Capítulo 39
Vamos começar com uma conversa?
então... tenho acompanhado os comentários nos capítulos da Clarissa, e sinceramente eu parei pra analisar.
A visão patriarcal está tão fixa na sociedade que muitas coisas estão presas nas nossas cabeças e eu acho realmente engraçado...
Sinceramente, eu não vejo problema em Clarissa está com o Digão, afinal, quem é casado é ele.
Sinceramente, temos que abrir mais a cabeça.
Acho que ela ter uma relação com ele não a faz menos mulher ou uma pessoa que se desvaloriza, a Flávia sim, se rebaixa.
Estamos falando de um homem que claramente fica em cima do muro por está acostumado a vida que tem, uma mulher que não entende que o marido não a quer, não a ama e não a respeita, e uma mulher solteira, independente que sim, está fazendo uma péssima escolha em ficar com alguém casado e tão complicado quanto ele... mas gente, querendo ou não o bichinho da paixão já pegou esse povo e amor é uma coisa que não se explica... enfim mais paz kk
só vim falar mesmo pelo tanto de julgamento que eu tô vendo minha personagem sofrendo, mas vida que segue, respeito suas opiniões.
Boa Leitura meus amores 😚
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"Você não sabe com quem tá se metendo não (...) que eu te faço delirar, provou que vai querer de novo mas não deixou rastro (...) Quanto mais você se assanha eu vi que te ganhei na manha, vou embora mas não estranha é que eu não sou novela por favor não me acompanha"
— não sou novela, Marília Mendonça
Rodrigo narrando
Eu tava na beca total.
Cordão de ouro no pescoço, só no porte do movimento.
Tava todo trajado de branco, acredito nessas parada toda aí de boa sorte e o caralho a quatro.
Dei aquele grau no cabelo e sai do banheiro.
Encontrei a problemática toda enrolada nos lençol.
— Ue Flávia... tá pronta não porra? — já disparei — Vai me atrasar é? — franzi a testa.
Te falar, sei nem porque ainda tô com a Flávia.
Tá sufocando já meu parceiro.
— Eu... — ela tossiu — Não tô me sentindo bem não — Choramingou e se encolheu toda no colchão.
Fiquei olhando pra ela.
Cocei minha nuca vendo ela tremer de frio e me aproximei da cama.
Toquei no pescoço dela e vi que tava quente, mais quente que o inferno.
— Tu tá doente mermo hein — fiz uma careta.
Ela tossiu de novo e apertou mais o lençol.
— Eu... não vai dar pra eu ir pra festa não — Disse manhosa
— Tu sabe que eu tenho que ir Flávia — Estalei minha língua e soltei um suspiro pesado.
Era só essa que me faltava né porra... tenho a comunidade toda pra tá de olho, lucrar hoje e essa porra inventa de adoecer agora.
💭 se foder porra💭
— Eu... eu não pedi... — tossiu — eu não pedi pra você ficar Digão — disse firme.
— Então pronto... depois eu mando aquela tua amiga lá, a professora vim te dar umas olhada — dei de ombros
— Não — se exaltou e eu franzi a minha testa
— Que foi em Flávia? — Desconfiei.
— Não precisa você incomodar a Cláudia com isso né, ela deve querer aproveitar lá com a amiga dela — falou com desdém, acho que tava falando da Clarissa — Sem contar que ela vai se apresentar... — tossiu — Deixa, eu me viro por aqui — Respondeu com um meio sorriso.
Assenti ainda com um pé pra trás com aquela onda dela, mas nem dei mais papo.
Eu tava mesmo querendo ficar longe das neurose dessa aí... aproveitar essa virada no estilo mó véi, só na putaria solta.
— Vou lá então... feliz ano novo parceira — Fiz um toque com ela.
Ela sorriu e segurou meu pescoço.
— Feliz ano novo meu gostoso — Me deu um selinho.
Me afastei dela e sai do quarto, deixando ela lá.
Assim que passei pela mesa da sala, peguei chave da moto, celular e a pistola.
Sai de casa já arrastando a moto pra praça.
Seguinte, tinha feito tudo na responsa mermo tá ligado, que é pra morador me ver como o papai Noel mermo mané.
Neto tinha feito um esquema pra jogar os fogos no céu.
Tinha um palco lá que esquematizaram, aonde ia ter os shows.
Te falar... eu tava mermo era querendo ver o show que ela ia dar.
Já cheguei buzinando pra os aliado fortalecer.
Assim que desci, ouvi o show dos tiros que os vapor tava dando pra o alto e morador tudo na muvuca.
Entrei no meio da escolta que tavam fazendo pra mim e fui pra o camarote que tinham improvisado por ali.
— Fala meu parceiro — Neto veio animado pra meu lado.
Ele tava com o braço no pescoço de uma novinha.
— Iai meu parceiro — fizemos toque
Olhei pra baixo aonde os moradores tavam perto do palco, uns dançando com a música que tava no paredão de som.
— Iai... ela tá por aí não? — franzi a testa ainda olhando pra baixo.
— Monique... vai atrás da tua amiguinha ali vai — Apontou pra algum canto.
A novinha revirou os olhos, mas saiu sem falar nada.
Neto sorriu e deu um soco no meu ombro.
— Se tu falar assim parceiro... vou achar que tu tá ficando de quatro pela novinha — Debochou e eu revirei meus olhos
— Quem fica de quatro é ela — sorri malicioso lembrando dela na posição — E quem ama ela é meu pau — bati no ombro dele.
Neto gargalhou balançando a cabeça e eu acompanhei meu amigo.
— Cadê a patroa? — perguntou quando parou de rir
Passei a mão pelo meu cabelo e apontei pra um cara que tava vendendo umas bebidas lá.
— Traz alguma coisa forte — Dei de ombros.
Ele assentiu e se afastou, depois voltou com duas doses de alguma coisa.
— Vodca — Me entregou o copo.
Bebi um gole longo daquela bebida e soltei o ar do pulmão.
Te falar que as neurose tá batendo forte esses últimos dias.
Aliás, desde que aquela demonia entrou na mente.
Porra, as parada saíram do controle demais véi, ela tá no sistema ladrão e eu... puta que pariu, sei reagir essas paradas não véi.
— A ruiva ficou em casa — Falei depois que a bebida queimou minha garganta — Tava se sentindo bem não — fiz uma careta e bebi mais um gole.
— Tu deixou tua mulher sozinha em casa vacilão? — ele me deu um tapa e depois bebeu um gole do copo dele.
— Eu preciso lucrar ladrão — respondi como se fosse óbvio — sem contar que ela tava pouco se fodendo se eu tava em casa ou não — dei de ombros
— Te falar uma coisa... eu ainda não entendi essa de vocês ficarem juntos — Ele balançou a cabeça e riu — Tá na cara que não se suportam mais, mano na fé — segurou meu ombro — Caça teu rumo parceiro, caça teu rumo — bebeu o resto da bebida do copo dele.
Balancei minha cabeça e bebi o resto da minha vodca.
Papo torto esse aí dele, na fé... nunca pensei em largar da Flávia não.
Sem contar que esse papo dela não me suportar é tudo idéia torta, visão errada mermo.
💭mulher só falta fazer uma macumba pra ter um filho meu 💭
Fiquei conversando com ele algum tempo, até ele dizer que ia iniciar o show e saiu daquele camarote.
Me estiquei na cadeira que eu tava, vi os aliados tudo dando suporte ao movimento.
Morador trajado de tudo que era cor, parecia mais carnaval do que réveillon.
— Tá gostoso — Sussurrou em meu ouvido.
Revirei meus olhos assim que me toquei de quem era a voz.
Anabel veio pra meu colo e rodou um braço em meu pescoço.
— Cadê a chata? — perguntou com deboche.
— Que chata parceira? — levantei a sobrancelha
Ela passou as unhas dela na minha nuca.
— Tua mulher — fez careta de nojo.
— Anabel na fé....vai tomar no cu — falei sério e levantei com tudo, fazendo ela cair no chão.
Passar a visão... enquanto eu tava longe dessa aí eu até que tinha paz.
Já peguei ela se estranhando pra o lado da moreninha dia desse, alegando que eu era homem dela.
Passei a mão pelo meu rosto e olhei pra o meio do povão, comunidade toda animada e eu queria isso mermo.
— Fala comunidade — ouvi a voz do Neto e olhei pra o palco.
Viado tava todo na pinta, sorrindo grande.
Morador deu chuva de assobio pra ele e eu ri.
— Sabe que a galera do movimento representa né não? Patrão mandou fazer resenha nesse ano novo... FELIZ ANO NOVO PORRA — gritou.
Os morador tudo gritaram enquanto os vapor ergueram os fuzil pra o ar.
— Então... galera da escolinha de dança do morro fez uma parada aí... vamo aplaudir o grupo de passinho da professora Cláudia — fez um sinal com a mão e gritou um gostosa antes de descer do palco.
Morador gritou enquanto ela entrava com as pestes pra o palco.
Eu fiquei olhando pra o Neto babando na gostosa lá.
A mina chegou aqui já conhecendo todo mundo, até ele.
Ele passou a visão, disse que já tinha pego, mas que nem ele e nem a novinha é flor que se cheire, então não acabou muito bem não.
Falar nessas paradas faz eu lembrar logo dela véi, tô dizendo.... parece uma bruxa que entra na mente do cara e me deixa cheio das neurose brava.
A professora tava lá no palco, mandando passinho com os moleque que ela dá aula.
É até bom essa parada aí... tem que saber fazer as paradas mermo que ela cobra caro pra porra.
Tava tocando várias músicas de funk enquanto a mina dava show lá no palco.
Vaporzinho passou por mim e eu segurei no ombro do moleque.
Quando olhou pra mim começou a tremer, sério, tremer mais que vara verde.
— Que foi moleque? tá devendo? — franzi a testa.
— Na-não c-chefe — gaguejou
Fiquei olhando pra cara dele, ele tava devendo alguma sim.
Mas hoje é ano novo e eu não vou pipocar cara de ninguém não.
Soltei o moleque ainda meio cabreiro e cocei minha barba.
— Passa aí um beck
Ele assentiu e mexeu nos bolso.
Depois que achou a parada, me entregou e saiu voando do camarote.
Ia deixar essa parada pra depois.
Voltei minha atenção pra o palco, a mina já tava acabando lá.
Comunidade aplaudiu ela e os pirralho quando ela terminou.
Mina deu show mermo moleque.
Acendi o beck e botei fumaça pra subir.
Neto subiu no palco de novo, todo animado.
— Vocês tão gostando? — galera gritou — Agora vamo ter a turma da professora Clarissa — Ele disse animado.
Soltei a fumaça que tinha prendido e agarrei a grade, olhando lá pra baixo.
Uma música besta começou a tocar, aquelas que dá vontade de dormir na mesma hora.
Fiquei olhando lá pra baixo enquanto Neto descia do palco de novo e sumiu pelo canto que aquela outra lá sumiu com os moleque.
Olhei pra o palco na mesma hora que vi o primeiro rodopio.
Ela tinha entrado.
Entrou sozinha, girando que nem uma pena.
Depois um grupo de pirralha entrou e elas começaram a dançar.
As gurias giravam ao redor dela enquanto ela ficava na ponta do pé lá, fazendo as paradas.
Prendi a porra da fumaça e depois soltei, com meus olhos presos nela.
💭essa porra tinha mesmo que dançar assim? 💭
A roupa toda colada, e porra... a doida fica mais gostosa ainda com essa roupa de bailarina véi.
Eu parecia tá hipnotizado meu irmão.
Tô dizendo que ela é bruxa... qualquer movimento que ela fazia me prendia mais aquela apresentação dela.
Me toquei quando a música tava perdendo o ritmo e ela começou a acelerar os movimentos dela.
Eu não tava mais nem ligando pra aquele bando de pirralha, pra mim só tinha eu e ela ali, não tinha morador, não tinha nada, além de eu e ela.
Ela fez um passe final quando a música deu um toque deprimente e parou.
Mesmo de longe dava pra ver que a respiração dela tava ofegante.
Só quando ouvi a zoada que os morador tavam fazendo eu me acordei.
As gurias tava deitada no chão ao redor dela enquanto ela tava na última pose.
Ela tava linda.
As pirralha levantaram e ela sorriu abraçando elas.
Morador bateu palma e fez maior show pra ela.
Ela agradeceu e saiu com as pirralha por onde a outra tinha sumido e Neto também.
O som do funk alto tocou e o MC Magrinho entrou cantando.
Me levantei enquanto prendia a fumaça do beck e sai correndo lá pra baixo.
Soltei a fumaça assim que achei o canto que ela tava, era a casa de um morador.
Desviei do povão e fui em direção a casa.
A porta tava aberta, assim que entrei vi ela abraçada com a outra lá enquanto pulava no meio da sala.
Ela virou pra mim e ficou me olhando, sem o sorriso sumir na cara.
Andei até ela, mas vi que a amiga tava olhando pra gente
Essa daí sabe que a Flávia é minha mulher.
— Posso falar com tu? — Franzi a testa.
— Eu... — Respirou — Eu vou pra o morro do meu pai antes do ano romper — Ela disse ofegante.
— É que eu preciso falar uma parada da escolinha — Tentei enrolar
— Tá — falou vencida.
Apontei com a cabeça pra fora e olhei pra amiga dela, que não tava mais olhando pra gente não.
Neto tava enchendo o saco dela.
Segui até um beco que tava por lá.
Quando entrei encarei ela.
Tava toda suada, mas tava linda do mesmo jeito.
— Vai romper comigo não? — Arqueei a sobrancelha
Ela sorriu balançando a cabeça
— Eu tenho família Digão — deu de ombros — Eu preciso ir — Mordeu a ponta do lábio.
Assenti e olhei ela de cima a baixo.
— Morador deve bater uma punheta pra tu hoje — soltei.
Ela gargalhou jogando a cabeça pra trás.
Eu tava sério, meu maxilar travou só de pensar nessa parada.
— Tu tá com ciúmes da punheta dos outros? — perguntou ainda rindo.
Tô dizendo, pode nem dar uma moral a essas porra que já acha que pode sair fazendo a porra doida.
— Que ciúmes o quê parceira... só não quero ninguém babando ou querendo o que é meu — falei sério.
Ela franziu a testa
— Teu? — perguntou desentendida.
— Tu ainda não entendeu né moreninha? — me aproximei dela — Tu entrou no meu nome... tu tá no sistema agora pow — Segurei a cintura dela — Tu é minha — falei no ouvido dela.
Vi o corpo dela se arrepiar todo na minha mão.
Sorri vitorioso.
Ela arrumou a postura, querendo esconder que tinha estremecido.
— Bom saber... quanto mais tu se assanha Digão, eu vejo que tu tá aqui — Apontou pra palma da mão.
Ela sorriu e me deu um selinho
— Não me acompanha hoje não parceiro — saiu correndo do beco.
Eu ri e balancei minha cabeça.
•••
Vapor já tinha passado a visão que ela tinha saído do morro já.
— Hora de papai Noel dar o presente porra — gritei pra meus vapor.
Eles deram chuva de tiro e o MC que tava no palco começou a fazer a contagem, sendo acompanhado do povão.
Quando bateu 00:00 começou o show que eu tinha preparado.
— BORA FORTALECER — Gritei pra os cara do movimento.
Começamos a jogar os peixes pra os morador.
Povo só faltava se jogar no chão pra pegar dinheiro.
•••
Festa tinha acabado.
Anabel caçou rumo dela não sei com quem.
Tava pouco me fodendo pra aquela lá mermo.
Subi na minha moto.
Já tava amanhecendo, 5 da manhã.
Eu tinha bebido pra caralho, fumando pra caralho.
Eu não ia pra casa, não mesmo.
Liguei minha moto já com destino certo.
Encarei a chave na ignição da moto e sorri.
•
Assim que cheguei em frente a casa dela, vi a moto.
💭ela veio dormir em casa? 💭
Parei minha moto do outro lado da calçada e fui até lá.
Sabia que a outra lá não tava em casa, saiu com o Neto do baile, com ele dizendo que a noite ia render.
Entrei na casa dela usando minha chave.
Fui até o quarto dela, assim que abri a porta vi ela toda encolhida na cama.
Tirei meus cordão e minha roupa, fiquei só de cueca.
Fui até a cama, tentando não fazer barulho, mas bati a perna no criado mudo.
Ela sentou assustada na cama e me olhou
— Porra — colocou a mão no peito — Tá doido porra? — perguntou assustada
Eu ri pelo nariz e me joguei na cama.
— Desculpa aí pelo susto — Me cobri
— Tá fazendo o quê aqui Digão? — perguntou com a testa franzida.
— Eu? — sorri e abri meus braços
— Sim... tá vendo outro? — arqueou a sobrancelha
— Vim dormir com tu — soltei
Ela arregalou os olhos, e pra falar a verdade nem eu tava acreditando que vim pra cá, fazer isso.
Eu nunca dormi com ela.
— O.. quê? — perguntou confusa.
— Feliz ano novo moreninha — Sorri e puxei ela pra perto de mim.
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Oi amores 😚 Iai... festa no Vidigal foi animada em... e na Rocinha o que rolou?
NÃO JULGUEM O DIGÃO ANTECIPADAMENTE, QUEM NÃO QUIS QUE ELE CHAMASSE ALGUÉM PRA FICAR COM ELA FOI A PRÓPRIA FLÁVIA... RS
votem e Comentem o que estão achando da história
aguardem os próximos capítulos
kisses 😚😚
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