentou do meu lado.
Claudinha fez sinal pra o garçom trazer mais um copo.
Depois que o copo chegou, começamos a beber e conversar coisas aleatórias... bom, até eu ter uma curiosidade.
— De onde se conhecem? — perguntei antes de dar mais um gole na cerveja
Eles dois se olharam e bom, o sorriso da Cacau meio que se desfez.
— Ele é o primo de uma amiga — Agora sorriu fraco.
Minha ficha caiu na mesma hora.
Afinal, a Cláudia só tem aquela lá como amiga, ela e as cachorrinha dela que moram lá na Rocinha.
— Ah... a bailarina — falei com todo meu nojo por ela.
Mona tá ligada, ela sabe.
Tô no rastro dela já faz tempo já.
Já peguei ela comendo meu Digão com os olhos não sei quantas vezes, sem contar que aquela puta da Anabel serve pra alguma coisa, me passou que já viu o Digão no rastro dela.
Só basta eu ver, assim como já vi ele com a Anabel, se um dia eu ver ele com essa bailarina, ela pode ter certeza que vai entrar na minha reta.
— É... A Clari — ele sorriu e me encarou.
Não pow, eu não posso nem falar com esse aí não.
Se é primo daquela lá, deve não prestar igual a ela.
💭puta do caralho 💭
— Hum — falei sem emoção nenhuma
Eu ficava encarando aquele doutorzinho, enquanto ele puxava assunto comigo e com a Flávia direto.
Eles tavam agora conversando sobre a apresentação que ela vai fazer no ano novo, enquanto ele disse que ia romper com a família, um assunto... chato, bem chato.
•••••
Já tinha perdido as contas de quantas tinha bebido, e eles também.
Até que o doutor é gente boa.
— Ih... Vai se foder — Claudinha disse olhando pra o celular.
Eu e o Pietro paramos de conversar e encaramos ela.
— Que foi more? — franzi a testa
— Neto... puta que pariu, esse encosto não desgruda não? — fez uma careta
— Neto... Neto é aquele traficante né? — Pietro perguntou coçando a nuca
— É... melhor amigo do Digão... nenhum dos dois presta — falei rindo e bebi mais um gole da vodca que eu tinha pedido.
Cláudia riu e o Pietro ficou me encarando sério, mas não falou nada.
Qual é, quando eu bebo fico assim mesmo.
Acabo soltando umas coisas que eu não devia.
— Eu preciso mesmo ir — ela levantou emburrada — Ele tá me devendo umas coisas e eu preciso desse dinheiro — Guardou o celular dentro da bolsa.
A Cláudia puxou a carteira dela, mas eu resmunguei pra ela parar.
— Precisa não miga, eu pago aqui — pisquei.
— Não mona, eu vim e eu pago — falou firme.
Segurei a mão dela e encarei ela séria.
— Na próxima tu paga bebê, essa fica por minha conta já que eu não vou nem tão cedo pra casa — Dou de ombros.
Ela suspirou
— Então beleza, mas da próxima eu pago viu
Assenti rindo.
Cláudia beijou a minha bochecha e a de Pietro se despedindo e saiu correndo do bar.
— Ela é bem doida né não? — Pietro perguntou rindo.
Eu deixei o copo em cima da mesa e olhei pra ele rindo.
— Cláudia é a pessoa mais doida que eu já conheci na minha vida.
Ele riu e puxou o copo dele pra o ar.
— E tu? vai que horas? — arqueou a sobrancelha
— Hoje... eu nem sei, talvez eu esteja afogando as mágoas — Sorri fraco.
— Então... vamos dar virote juntos — bateu no meu copo.
••
— Shii, vai que teu marido esteja em casa — Ele disse sussurrando e rindo.
Eu gargalhei e empurrei a porta pra gente entrar.
— Impossível, ele tá na boca — falei com desdém e puxei o braço dele.
Liguei a luz da sala e sai puxando o Pietro pra o sofá, assim que fechei a porta atrás de mim.
Acabei me sentando no colo dele, quando caímos no sofá.
— É... acho que eu tenho que... ir pra casa — ele disse meio embolado e rindo.
— Tem? — perguntei confusa.
Ele assentiu e segurou minha cintura.
— Eu tenho — sussurrou.
— Meu marido... ahn, o Digão não tá em casa — olhei pra boca dele — Eu... eu não quero ficar sozinha — rebolei
Pietro arfou e segurou com força a minha cintura.
— Não mesmo? — arqueou a sobrancelha
— Não mesmo — Falei firme.
Pietro segurou minha nuca com força e chocou nossos lábios, em um beijo selvagem, um beijo que fazia tempo que eu não tinha recebido.
Flashback off
Escutei a batida na porta e levantei do sofá.
Pelo jeito que tinham batido, eu já sabia quem era.
Abri a porta sorrindo e deixei ele entrar.
— Demorou em — fiz careta
Tranquei a porta na mesma hora e ele sentou no sofá.
— Eu tava de plantão — deu de ombros.
Sentei no colo dele e segurei seu rosto.
— Porque tu não disse?
— Tu deixou Flávia? — arqueou a sobrancelha
Eu ri baixinho e balancei minha cabeça em negativo.
— Eu... eu não tô me sentindo muito bem não — Fiz uma careta.
Pietro levou sua mão até minha testa
— Tu tá com febre — suspirou — Como teu marido te deixa em casa sozinha assim? — perguntou sério.
Eu não sei, me encantei aquele jeito dele sabe.
Sempre preocupado e cuidando de mim, e por mais que eu ame muito o Digão, mas eu gosto do jeito que o Pietro cuida tão bem de mim em tão pouco tempo.
— A gente pode ir assistir lá no quarto o que tu acha? eu tô com muito frio — me aconcheguei mais nos braços dele.
— Romper ano abraçado com tu? assistindo TV? — Ele franziu a testa.
Eu assenti
— Tu sabe que eu gosto de ficar assim — Fiz bico.
— Eu não devia Flávia... tu é casada com o dono dessa porra toda, se aquele cara souber ele vai me matar véi... na moral, eu não quero ser só teu brinquedo não — ele disse sério
— Para de pensar... por favor, só fica comigo? — Arqueei a sobrancelha.
Ele ficou em silêncio por algum tempo, sei lá, parecia tá pensando nas coisas.
Às vezes ele fica assim mesmo, em silêncio.
Principalmente quando a gente tá junto.
Eu não quero mesmo que ele se apaixone não, o lance com ele é sexo só isso.
Mas porra, eu não quero o mal dele de jeito nenhum.
Eu amo o Digão, mas o Pietro é alguém que me faz bem, de verdade.
— Vem — me pegou no colo e subiu a escada, indo em direção ao meu quarto.
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Oi amores 😚 Olha aí como a Flávia rompeu o ano muito bem kkk
Ficou meio bosta, mas eu att em
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Aguardem os próximos capítulos
kisses
MENINAAAS, hoje eu postei uma fic jikook, as meninas do kpop vão saber quem é...
M
as pra lê-la não é obrigado está dentro do kpop, já que eles são pessoas normais na fic. kkk grito com essa descrição.
Espero que quem acompanhar goste, e sim é um romance gay... por essa vocês não estavam esperando de mim hein kk
se puderem ir lá me dar uma forcinha ficarei bem happy
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