Capítulo Nove - Praise Kink
A diferença do fuso horário entre Los Angeles e Amsterdã eram de nove horas, ou seja, quando Harry saía da aula, já era madrugada na Holanda. Quando era noite lá, era início da tarde em L.A. Eles conseguiam conversar rapidamente em alguns horários, mas ainda assim eram conversas curtas. O resto eram mensagens que um ia mandando para o outro e que eram respondidas quando dava tempo.
Quando foi deixar Louis no aeroporto, naquela tarde que eles tinham transado pela primeira vez e se declarado, Harry teve o desgosto de saber que Audrey e mais três colegas de Louis iriam naquela viagem.
Certo que Louis nem parecia notar, ele ficava agarrando o cacheado e o beijando repetidas vezes, sem se importar com quem estivesse por perto. Quando ele teve que ir para o embarque, foi meio triste e Harry sentiu uma sensação de vazio logo após o mais velho se afastar. Mas, antes mesmo que chegasse até o carro, Harry recebeu uma mensagem de Louis.
Lou:
Não esqueça do que eu te disse, porque é sério. Eu sou apaixonado por você e odeio ter que ir nessa merda de viagem com pessoas que eu nem gosto, sendo que podia ficar com você
Só mais alguns dias e estaremos juntos de novo com a nossa família
E você me deve um encontro
Aquilo salvou o resto do dia de Harry.
De resto a vida dele continuava igual, ele corria de manhã, fazia o café das crianças, levava todo mundo na escola, ia para suas aulas, buscava as crianças na escola, jantavam, faziam o dever, assistiam algum filme e iam dormir.
Mas, é óbvio, que sempre aparecem os dramas. Como na primeira noite depois de Louis viajar, quando Harry ainda estava assimilando tudo o que tinha acontecido entre eles, Lottie tinha ido buscar as crianças na escola para que Harry levasse Louis ao aeroporto, mas Alec chegou estranho.
- Não sei o que aconteceu, está assim desde que peguei ele – Lottie explicou, Alec estava tão irritado, que até os irmãos estavam ficando longe dele – e também não quis conversar.
- Alguém sabe de alguma coisa? – Harry perguntou para os Matthew e Diana.
- Não – a pequena negou.
- Eu não sei, mas eu acho que é culpa da professora dele – Matthew disse hesitante – ela não gosta da gente.
- Como assim? – o cacheado perguntou, ele já tinha notado que a professora de Alec olhava estranho para ele, como se ele desagradasse ela, e Louis já tinha comentado que ela fazia o mesmo com ele. Harry apenas achou que ela era o tipo de pessoa que vivia irritada o tempo todo.
- Eu não sei, ela é chata e disse umas coisas que eu não entendi que é errado, mas o que o papai faz que é errado? – o menino perguntou confuso.
Harry respirou fundo e trocou olhares com Lottie, ele já tinha escutado essa expressão vezes demais para não saber o que aquela mulher queria dizer.
- Matt, ela começou a falar isso, que o papai é errado, depois que eu passei a buscar vocês? – Harry perguntou mantendo a voz calma, o menino pensou um pouco e concordou com a cabeça.
- Acho que sim, antes ela achava que a gente era uns "coitadinhos" porque não temos mãe.
- Ok – Harry falou passando a mão no rosto – eu vou falar com Alec.
Tudo o que Harry queria era poder jantar e passar um tempo sozinho, repensando em tudo o que tinha acontecido naquela tarde. Eles tinham finalmente se declarado e ele queria surtar com seu adolescente interno, mas eles também tinham transado e que transa foi aquela? Ele também queria relembrar os momentos...
Mas tudo tinha que ficar de lado, porque ele tinha assumido o compromisso de cuidar daquelas crianças e ele faria aquilo. Por isso ele subiu as escadas e foi para o quarto de Alec, que estava deitado na sua cama, dedilhando seu violão e com cara de que não queria conversar.
- Eu tinha dez anos – Harry falou se sentando na cama de Matthew, mas ele não olhava para Alec, era como se falasse para o pôster do Imagine Dragons que Alec tinha colado na parede – eu não entendia porque algumas crianças riam de mim, mas elas não eram minhas amigas, então não me importei. Até que um dia, um deles me bateu, ele disse que eu esbarrei nele de propósito, mas não foi isso. Ele falou que se eu contasse para alguém, ele me bateria mais no outro dia, mas eu contei para todo mundo e fomos chamados na diretoria. Ele falou que a culpa era minha, que eu tinha começado e eu que provocava ele.
- E a diretora? – Alec perguntou quando Harry não terminou o assunto.
- Ela ficou do lado dele. Ela me "explicou" que o meu comportamento chamava muito a atenção e que se eu quisesse evitar esse tipo de coisa, deveria mudar a forma de falar, andar, me vestir... basicamente, ela falou que eu era todo errado.
- Por que?
- Eu não sabia na época, mas eu sempre fui um pouco afeminado. Eu não estava forçando nada, era só quem eu era, mas naquele dia a pessoa que deveria me proteger, estava dizendo que eu merecia apanhar só por ser desse jeito. Eu fiquei muito assustado e chorei muito, liguei para a minha mãe ir me buscar, mas demorei semanas para contar o que tinha acontecido.
- A sua mãe fez alguma coisa?
- Me explicou que eu nunca vou ser errado se eu for verdadeiro comigo. Eu entendi que tem muita gente babaca no mundo e eles são tão infelizes, que querem que você seja infeliz também. Querem que a gente siga as regras deles, mas se nem eles são felizes com essas regras que eles acreditam, porque nós seríamos?
Harry e Alec ficaram em silêncio por um tempo, o menino abaixou a cabeça, pensando em alguma coisa. O cacheado deu o tempo que ele precisava, Alec não podia ser pressionado quando se tratava de sentimentos, ele tinha o tempo dele.
- Por que essas pessoas não podem deixar a gente em paz?
- Existem pessoas – Harry saiu da cama de Matthew e se sentou ao lado de Alec – que não encontram a própria paz, porque elas não seguem os próprios corações. Foi ensinado que uma coisa tem que ser desse jeito e elas não questionam, apenas seguem com isso e se alguém tem coragem de fazer diferente, elas se irritam, porque elas não tiveram essa coragem.
- Eu odeio essas pessoas – Alec suspirou e Harry envolveu o menino nos seus braços
- Na maior parte do tempo eu sinto um pouco de pena delas, porque mesmo que elas nos machuquem, nós temos pessoas que nos amam do nosso lado, que nos apoiam e nos ajudam a melhorar. Elas só tem elas mesmas e esse rancor guardado, mas você tem a gente. Nós te amamos e faríamos tudo por você, você sabe disso, né? – ele beijou os cabelos do menino, que concordou - Agora você pode me dizer o que aconteceu?
- Sim – o menino suspirou de novo – hoje foi o primeiro ensaio para a apresentação de final de ano. Era quase certo que eu ia cantar Let Is Snow, Let Is Snow, Let Is Snow do Frank Sinatra, eu até comecei a ensaiar, mas hoje a minha professora mudou a programação. Ela trocou a minha música com a da minha colega, a Aysha vai cantar essa e eu vou cantar uma música da Celine Dion. Eu não entendi, se a Aysha queria cantar essa música, porque ela passou pra mim? Eu fiquei preocupado, porque tem poucos homens cantando Celine, principalmente essa música que escolheram, mas tudo bem, música não tem gênero, não é esse o problema.
Harry sorriu do modo que Alec contava a história e se sentiu muito orgulhoso da última parte.
- Então qual o problema?
- A música é "Because You Loved Me", eu já tinha ouvido ela e pensei comigo "eu consigo" – Alec falava e Harry não ia interrompê-lo, principalmente quando viu lágrimas se formando nos olhos dele – eu fui pesquisar sobre a música, porque eu precisava entender melhor, aí eu descobri que ela é uma música em homenagem às mães. Aquela bruxa quer que eu suba no palco da escola e cante para uma plateia cheia de gente uma música em homenagem às mães, sendo que eu nem tenho mãe e ela sabe!
Filha da puta!
Harry abraçou Alec, ele sentia a dor do menino e entendia a frustração. Louis tinha levado Alec em psicólogos, mas o garoto não estava pronto ainda, ele iria conversar com eles para ver se agora era um bom momento. Mas naquele instante Alec precisava do seu suporte.
E ele nem queria pensar em como seria explicar tudo aquilo para Louis e os surtos que o mais velho teria.
- Alec, eu entendo o que você está sentindo, mas você precisa lembrar de algo muito importante: você é um artista e artistas usam a arte para se expressar. Assim como eu uso a moda, você usa a música, então se essa bruxa achou que ia te afetar por escolher essa música, ela está muito errada. Você vai usar isso a seu favor e colocar todos esses sentimentos para fora.
- Como? – ele perguntou perdido.
- Eu conheço essa música e sei que a letra fala de um amor maior do que tudo. Quem escreveu encontrou esse amor na mãe, tudo bem, mas você tem outras pessoas que te amam mais do que tudo, use o amor por essas pessoas e faça da sua apresentação a melhor que aquela escola já viu.
- Eu não tenho mãe, mas eu tenho um pai que é mil vezes melhor que ela! – Alec disse confiante e Harry sorriu.
- Você tem sim – o cacheado o abraçou de novo – esse só vai ser o primeiro desafio e você vai encontrar milhares de outros até ser um cantor famoso e, mesmo depois disso, ainda vai acontecer muita coisa difícil. Mas você sempre vai ter a gente te amando e te apoiando, ok?
- Sim! – Alec sorriu feliz – Você acha que o Ed pode vir na minha apresentação?
- O Ed? – Harry se fez de ofendido – Eu estou te dando todo o apoio moral aqui e você está preocupado se o Ed vai ir te assistir?
- Hazz – o menino falou rindo – você está andando muito com o meu pai.
- Problema resolvido? – Lottie perguntou quando Harry voltou para a cozinha.
- Mais ou menos – o cacheado sentou no banco da ilha suspirando – acho que preciso conversar com a professora do Alec, talvez mudar ele de turma. Mas não sei se eu vou ou espero o Louis voltar.
- Por que você esperaria meu irmão?
- Porque ele é o pai, não quero que ele ache que passei por cima das decisões dele. E nem sei se eu posso resolver isso, afinal uma coisa dessas tem quer ser o responsável.
- Hazz – Lottie parou de mexer o molho na panela e o olhou surpresa – você sabe que está registrado como o segundo responsável pelas crianças, não é?
- Não, eu estou na lista de pessoas liberadas para buscá-las. O Louis me colocou na lista, ele assinou o termo na minha frente – Harry explicou.
- E você não achou estranho que em vez de atualizaram o sistema, eles fizeram meu irmão e você assinar um documento de responsabilidade? – ela perguntou.
- Sim, mas seu irmão disse que era normal – Harry disse dando de ombros.
- Por Deus – Lottie revirou os olhos – eu sempre me pergunto como meu irmão, um homem que ganhou bolsas de estudos em grandes universidades, que pode escolher onde estudar, que se tornou professor tão requisitado de uma das melhores universidades do mundo sendo tão novo, consegue ser tão burro as vezes!
- Lottie?
- Eu não sei se ele fez de propósito e não te contou ou se ele errou mesmo, porque as duas coisas são muito a cara dele, mas lá na escola vocês dois estão como os responsáveis legais pelas crianças. Isso quer dizer, para a escola, você é o outro pai.
Oh Meu Deus
- Você tem certeza? – Harry perguntou incrédulo. Bem, isso explicava porque a creche ligou para Harry no dia que Alice estava chorando muito e não para Louis.
- Tenho, a professora do Matthew é uma amiga minha e ela me contou que estava feliz pelo meu irmão estar praticamente casado de novo, que ela via como as crianças estavam mais felizes e etc. Aí ela me contou que quando viu que o Louis tinha te colocado como responsável legal, ela se assustou, mas como o Matt não parava de falar de você e estava ansioso para te ver, ela entendeu que era verdade.
- Lottie, eu não sabia.
- A questão é se o Louis sabe, porque é bem a cara do meu irmão fazer sem ter percebido ou fazer porque quis e achar que não precisava te contar. Enfim, de qualquer jeito ele confia muito em você e vocês são o casal mais lindo que eu já vi.
- Como você pode saber que seríamos um casal lindo se não somos um casal? – Harry perguntou ajudando Lottie com o jantar, mas a loira começou a rir.
- Não são? Por favor, vocês moram juntos, fazem as coisas juntos, dividem as reponsabilidades da casa, cuidam das crianças, fazem planos para o futuro e um ajuda o outro no que precisar. Vivem falando que não gostam de ninguém tocando vocês, Louis tem horror a quem fala pegando na gente, mas vocês dois se tocam o tempo todo e não tem problema nenhum.
Harry não falou nada, apenas constrangido porque tudo aquilo era verdade. Ok, ele estava envergonhado, mas também estava um pouco orgulhoso.
- Mas tem mais uma coisa – Lottie cantarolou, mexendo o molho do macarrão.
- O que?
- Pela primeira vez, desde que eu me lembre, ele não me pediu para vir ficar com as crianças.
- Mas é porque eu estou aqui – Harry falou, porque aquilo era óbvio.
- Exatamente – Lottiu sorriu – mas você sabia que todas as vezes que ele precisou viajar, quando ainda estava com aquela praga que ele chamava de esposa, ele me pediu para ficar? Era para "ajudar a praga a cuidar das crianças", porque ela reclamava que era muito trabalho. Mas Louis me disse que era porque ele não confiava nela cuidando sozinha das crianças, principalmente depois que a Alice nasceu.
- Espera, ela nunca cuidou dos filhos sozinha? – Harry perguntou incrédulo.
- Não, mal buscava eles na escola. Na vez que o Louis viajou, mas eu não podia ficar com eles, Niall inventou uma "festa do pijama" e levou as crianças para dormirem na casa dele, a Diana só tinha três anos. A praga nem ligou para o Louis para confirmar se eles tinham mesmo combinado isso, só mandou as crianças.
- Eu não sabia disso.
- Sinceramente, não sei como meu irmão não se separou antes dela, mas ele se sentia culpado, dizia que tinha apoiar ela, igual ela apoiou ele – Lottie revirou os olhos – no começo do relacionamento deles, ela até era legal e eles se davam bem, mas eu não achei que eles iam casar.
- Então o que aconteceu?
- Eu não sei bem, acho que ela começou a ficar ressentida que as coisas começaram a dar certo para o Louis e para ela não. Ela não conseguiu o emprego que queria, não avançava na carreira, mas também eu não via muito esforço por parte dela. Sabe a pessoa que nunca termina o que começa? No primeiro problema ela desistia, aí ela não alcançava o que queria. Só que em vez de assumir a responsabilidade por isso, descontava no meu irmão as frustrações dela, como se a culpa dela não conseguir o que queria fosse dele e não dela.
- Louis passou por muita coisa, eu não sabia que ele tinha suportado tudo isso.
- Sim, ele não é de demonstrar, mas ele é uma das pessoas mais fortes que eu conheço e eu me orgulho muito do Louis!
Harry ficou pensando naquilo e sentiu um calorzinho no coração pensando em tudo o que Louis passou e como ele superou isso. Ele se sentia tão orgulhoso por ele, que a saudade bateu forte e agora tudo o que ele queria era poder abraçar o mais velho.
- Lottie, eu tenho uma coisa para contar sobre o Louis e eu– Harry falou baixo, quase em um sussurro - Nós ficamos – Lottie se virou para ele, parando o que estava fazendo.
- O que?
- Nós ficamos antes dele viajar.
- Espera, ficaram ou FICARAM, sabe, naquele sentido?
- Lottie – ele reclamou com um pouco de vergonha e a garota arregalou os olhos – foi nesse sentido que você está pensando.
- Oh Meu Deus! Eu sabia! Eu sabia! Deus, você é testemunha que eu sabia!
- Por que todos os Tomlinsons precisam ser tão dramáticos? – o mais alto revirou os olhos.
- Mas e aí? Foi bom? Deu aquela química? Porque não adianta de nada o cara ser gostoso se na hora do vamos ver de verdade, não rola química. Quero cada detalhes.
- Você sabe que eu transei com o seu irmão, né? E você ainda quer detalhes disso?
- Vou ignorar esse fato, mas eu estou há semanas esperando por isso, não destrua meus sonhos! Vai me conta!
- Eu já disse que vocês são dramáticos?
- Não me enrola não, porque não é só o drama e o deboche que eu tenho dos Tomlinsons, também é a falta de paciência. Quero cada detalhe!
Harry revirou os olhos, porque sabia que não tinha como escapar. Ele mostrou a foto de Alice que tinha sido postada, explicou quando isso aconteceu, que a frase que Lottie tinha dito tinha o feito pensar e perceber que não poderia esperar mais, por isso tinha ido atrás de Louis para falar com ele.
- Quem diria que a frase do Louis ia voltar para ele mesmo? – a loira riu – Anos atrás, quando o Lou ainda dava aula em outro estado, eu vim passar as férias aqui nos Estado Unidos. Ele precisou vir aqui em L.A. porque tinha feito um trabalho em conjunto com a UCLA e eu vim com ele para passear. Nisso surgiu a oportunidade de eu trabalhar aqui, era na minha área de comunicação digital, mas a agência era um pouco menor da que eu trabalhava. Eu fiquei pensando muito, porque tinha estabilidade em Londres e minha família estava toda lá, já aqui eu teria que morar em L.A. sozinha, porque o meu irmão ainda morava em outro estado, mas a oportunidade era boa e eu tinha medo de perder. Foi aí que o Louis me disse que não tentar por medo de perder, é já não ter.
- Se você nunca tentar, nunca vai conseguir – Harry sorriu – ele disse que está apaixonado por mim.
- O QUE? – Lottie desligou o fogão e virou Harry para ela – Quero cada detalhe, Agora!
- Mas o jantar...
- Dane-se, eu preciso dessa história agora!
Então Harry foi obrigado a ignorar o jantar e contar cada detalhe, ele tentou omitir os detalhes íntimos, mesmo Lottie querendo saber cada um deles. A conversa foi resumida com "sim, eles tiveram muita química" e o cacheado teve tampar a boca da loira por causa dos gritos. Umas três vezes as crianças vieram na cozinha para ver o que estava acontecendo e porque tia Lottie estava tão escandalosa.
- Deus, obrigado por ter me deixado viva para presenciar esse momento!
- Meu Deus – Harry revirou os olhos – dá para parar?
- O que? Eu estou presenciando a melhor história de amor se desenrolando diante dos meus olhos e você quer que eu me acalme? Você está louco?
- Hazz, eu tô com fome – Diana entrou na cozinha reclamando.
- Vamos ter que pedir pizza – Harry respondeu contrariado, porque o macarrão tinha ficado tanto tempo na água, que tinha ficado pastoso – tia Lottie deixou nosso jantar tempo demais no fogo.
- E não me arrependo – ela respondeu já pegando o celular para pedir as pizzas – hoje é dia de comemorar, o que vocês querem?
Louis estava em mais um daquelas palestras chatas, era o terceiro dia dali, mas parecia ser um ano. Ele não aguentava mais, queria sua casa, seus filhos, queria Harry.
Ele queria muito Harry!
Apenas aquelas conversas por mensagens e pequenos áudios não eram suficientes. Ele queria poder enxergar seus olhos, fazê-lo rir tanto que as covinhas aparecessem. Ele queria tocá-lo, sentir seu cheiro, passar seu nariz pelo seu pescoço, sentir a maciez dos seus lábios, poder ouvi-lo gemer...
Ah, pronto! Lá estava ele ficando duro por alguém que estava em outro continente. Ele revirou os olhos para si mesmo, só tinha desfrutado o corpo de Harry uma vez e aquilo o estava enlouquecendo.
Ele se sentia mal por ter viajado no pior momento, tinha acontecido aquilo com Alec, que Harry já tinha lhe explicado e mesmo dizendo que Alec estava bem e empolgado com a apresentação, o coração de pai de Louis doía e queria voltar para abraçar seu filho. E gritar com aquela bruxa dos infernos por ter feito seu filho sofrer.
Ainda tinha a história da mudança, porque Louis tinha feito uma oferta pela última casa que eles tinham ido visitar, mas, ao mesmo tempo, o casal que estava interessado pela atual casa de Louis fez uma oferta muito boa se pudessem mudar em menos de duas semanas. Então Harry estava sozinho em L.A. com as quatro crianças, fazendo as fantasias de Halloween, decorando a casa e ainda tendo que organizar a mudança.
Louis estava se sentindo muito mal e culpado com tudo isso, ele entendia que nada aquilo era responsabilidade de Harry, afinal aquela era a família de Louis. Mas quando o mais velho tentou falar sobre isso com Harry, quase teve uma briga porque Harry se sentiu ofendido por Louis achar que ele "não era da família".
Lou:
Não é isso!
Você é muito importante para mim e para as crianças, eu realmente não sei dizer como seria para a gente se você fosse embora. Eu te disse o que sinto e sei que as crianças te amam! O que eu quis dizer é que você já está na universidade e precisa focar muito nos estudos, você mesmo disse que tem um trabalho importante para fazer esse semestre, eu não quero que as minhas responsabilidades te atrapalhem
Harry:
1- EU NÃO VOU EMBORA! (e se for levarei as crianças comigo, elas já sabem e concordam)
2- Em momento nenhum eu deixei de focar nos estudos, minha pesquisa ainda está acontecendo e está indo bem, quando eu sinto que preciso de ajuda, as crianças mesmo me ajudam. Mas ainda tenho Lottie como suporte, além de que Niall, Zayn e Liam ficaram aqui a noite toda e estão a disposição para me ajudar
3- E as MINHAS responsabilidades estão me ajudando nesse trabalho:
Então ele enviou uma foto de Diana vestida de uma deusa grego ou romana, Louis não soube dizer. As vestes dela eram brancas com tons de roxo e ela segurava um cacho de uva. Mesmo não entendo como aquilo ajudaria Harry, ele achou a foto muito fofa.
Harry:
4- Se eu achar que não dou conta, eu falo. Não vou sacrificar ninguém por ego, ainda mais as crianças. Sei que sou novo com tudo isso, mas eu dou conta e não estou sozinho
O que eu acho é que VOCÊ precisa entender que não precisa mais fazer as coisas sozinho e que tem alguém com quem dividir as responsabilidades
Você está lidando com tudo sozinho há bem mais tempo do que apenas seis meses, só que eu cheguei aqui e agora isso é mudou. Eu vou apoiar você e as crianças em tudo que eu puder e se tiver alguma coisa que eu não consiga ajudar um de vocês, eu vou procurar alguém que possa.
Sei que vim parar na sua casa meio no desespero, eu precisava de um lugar para ficar aqui em L.A. e talvez você ache que eu estou "me esforçando muito por não ter onde ficar", mas isso está errado. Eu estou aqui porque quero, se eu achasse que é demais, eu já teria ido embora.
Enquanto vocês me quiserem aqui, eu vou estar aqui, então pare de se preocupar se eu vou partir ou não! E pare de achar que precisa carregar o mundo nas costas!
Louis ficou um tempo olhando para a tela, talvez mais do que o necessário. Ele sentiu sua garganta coçar e os olhos arderem um pouquinho. O quão louco era ele ter alguém brigando com ele para ter mais responsabilidades, aliviando as do Louis?
E o quão bizarro e assustador era ele ter percebido que tinha passado tanto tempo assumindo tantas responsabilidades, que não sabia mais como agir quando era ele que era ajudado?
Quando seus pais se divorciaram, Louis trabalhou muito para ajudar a mãe. Ele também estudou o dobro do normal, porque sabia que só teria condições de ajudar sua família se tivesse um emprego que pagasse muito. Por isso estudou até conseguir ser aceito em várias universidades do Reino Unido, ele também jogou futebol para poder concorrer a bolsas, que foi o que aconteceu. Depois foi uma sucessão de muito estudo, muito trabalho e mais responsabilidades.
Ele começou a namorar Eleanor na faculdade, ele era o jogador de futebol e ela uma líder de torcida, um pouco cliché, mas foi isso. Se formaram, se casaram, ele começou a lecionar e estudou mais. Fez pós graduação, especializações, mestrado, assumiu como efetivo, se tornou pai, assumiu as contas da sua mãe quando ela ficou desempregada, ajudou a sua irmã a se manter na faculdade, foi pai de novo, nova casa, novo cargo, assumiu projeto, pai de novo, crises no casamento, mudança de emprego, nova casa, perdeu a mãe...
Ele só percebeu que tinha ficado tempo demais perdido nos próprios pensamentos, quando Harry enviou outra mensagem.
Harry:
Lou
Me perdoa se fui grosso, eu não quis te ofender
Eu só queria que você soubesse que você não está sozinho. Eu estou com você!
Mas se achar que estou me intrometendo muito, eu entendo. É a sua família e entendo que possa ser desconfortável
Sei lá, eu recuo um pouco, podemos traçar limites quando você voltar, só não quero que você fique chateado
Lou:
Me perdoe pelo o que eu falei, você é da família. Eu ainda preciso aprender a lidar com o fato de que não preciso mais cuidar de tudo sozinho
Você se tornou uma parte muito importante da família e eu sou muito feliz por isso
Acho que eu ainda não consegui deixar claro o quanto você é importante para mim, eu estou ficando louco aqui, porque eu queria estar com você!
Pode soar um pouco patético, mas eu estou com saudades...
Harry:
Eu também estou!
Então ele mandou uma figurinha chorando, o que fez Louis sorrir. Como ele podia estar tão entregue desse jeito? Eles estavam em um momento fofo, Louis estava em uma palestra cercado de dezenas de pessoas. Eram apenas nove horas da manhã, o que queria dizer que seria meia noite em L.A.
Uma ideia surgiu em sua mente.
Lou:
Você já está indo deitar?
Harry:
Na verdade, já estou
Por que?
Lou:
Faz um favor para mim, por favor?
Harry:
Claro, o quê?
Lou:
Pesquisa sobre "Praise Kink", depois me avisa do que achou, tudo bem?
Harry:
Ok...
Harry achou estranho e não entendeu o porquê Louis pediu que ele pesquisasse aquilo, mas ele faria. O cacheado estava deitado na sua cama, no seu quarto, todas as crianças estavam dormindo em suas camas. Quando Louis tinha ido, ele tinha insistido que Harry ocupasse o quarto dele, mas o cacheado se recusou, ele disse que não dormiria no mesmo quarto que tinha sido da ex de Louis.
Certo, ele tinha transado com Louis naquele quarto, mas foi só por causa do momento!
Ele chegou a abrir o Google, mas como o nome era "Praise Kink" ele achou melhor buscar na página espiã. Ele ficou surpreso que até tinham vídeos no youtube sobre o assunto, por um momento ele achou que talvez o assunto fosse leve e ele que tinha desconfiado de Louis a toa.
Praise Kink é o que o nome sugere, a excitação por ser elogiado, por ser merecedor daquele elogio. Bons elogios podem levar quem possua Praise Kink a beira do orgasmo.
Harry tampou a própria boca se lembrando da sua transa com Louis e das coisas que ele disse para Harry.
Eu percebi que toda vez que eu te elogio, você reage como se eu estivesse te acariciando...
Você é tão lindo, eu não consigo tirar meus olhos de você...
Eu amo tudo o que você faz, você é maravilhoso, meu menino perfeito...
Era isso? Harry tinha "Praise Kink" e Louis tinha descoberto isso antes dele?
Apesar de pertencer mais a relação Dom/Sub do BDSM, ele pode ocorrer em não praticantes. Quem possui esse kink tem a necessidade de agradar seu parceiro, seja no sexo ou no dia a dia.
Harry se lembrou de todas as vezes que se perguntou se Louis gostaria do que ele estava fazendo, de todas que se viu ansioso pela opinião do mais velho, de todas as vezes que ele queria agradá-lo. Até mesmo na discussão que eles tiveram por mensagem, ele sabia que estava certo, mas no momento que percebeu que Louis podia ter ficado chateado com ele, ele se assustou.
- Oh Meu Deus – Harry murmurou, porque muita coisa fazia sentido.
O Praise Kink não precisa ser verbal, demonstrações de afeto e de satisfação também podem ser consideradas estimulantes. Toques, carinhos, até mesmo pequenos gestos de possessividade podem excitar o sub.
Ele lembrou de todas as vezes que Louis o tocava, de como o mais velho sempre fazia carinho nele, de como mantinha as mãos nas suas costas, de como fazia questão de mostrar para todos que eles estavam juntos, mesmo que, teoricamente, ainda não estivessem.
Tudo estava fazendo sentido agora! Harry gostava de ser o cara legal que ajuda os outros, mas nunca sentiu a necessidade de aprovação de ninguém tirando sua mãe e irmã. Mas com Louis era diferente, era quase uma necessidade física. E fazia sentido, desde que se encontraram no aeroporto ele estava atraído pelo o mais velho.
Frases como "Olha como eu fico excitado quando estou com você", "Você é perfeita(o)" e o clássico "Você é um bom menino/ Você é uma boa menina", podem fazer o sub quase gozar. Mas existem outras frases como "Você é perfeita(a) me chupando" ou "Gosto de te ouvir gemer", que também mexem com o imaginário dos subs.
Você é um menino tão bom...
Cada vez que você geme, minha vontade é te jogar na cama e te foder com força. Você vai me deixar fazer isso?...
Eu amo os seus gemidos, gema alto para mim, ok...
Mas uma coisa importante a ser lembrada é que apenas o Praise Kink não é suficiente em uma relação sexual. Ele potencializa a excitação, mas não deve ser a única forma de chegar até ela. O sub deve ser estimulado, preliminares são muito importantes e o Praise Kink deve ser inserido entre as caricias. Isso pode fazer o sub gozar mais forte do que o normal.
Louis estava mordendo o pescoço de Harry...
Louis o masturbava lentamente...
Eles mal tinham começado e ele sentia que era capaz de gozar a qualquer momento...
"Você é tão gostoso" Louis falou penetrando Harry...
Harry gozou muito forte, mais do que se lembrava já ter feito, o prazer que sentiu o consumiu de uma maneira que ele achou que não fosse aguentar...
O cacheado estava ofegante, ele tinha ficado muito excitado lembrando de tudo o que tinha acontecido. Seu pau estava duro e ele precisava gozar, mas ele não teve tempo de se acariciar, porque o seu telefone vibrou e ele viu que era Louis ligando.
- Oi – Harry tentou esconder sua excitação, mas do outro lado da linha Louis sorriu com aquilo.
- Você já pesquisou, não é?
- Sim – Harry choramingou, para que fingir se Louis sabia o que estava acontecendo? – Eu queria você aqui.
- Eu também queria estar aí, prometo que quando chegar eu vou cuidar de tudo isso. Mas por enquanto, eu preciso que você faça uma coisa para mim, você vai fazer?
- Si...sim – Harry estava segurando seu pau por cima dos shorts e aquilo não era suficiente.
- Vai até o meu quarto, eu sei que você não quer dormir lá, mas eu te disse que troquei quase tudo quando minha ex foi embora – Louis falou antes que Harry negasse – coloque seu fone de ouvido, use ele para falar comigo e vá até o meu quarto. Você pode fazer isso por mim?
- Posso – Harry respondeu suspirando.
- Obrigado, eu sabia que meu menino ia fazer isso para mim – Louis sussurrou e Harry teve que tampar a boca para não gemer – Por favor, não se segure de novo, eu gosto de ouvir seus gemidos – Merda, como ele sabia?
Harry olhou para o corredor para ter certeza que não teria ninguém por ali, ele não queria ser pego de pau duro no meio do corredor, né? Ele entrou no quarto, acendeu a luz e fechou a porta.
- Estou aqui – ele falava baixo como se estivesse fazendo algo errado.
- Eu sei que você acendeu a luz, mas quero que você apague, se quiser pode deixar a do abajur acesa – Louis falava calmo, mas ele não estava sugerindo nada, eram ordens – Você pode fazer isso?
Harry estava choramingando, porque ele não conseguia dizer não? E por que ele não queria dizer não? Aquele jogo era excitante e ele estava desesperado para jogar.
Ele pode ouvir um sinal que parecia de elevador e Louis caminhando, o que ele estava fazendo?
- Pronto – Harry disse quando já tinha obedecido.
- Tire suas roupas, deite na minha cama e fique sob as cobertas – pelo jeito que Louis, ele também estava excitado.
- Louis – o cacheado choramingou, mas estava obedecendo – você não estava numa palestra, o que está fazendo?
- Agora eu estou entrando no meu quarto – o mais velho respondeu e Harry pode ouvir barulho de uma porta se fechando – o que eu vou fazer é tirar as minhas roupas, deitar na minha cama – mais barulhos agora de roupas – e me masturbar, enquanto ouço você gemer.
- Lou – Harry gemeu.
- Isso, continue gemendo meu nome – Louis falou de modo arrastado, como se aquilo fosse a coisa mais prazerosa que ele podia ouvir e isso fez Harry quase gemer de novo. Que merda, como alguém podia ter um controle tão grande sobre seu corpo? – Se toque Harry, pode usar o lubrificante que está na gaveta.
Harry praguejou baixinho, revoltado porque parecia que Louis sabia o que ele estava pensando e fazendo, mas isso fez o de olhos azuis sorrir. O cacheado colocou um pouco de lubrificante na sua mão e segurou o seu pau, o gelado do gel fez seu corpo arrepiar e ele acabou soltando um suspiro.
- Hazz, você vai fazer o quê eu pedir?
- Vou – o mais novo não conseguia entender porque seu corpo reagia assim toda vez que Louis parecia satisfeito com ele, mas ele queria mais.
- Muito bem, agora quero que você aperte a base do seu pau, feche os olhos e sinta o cheiro do meu travesseiro, imaginando que eu estou aí, que eu estou te tocando.
A voz de Louis era quase doce, mas exigente. Ele queria Harry e deixava isso claro. O cacheado estava cada mais ofegante, ele queria mover sua mão, mas o outro não tinha permitido.
Harry nunca tinha feito isso, dar o controle para outra pessoa, ele nunca achou que seria capaz disso. Aquilo era estar vulnerável e a mercê de outra pessoa, mesmo que essa pessoa estivesse fisicamente longe, controlando seu corpo pelo telefone. Mas, ao mesmo tempo, Harry nunca tinha sentido tanto prazer.
- Mova sua mão bem devagar – Louis ordenou – como eu faria com você se estivesse aí. Vá até a ponta, passe seu dedo pela fenda, massageie a glande.
Harry gemeu pensando nas mãos do mais velho nele. Afundou seu nariz no travesseiro, inspirando o cheiro de Louis, ele amava aquele cheiro.
- Lou, eu preciso de mais – ele gemeu.
- Você vai ter mais, você ter tudo o que você quiser, você merece isso – ele falou e Harry choramingou de prazer – se masturbe para mim, me deixe te ouvir sentindo prazer. Eu queria estar aí, para fazer com as minhas mãos.
- Eu queria que você estivesse aqui – Harry ofegava cada palavra.
- Eu também queria muito estar com você agora, mas se eu estivesse aí, eu estaria te chupando, porque eu amo o seu sabor. Eu esfregaria a minha língua por todo o seu pau, circularia sua grande e depois a chuparia – ele falava com vontade, acariciando seu próprio pau – a minha mão estaria no seu mamilo, eles também são sensíveis, não são?
- Si...sim – o cacheado engasgou, a mão livre indo até o seu mamilo,
- Eu iria circulá-lo com meu dedo, depois beliscaria levemente algumas vezes, apenas para você se arrepiar. Então eu brincaria com os meus dedos, o apertando e esfregando, até estarem sensíveis demais para eu encostar. Nesse momento você estaria gemendo alto, não é?
Harry fez tudo que Louis falava, sem parar de se masturbar. Ele imaginava o mais velho com ele, ele sentia seu cheiro, ouvia suas palavras e cada gemido.
- Loueh... eu... por favor... – ele nem sabia pelo o que estava pedindo.
- Depois dos seus mamilos, eu estaria esticando você – até a voz de Louis estava ofegante, cada palavra dele fazia a pele de Harry arrepiar – Faz isso por mim, coloque um dedo seu, primeiro só esfregando na sua entrada, como eu fiz com você. Se massageie, sinta sua pele – nessa hora Louis gemeu, o que fez Harry gemer mais – introduza um dedo, com calma, eu não quero que você se machuque querido. Sinta sua resistência, relaxe... Hazz, eu queria tanto poder ter estar aí, te lambendo e chupando, sendo os meus dedos a estarem te esticando para me receber.
- Sim – Harry gemeu, porque ele queria Louis desesperadamente.
- Coloque mais um dedo, sinta sua entrada, está bom assim?
- Sim, mas... mas..,
- Mas o quê querido? Eu quero te dar prazer, mas preciso saber o que você quer?
- Eu quero mais, quero você!
- Em poucos dias eu estarei aí, o meu corpo estará pressionando o seu, será a minha língua na sua pele, a minha boca estará no seu pau, meus dedos estarão na sua entrada te esticando e te deixando pronto para mim. Depois eu vou te foder contra o colchão, talvez com mais força do que a última vez, porque eu te provei uma vez e não é o suficiente. Nada do que eu tenho de você é suficiente, eu sempre preciso de mais Harry!
- Lou – Harry se engasgou com aquelas palavras, ele ainda se masturbava com uma mão e a outra o penetrava – eu vou gozar!
- Pode gozar, goze porque eu vou amar te ouvir gemendo, mas goze gemendo o meu nome.
- Louis... eu não consigo segurar mais... Lou... Loueh....
Harry gozou sobre seu peito, seu coração batia desesperadamente acelerado. Ele perdeu o controle de si e talvez, ele tenha perdido a conexão com a Terra por alguns segundos. Ele voltou a si a tempo de ouvir Louis gemendo o seu nome enquanto gozava.
Os dois ficaram ouvindo a respiração um do outro, elas estavam irregulares e ofegantes. De um jeito estranho, era calmante poderem se ouvir.
- Merda – Harry murmurou sonolento – eu tenho que me limpar – aquilo fez Louis rir.
- Tem lenços úmidos na última gaveta, use isso para se limpar. Durma aí mesmo, você já está na minha cama.
- Acho que tudo isso foi um plano para me obrigar a dormir aqui – o cacheado disse bocejando. Ele estava se limpando, mas não ia ter coragem de sair dali. Como se suas pernas o aguentassem no momento.
- Aproveite que você pode descansar, daqui a pouco eu tenho que voltar para aquelas palestras chatas – Louis suspirou, ele também estava se limpando da sujeira que tinha feito.
- Eu odeio o fato de você estar aí – Harry apenas colocou seu short e voltou para debaixo da coberta, ele tirou os fones de ouvido, deixando a chamada no viva voz e apagou a luz do abajur.
- Eu também, mas eu volto logo.
- Eu não quero desligar – o cacheado murmurou, muito próximo de dormir.
- Descanse, deixa que eu desligo quando você dormir – o mais velho disse carinhosamente.
- Boa noite para mim e um bom dia para você – Harry falou já meio dormindo – eu não te disse, mas eu te admiro e estou muito feliz por ter me apaixonado por você e... – mas ele não terminou de falar, porque adormeceu.
Louis riu da sinceridade do mais novo quando estava com sono, ele já tinha percebido que Harry falava dormindo. Isso o fez sorrir pensando na sorte que ele mesmo tinha por ter a chance de ter Harry Styles com ele.
- Eu também te admiro – Louis sussurrou, mesmo que o outro não fosse escutar – mas eu acho que o que eu sinto por você é mais do que paixão.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro