"Só quer me esnobar (...) Quando passa mobiliza, dispensa apresentação (...) Essa mina já virou pauta do bonde (...) Passa na pista o show dela é de graça (...) Linda, se valoriza e tem critério, na rua ela é só certeza, por dentro é só mistério"

— Foda é que ela é linda, 3030

Rodrigo narrando.

Acordei e eu ainda tava naquele barraco que tinha comido a patricinha.
Dei uma risada baixa ao lembrar tudo o que tinha acontecido e levantei.

Ontem me bateu uma preguiça tão grande que eu nem voltei pra minha goma.
Fiquei por aqui mesmo, na treta.

Levantei e aproveitei que tinha escova ali, fui pra o banheiro, fazer as paradas e tomar um banho pra tirar o cheiro daquela puta de mim.

Quando ela saiu do barraco ontem, eu nem tomei banho.
Fiquei ainda com o suor da foda no corpo.

💭Te contar viu, filha da puta pra foder bem que só o caralho 💭

••••••

— A noite ontem foi boa... Ta com a mesma roupa — Neto falou apontando pra meu corpo.

Dei o dedo a ele e já fui direto pra minha sala, com ele na minha sombra.

— Ih viado... Não me acompanha que eu não sou novela — Falei sentando na minha cadeira.

— Iai... Comeu ou não comeu? — Perguntou curioso e sentando na cadeira na minha frente.

— É da tua conta? Vai comer uma buceta pra deixar de se meter na minha vida — Falei puto.

— Olha o mau humor logo cedo... Tô vazando que um moleque veio me deixar um b.o aí — Balançou a cabeça

Abri minha gaveta e peguei a carteira de cigarro que tinha ali.
Puxei um de dentro e peguei o isqueiro.

Acendi o cigarro e soltei a fumaça.

— Que b.o? — Franzi a testa.

— A moreninha deixou a moto na comunidade ontem... Quero ver se consigo contatar pra vim pegar.

Levantei minha cabeça e coloquei o cigarro entre os dentes, rolando o isqueiro entre meus dedos.

Segurei o cigarro e soltei novamente a fumaça.

— Ela deixou foi? — Perguntei com um sorriso de lado.

— Tá lá em frente a quadra... — Interrompi ele.

— Leva pra minha goma e coloca na garagem — Falei firme.

— Mas... — Interrompi ele de novo.

— Vamo filho da puta... Isso não é brincadeira não porra, eu tô mandando.

Ele balançou a cabeça.

— Mano... Isso vai dar treta

— Idai? A porra tá na minha comunidade, ela deixou aí porque quis... Me agradei da moto e agora é minha — Dei de ombros.

— Mas ela vai vim atrás da moto — Falou como se fosse óbvio.

— E quando ela vim, você manda ela resolver comigo — Falei com desdém.

Ele apenas assentiu e saiu da minha sala batendo a porta.
Gargalhei só em imaginar aquela carinha de quem tá pistola.

💭Vou testar essa garota 💭

Joguei a cabeça pra trás enquanto fumava meu cigarro e fitava o teto.
Ainda fiquei bolado com aquela menina... A novinha ficou putassa e nem o dinheiro aceitou.

Deixa ela saber que eu sou casado.
Uma coisa é certa, eu quero é distância de mina que gruda.
Já me basta as dores de cabeça que eu tenho com Flávia e com Anabel.

A moreninha sabe o que faz, mas foi só aquilo e xau.
Pente e rala.

•••••••••••••••••

Fiquei na boca o dia todo, resolvendo os bagulho.
Te falar viu? Tinha morador com aluguel atrasado, tinha viciado sem pagar conta e eu tava fazendo lista de devedor uma hora dessa.

Peguei meu celular que tava ali em cima da mesa, queria saber aonde o Neto tava.

Whatsapp on

Digão: Tu tá aonde caralho?

Neto: Contenção 🐖

Digão: Mas é um filho da puta mesmo

Neto: O que eu fiz dessa vez
↪Porra caralho

Digão: Tô precisando de tu aqui tio
↪ Bagulho tá doido de tanto devedor.

Neto: ah, posso fazer nada tio

Whatsapp off.

Cê é louco.
Muito viado mesmo esse porra.

Mas deixa baixo, que eu mando fazer peneira nesse filho da puta.

— Oh chefe — Um dos meus vapores entrou na minha sala.

— O que é? — Perguntei puto.

— Tem morador aí pra pagar aluguel pow — Apontou pra trás.

— Manda entrar — Falei firme

Ja era final de tarde porra.
Esse povo podia chegar mais cedo.

Demorou pouco tempo mas a mulher ja tava na minha sala.
Era a dona Lúcia.

— Opa dona Lúcia — Falei levantando.

Ela era da igreja.
Essas crente sabe? Dá nem moral pra traficante, dessas que não pode ver nada que já tá repreendendo e fazendo culto no meio da rua.

💭Palhaçada do caralho 💭

— Teus vapor chegaram fazendo escândalo lá em casa — Falou séria.

Me sentei de volta e apontei pra cadeira na minha frente.

— Pode deixar que eu vou passar a visão pra eles chegarem na ordem na goma da senhora — Falei firme.

— Eu... Eu vim deixar aqui metade do aluguel Digão... As coisa tá ruim meu filho e depois que você aumentou o preço das coisas aqui... Ta difícil — Abaixou a cabeça e tirou uma bolsa de dentro da roupa.

Cocei minha nuca.
Era só o que me faltava mesmo viu.

— E o dinheiro do pastor? A senhora deu né — Debochei.

Ela me encarou.

— O dinheiro não é do pastor não meu filho, o dinheiro é de Deus... — Interrompi aquela lorota chata do caralho

— Ihhh dona Lúcia, vem com essa lorota pra meu lado não... Deus não trabalha, o dinheiro é da senhora — Falei firme e acendi outro cigarro.

— O dízimo é sagrado Digão — Falou incrédula e balançou a cabeça.

— Meu dinheiro também... A senhora acha que é fácil manter a ordem e a paz nesse caralho todo? — Perguntei quando soltei a fumaça pra cima.

— Deus tem que ter piedade da tua alma — Colocou a mão na boa.

Revirei meus olhos.

— Ohhh culto aqui não... Me passa o dinheiro vai — Falei impaciente.

Quando a dona Lúcia ia puxando o dinheiro da bolsa, a porta da minha sala foi aberta com violência.

— Filho da puta — A morena gritou irritada

Ela tava vermelha de ódio e com o vapor atrás dela.

— Que putaria é essa aqui? — Perguntei levantando da cadeira.

— Eu tentei barrar chefe, mas ela chutou meu pau — Ele falou ainda fazendo careta.

— Não me testa que eu tô pra matar um — Ela falou entre os dentes.

— Bora abaixando a bolinha que tu pode até mandar no morro do teu pai, mas aqui essa porra é minha e aqui quem manda sou eu — Falei firme.

— E sabe o que acontece? Eu tô pouco me fodendo — Falou séria e cruzou os braços

Peguei o braço dela com força e coloquei meu dedo na cara dela.

— Tu abaixa tua bola porra, pra eu te mostrar quem manda nessa porra, não tá custando não — Falei com ódio.

Essa mina é muito doida mermo.
Vim me afrontar no meu morro e ainda na minha sala, se crescendo pra meu lado.

— ME LARGA SEU VIADO — Gritou.

Meu sangue terminou de ferver e eu tasquei o tapa na cara dela.
Chega a cara da vadia virou com tudo.

— Me-Meu Deus — Dona Lúcia gaguejou e levantou — Eu... Eu volto outra hora — Ela tava nervosa.

Não soltei o braço da vadia não.
Encarei a velha com um olhar mortal.

— Volta outra hora é o caralho... Deixa o meu dinheiro aí em cima porra — Falei alterando a voz.

Eu tava até na brisa boa, mas essa piranha conseguiu tirar isso de mim.

— Me solta... Eu já falei pra me soltar — Ela disse entre os dentes e começou a se debater.

Dona Lúcia soltou o dinheiro em cima da mesa e vazou correndo dali.
Soltei a vadia com violência, fazendo ela cambalear.

— Tu não me afronta não sua vadia... Tá achando que porque eu te comi tu tem moral aqui é? Se liga aí que eu te fiz foi um favor, tava a noite toda com a buceta piscando pra sentar em alguém... Te dei o que tu queria, pau... Mas não vem de k.o pra meu lado não que tu foi só um lanchinho — Falei sério, apontando o dedo na cara dela.

Ela sorriu coringa.
De um jeito que me deu até medo.

É muito doida mesmo viu, a pessoa dizendo aqui que ela foi só mais uma das que eu comi, e ela abrindo os dentes pra meu lado.

💭Cada doido que me aparece 💭

— E eu tô pouco me fodendo se você só me comeu... Quer saber? Tava com a buceta piscando mesmo, mas você mandou vazar quem eu queria dar de verdade... Tá achando que teu pau tem mel e eu gamei foi bebê? Sorry, mas eu vim mesmo atrás da minha moto e quando eu cheguei aqui, seu braço direito passou a visão que você tinha tomado de posso.... Agora eu vou dizer só uma vez ok? ME DÁ A MINHA MOTO — Gritou a última parte.

Depois começou a sorrir largo e balançou a cabeça.

— Esse povo inventa cada coisa... Meu filho, se situa que eu não preciso sofrer porque você me mandou vazar da treta não... Eu não fui feita pra me amarrar a um pau só não — Piscou.

Eu tava até sem reação com isso.
Estralei minha língua e então o que ela falou da moto, voltou.

— Deixou a meiota aí porque quis... Achei dando sopa na minha favela, peguei mermo — Dei de ombros.

— Eu estava bêbada, estava drogada, e estava sem a chave da minha moto... Eu não tinha como levar a moto na cabeça né —Falou com ironia, enquanto contava nos dedos.

— E eu não tenho nada com tua vida — Sorri de lado.

— Ainda bem que você sabe — Piscou — Agora... Me dá a minha moto seu inseto.

Travei meu maxilar.
Puta que pariu, essa mina tá me tratando mesmo nessa porra né?

— Tu gostou mesmo da minha mão voando na tua cara né sua puta? Tu quer de novo? Porque se tu quer eu posso meter ela na tua cara sem nem pensar duas vezes.

— Encosta... Encosta em mim de novo — Desafiou — Tá pensando que eu vou chamar alguém da minha comunidade? Eu mesmo faço da tua vida um inferno... Agora encosta que eu arranco esse teu pau fora — Me empurrou de perto dela.

Eu respirei fundo e me afastei.
Tava afim de me esquentar mais não tá ligado? Mina chata do caralho.

— Veio fazer barraco aqui só por causa de uma moto? — Arqueei a sobrancelha.

— A minha moto é tudo pra mim — Falou séria. — Meu querido se você puder adiantar vai ser melhor viu meu anjo? Minha prima tá sei lá onde e eu preciso voltar pra minha casa — Bateu palmas.

— Abaixa tua bola que eu tô a um fio de te dar um retão mano... Cala a boca —Cruzei os braços e apoiei meu corpo sobre a mesa.

Ela riu, quer dizer, gargalhou de forma exagerada.
Debochada, como ela é.

— Eu só quero a minha moto velho... Eu só quero isso.

— Mas eu não vou liberar a tua moto... Eu gostei dela e vou ficar pra mim, deixou essa porra aqui porque quis, agora tu te vira — Dei de ombros.

Ela passou a mão no cabelo e balançou a cabeça.

— Eu vou falar bem devagar, porque eu acho que você não entendeu — Suspirou. — EU... QUERO... A... MINHA... MOTO — Gritou pausadamente.

Descruzei meus braços e me aproximei dela.
Afastei seu cabelo do seu ouvido e inclinei minha boca.

— Mas eu já disse que eu não vou te dar — Sussurrei.

Do nada a doida me encarou vermelha e com os olhos marejados.
Mas não parecia tristeza, parecia que ela tava chorando de raiva.

— Você se acha muito dono de tudo né? Puta que pariu meu amigo, desce do teu pedestal que tu não é o único homem gostoso no mundo não... Tá achando que mexe com a vida das pessoas só porque manda em um morro? Teus moradores, tuas putas e teus vapor pode ser subordinado a tu... Mas eu — Bateu no peito — Eu sou dona de mim e dona da moto, me entrega logo esse caralho antes que eu quebre teu nariz porra — Falou entre os dentes, enquanto enxugava as lágrimas que desciam pelos olhos dela.

Eu ri e cocei minha nuca.

— Eu posso brincar com quantas coisas eu quiser... Quem entra na minha reta já sabe como eu sou, eu tenho o comando do que eu quiser e eu tô te passando a visão... Eu não vou entregar esse caralho — Falei firme.

Não deixei ela nem retrucar mais tá ligado.
Calei a boquinha daquela mina do melhor jeito, puxando sua nuca de encontro a minha boca e já comecei um beijo.

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Oi amores 😘 Ue... Até eu tô perdida com esse moço rs

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Aguardem os próximos capítulos

Kisses 😘😘

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