Capítulo 22
"Te vejo me olhando e tentando decifrar... E eu não consigo mais parar (...) Se for maldade me desculpa eu não consigo evitar (...) Nosso beijo é hipnose e te faz querer ficar"
— Hipnose, Manu Gavassi
Clarissa narrando.
Bianca tava toda estranha depois que voltou pra o quarto.
Sabia que tinha acontecido alguma coisa com o Guilherme, mas eu preferi nem dar idéia tá ligado?
Eles que são grandes que se resolvam.
•••••••••••
Acordei com o sol na minha cara.
— Caralho — Resmunguei.
💭Como eu esqueci de fechar essa porra de cortina? 💭
Levantei putassa e puxei o pano com agressividade.
Bianca ainda dormia bem plena na cama.
Bufei porque sabia que não ia conseguir dormir mais e decidi colocar a cara no sol.
Fui pra o banheiro fazer minhas higienes e tomar um banho relaxante.
Lavar o instrumento do perigo.
— Aí misericórdia... Preciso fazer essa sobrancelha — Falei olhando meu reflexo no espelho do banheiro.
Na mesma hora veio a lembrança que eu tinha que ir no Vidigal hoje.
💭Ai meu santo Cristinho... Me acuda💭
Comecei a espernear sozinha antes de entrar no box e bater as pernas, que nem uma criança birrenta.
Que eu sou um nenê eu já sabia, mas que seria tanto assim, ainda não tinha descoberto.
Eu tava com raiva de ter que ir lá e encontrar aquele diabo loiro.
Eu não queria ver ele nem pintado de ouro.
Suspirei e afastei meus pensamentos, eu que não ia ficar me martirizando durante meu banho de relaxamento, não mesmo.
••••
Sai do banheiro enrolada na toalha e quando voltei pra o quarto, Bianca já tava sentada na cama, coçando os olhos.
— Oi dorminhoca — Ri baixo.
Ela olhou pra mim e sorriu largo.
— Vixx... Deu tempo de tu tomar banho — Falou com a voz ainda de sono.
— Sim... Tu dormiu demais hoje... O que aconteceu? — Perguntei desconfiada.
Bianca pareceu pensar um pouco, suspirou e eu aproveitei a indecisão dela, pra ir até meu guarda-roupa.
— Eu acordei de madrugada — Disse
Olhei pra ela que deu de ombros.
Assenti e voltei minha atenção na escolha de roupas.
— Quer ir comigo no Vidigal? — Franzi a testa.
— O que tu vai fazer no Vidigal? — Perguntou confusa.
— Aquele inseto disse pra eu ir olhar o galpão aonde vai ser a escolinha — Revirei meus olhos — Tenho que ir lá né — Dei de ombros.
Coloquei a roupa que tinha separado em cima da cama, enquanto Bianca assentia.
— Tu vai demorar muito por lá? — Perguntou prendendo o cabelo em um coque.
— Acho que não... Eu vou só olhar o galpão mesmo — Dou de ombros.
— Então... Acho que vou, mas eu não posso demorar muito — Disse levantando da cama.
Cocei minha nuca em confusão.
— UE... Porque não? — Perguntei confusa.
— Eu... Ahn... — Interrompi ela.
— Fala logo Bianca... Porque tu não pode demorar muito? — Perguntei séria e cruzei meus braços.
Bianca tava branca, sem cor nenhuma.
💭Aí tem 💭
— É que... Ahn... É que o Guilherme... — Enrolou
— O que tem ele?
— O Guilherme me chamou pra ir pra o cinema — Falou rápido, mas deu pra entender.
Abri um sorriso largo.
💭Não acredito que finalmente o OTP está desenrolando💭
— Sério? — Perguntei animada.
— Nem se anima e nem pensa em coisa que não deve... A gente vai como primos e isso é um pedido de desculpa — Falou séria.
Arqueei e a sombrancelha
— Ue gente... Como assim? — Perguntei confusa.
— Ele fez um comentário ofensivo comigo e me convidou pra ir pra o cinema como forma de desculpa... Apenas isso — Deu de ombros.
Murchei na mesma hora.
💭Jurei que era um encontro romântico.💭
— Af cara — Resmunguei.
Bianca sorriu de lado e suspirou.
— Deixa eu ir no banheiro — Piscou.
Assenti e ela foi pra o banheiro.
Te falar viu? Guilherme também é quase parando.
Eu espero mesmo que a Bia ache alguém bacana, porque o Guilherme vai ficar pra sempre preso a Lorena e minha Índia não merece isso.
Depois que vesti minha roupa, fiquei esperando ela vestir a dela pra gente ir tomar café.
••••
— Bom dia — Falei sorrindo assim que entrei na cozinha e minha família tava toda lá.
💭Que lindos, parece até propaganda de margarina 💭
— Ihh Alá pai... Acordou de bom humor — Guilherme falou com ironia e apontou pra mim.
— Pai... Fala a essa cruz que se ele falar mais alguma coisa, o meu bom humor vai embora que nem a vontade de fazer sexo dele — Falei cínica e me sentei na mesa.
Bianca engasgou com nada e ficou lá tossindo, enquanto minha mãe se segurava pra não rir.
— Clarissa — Meu pai chamou minha atenção.
Guilherme me deu dedo e eu pisquei o olho pra ele.
— Tu se intromete no meu pinto né... Vai se foder — Fez uma careta.
— Eu não quero nada com seu pinto... Mas que você devia usar, você devia — ri.
Bianca finalmente sentou do meu lado e ela tava vermelha que nem uma pimenta.
Bom saber que é só falar do pinto do Guilherme, que ela fica assim.
💭Vou usar haha💭
— Vocês duas tão arrumadas...vão sair? — Guilherme perguntou, mas ele tava olhando mais pra Bia do que pra mim.
— A gente vai no Vidigal — Respondi e dei de ombros.
— Sim... O Digão disse que já tinha alugado o galpão — Meu pai falou disse sorrindo.
Olhei pra ele com tédio.
Eu hein, que amor tão grande pelo Digão é esse?
Tá... É só que meu pai ajudou o Digão quando ele virou dono do Vidigal, e meio que o coração bom do meu pai, faz ele chegar com as pessoas.
💭Ah se ele soubesse💭
— Por isso mesmo que ela tá indo lá tio... Pra olhar o galpão... Não é Clarissa? — Bianca perguntou antes de dar um gole na xícara dela.
Olhei pra ela incrédula, eu não tava acreditando que essa piranha queria mesmo ser naja pra meu lado.
— É — Falei e dei de ombros.
Voltei a tomar meu café em silêncio, não queria mais dar papo.
Sabia que vinha piada, e o fato de que ia pra o Vidigal, ainda estava me preocupando.
•••
— Não esquece Bia — Guilherme disse encarando ela.
A gente já tava saindo de casa.
Ela deu um meio sorriso e assentiu.
— Ah deixem pra namorar depois — Sai puxando ela pelo braço pra fora de casa.
Tava com um capacete em um braço e Bianca com outro.
Fui até minha moto e subi, esperando Bianca subir na garupa.
— Como tu é chata — Falou antes de colocar o capacete.
Abri a viseira e ela a dela.
— Ah vai tomar no cú meu anjo... Namorar na hora que eu tô saindo? É demais pra mim — Falei séria.
— Que namorar o quê Clarissa... Para de ser chata Caralho — Ficou séria.
Eu ri e dei partida na moto enquanto balançava minha cabeça.
•••••••••••••••
Cheguei no Vidigal e fui parada na contenção.
O Neto tava ali, assim que eu tirei meu capacete e a Bia o dela, ele abriu um sorriso enorme, daqueles que nem cabe no rosto.
— Aí Caralho... Minhas duas morenas favoritas — Falou se aproximando da moto.
— Cheguei bebê — Pisquei.
Ele sorriu de novo e deu um beijo no canto da minha boca, virei pra trás quando ele se afastou e vi ele fazer o mesmo com Bianca.
💭Quem perde tempo é relógio... Neto não 💭
— Bia... Quer ficar com o Neto enquanto eu vou atrás do inseto? — Perguntei sorrindo.
— Inseto? Essa é nova pra ele — Neto falou rindo.
— Eu... Acho que vou ficar sim — Ela deu um meio sorriso.
Balancei a minha cabeça em positivo e ela desceu da moto.
Dei uma última buzinada antes de subir o morro, antes de sair, vi que o Neto tava falando alguma coisa no rádio.
Aposto que tava dizendo ao inseto que eu tinha chegado e que tava indo pra boca.
••
Parei a moto em frente a boca e arrumei meu cabelo antes de entrar.
Revirei meus olhos com as cantadas que levava de uns noiado que tinha ali, e até alguns moleques com arma.
Aposto que era vapor.
— Ohhh — Um carinha segurou meu braço — Vai pra onde? — Perguntou me olhando de cima a baixo.
— Eu vou falar com teu patrão... Achei que ele já tinha dito — Dei de ombros
Um sorriso malicioso tomou conta do rosto do carinha.
— Patrão tá bem em
Só pra constar que a mão do imbecil ainda tava em meu braço.
— Primeiro tu solta meu braço e segundo meu nome é Clarissa, ele não disse nada não? — Perguntei séria.
O moleque soltou meu braço assustado, com os olhos arregalados.
Sorri de canto com a reação dele
— A moreninha... Pow véi perdão aí — Falou com medo
Eu assenti e ele me deu passagem.
— Já sabe aonde é?
— Já sim — Dei de ombros.
Ele suspirou e eu sai sem olhar pra trás.
Entrei na sala do inseto sem bater mesmo.
Ele tava lá com as pernas em cima da mesa, enquanto fumava um Beck.
— Tô aqui — Falei com desdém.
— Ahh minha rolinha — Falou e sorriu de lado, depois que soltou a fumaça.
— Ohh inseto, cala a boquinha e vamo logo ver esse galpão, barracão ou seja lá o que você quer mostrar — Falei com tédio.
— Eu queria mesmo é te mostrar meu pau — sorriu malicioso.
Revirei meus olhos
— Eu não quero ver essa coisa pequena não — Me benzi.
Ta... Isso foi uma mentira do caralho, ele não tem o pau pequeno não.
💭Mas ele não precisa saber disso💭
Ele fechou a cara na mesma hora.
— Não foi isso que tu disse quando eu tava enterrado em tu — Falou ainda com a cara fechada.
Pela primeira vez na vida... Fiquei sem argumento.
— Oh meu filho... Vamo logo caralho? Eu tenho o que fazer em casa — Bati palmas.
Ele assentiu e saiu na minha frente.
Antes de sair da sala dele, o inseto apertou minha bunda.
— Gostosa pra caralho — Sussurrou em meu ouvido.
Dei o dedo pra ele e sai da sala antes dele.
•••
Depois de uma briga pra decidir aonde eu ia, bati o martelo que ia na minha moto mesmo.
Eu quem não ia ficar desfilando na moto desse inseto.
Ele parou a moto em frente a um barraco grande e eu parei a minha do lado.
Desci da moto e arrumei cabelo de novo e ele ficou me olhando de cima baixo.
— Eu tenho muita sorte — mordeu o lábio.
— Vá tomar no cú — Falei cantando e passei na frente dele, que sorriu anasalado.
Assim que a gente entrou, olhei tudo ao redor.
Eu tinha um sorriso enorme no rosto, não sabia me conter.
Nem parecia que precisava de uma reforma, aliás... Não precisava.
— Eu mandei uns moleques dá uma ajeitada em tudo — Sorriu de lado.
Olhei pra ele e sorri.
— Obrigada — Falei sincera, com o sorriso ainda grande no rosto.
Voltei a olhar as coisas e andar por aquele barraco, procurando as salas.
Ia saindo de uma sala quando o inseto puxou meu braço e me encurralou, me imprensado na parede.
— Me... Me solta — Falei nervosa.
— Eu mereço um agradecimento né não? — Apertou minha cintura e colocou a mão dentro do meu cabelo.
— Eu... Eu já agradeci
— Você sabe muito bem qual o tipo de agradecimento que eu quero — Sorriu de lado.
Os lábios dele tavam roçando nos meus.
Quando eu pensei que ele ia me beijar, ele desceu a boca até meu pescoço e começou a beijar e deixar chupões.
💭Puta que pariu... Pescoço é mancada💭
— P-Para — Pedi em um fio de voz.
— Tu não quer isso não moreninha — Sorriu vitorioso.
Fechei meus olhos e ele aproveitou pra me puxar pra um beijo.
Ele segurou em meu cabelo e apertou minha cintura, enquanto eu tentava ao máximo não retribuir aquele beijo.
Ele apertou mais minha cintura, e por mais que eu tentasse, o frio que tava sentindo no meu estômago, fez eu retribuir sim.
Nossas línguas estavam dançando juntas em nossas bocas, explorando cada vez mais.
Coloquei meu braço em volta do pescoço dele que cada vez mais, apertava nossos corpos.
Eu sentia seu membro duro roçando em minha intimidade.
Paramos o beijo por falta de ar e ele puxou meus lábio inferior com os dentes.
— Você não devia ter feito isso — Falei firme.
— Eu tanto devia, que vou fazer isso de novo — Sorriu de lado e colou nossos lábios.
Mas antes que intensificasse o beijo, alguém bateu na porta com força.
Ele separou nossos lábios praguejando alguma coisa que nem deu pra eu entender.
Saiu da sala de onde a gente tava e saiu pelo corredor.
Escutei um burburinho e decidi ir olhar o que era.
— Me deixa passar que eu não preciso de aviso não — Uma voz feminina falou antes de entrar pela porta.
Era uma ruiva.
Ela olhou pra o Digão com um sorriso enorme, mas quando me viu, o sorriso morreu.
— O que tu tá fazendo aqui Flávia? — Perguntou sério.
— Eu cheguei... Tava com uma saudade de tu amor — Se jogou em cima dele e puxou ele pra um beijo.
Fiquei lá bem plena, olhando minhas unhas.
Quando eles terminaram o beijo eu respirei fundo.
— Valeu aí Digão... Vou avisar a meu pai pra mandar as coisas da escolinha — Dei de ombros.
Não esperei resposta dele e sai daquele barraco sem nem dar mais idéia.
•••••••
Fui pra uma praça que tinha ali, eu precisava beber alguma coisa com gota de álcool.
Assim que cheguei em um bar, vi o Neto ali.
Caminhei até a mesa que ele tava sentado e olhei pra os lados, mas não vi a Bianca.
— Ue... Cadê a Índia? — Perguntei a ele
Ele riu
— Senta aí moreninha — Apontou pra uma cadeira.
Fiz o que ele pediu e ergui a sobrancelha esperando resposta.
— Cadê minha prima? — Perguntei confusa.
— Ela disse que ia embora — Deu de ombros — Chamou um Uber... Disse que ia sair com teu irmão e tu tava demorando demais.
Sorri e balancei minha cabeça.
— Arruma um copo pra mim — fiz bico.
— Oh Vilma — Levantou a mão — Traz um copo aí.
A mulher assentiu e depois se aproximou da mesa, trazendo um copo.
••••
Ficamos conversando e bebendo.
O Neto é uma peça mesmo.
— Só falta agora eu atolar minha língua na tua boca — Disse com um sorriso malicioso.
Retribui o sorriso
— Então porque não atola? — Perguntei com a sobrancelha arqueada
Ele abriu mais o sorriso e puxou minha nuca, fazendo nossos lábios se colarem.
Começamos um beijo quente e ele passou a mão que não tava na minha nuca, pelo meu corpo, apertando forte minha cintura.
O beijo tava uma delícia, pense num boy pra beijar bem.
Mas como tudo o que é bom, dura pouco, fomos interrompidos.
— Mas o que porra tá acontecendo? — Aquela voz grossa perguntou.
Olhei pra o dono da voz e revirei meus olhos.
💭Era só o que me faltava... Digão 💭
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Oi amores 😘 Eitaaaa que baixaria rs
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Aguardem os próximos capítulos
Kisses 😘😘
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