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Capítulo Seis - Coisa de Viado


- Você vai adorar – um dos colegas de Harry falou, ele tinha mania de falar encostando nele e aquilo incomodava o cacheado.

- Tenho certeza – Harry sorriu incomodado – mas eu não posso, final de semana eu sempre tenho coisas para fazer.

- Poxa Harry – a menina que estava junto fez biquinho, colocando sua mão no ombro do cacheado – Nós vamos na sexta a noite e voltamos no domingo a tarde, são só duas noites. Não vai atrapalhar na universidade.

- Eu sei, mas eu realmente não posso – será que o Louis ia demorar?

- Você realmente tem crianças ou está dando uma desculpa para nos dispensar? – o terceiro provocou e todos ali riram, menos Harry, que só sorriu amarelo.

O garoto a sua frente, que ficava inventando desculpas para lhe tocar, e a garota, que ainda não tinha tirado a mão do seu ombro, olhou para trás de Harry e ficaram um pouco espantados. O garoto até ajeitou o cabelo e sorriu de um jeito que ele tinha certeza que era provocativo.

- Professor Tomlinson – ele falou de um jeito sedutor.

- Olá – Louis cumprimentou a todos e olhou para a garota, que ainda tocava em Harry, ele levantou a sobrancelha e ela o soltou imediatamente – Vamos Hazz? – ele disse colocando a mão na parte de baixo das costas do mais novo.

- Vamos sim, eu já estava me despedindo dos meus colegas – Harry gostou de como Louis parecia possessivo com ele.

- Vocês se conhecem? – um dos garotos perguntou confuso.

- Claro que sim – Louis falou como se aquilo fosse óbvio e fosse engraçado alguém pensar diferente.

- Mas... mas você não acabou de chegar nos EUA? – a menina perguntou para Harry – Como vocês se conhecem?

- Acabei de chegar para morar sim, mas eu já tinha vindo outras vezes – Harry falou e, de propósito, ele não estava explicando a situação.

- E vocês esquecem que eu sou britânico – Louis comentou de um jeito leve, brincalhão, mas dando margem para que eles pensassem qual o tipo de relacionamento ele e Harry tinham – Mas agora precisamos ir, temos que almoçar e eu tenho mais aulas para dar na parte da tarde – ele se virou para o cacheado, sem o soltar e ignorando os outros alunos – vamos comer perto do shopping? Porque pensei em usar esse tempo para comprarmos uma calça nova de jogo para Diana, ela rasgou a dela no último treino.

- Tudo bem, o jogo já é no sábado, melhor comprar hoje – Harry sorriu e depois falou para seus amigos – Tchau, até mais tarde.

Louis apenas se despediu com um aceno de mão e foram em direção ao carro do mais velho, o tempo todo a mão de Louis esteve nas costas de Harry.



- Não, sem chances! – Harry riu e quase engasgou com o peixe que comia.

- Eu estou falando sério, eu fui Danny Zuko no musical da escola – Louis comentou – e fui muito bem, aliás.

- Imagino – Harry ainda ria.

- É sério – Louis jogou um guardanapo em Harry, que riu mais ainda – eu fui o melhor Danny Zuko que aquela cidade já viu – mas o cacheado ainda ria e Louis se fez de revoltado – Ainda não acredita em mim? Beleza, escuta só: Summer dreams ripped at the seams, but, oh, those summer nights.

Louis cantou perfeitamente e fez um agudo sensacional na última palavra, Harry ficou boquiaberto, a única coisa ruim é que o momento acabou muito rápido. Louis foi tão bom, que até pessoas de mesas em volta olharam para eles.

- Lou, isso foi incrível!

- Eu disse que fui o melhor – ele falou falsamente arrogante e o cacheado bufou – literatura, música e atuação são coisas que eu gosto muito, eu só conseguiria seguir em uma dessas áreas.

- Você dizendo que eu canto bem e olha isso, eu até estou envergonhado agora.

- Mas você canta bem, Niall e Zayn levam música muito a sério, eles nunca te elogiariam se não achassem aquilo. Você viu, Niall não tem filtro no cérebro e diz qualquer coisa que vem a mente dele. E você não tem um amigo que é músico e vive tentando te convencer a cantar com ele?

- Sim, o Eddie – Harry sorriu – ele disse que quer vir para L.A. assim que puder.

- Ele pode ficar em casa, se não se importar em dormir no sofá – Louis falou bebendo do seu suco.

- Não quero incomodar e, mesmo que ele fique com a gente, podia ficar comigo no meu quarto.

- Como eu disse, ele pode ficar em casa se não se importar em dormir no sofá – o mais velho sorriu cínico e Harry ficou confuso, aquilo era ciúmes? – quer saber uma coisa engraçada de quando eu era o Danny Zuko?

- Claro – ciúmes e mudança de assunto? O que estava acontecendo?

- A minha melhor amiga na escola se chamava Casey e ela interpretava a Rizzo. Só que na vida real, ela namorava a Amy, que interpretava a Sandy. Então todo ensaio eu ficava provocando ela, dizendo que ia pegar a namorada dela e que Amy gostava mais de mim do que dela. Eu até fazia as cenas de beijos bem devagar ou repetia, só para ver a Casey puta da vida comigo – Louis sorriu travesso e Harry estava amando a história e como Louis ficava contando ela.

- E o que ela fazia?

- Ficava bem brava, mas ela se vingava de mim – ele riu – no filme a Rizzo namora o Kenickie, que é o melhor amigo do Danny. Quem interpretava ele era o Allan, o meu namorado na época, então ela fazia o mesmo comigo.

Harry deu uma leve engasgada e travou no lugar. NamoradO? Ele tinha entendido bem? Louis tinha acabado de dizer que tinha um namorado na época da escola?

- Sério? – a voz de Harry saiu estranha e ele estava a ponto de surtar, ele até precisou limpar a garganta e tomou vários goles de suco.

- Sim, aí ficávamos desse jeito, eu fazendo ciúmes nela e ela em mim. Allan e Amy ficavam no meio, apenas se divertindo com isso – Louis fingia muito bem que não tinha reparado na reação de Harry, que ainda estava espantado e meio travado.

O mais velho tinha soltado a informação e ficava feliz de isso ter causado alguma coisa no cacheado, só esperava que fosse positivo. Agora que Harry sabia que Louis era bissexual, talvez as coisas ficassem mais fáceis.

- Eu vou no banheiro e já volto – Harry sorriu amarelo e se levantou rapidamente, ele precisava de um minuto para pensar.

Ele passou duas semanas chateado e se sentindo culpado por estar atraído por um homem hetero e descobre, assim do nada, que ele é bi? Oh Meu Deus! E para Louis falar disso naturalmente, quer dizer que ele era bem resolvido com isso, não é?

O que ele deveria fazer?

- Eu estou prestes a entrar em um show, fala rápido – Ed disse quando atendeu o celular.

- Mas ainda é hora do almoço – Harry falou confuso.

- Não na Itália, onde eu estou, então me fala o que aconteceu!

- Ele é bissexual!

- Louis?

- Sim!

- Acho que posso me atrasar uns minutos para entrar no palco. Como foi isso? Ele te falou do nada ou você descobriu?

- Estávamos conversando e ele estava contando da adolescência dele e ele falou de um ex namorado.

- Ok, temos duas opções: ou ele se distraiu e soltou sem querer ou ele queria que você soubesse – Ed ponderou – de qualquer jeito, se você já sabe que ele é bi, porque não usa a seu favor?

- O que eu faço? Eu já me apeguei a essa família e se eu fizer alguma coisa errada e perder eles?

- Calma, uma coisa de cada vez. Deixe ele saber que você é gay, vê a reação dele e depois você vê aonde isso vai dar.

- Certo, eu vou dar um jeito de puxar o assunto.

- Conta da vez que fomos naquele bar gay na Alemanha – Ed riu.

- Nem pensar, eu quero tentar alguma coisa com ele, não o assustar!

- Você que sabe, mas eu ainda tenho as fotos...

- Ed! Vai logo para o show que os seus fãs estão esperando!

- Ok – Ed riu mais alto – Viu, vou ter minha folga em algumas semanas e vou aí te ver. Estou com saudades de você e quero conhecer esse Louis, eu ando stalkeando ele nas redes sociais, mas não é a mesma coisa.

- Pare de stalkear ele e não me faça passar vergonha! – Harry implorou.

- Não prometo nada – Ed cantarolou – tchau Hazzy.

"Ah Meu Deus" Harry bufou, porque ele ainda tentava?

- Ok, respira fundo e volte para aquela mesa – ele falou para si mesmo olhando no espelho. Sorte dele que ninguém entrou no banheiro e viu ele falando sozinho.

Ele andou pelo corredor ensaiando o que ele iria falar, talvez algo do tipo "Sabe aquela história que você contou sobre sua amiga? Me lembrou de uma vez que Ed, o meu melhor amigo, e eu fomos..."

Mas ele esqueceu qualquer coisa quando chegou perto da mesa e havia uma mulher sentada no lugar dele. Ela era bonita, loira, de olhos claros, se vestia bem e sorria sedutoramente para Louis. Eles pareciam ter algum tipo de intimidade, já que ela estava no lugar de Harry, de frente para Louis e segurava a mão do mais velho.

Louis estava entediado e sua colega de trabalho estava falando sem parar de uma social que aconteceria entre os professores no domingo e, para variar, Louis tinha esquecido.

- Depois de lá, alguns de nós vamos sair para beber – Audrey sorria para ele, se fosse outro momento ele até podia ficar interessado, mas não quando tinha aquele jovem de olhos verdes controlando seus pensamentos. E ela o tocava demais, Louis não gostava de quem ficava o tocando toda hora – você devia vir conosco.

- Sinto muito – ele não sentia – mas não dá. Eu vou com meus filhos, não tem como sair depois.

- Você pode pedir uma babá – ela sugeriu e ele se segurou muito para não revirar os olhos.

Nesse momento ele olhou para o lado e viu Harry. Louis estava feliz por ver o mais novo, até perceber que ele estava parado e estranho. O olhar do mais novo estava na mão de Louis, que Audrey segurava e ele percebeu que o cacheado podia ter entendido tudo errado.

- Querido – Louis falou do nada e sem pensar, chamando a atenção de Harry e assustando Audrey – venha, me deixa te apresentar minha colega de trabalho.

Harry não conseguia acreditar que Louis tinha feito aquilo, mas a cara de choque da loira, que o media de cima a baixo, tinha sido muito bom.

- Desculpe a demora – Harry falou chegando perto deles, sorrindo como se não estivesse surtando segundos antes.

- Tudo bem - Louis estendeu a mão para o cacheado e o puxou para se sentar do seu lado. Ele também colocou seu braço por cima do ombro do mais novo, deixando que seus corpos ficassem colados – Audrey estava falando de uma reunião de professores que vai acontecer no domingo a tarde, eu tinha me esquecido completamente. Nós não temos planos para domingo, não é?

- Domingo não, só sábado – Harry respondeu pensativo, então se virou para Audrey, que os assistia ainda sem conseguir falar nada – vai ser o segundo jogo de beisebol da Diana, dessa temporada. O outro time é muito bom e ela está bem ansiosa.

- Sim – Louis concordou bebendo da sua bebida – por isso não podemos demorar, ainda temos que passar no shopping e comprar o novo uniforme para ela.

- Estou pensando em comprar material de desenho para Matt, ele quer começar a desenhar suas próprias roupas. O que você acha?

- Por mim tudo bem – Louis concordou e fez carinho na bochecha de Harry, que sorriu levemente envergonhado.

- Eu... vou voltar para minha mesa – Audrey disse com um sorriso amarelo – Até mais tarde, Louis.

Ela se levantou incerta e voltou para a sua mesa. Harry se sentia vitorioso e Louis muito satisfeito de saber que o cacheado também tinha ciúmes dele. Eles conversaram apenas de coisas aleatórias, mas Harry não saiu do abraço de Louis e esse também não se afastou.



Naquele mesmo dia, assim que voltaram para a UCLA depois do almoço e das compras para as crianças (que acabaram se estendendo para Alec e Alice, já que Harry não queria que eles se sentissem excluídos, mesmo Louis argumentando que não tinha como um bebê de nove anos se se sentir excluído por não ter ganho presentes), parecia que toda a universidade sabia que eles estavam tendo um relacionamento.

A diferença é que os alunos comentavam que Harry estava saindo com o professor Tomlinson e a maioria não sabia se tinha raiva do cacheado, porque ninguém tinha conseguido chamar a atenção do professor até então, ou tinham inveja pelo mesmo motivo.

Mas os professores não sabiam quem era o acompanhante misterioso de Louis, já que nem o nome de Harry ele tinha dito a Audrey, apenas o chamando de "Querido". Como Audrey era de um departamento diferente do qual Harry estudava, ela não sabia que ele era aluno, então ninguém tinha pistas de quem seria o namorado de Louis.

Resumindo: Boa parte da universidade estava fofocando sobre eles, Harry estava com vergonha e Louis bem satisfeito por todos pensarem que eles estavam juntos.

A única coisa que, de fato, estava incomodando Harry é que ele não tinha conseguido achar um jeito natural de dizer que era gay em uma conversa com Louis. Ele até tinha tentado, mas nada parecia bom e, nas raras vezes que estava conseguindo, as crianças apareciam e estragavam o momento.

Na sexta-feira a tardezinha a família Tomlinson estava no jardim, Louis tinha conseguido sair mais cedo e agora estava com Diana jogando bolas para que ela pudesse rebater, a ajudando a treinar para o dia seguinte. Harry estava sentado em uma toalha no chão, ele e Alec estavam ajudando Alice nos exercícios para que ela pudesse engatinhar. E, por fim, Matthew estava com eles na toalha, mas desenhando o que ele dizia que seria a sua primeira coleção de roupas.

- Hazz, eu sou gay? – Matthew perguntou do nada, assustando tanto Harry, quanto Louis.

- O que foi, querido? – Harry perguntou, esperando não ter entendido direito.

- Eu sou gay? – Matthew repetiu parando de desenhar e encarando o mais velho – Um menino da minha turma falou que eu sou gay.

- E por que ele falou isso? – Louis perguntou.

- Porque eu falei que quero pintar a unha e ele disse que é coisa de gay. Aí eu disse "O Hazz também pinta a unha" e ele disse que o Hazz também é gay.

- Bem, eu sou – Harry falou olhando para Matthew e ignorando a proximidade de Louis , Tanto tempo planejando como falar isso para Louis e acontece assim, do nada – mas não é pintar a unha ou gostar de moda que me faz ser gay.

- O que é "gay"? – Diana perguntou se sentando com eles.

- É quando um cara quer... – Alec começou a explicar, mas seu pai olhou feio – namorar com outro cara.

- Ah, tipo o papai e o Hazz – Diana falou, entendendo o assunto e Louis bateu na própria testa. O pior que ele nem podia culpar os filhos, esse jeito intrometido e sem noção estava no DNA dos Tomlinsons.

- Matthew, esse garoto te ofendeu ou te agrediu? – Louis perguntou sério – Se ele fez algo com você, eu vou na sua escola resolver isso.

- Não, quer dizer, ele falou umas besteiras, tipo, que não era para os amigos dele ficarem perto de mim, porque se não poderiam virar gays também. Mas como eu não gosto de nenhum deles, então foi um favor para mim – o menino deu de ombros.

- Qual o nome desse moleque? – Alec perguntou.

- Peter Deezen – Matthew respondeu.

- Beleza, eu resolvo isso na segunda – Alec falou sério.

- Você não vai resolver nada – Louis disse – segunda eu vou na sua escola e converso com a sua professora.

- Não precisa pai, a minha professora já deixou ele de castigo e mandou um bilhete no caderno dele. Ela disse que não importa se a pessoa é gay ou não, que isso não muda nada. Eu só queria saber se eu sou gay ou não – Matthew explicou, porque ele realmente não se importava com o coleguinha de sala.

- A única pessoa que vai poder responder isso, é você – Harry respondeu, puxando Matthew para um abraço – existem várias orientações sexuais diferentes e um dia você vai se identificar com uma delas ou talvez você decida nunca se rotular e isso está bem também.

- Matt, possa ser que você queira namorar garotas, pode ser que você queira garotos, pode ser que você queira namorar garotas e garotos ou que você nunca queira namorar ninguém – Louis falou calmamente – isso não importa, não muda quem você é ou o tamanho do amor que as pessoas que te amam sentem por você.

- Eu não quero namorar garotos – Diana disse fazendo careta – eles são nojentos.

- Eu acho que vou namorar garotos e garotas – Alec deu de ombros – não vejo porque tenho que decidir.

- Não, parem – Louis se jogou dramaticamente na toalha, ficando com sua cabeça no colo de Harry, os filhos riam – esqueçam, meus filhos nunca vão namorar! Eu não vou suportar isso! Que trágico destino a um pobre pai, ouvir seus filhos falando de namoro, acho que eu não posso surtar com isso!

- Já acabou com o drama? – Harry perguntou passando a mão no cabelo de Louis.

- Nunca e espera só o show que eu vou fazer quando o primeiro me apresentar um namorado ou namorada – o mais velho avisou.

- São por coisas assim, que vamos contar para o Hazz primeiro – Alec avisou.

- Oh, mais uma traição, meu coração não aguenta! Eu já fui trocado, meus filhos não me amam mais!

- Oh, o pai de vocês está se sentindo carente, ele precisa de um abraço! – Harry zombou.

Matthew e Diana pularam nele no mesmo instante, enquanto Louis ainda fingia chorar, Harry pegou Alice no colo, para que Alec pudesse se juntar a bagunça. Mas Louis esticou o braço e puxou Harry também, fazendo com que a bebê ficasse na barriga do pai e Harry no meio do abraço.

Um tempo depois eles estavam deitados na toalha, vendo as estrelas. A ordem era Alec, Louis com Diana em cima dele, Harry com Alice no peito e Matthew, com a cabeça no braço do cacheado.

- Pai, posso te confessar uma coisa? – Alec perguntou.

- Já quero avisar que estou com medo... Uh! – ele gemeu da cotovelada que levou de Harry – Claro que pode, filho.

- Eu odeio essa casa – ele disse suspirando – era só isso.

- Porque você odeia? – Louis pergunto, mesmo tendo o mesmo sentimento do filho.

- Porque ela é feia e não dá pra correr direito – Diana se intrometeu no assunto.

- A gente podia se mudar – Matthew sugeriu.

- Se a gente se mudar, eu quero um quarto só meu – Alec já deixou claro.

- Eu também posso ter um só meu? – Diana pediu – Eu gosto da Alice, mas quando ela chora é muito alto e, às vezes, ela enche a fralda e o quarto fede.

- Então vocês querem que eu arrume uma casa com seis quartos, só para as madames terem os próprios quartos? – Louis falou ironicamente, fazendo os filhos rirem – O que mais? Piscina? Cama elástica?

- E um cachorro! Temos que ter um cachorro! – Diana pediu.

- E um porão, para eu ensaiar – Alec completou.

- Meu Deus, vocês acham que eu sou milionário? – Louis falou exagerado e eles riram – Hazz, você devia estar do meu lado, me apoiando nessa.

- Eu não, eles têm razão – Harry respondeu e Louis se fez de ofendido.

- Seu merdinha, me apunhalando pelas costas!

Cerca de três horas depois, as crianças já estavam dormindo nas suas camas. Diana foi a mais difícil, porque ela estava muito animada com o jogo que seria na tarde seguinte. Harry estava na sala, assistindo um programa de reformas quando Louis, que tinha ido no seu escritório trabalhar um pouco, voltou.

- Hazz, você acha mesmo que deveríamos nos mudar? – o mais velho perguntou pensativo.

- Sinceramente, acho que pode ser bom – Harry respondeu abaixando o volume da televisão – eu até já tinha pensado sobre isso, mas como foram as crianças que puxaram acho que você deveria ouvir.

- Eu também tinha pensado nisso, foi uma das primeiras coisas que eu quis fazer, sabe, quando minha ex foi embora. Mas as crianças estavam passando por tantas mudanças, que achei que seria demais para elas.

- E acho que você estava certo – Harry falou colocando sua mão sobre a de Louis – naquela época elas precisavam de estabilidade. Mas acho que se vocês estiverem prontos agora, seria bom mudar de casa. Aqui é legal, mas não é a cara de vocês.

- Com certeza – Louis suspirou – você tem razão, é o melhor para todos nós, não quero viver no mesmo lugar que tem as lembranças dela aqui.

- Envolva as crianças no processo, deixe que eles te ajudem a escolher a casa – Harry aconselhou – eu acho que eles vão gostar e isso vai fazer bem para vocês.

- Obrigado – porque era tão fácil para Louis sorrir quando Harry estava por perto? – Eu sinto que depois disso vou poder deixar todo o meu passado e seguir em frente de verdade.

- Eu fico feliz com isso - Harry sorriu concordando. Seu coração estava acelerado, porque ele entendeu o que aquilo significava.


- Vai Raccoons! – Louis e Alec gritavam.

- Raccons não é um nome meio estúpido para um time de beisebol infantil? – Matthew perguntou para Harry.

- Muito, mas não vamos falar isso para sua irmã porque magoaria ela, ok? – Harry respondeu ajeitando os abafadores de som nas orelhas de Alice e o menino concordou.

Era sábado à tarde, dia do jogo da Diana contra os Bulldogs. Ela treinava a quase um ano e essa era primeira temporada que jogava como titular. Todos eles usavam camisetas do time, até mesmo Alice e Harry, que tinha ficado muito surpreso quando Louis tinha entregado a sua naquela manhã, dizendo que o cacheado não poderia ficar de fora da torcida. O engraçado era que todas as camisetas tinham o símbolo dos Raccoons na frente e o sobrenome do jogador atrás, ou seja, a camiseta de Harry tinha "Tomlinson" escrito nas suas costas.

Harry estava totalmente perdido, porque ele não sabia nada de beisebol e só gritava quando via Louis fazer. Na verdade, o próprio Louis não era fã daquele esporte, ele gostava mesmo é de futebol e basquete, até tentou convencer a filha a mudar a modalidade, mas não deu certo. Então o jeito foi pesquisar tudo o que pôde e assistir vídeos e mais vídeos sobre o assunto, agora ele já era quase um expert.

- Olha ela lá! – Louis apontou para Diana, que andava até sua base.

- Oh, ela está tão fofinha! – Harry exclamou. Diana estava com capacete, uniforme e carregava um taco, tudo parecia ser maior do que ela, mas ela estava concentrada.

- Vai lá, Diana, acaba com eles! – Louis gritou para a filha e algumas mães olharam feio para eles.

A pequena se preparou, focando o máximo que pode, o arremessador lançou a primeira bola, mas a menina não foi rápida o suficiente e errou. Ela praguejou alguma coisa, foi repreendida pela menina que estava próxima dela e revirou os olhos. Exatamente como o pai sempre faz.

- Diana, não importa, só foi a primeira chance, manda ver na próxima! – Louis gritou e Diana olhou para o pai concordando.

- Pensa em sorvete! – Alec gritou e a irmã sorriu.

Harry já estava comendo suas unhas, ele não servia para aquilo. Era muito tenso, tudo o que ele queria era correr e abraçar a pequena. Quando ele viu o rostinho decepcionado dela por ter errado, ele queria parar tudo.

- Calma, ela vai se sair bem – Louis falou pegando na mão de Harry. Era como se ele soubesse que o cacheado estivesse precisando daquilo – eu sei que você é uma "mãe coruja", mas não precisa se preocupar.

- Mas ela pode se machucar e você viu a carinha dela? – Harry falou preocupado, o que fez Louis rir.

- Vem cá – ele puxou o mais novo para um abraço, mantendo seu braço sobre os ombros dele e fazendo carinho no braço de Harry.

- Vamos lá Di – Alec gritou, Diana se preparou e o arremessador lançou a bola.

Num movimento perfeito, Diana girou o corpo e acertando a bola em cheio. Ela começou a correr desesperadamente, mais do que a maioria das pessoas achariam que uma criança daquele tamanho conseguiria. Quando ela viu que talvez não desse tempo, praticamente mergulhou no chão, conseguindo garantir a terceira base.

- Minha garota! – Louis e o resto da família gritavam e comemoravam, Harry achou que fosse enfartar – Você está bem, Hazz?

- Emoções demais – ele balbuciou, Louis sorriu e, sem pensar como sempre, beijou o rosto de Harry e depois continuou a comemorar com os filhos.

Algum tempo depois, quando Harry achou que estava começando a entender o jogo e não tinha um mini ataque cardíaco cada vez que Diana estava em campo, Alec e Matthew voltaram da barriquinha de cachorro quente cochichando sobre alguma coisa.

- O que vocês aprontaram? – Louis perguntou desconfiado, Alice estava bem acordada e brincando no colo do pai.

- Nada – Alec respondeu relaxado, dando de ombros e mordendo seu cachorro quente.

- Tem alguma coisa que você quer me contar? – Harry sussurrou para Matthew que confirmou com a cabeça – Você quer contar aqui ou em casa?

- Em casa – Matthew respondeu.

- Tudo bem – Harry concordou dando tapinhas no joelho do menino, que sorriu agradecido. Louis não concordou, porque ele já estava prestes a torturar os filhos para obter respostas, mas agora teria que esperar chegar em casa.

Meia hora depois o jogo tinha terminado, o time de Diana tinha perdido, mas Alec falou que foi por muito pouco, só que o placar era tão estranho, cheio de informações que Harry não entendia nada, então ele teve acreditar na palavra do menino. Ele achou que Diana estaria triste, como tinha visto outras crianças estarem, mas ela veio correndo até eles, completamente suja, com alguns arranhões, mas feliz.

- Me virando jogando? Eu fui bem? – ela gritou pulando no colo do pai.

- Você foi incrível, na próxima é vitória, certeza – Louis respondeu para a menina – que tal pizza e sorvete comemorar?

- Sim! – ela respondeu animada, batendo palmas e sendo imitada por Alice, que estava no colo de Harry.

- Aquele ali – um garotinho apontou para Matthew e Alec entrou na frente dele na hora.

- O que você quer? – Alec praticamente rosnou.

- Você é o pai desse moleque? – um homem da mesma altura de Harry, só que um pouco mais velho, veio para cima do cacheado, apontando o dedo na cara dele e sem se importar se Harry tinha um bebê no colo – Esses moleques são seus?

- Sim, mas o que está acontecendo? – Harry perguntou confuso, tentando acalmar Alice que tinha se assustado.

- Devia criar melhor esses marginais – o homem empurrou o ombro de Harry que recuou alguns passos com a violência, nisso Alice começou a chorar de verdade, chamando a atenção das pessoas em volta.

- Você está maluco? – Louis gritou furioso, empurrando o homem – Hazz, você está bem? E a Alice?

- Sim, ele só me empurrou e isso assustou a Alice – o cacheado respondeu um pouco confuso, porque ele realmente não estava entendendo o que estava acontecendo. Já Louis não parecia convencido e ficava passando a mão no rosto dele e de Alice, para ver se ambos realmente estavam bem.

- Entendi – o homem cuspiu no chão – pro filho ser bicha, os pais também tinham que ser, né? Vocês deviam ter vergonha, ficar assim na frente das crianças!

- Quem, caralhos é você? – Louis estava muito bravo, puto da vida.

- Pai – Alec o chamou e apontou para o menino que estava com aquele homem, o menino estava com um lado do rosto arranhado – aquele é o Peter Deezen, esse é o pai dele.

- Ah, entendi – Louis disse sarcástico - pro filho ser um babaca homofóbico, o pai também tinha que ser, né? Escuta aqui seu ignorante de merda, se você ou seu filho encostarem na minha família de novo, eu vou arrebentar você!

- Foram seus filhos que bateram no meu – o homem claramente estava alterado por causa de álcool, quem é que bebe tanto em um sábado a tarde em um jogo infantil?

- Ele chamou o Matt de bicha e tentou derrubar ele – Alec se explicou – eu só devolvi o favor. Que é? Não aguentou apanhar do viadinho e correu para o papai, é?

- Alec – Louis repreendeu o filho, que ficou quieto, mas ainda desafiava o tal Peter com o olhar.

- Louis, melhor irmos embora – Harry falou, ele segurava Alice no colo, que finalmente tinha parado de chorar, e Diana estava agarrada a sua perna, assustada com isso.

- Já vamos – o mais velho respondeu o cacheado com calma, depois se voltou para o pai de Peter – se você não gostou do que aconteceu, poderia ter vindo falar comigo e eu resolvia com meus filhos. Mas isso não te dá o direito de ameaçar minha família.

- Não gostou porque empurrei a sua mulherzinha? – o outro riu bêbado, apontando para Harry – Seja homem!

- Ele é homem, nossa sexualidade não mudou isso e se você conhecesse um pouco de biologia, saberia disso – Louis falava de um jeito estranhamente calmo, ele não estava sorrindo ou brincando – Se você tocar no Harry de novo, eu vou te arrebentar na porrada e eu não me importo onde estivermos, você me entendeu?

- Quero ver você tentar – ele bateu no peito de Louis o empurrando para trás – Bichas não deveriam poder andar com as pessoas normais, vão embora e vão fazer suas coisas de viado longe daqui!

Muitas pessoas assistiam a cena, algumas estavam chocadas com aquilo, outras até reclamaram de a briga estar acontecendo no lugar com crianças, mas o fato é que ninguém interferiu e aquilo deixou Harry com muito medo. Ele puxou as crianças para perto dele e entregou Alice para Alec, porque se fosse necessário, ele protegeria aquelas crianças com sua vida.

Mas, ao contrário de Harry, Louis parecia achar aquilo divertido, já que começou a rir.

- Coisas de viado? – Louis perguntou – Sabe o que são "coisas de viado"? Computadores. Também é "coisa de viado" alguns dos melhores e mais sofisticados softwares do mundo, alguns usados por todas as pessoas que estão aqui, incluindo você. "Coisas de viado" são algumas das mais importantes descobertas da medicina. "Coisas de viado" são algumas das maiores empresas do mundo, como Google, Microsoft, Apple e tantas outras. Aliás, se não fossem "viados", você nem teria emprego. Fora a quantidade de "coisas de viados" que temos nas artes e estou falando de Leonardo da Vinci ao cara que criou Hannah Montana. Então não vem com essa merda de "coisa de viado", porque existimos há muito tempo, sempre estivemos aqui e não é porque você tem problemas com a sua sexualidade, que tem descontar na gente – Louis falou e o homem apenas o encarava, ninguém sabia o que responder – vai embora e deixe a minha família em paz!

Louis virou de costas e estava indo para perto da sua família. Aquele circo deveria ter acabado ali e ele realmente não queria ter protagonizado aquele show bizarro na frente dos filhos. Mas, falando neles, tirando Alice, que ainda não tinha entendido nada, Alec parecia orgulhoso e Matthew e Diana o olhavam encantados.

- Que saber? – o homem tentou dar a última palavra – Mantenha as bichinhas dos seus filhos longe do meu!

Louis fechou os olhos e contou até três, mas não funcionou. Ele não queria ser o tipo que usava violência na frente dos filhos, só que às vezes, era necessário.

- Esqueci de mais uma "coisa de viado" – ele falou se virando para o homem – acontece, né? É que a gente já fez tanta coisa, que algumas passam batidas às vezes.

Louis socou o homem com força e deu uma joelhada no seu peito. O homem não respirava direito, mas tentou socar Louis, que conseguiu bloquear com um braço e com a outra mão acertou o nariz dele. O barulho foi alto e um pouco nojento, mas os olhos dele lacrimejaram e Louis resolveu acabar com aquilo, dando um chute no saco do cara, que caiu no chão gemendo de dor.

- Eu tentei conversar, mas você não quis escutar – Louis disse – porque outra "coisa de viado" é derrubar homofóbico na porrada. Agora você vai ter que olhar para todas essas pessoas, sabendo que elas te viram apanhar de mim. E quando seus amigos te perguntarem quem quebrou o seu nariz, você vai ter que contar para eles que foi um viado. 

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