E a verdade vos libertará...
- Como assim não pode fazer nada?!Eu quero a cabeça dele,não me importa quem seja! - a voz de Matt me puxava levemente de volta do grande abismo negro no qual eu me encontrava - E você pergunta pra mim?! Quem tem as providências aqui é você, não eu!.... Ele a feriu,a machucou,estava a ponto de tirar sua vida e você me diz para não fazer nada?!... Nem que tenha que eu mesmo ir buscar ele,vou faze-lo pagar pelo que fez a ela!.... Sim,sim eu sei... EU DISSE QUE SEI CARAMBA!... Então, faça justiça a ela... Se não por mim,por ela,e pelo que ele a fez passar....
A escuridão lentamente começou a dar lugar a uma luz fraca e amarelada, enquanto gradativamente eu voltava a ter consciência do que estava acontecendo comigo. A dores múltiplas em meu corpo não demoraram a aparecer, enquanto eu tentava lembrar por baixo da terrível dor que havia em minha cabeça,o que tinha acontecido...
A dores,a risada,os apelidos,os ferimentos,os sentimentos....
Voltaram tudo com força total,quando comecei a lentamente abrir meus olhos e observar onde estava.
Eu estava em um hospital,disso eu não tive dúvidas,somente de sentir o cheiro de álcool e água sanitária eu soube disso. Estava escuro, exceto pela luz amarela que havia na cabeceira de madeira da minha cama, um cabide com algo que provavelmente era remédios que estavam diluído em um soro,era ligado a mim em meu braço esquerdo, que causava um leve formigamento na região. Foi quando percebi que não estava mais com as minhas roupas, estava com uma roupa toda branca,de alças, e que iam provavelmente até os meus joelhos,já que por causa do edredom marrom claro, não pude saber exatamente.
Havia uma poltrona ao meu lado,e um sofá encostado na parede aos pés da minha cama,onde bolsas, jaquetas,capacete e meus saltos estavam colocados, e ao seu lado esquerdo,parado na frente da janela,se encontrava a única pessoa que ânseava ver naquele momento.
Me mexer sem fazer nenhum barulho era praticamente impossível,e assim que Matt notou que eu havia acordado,nem se quer se preocupou em se despedir da pessoa com quem falava ao telefone, somente desligou e jogou o celular encima das coisas no sofá,vindo diretamente até a beirada da cama.
- Helena!... Não, não, não,não se levante... - Ele pressionou meu ombro levemente para que eu voltasse a me deitar,causando uma dor aguda que ia do meu ombro até a minha nuca,fazendo meu rosto se contorcer em uma expressão de dor
- Desculpe.... Como... Como está se sentindo?...
- Dado a tudo que aconteceu....- Falei com dificuldade,respirando a cada palavra que falava,como se fosse um suplicio falar cada palavra daquela frase- Acho que bem.... Pelo menos estou viva...
- Helena eu juro para você,que quem fez isso com você,irá pagar....- Ele diz isso segurando firme minha mão, como se para firmar ainda mais aquela promessa,que por mais nebulosa que pudesse ser,eu via em seus olhos que ele iria cumprir,e Deus ajude para que nessa jornada,nada nos aconteça,novamente- Não deixarei que ele saia impune pelo que fez....
Não pude deixar de sorrir ao ver ele me fazendo essas promessas,porque depois de tantas brigas,tantas discussões e lágrimas,ele ainda estava ali...
Por mim...
Ele passou a mão delicadamente pelo meu rosto,e não pude deixar de segura-la levemente,não me importava o dor,na verdade era até bom senti-la,porque assim eu sabia que era real...
- O que aconteceu?...- Olhei para ele tentando me lembrar a última coisa que havia visto,mas tudo se embaralhada na minha cabeça,se tornando um borrão, impossibilitado que eu lembrasse de qualquer coisa que seja.
Ele me olhou carinhoso,porém triste,ainda passando a mão pelo meu rosto e pelos diversos machucados que sentia ter.
- Eu cheguei um pouco antes de vocês... Queria ter a oportunidade de falar com você mas... Quando eu te vi,eu percebi que talvez aquele não fosse o momento,não fosse também o lugar para debatermos nossa última conversa... E você... Você parecia tão bem comigo longe que sei lá...- Ele olhou para a janela,parecendo envergonhado por admitir um "fracasso"e também hesitante em me contar o resto- Eu fiquei de longe observando você... E vi quando atendeu o celular e quando Laura deixou você... E que logo depois você saiu do Starlite.... Eu fui até a Laura,perguntar quem era mas ela não quis me responder,na verdade estava ocupada demais me xingando para prestar atenção em qualquer outra coisa... Então saí para procurar você eu mesmo,e saber dessa história,deixando sua amiguinha sozinha... Mas como você mesma já disse,ela não é de desistir tão facilmente e me seguiu para fora da boate... Mas você não estava lá.... Havia simplesmente sumido... Foi quando eu vi seu celular no chão e eu soube imediatamente que alguma coisa estava errada.... Então ouvimos gritos... Seus gritos....
Matt parou, parecendo não conseguir continuar com aquela história,como se fosse dura demais para ele continuar,mas eu precisava saber,Eu tinha que saber,por isso mesmo não conseguindo muito bem,me sentei para poder olhar melhor para ele,lhe dando a coragem necessário para que ele continuasse...
- Mandei Laura ligar para a polícia,e apesar dela não querer muito,porque queria já partir logo para a briga,ela fez o que eu pedi, enquanto eu corria até você.... - Ele voltou a olhar para mim, silenciosamente lamentando por não ter chegado mais cedo,porém eu também silenciosamente agradecia por ele não ter chegado mais tarde
- Você desmaiou logo em seguida,e os Policiais acharam melhor te trazer para o hospital.... Você estava sangrando demais,precisava de ajuda médica... Então a ambulância te trouxe para cá...
- E... E Laura?... O que aconteceu com ela? E Lisa? Colin....
- Calma,calma anjo....- Ele sorriu se achegando mais de mim - Todo mundo tá legal... Só muito preocupado com você... Laura foi direto para a delegacia,esclarecer parcialmente o que havia acontecido... Já Lisa e Colin viram para cá direto,eles estavam aqui até agora pouco,mas a enfermeira disse que só um de nós podia ficar... Então eu fiquei...
Tive vontade de perguntar sobre Adam,se estava aqui também,ou simplesmente se ele também estava sabendo do que havia ocorrido,mas achei melhor não,Matt e eu estávamos começando a ficar numa boa,não podia estragar tudo isso com uma pergunta que eu sabia que iria lhe aborrecer.
Ele iria dizer algo quando o toque de seu celular no sofá interrompeu o breve silêncio havia sido instaurado entre nós, porém ao contrário do que eu imaginei,ele parei aliviado pelo telefone ter tocado. Ele me meu um leve sorriso,antes de se levantar e ir até o móvel pegar seu celular,ele pareceu confuso ao ver o número na tela,mas ainda sim atendeu.
- Ortega.... Sim... Sim sou eu.... Sim eu estou com ela..... Vou passar - Ele se virou para mim com um estranho sorriso nós lábios,estendendo o celular para mim,sussurrando - São seus pais...
Gelei no momento em que vi o número na tela,e reconheci o número de casa. Fazia alguns dias desde a última vez que tive contato com meus pais,mas obviamente eles não deixaram de saber da minha vida,o que apesar de me deixar aliviada,me deixava estranhamente preocupada.
Ligação on--
- Hãmm Alô?....
- Helena! - a voz estridente da minha mãe,me fez quase ter que afastar o aparelho do meu ouvido para não ficar surda - Filha! O que aconteceu?...
- Mãe eu...
- Você está bem? Ta ferida? Onde você tá Helena? E quem é esse rapaz que atendeu o telefone?!... Viu,eu disse que essa não era cidade para você,filha! Sabia que algo ruim iria acabar acontece e...
- Mãe, mãe, mãe... Calma....- Eu disse tentando me concentrar em suas perguntas,mas com minha cabeça doendo e girando demais para que eu pudesse compreende-las totalmente
- Sim eu estou bem... Não, eu não estou ferida.... E não eu não vou deixar Nova York por causa de algo que aconteceu comigo...
- Você podia ter morrido! - senti a preocupação e o nervosismo de minha mãe,ela sempre foi protetora demais,sabia que qualquer coisa que me acontecesse, abalaria ela diretamente,por isso eu decidi amenizar os fatos.
- Mas não morri! E coisas como essas acontecem todos os dias mãe!
- Mas não com minha filha!
- Não,mas com a filha de outras milhões de pessoas.... Pelo amor de Deus mãe,tenha consciência!
- Nova York não é cidade para você Helena... Eu te apoiei nisso porque você estava passando por um momento muito difícil aqui em Savannah, e eu achei que já era hora disso acabar,mas filha,você quase foi estuprada Helena!
Essa palavra...
Estuprada....
Nunca havia encarado ela com tanta realidade quanto agora. Mas não era porque isso quase aconteceu comigo,que eu iria desistir,mulheres que foram estupradas não desistiram de seguir suas vidas,por que eu deveria?!
- Mãe....- Falei calma,tentando mostrar o máximo de controle que poderia ter
- Você está nervosa,estressada... Não está falando coisa com coisa... É mais o medo falando por você,que a senhora mesmo,então... Por favor passa para o meu pai...
- Helena,eu
- Passa para o meu pai! - o descontrole que eu estava tendo disfarçar acendeu como uma brasa quando ela tentou recusar,e acho que tanto ela quanto eu,vimos que realmente eu precisava de alguém para me acalmar naquele momento,e não para me deixar mais estressada - Por favor....
A ouvi suspirar antes de deixar o telefone aos murmúrios e a chamar meu pai,que com certeza não estava longe.
- Helena?!
- Pai! - tive vontade de chorar quando ouvi sua voz,a única que tinha um poder inimaginável em mim,como somente de ouvi-la, soubesse que tudo ficaria bem.
- Meu amor....- sua voz ficou mais relaxada,quase pude sentir o toque de suas mãos em meu rosto,arrumando meus cabelos com um lindo sorriso em seu rosto - O que aconteceu?...
- Pai,eu... Eu....
- Shiii.... Meu amor,não precisa chorar...- era difícil me controlar,lágrimas caiam por mim sem que eu tivesse o mínimo de controle,eu queria me manter forte, queria não mostrar fraquezas, queria não chorar, mas era quase impossivel
- Eles não te machucaram muito não é?...
- Ahh....
- Helena,o quanto eles te machucaram? - Muito pai,eles me machucaram muito, era o que eu queria lhe responder,mas eu não podia. Porém John,era meu pai,e como pai ele conhecia sua filha,o ouvi xingar no telefone,e meu pai,tinha uma seria política em nunca xingar,então eu sabia que ele devia estar muito mal ou muito possesso para fazer isso - Eu me lembro de ter pagado anos de aulas de luta para isso não te acontecer,Helena!.... Eu... Eu... Sua mãe está certa,Nova York não é cidade para você!
- Pai....
- Não,não faça isso!... Não irá me convencer assim!
- Eu amo esse lugar pai.... Tudo que eu construí,está aqui.... Minha casa,meu trabalho,meu amigos....
- Filha entenda...
- Pai,por favor,não me force a entender algo que eu não quero.... Não vou deixar Nova York... Eu amo e quero estar nesse lugar,e por favor não me recrimine por isso...
- Mas Helena,se algo tivesse lhe acontecido....
- Mas não aconteceu,eu estou bem pai... De verdade... Não precisa se preocupar...
- Você fala para um pai não se preocupar com sua filha... Impossível disso acontecer Helena!
- Eu estou a salvo... Tenho pessoas ao meu redor que estão disposta a tudo pela minha segurança... - Olhei para Matt,que me olhou também,contendo em seus olhos a certeza para essa frase - Eu vou ficar bem....
Silêncio do outro lado da linha...
- Pai?...
- Tudo bem Helena... Você quer ficar aí,tudo bem... Mas ouça,vou fazer alguns telefonemas,falar com alguns antigos amigos... Vou garantir mais a sua segurança.
Meu pai e sua mania louca de sempre tentar proteger cada um de nós,não me espantaria que um dia eu acordasse e estivesse sendo escoltada por um carro tanque aonde quer que fosse. Ele e seus amigos militares,pareciam loucos por segurança,porque parece que você até pode sair do exército,mas o exército nunca sai de você...
- Tudo bem pai... Se você acha melhor,tudo bem então...- eu disse por fim, Cansada daquela discussão que só fez minha cabeça piorar - Só me prometa que irá tranquilizar mais a mamãe... Não gosto do estado em que a deixei...
- Fique tranquila Helena... De todas as pessoas que eu conheço,a sua mãe é a que eu mais sei lidar.... Não se preocupe okay....
- Okay Pai...- eu disse com um sorriso triste no rosto,respirando fundo - Eu te amo....
- Também te amo,minha estrela.... E Helena.... Se cuide,tá bem...
- Tá bem pai....
- Nos vemos em breve amor... Estou com saudades....
- Eu também... Até pai...
- Tchau,Helly....
Ligação off--
Helly...
A quanto tempo eu não ouvia esse apelido, ele me fez dar um sorriso em meio a duas lágrimas que escorreram por meu rosto.
Esfreguei meu rosto,para limpar aquelas emoções que eram demais para mim,me fazendo instantemente gemer de dor por isso.
- Mas que mer....- Foi quando pude ver parecialmente meu reflexo no vidro da janela,e entendi perfeitamente o porquê de tanta Dor.
Deus eu estava horrível!
Com o supercílio direito cortado,manchas amarelas e roxas se estendiam por todo esse lado da minha face,meu lábio inferior estava partido,com vários ralados ao lado da minha boca do lado esquerdo da minha face,um pouco embaixo de uma enorme mancha meio vermelha,meio amarela em minha bochecha. Manchas negras estavam envolta dos meus dois olhos,e uma enorme ferida,fina porém um pouco profunda ia da minha sombrancelha esquerda até o começo do meu couro cabeludo.
Horrorizada com aquela visão minha,passei a mão pelos meus cabelos,podendo sentir as ataduras no meio deles,indicando aquilo que eu sabia bem,eu havia sido ferida na cabeça e a julgar pelo tamanho dos curativos,não fora pequena. Isso sem falar do meu corpo,que com certeza onde não estivesse ralado,estava roxo ou pelo menos dolorido.
- Hei...- Matt se aproximou de mim,colocando um mão em minha coxa,que reagiu instantaneamente ao seu toque,mas não me incomodei,fazia dias que eu e ele não nos tocamos, por isso era bom sentir seu toque quente em mim,mesmo que fosse um pouco doloroso - Vai ficar tudo bem....
- Vai sim.... - Lhe dei um leve sorriso, confirmando com a cabeça. Vendo algo em seu olhar,que eu sabia que estava o incomodando,e sinceramente eu meio que temia o que se seguiria daquela conversa - Matt...
- Porque saiu da boate Helena?... Laura estava confusa... Bêbada demais para me dizer quem era no telefone.... - Ele me olhou para mim,e eu pude ver em seus olhos como eles suplicavam para não ser quem ele estava pensando, provavelmente o único a me fazer cometer algo que ele julgava ser loucura - Quem foi que te ligou Helena? E por que pediu para você ir tão tarde e sozinha para fora do Starlite?...
Baixei meu olhar por um momento,incapaz de encarar seu rosto para contar o porquê de eu simplesmente ter deixado a boate,mas eu precisava lhe contar a verdade,eis que diz a bíblia Conheceis a verdade,e a verdade vos libertará...
E eu acho que já passou da hora de eu começar a aplicar isso em minha vida...
- Desde que você viajou Matt eu meio que fiquei.... Fiquei fora de mim.... Na noite de quarta eu se quer me lembro de quando foi que eu comecei a beber,só sei que... Que acordei na casa do Daryl,que ele havia me buscado e me levado para sua casa,para cuidar de mim....- vi a expressão de Matt mudar instantemente sob meus olhos,Deus ajude para que eu possa chegar ao fim,porque como Matt tende a tomar suas decisões totalmente precipitadas,espero que ele pelo menos me deixe terminar antes de começar a jurar que irá matar seu irmão a marteladas ou a socos - Ele disse.... Disse para mim ter cuidado... Não ficar me expondo.... E sei lá... De alguma maneira ele deve ter sabido que eu estava num bar.... Ele... Ele só estava preocupado comigo Matt... Não tem porque ficar bravo....
- Claro.... Porque é como se você precisasse da preocupação dele....
- Pronto,eu sabia que não devia ter aberto a minha boca! Bem feito Helena! Da próxima vez deixa a verdade do jeito que tava, escondida...
Ele se levantou da cama bruscamente,e começou a andar pelo quarto como um leão enjaulado.
- Ele só estava preocupado comigo Matt...
- Ele não tem que se preocupar Helena! Você não entende?!.... Ele tem que ficar na dele,você já tem a mim para se preocupar com você,não precisa dele! - apesar de gostar de ouvir isso,me machucava de certa maneira ele estar falando aquilo do próprio irmão. Daryl não havia feito nada de errado,não foi por culpa dele que eu fui atacada,e se eu bem me lembro a "culpa" disso era de Matt,assim como o idiota e repugnante cara havia falado para mim,então basicamente não tinha porque endoidar simplesmente porque recebi uma ligação de Daryl
- Ele precisa se por no lugar dele! Você já tem namorado! Não precisa dele pra bancar a babá!
- Ele não é minha babá Matt! Simplesmente se preocupou comigo,quando você se quer se importou! - Eu não queria ter falado o que falei,mas foi incontrolável! O que ele estava dizendo não era verdade,Daryl só me fez o bem,quando ele me deixou,não era justo dizer essas coisas dele - É injusto você dizer isso dele!... Não é porque ele age de um jeito diferente que significa que ele não se importe!
- Por favor Helena,não é como se você o conhecesse a vida toda! - Ele passou a mão nervosamente pelo cabelo várias vezes,dava para detectar o nível de tensão no ar,e com certeza aquilo era algo que nenhum de nós planou para acontecer,mas precisamos tirar as coisas a limpo,de uma vez por todas,então fodasse que estávamos em um hospital,nós precisamos conversar,ou melhor,discutir aquilo.
- Não Matt,eu não o conheço a minha vida toda como você.... Mas não preciso disso,para ver que Daryl se importa comigo,e ao que parece muito mais do que você! - Ele me olhou como se não tivesse acreditando no que ouvia,mas ele tinha que aprender que suas ações tinham consequências e de que eu nem sempre estaria ali,para ele,para o receber quando ou se tivesse vontade de mim, existiam outras pessoas ao meu redor que também se importavam,e Matt tinha que ver isso e não simplesmente ignorar ou explodir com isso.
- O que você disse?....
- O que você ouviu! Posso não conhecer Daryl tão bem,sei que ele também tem seus segredos mas ao contrário de você Matt,ele não surta simplesmente porque não pode me contar algo! Ele não age feito um louco neurótico bipolar que num momento age como se eu fosse a pessoa da vida dele e no outro como uma completa estranha! - Somente tomei consciência do que havia falado,no momento em que terminei de proferir aquelas palavras,não posso negar que me senti expressamente bem e mais leve quando o fiz,mas isso só durou rápidos segundos, já que ao ver o tanto que minhas palavras o feriram,meu coração voltou a afundar
- Matt eu... Eu não quis....
- Eu vou chamar um médico... Dizer que você acordou....- ele mal olhou para mim ao falar essas palavras,se dirigindo a porta,mas parando antes de virar a maçaneta - O engraçado Helena, é que você me julga e exige a verdade de mim... Que eu te revele os meus segredos mas... E você? Você confia em mim para revelar os seus segredo?...
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