"Essa novinha é terrorista, é especialista, olha o que ela faz no baile funk com as amigas, é muito explosiva não mexe com ela não"

— Olha a explosão, MC Kevinho

Bianca narrando.

— A gente brigou eu mandei ela embora — Cantei alto.

— Os primeiros dias que são foda, que bate saudade e a gente só chora — Cláudia continuou.

— Mas esbarrei com a amiga dela, então pensa numa mina gostosa — Teteu cantou alto enquanto apontava pra mim.

— Disse que as duas também brigou e ela vai se vingar agora, então joga — Voltou pra mim.

— Então joga o popo na piroca — O viado disse puxando minha bunda pra perto do pau dele.

A gente tá em uma baladinha.
Minha despedida, já que amanhã eu vou vazar.

💭Já não tava vendo a hora mesmo 💭

— Quem ver pensa que tu gosta né Teteu... — Falei rindo e me afastei dele.

— Gosto mesmo não... Eu sou passivo meu amor — Piscou pra mim.

— E por isso mesmo que eu deixo tu me ver pelada... Não quero imaginar teu pinto subindo por minha causa — Cláudia disse se benzendo.

— E mesmo que eu fosse ativo, eu só vejo vocês como minhas irmãzinhas, não rolaria — Ele fez careta.

— E mesmo que ele fosse ativo... Ia continuar sendo gay, a sexualidade não muda — Falei e dei de ombros.

— Essa piranha fala isso porque já parou na cama com um que se dizia gay... — Cláudia interrompeu ele.

— Ele é gay... Só que ele é ativo e a gente tinha bebido mais do que a conta... E desde quando o foco da conversa veio pra mim? — Perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Tu é sonsa demais Cláudia... Sonsa demais — Ele disse fazendo sinal pra ela parar.

Fiquei observando de longe, um carinha vendendo algumas coisas pra uns adolescentes.

Era bala.
Não o doce, mas a droga.
Alucinógeno.

— Tu tinha coragem de comprar bala Teteu? — Perguntei encarando ele.

— Só se fosse pra eu não ficar com mais nenhuma prega no cú... Já experimentei e me deu um fogo do inferno isso — Balançou a cabeça.

Eu e Claudia caímos na gargalhada.

— Vocês tão rindo de quê em? — Perguntou irritado.

— Tu...com medo de ficar com fogo — Cláudia falou rindo.

— Meu amor... Eu tenho medo de pegar uma DST... Se a gente não souber usar, essa parada faz a gente ficar doido de tabela... Eu não sei em quem confiar hoje em dia não — Piscou

— Até porque as pessoas não andam com uma faixa na cabeça escrito "Eu tenho AIDS" né — Lembrei.

Ele assentiu.

— Vamo no bar pegar mais uma dessas coisinhas aqui — Cláudia disse apontando pra taça de coquetel dela.

— O nome disso é coquetel — Lembrei a ela.

— A bebida era minha e se eu quiser chamar de gozo de Bianca, eu chamo — Falou firme.

— Toda garota hétero é escrota assim? — Teteu perguntou fazendo careta.

— A maioria é bela, recatada e do lar — falei e pisquei.

Cláudia saiu puxando eu e Teteu pra o bar.
Nossa, quando eu cheguei aqui, fiquei babando geral nesse barman.

💭Oh homem gostoso do caralho 💭

— Ei delicinha... Me dá um desse aqui — Ela falou balançando a taça.

— Ele não vai adivinhar o que tinha aí né meme humano? — Teteu perguntou como se fosse óbvio.

Ela virou pra gente e deu língua.

— 3 coquetéis por favor — Falei sorrindo de lado.

O barman assentiu sorrindo e piscou pra mim.
Ele se afastou e as duas piranhas já vieram com os sorrisinhos maliciosos pra meu lado.

— Eita meu bem... Pisa menos — Teteu disse e bateu palminhas.

— Se tu não pegar... Eu pego — Cláudia falou firme e apontou o dedo pra mim.

Balancei minha cabeça.

— Pressão não vale — Falei sorrindo.

— Menina... Quanto tempo faz que tu não beija ninguém em? — Teteu perguntou com a testa franzida.

— Mais de quatro meses — Fiz uma careta confusa.

— O QUÊ? — eles perguntaram juntos.

— Faz mais de quatro meses que eu não fico com ninguém — Falei como se fosse óbvio.

— Olha Bianca... Tu ser virgem eu até respeito sabe, acho até bacana esse lance de tu só querer dar a quem tu ama de verdade, mas ficar sem beijar... Menina, beijar é vida — Cláudia disse balançando a cabeça.

Eu revirei meus olhos.

💭Precisava dizer em um lugar tão cheio de gente, que eu sou virgem? 💭

— Tu não quer por minha vida na internet não? O alcance é maior — Debochei.

— Mas é sério amiga... Tu tem que sair desse atraso... Se fosse eu, a boca já tava criando teia de aranha — Teteu disse rindo.

Eu gargalhei junto com eles.

— Gente... Eu tô de boa — Levantei minhas mãos em forma de rendição.

— Não... Você vai sair desse atraso sim, e é hoje — Cláudia falou firme.

Revirei meus olhos novamente.
Se bem que fazia tanto tempo que eu não beijava na boca mesmo, vou seguir os conselhos deles.

••

Depois de alguns minutos o barman voltou com nossos coquetéis.
Assim que eu peguei o meu, pisquei pra ele de uma forma bem "meu filho, pode vim nenê"

💭Se eu vou pegar alguém, que seja ele💭

Nós três voltamos pra pista de dança e começamos a dançar que nem loucos, enquanto bebiamos nossos coquetéis.

•••••

A parte que eu mais gosto em uma balada, é quando toca os meus funks.

Sério, bunda cria vida, e só falta andar sozinha.

💭rs💭

— Vai desce devagar, vai sobe devagar — Cláudia disse batendo em minha bunda.

Eu sorri e travei legal.
Já desci rebolando a raba devagar.

Teteu tinha sumido.
Disse que tinha achado a foda da noite e ficou só eu e Carla.
Louquinhas de tabela, rebolando a raba devagar.

— Tem novinho te comendo com os olhos Bianca — Apontou

Tinha um grupinho encostado na grade, olhando bem profundo pra raba da mamãe.
Carinha de bebê da mulesta.

— Essa balada tá aceitando criança agora? — Perguntei assustada.

— Acho que deve ter 16 anos — Mordeu o lábio.

Cláudia tem 18 anos, e é uma papa anjo do caralho.
Até um tempo desse tava ficando com um menino de 15.

💭Aí gente... Coragem viu💭

— Coragem viu Cláudia... Coragem — Falei balançando a cabeça em negativo.

— Aí mulher... Olha aquele ali do meio... Eu vou lá — Bebeu um gole da catuaba que tava na mão dela e me entregou.

Eu ri com a corajosa e peguei a garrafa.
Bebi um gole longo assim que vi que a doida tinha mesmo ido.

Como não tinha muito o que fazer, fui me sentar no bar.
Na hora que tava passando pelo povo, acabado esbarrando em alguém com o braço.

— Aí me... — Parei de falar assim que levantei o olhar e vi quem era.

— Bianca — Iago disse surpreso.

— Eu mesma — Falei séria.

💭Puta que pariu... Tanta gente pra eu esbarrar, tinha que ser logo com isso? 💭

— Quanto tempo — Ele disse sorrindo fraco.

— Tempo esse que eu dei graças a Deus passar — Falei firme.

Fiz menção de sair, mas ele segurou em meu braço, impedindo.

— De qual foi pow? Vocês ainda tão mesmo nessa? — Perguntou com a sobrancelha arqueada.

Eu ri, bem debochada mesmo meu amor.
Porque eu sou dessas.

— Ainda tão nessa? Meu querido você tem probleminha ou você se faz de sonso? — Cruzei meus braços.

— Pow véi... Eu errei, era um moleque e errei, não escondo nada...  — interrompi aquele papo furado dele.

— Você magoou a minha irmã, prometeu várias coisas e depois que comeu ela, fez o que fez... Você quer o quê? Que eu olhe pra sua cara e diga "Oi Iago, obrigada por voltar pra minha vida, eu tava mesmo esperando você... Acho que podemos ser amigos depois de ser um verdadeiro cuzão" — Falei com ironia e raiva ao mesmo tempo.

— Olha... Eu sei que eu errei, mas eu só quero consertar tudo... Se você puder me passar o número novo da Clari, eu vou agradecer. — Falou já pegando o celular.

Eu dei mais outra gargalhada gostosa na cara dele.
Muito sonso né não?

— Ah meu anjo me faça um favor? Vá tomar no cú — Falei rindo.

Dei o dedo a ele e sai rebolando, até o bar.

É ser muito filho da puta mesmo.
Vim me pedir o número da Clari depois de tudo o que fez com ele.

💭O mais engraçado é ele achar mesmo que eu vou dar💭

— Ei... Tira uma foto minha? — Perguntei fazendo bico.

O barman assentiu.

— Bem rápido... Eu não posso largar isso aqui — Falou apontando pra o barzinho.

Eu sorri e bati palminhas.
Entreguei o celular a ele e já me afastei.

Como ainda tava com a garrafa de catuaba na mão, fiz uma pose com a garrafa e ele tirou a foto.

— Aqui — Me entregou sorrindo.

— Espera — Fiz sinal com a mão.

Nem coloquei efeito nenhum na foto, postei direto.

— Valeu — Sorri, bloqueando a tela do celular e guardando no bolso do meu short.

— Nada — Ele sorriu largo.

💭Esse sorriso dissolveu minha calcinha moço 💭

— Não... É sério, Obrigada — Sorri maliciosa.

Me aproximei dele e segurei sua nuca.

— Assim eu tiro quantas fotos você quiser

— Na verdade... Não vai precisar de foto — Sussurrei em seu ouvido e mordi o lóbulo.

Sorri quando vi ele se arrepiar e já puxei o bofe pra o beijo.
Ele segurou em minha cintura e pediu passagem com a língua.

Te falar... Não gostei.

Bofe muito lindo, mas estou sendo afogada na saliva dele.

Parei o beijo quando já tive certeza que se continuasse ia morrer afogada.

— Você é linda — Acariciou meu rosto.

— Você também é... Mas eu não gostei xau — Pisquei e sai dali sem olhar pra trás.

💭 Eu hein... Não beijo mais💭

••••••

A noite acabou comigo e Cláudia voltando pra minha casa, bêbadas e de Uber.

💭Viado do caralho, só porque sabia que ia ser o mais sóbrio 💭

Teteu é muito filho da puta mano.
Foi dar aquele cú branco dele e deixou nós duas malzona na balada.

Entramos na cautela na minha casa, tava nem doida de acordar minha mãe ou meu pai.
Sai puxando a Cláudia que tava pior que eu, escada acima, direto pra meu quarto.

Depois de dar banho nela e tomar o meu, mandei ela vestir um pijama meu e vesti outro.

Capotamos na cama logo em seguida.

••••••••••••••

— ACORDEM SUAS PIRANHAS — Teteu gritava.

— Puta que pariu... Minha cabeça porra — Cláudia disse com as mãos na cabeça e fez uma careta.

— Isso é o que dar... Duas pinguças safadas — Teteu se jogou na cama, por cima da gente.

— E tu é muito filho da puta mano — Falei séria e levantei da cama.

— Porque? — Se fez se sonso.

Prendi meu cabelo em um coque frouxo e fui direto pra o banheiro.

— Porque é meu pau... Tu vazou e deixou eu e a Cláudia lá... Tu sabe o quanto que é difícil tirar a Cláudia bêbada de dentro do elevador? Sem contar que se eu não tirasse ela daquela balada ontem, ela montava uma creche — Falei firme, olhando pra ela.

— Ahhh... Novinho beijava mó bem — Ela sorriu maliciosa.

Dei dedo pra ela.

Fui direto pra o banheiro e fiz minhas higienes.

— A gente vai almoçar aqui pra se despedir — Teteu disse se encostando na porta.

Cuspi a pasta fora.

— Não... Vocês vão almoçar aqui porque são dois folgados — Falei rindo.

Ele me deu língua e Claudia passou por mim pra ir no banheiro.

Me sentei na cama e fui olhar o andamento da minha foto.

Facebook on

Pega a catuaba 😍😘 #cortapranois — Em São Paulo, SP.

Clarissa Araújo, Mariana Araújo, Guilherme Araújo e outras 550 pessoas curtiram.

Clarissa Araújo: Corta pra nois nenê ❤😍
↪Bianca Araújo: Uyuyuy

Mariana Araújo: Um Fotão desses bicho ❤
Bianca Araújo: Sou eu na foto, só podia ser fotão 😘

Guilherme Araújo: Olha 😎 me dê
↪Bianca Araujo: amigos, amigos, catuaba a parte 😂

Facebook off

Nem respondi o resto.
Tava exausta demais pra minha vida social.

••••••••

Meu vôo tava marcado pra agora de 18:00.

Ouvi a chamada do vôo pra o Rio e levantei, segurei em minha mala e sorri largo pra eles.

— Avisa a tua tia que daqui a alguns dias eu tô chegando — Mamãe falou me abraçando.

— Pode deixar dona Avelyn — Bati continência.

— Olha piranha... Tu faz chamada de vídeo com a gente — Teteu disse já chorando.

💭Pense numa bicha emotiva 💭

— Eu vou fazer — Sorri e abracei os dois ao mesmo tempo.

Me soltei deles e encarei meu pai.

— Xau meu amor — Papai falou e me abraçou.

— Tô esperando vocês dois lá — Falei firme.

Ele beijou minha testa e assentiu.

Fizeram outra chamada e eu já acenei pra eles e fui andando até o embarque.

••

Encostei minha cabeça na janela e agradeci a Deus por ter pego esse lugar.
Na janela.

Suspirei porque odeio viajar sozinha, meus pais vão ter que resolver algumas coisas do trabalho deles.

Aproveitei essa semana que se passou desde que eu contei a Clari que vinha, pra resolver do meu.
Pedi demissão.

O avião levantou vôo e eu sorri.
Sorri porque sabia que a partir de agora, é só vida nova, na cidade aonde eu sempre quis morar.

•••••••••

Pouco tempo dentro daquele avião e eu já tava no Rio.
Nem contei a Clari que vinha, queria fazer surpresa.

Chamei um uber né.
Não é porque eu tenho dinheiro que não vou economizar.

Ele me deixou em frente ao morro.

Assim que eu paguei, desci e o motorista entregou minha mala, que tava atrás.

— Quem é tu em? — Um moleque perguntou me encarando.

— Bianca... Eu sou sobrinha do Muka — Falei firme.

— É minha sobrinha mesmo — Meu tio disse atrás do moleque.

Corri pra abraçar ele né, tava cheia de saudades.

— Leonardo conseguiu fazer alguma coisa que preste — Ele disse rindo.

Eu ri junto com ele e me soltei do abraço.

— Posso subir super Muka? — Perguntei pegando a mala de novo.

— Teco Teco te ajuda — Falou com o moleque que me parou.

Eu assenti e o cara pegou minha mala.

— Bia... Tem ninguém em casa não... Tão tudo na casa do teu avô... Mas toma a chave da casa, e depois cola lá — ele disse catando o bolso.

Sim, eu chamo o GA de vô.
Ele e o FA são meus avôs pra mim.

Meu pai sempre disse que tem ele como pai.

Assenti e peguei a chave.

— Valeu tio — Sorri.

••

Tive que subir aquele morrão todo apé, junto com o moleque que tava levando minha mala.

Depois que me deixou, ele vazou.
Abri a casa e deixei a mala na sala mesmo, ia atrás da minha família.

Tranquei tudo de novo e comecei a andar pra buscar informação, aonde era a casa do meu avô.

••

Já tava quase entregando os pontos e mandando mensagem pra Clari, quando escutei uma chuva de tiros, mais barulho de fogos.

💭 Invasão 💭

Puta que pariu como eu sou sortuda.

O furdunço começou mesmo.

Fiquei parada alguns segundos e quando entendi, comecei a olhar aonde me abrigar.

Quando eu tava pra correr pra o outro lado, uma moto freiou com tudo em cima de mim.

Olhei bem no fundo daqueles olhos, ele tava sem capacete.

— Bianca — Consegui ler os lábios dele de tão baixo que falou.

— Guilherme — Falei em seguida.

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OI AMORES 😘 E ESSE REENCONTRO EM KK

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Aguardem os próximos capítulos

Kisses 😘😘

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