Capítulo 6
O dia foi longo, mas no final tudo estava pronto, amanhã seria um dia de descanso e o spa de beleza da Alice esta reservado para o dia da festa, antes dela claro.
Queria me conter, mas quando o vi chegando sai correndo e pulei nos seus braços. Depois de um beijo longo, disse: —Obrigada Michel! Eu amei!
Ele parecia confuso. — Amou o quê? O beijo? Não mais que eu.
—Isto também, mas falo do vestido, dos sapatos e luvas.
Confuso totalmente. —Gray, ahn, vestido?
O larguei, não querendo parecer desanimada, mas não creio que consegui disfarçar. — Mas se não foi você nem Alice, quem foi que me deu o vestido.
Desta vez ele parecia chateado. — Eu nem sabia que estava precisando de um vestido, ainda tenho que me acostumar que tenho uma namorada.
Olhei pra ele! —Namorada?— Era a primeira vez em 1 mês que ele me chamou de namorada.
—Sim, er, quer dizer, se você quiser é claro.
—Mas é claro, eu quero sim.— E o beijei novamente.
—Hoje é o nosso aniversário de 1 mês!— Disse ele.
Sorri. Ele lembrava, também quem poderia esquecer uma noite como aquela.
— Não é um vestido, mas também tenho um presente pra você. Espero que goste.— Era uma caixa, menor do que aquele que me salvou pela manhã. Mas não menos perfeita. Eram brincos, poderia dizer que era uma joia, pois reluzia como se fosse.
Ele ficou feliz com minha expressão e prosseguiu. —São Rubis! Foi sugestão de minha mãe.
Tinha esquecido que Michel vinha de família rica, mas não eram nada esnobes. Ouvi falar muito bem dos Dalsow.
—São lindos! E combinam com meu vestido. Desta vez ele me beijou, sentia arrepios cada vez que o fazia. —Não tenho nada para você.— Falei triste.
—Você é tudo o que quero!
Naquela noite sonhei, sonhei com meu vestido, meus brincos, com Michel me cortejando, com Gabriel me acompanhando, com minha mãe e meu pai dançando. Foi o sonho mais lindo que eu já havia tido. Quando acordei vi que a metade dele, talvez nunca se tornaria realidade. Mesmo assim fiquei extasiada por longos minutos, sem sair da cama, fechava os olhos novamente tentando voltar ao sonho. Mas não conseguia.
Na cozinha o café ainda estava exposto. Fazia tempo que não tínhamos uma refeição juntos, acho que desde a conversa na sala. Concordamos com a paz, mas desde então nos evitávamos. Até desisti de saber quem comprou o vestido, acabei por entender que foi a Sra. Madalena, mas tudo estava tão corrido que nem mesmo procurei para agradecê-la, creio eu que haveria tempo suficiente para isso, durante e após a festa.
O pai de Alice vinha me buscar, tinha combinado em dormir na casa dela, para no outro dia estar em seu spa de beleza, coisas de Alice, era melhor não contrariá-la. E também combinamos de ir juntos, Paul e Alice, Michel e eu até a festa. Para mim era um alívio, não ter que me arrumar em casa, com um banheiro só,topando com Jean que com certeza ficaria pegando no meu pé e com Gabriel que me deixaria mais vermelha que o vestido. Ufa! Pensei: que sorte ter uma amiga como Alice!
Na casa de Alice me peguei pensando em Selena e como ela era distante de nós duas, nunca nem ao menos esforçou-se para ser nossa amiga, se bem que também não o tinha feito e de súbito falei:
—Não deveríamos convidar Selena para vir amanhã para o spa?
—Mesmo que eu quisesse convidar Selena, ela não viria, sempre foi a do contra, só abre a boca para falar o necessário e cantar.— Alice pestanejou.
—Humn, você sabe porque ela age assim?
—Não, mas já me acostumei assim como todos da banda, é como se ela fosse algo que veio junto com o qual temos que conviver, talvez porque já tentou muitas vezes fazer a voz feminina da banda.
Estremeci lembrando do que Bárbara me disse no estúdio. Nem ao menos tinha contado pra Alice, me senti culpada, mas resolvi continuar só pra mim, ao menos antes da festa.
Conversamos a noite inteira, sobre tudo, mas o papo principal foi Paul e Michel, Alice achava que Paul faria o pedido oficialmente aos pais dela amanhã na festa, ela estava vivendo seu conto de fadas pessoal, dormimos muito felizes aquela noite.
Logo cedo os rapazes da banda foram para o estúdio, pegar os instrumentos e equipamentos necessários para levar ao restaurante Amom, tinham que fazê-lo pela manhã antes que o Restaurante fosse aberto ao público para o almoço.
Alice e eu fomos convidadas a almoçar com eles, mas ela negou, parecia uma noiva no dia do casamento, qualquer coisa daria azar para sua grande noite. Eu ria muito. Mas em certos momentos concordava com ela. Ela cortou pepino em rodelas, fez uma massa de argila, usou cortador de unhas e cutículas, base para as unhas, emprestou a maquiagem da mãe, só saímos do quarto para comer, e ainda comemos pouco, segundo ela para caber no vestido. Falando em vestido, ela tinha comprado um cor azul claro, ele realçava sua pele morena, e ela ficava linda nele.
—Gracy, quem deu este vestido pra você afinal?
—A Sra.Madalena, certamente.— Disse sem olhar pra ela.
—Como assim certamente? Tá louca? A Sra. Madalena, não teria gosto tão apurado, me perdoe, olha esse vestido, os detalhes, cada cristal, faz você parecer uma princesa e em outros momentos um anjo.
Eu ria, esta minha amiga era muito metafórica. —Prometo que descobrirei ainda na festa, mas a minha aposta é na Sra. Madalena.
—Humn ela é minha ultima aposta.— Eu ria.
—Não ria muito, senão dá rugas.— Alice disse séria. Aí que eu ria, eu ri até chorar.
A festa seria ás 21:00 mas ás 19:00 já estávamos prontas, tamanha era a ansiedade de Alice, eu estava brava, queria era relaxar, não ficar toda engomada, nem podia respirar.
—Ah! Gracy,você está tão linda, este vestido era seu antes mesmo de existir. Perfeito! Cada medida, cada pedra esculpida. E estes brincos? Tinha esquecido como Michel tinha bom gosto.
—Como assim, ele já deu muitos brincos por aí?— Disse irritada.
—Não, sua boba, ele sempre teve gosto refinado para tudo, ele é, quer dizer, era conhecido como mulherengo, mas também não pegava qualquer uma não.
—Claro que não, você não é qualquer uma amiga!— Disse debochando, ela só não me jogou um travesseiro, porque ela mesmo não queria estragar seu penteado.
Alguém bateu a porta. —Entre. Alice disse olhando-se no espelho pela milésima vez.
—Com licença meninas, acho que vocês não são as únicas ansiosas com a festa. Paul já está aí.— A mãe de Alice fala.
—Ah! meu Deus, Gracy vai lá.
—Amiga...— Disse na tentativa de mudar sua idéia.
—Vai por favor, ainda não estou pronta!
—Ok, ok eu vou!— Ela estava realmente nervosa, tanto quanto Paul quando o vi.
—Ei, tudo bem?— Falei.
—Tudo, tudo sim. Você está linda hein, eu estou lisonjeado por seu amigo.
— Imagina Paul, eu que não mereço tanto, em pouco mais de 1 mês tanta coisa boa aconteceu. Eu só espero que não seja um sonho.
—Não é, e tenho certeza, as coisas só vão melhorar.— Ele disse. E olhou pra cima.
Alice estava descendo as escadas tão graciosa como nunca, ela era linda. Minha amiga estava radiante de felicidade. Silenciei-me e me encolhi para observá-los, era notável a paixão de um pelo outro, paixão esta que estava adormecida a muito tempo.
O momento foi quebrado, quando Michel apareceu na porta que estava aberta. Ele cumprimentou a todos e isto procedeu a cochichos de Paul e Alice, e Michel se aproximando de mim.
—Você é a princesa mais linda que eu já vi, não sei se mereço tanto.
Acanhei-me! —Você é meu príncipe, meu coração confirma isto cada vez que te vejo.— O beijo foi rápido e doce. Ele era precioso demais pra mim.
Se já não tivesse ido ao Restaurante Amom diria que era, o lugar mais lindo e aconchegante que já tinha visto. A mãe de Alice, e Sra. Madalena, fizeram um excelente trabalho de decoração, o lugar chegava a brilhar e cheirava rosas. Eu estava muito feliz. Avistei Arthur e Jean, Selena e sua família já estavam sentados em uma das mesas, Barbara, instruía o sonoplasta e se expressava mais com as mãos do que com palavras. A família de Michel era a mais bela, os pais muito bem vestidos e Hélia parecia uma princesinha muito comportada, eles pareciam felizes comigo, Alice disse, que os rumores é que eu o tenha colocado Michel nos eixos, na minha opinião somos somente duas partes que se encaixavam. A vida de qualquer um melhoraria. De vez em quando, percebia olhando pra mim, eu o olhava também, e sem palavras não desviávamos o olhar. A irmã de Alice Agatha corria pelo salão atrás de alguma coisa invisível. Pensei: igualzinha a irmã. E sorri sozinha.
Sr. James e Sra. Madalena entraram no salão tão bem vestidos que não os reconheci de imediato. Logo atrás deles meu irmão, Gabriel, não estava sozinho, Vasti o acompanhava. Eu tentei disfarçar, mas não consegui, ele usou um dos convites em branco para convidá-la, eu não entendia porque me importava tanto, de certa forma não confiava naquela garota, mas isto era tão egoísta. Tentei voltar e me concentrar no que era meu. Demorou um pouco.
O Garçom servia, batidas, sucos e refrigerantes, nós conversávamos um com outro, rindo e elogiando, tal era a beleza de todos naquele recinto. Até que o som do palco nos fez olhar direto pra ele. Bàrbara parecia se satisfazer cada vez que subia em um. E com todo o glamour e pompa depois de lisonjas e agradecimentos as famílias, chamou a banda para tocar. Michel me deu um selinho ante subir, e disse: — Guarde um lugar pra mim, linda!
A banda tocava tão bem, nossa como eles eram bons.
Arthur sentou-se ao meu lado e disse: —Oi sumida, não me ama mais!?
—Oi seu bobo, claro que sim, você é meu primeiro amor, depois dos livros.— Rimos lembrando da ocasião que nos conhecemos.
—Você está tão linda que cansa.— Corei. —Tenho orgulho de você, é forte, tolerante.
—Ei garoto, se eu borrar minha maquiagem a Alice nos mata.
Ele riu. — Tá bom. Só mais uma coisa, o Michel é um cara de sorte, e o Gabriel recebeu um presente e não desembrulhou. Tomara que ele aprenda.
A banda terminou a primeira música. Arthur, me disse coisas tão lindas, eu senti um forte sentimento de ser afortunada por Deus, ele havia me agraciado muito.
A banda continuava e Sra. Madalena se aproxima.
—Querida, você está deslumbrante, a Alice tem bom gosto, aposto que ela te ajudou a escolher seu vestido?
Hã? Agora eu realmente desisto. Pensei.
—Sra.Madalena, a senhora está irreconhecível, linda mesmo, seus filhos devem estar preocupados e com ciúmes.— Ela ri ligeiramente, colocando suas mãos escondendo seu sorriso. Ela estava linda mesmo, o tom de verde do vestido realçava seus olhos que também eram verdes. Sr James, sempre quieto se aproximou, fazendo os mesmos comentários e elogios.
Enfim a banda parou,e uma música de fundo nos servia o jantar, que estava simplesmente divino, certamente a escolha do cardápio também fora de Pietra, mãe de Alice.
Em nossa mesa estava Jean, Arthur, Paul e Alice, Michel e eu. Duas mesas depois estava Gabriel acompanhada de seus pais e Vasti. Sinto estar separando a família novamente.
Bárbara, encaminha-se novamente ao palco, onde parece sua pátria. E agradece novamente, homenagens começam a ser feitas, dedicatórias, honrarias. O momento mais especial foi de Paul se declarando para Alice e pedindo a permissão dos pais dela para namorá-la. Tive que chorar, mas não mais que a própria Alice, Paul nem parecia aquele rapaz acovardado da pracinha.
Finalmente a valsa foi liberada. E todos os casais um a um, começam a rodopiar no meio da pista montada pelos rapazes. Arthur dançava com Selena, que parecia estar sendo meio forçada. Jean tira Bárbara, e até as pequenas Agatha e Hélia dançam graciosas.
Michel dança muito bem, mas ele está focado em mim agora, e diz: —Não a pedi em namoro oficialmente, quer dizer, para seus pais, e pra seus irmãos, sinto-me um pouco frustrado com isso.
—Ei, não precisa de nada disso, esta noite é de Paul e Alice, eles merecem, se conhecem muito antes de nós dois, e eu não sou viciada em contos de fada como Alice, as coisas pra mim são mais reais e doloridas.— Ele fica triste por mim.
Mas o animo. —Não, não fica assim, eu estou tão feliz por ter você, você preenche meus pensamentos, é tudo muito intenso,quando estou contigo.
Ele me olha com uma vontade antes não reconhecida. Mas felizmente se reserva para não causar vergonha. Só diz: —Você precisa parar de me provocar.
Ri alto. —O quê?
Ele sorriu meio conturbado. Até que fomos interrompidos.
—Com licença será que posso valsar com esta dama, que infelizmente é minha meia irmã?— Jean exclamou seriamente.
—Haha, é bom que ela seja sua irmã por completo cabeçudo.— Brincou Michel, me entregando a ele, não antes de beijar uma de minhas mãos.
—Você não é tão linda quanto a Bàrbara, mas pelo menos dança melhor do que ela.— Confidenciou-me Jean. Não pude conter o riso por sua brincadeira.
A música mudou umas 3 vezes, assim como meus pares, dancei, com Arthur, depois com Michel novamente, até seu James veio me cortejar, me senti muito a vontade com ele, apesar do silêncio constante.
Dançando ainda com ele, fomos interrompidos, Gabriel pediu licença a seu pai: —Pai, se me permitir e a dama aceitar, gostaria de ter a honra.
Paralisei, mas consegui fazer um movimento afirmativo com a cabeça. Engoli seco. Era a primeira vez que eu segurava em suas mãos, o tocava, sentia sua pele, ouvia sua voz tão claramente, seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo que o deixava ainda mais elegante. Ele me conduziu na dança, sem palavras por 3 segundos até que ouvi sua voz em meu ouvido.
—Estava em dúvida na cor, mas vejo que acertei!
Eu olhei em seus olhos, tão azuis como o mar, não pude olhá-los por muito tempo, eram demais cortantes. Demorou poucos segundos para descobrir que ele falava do vestido. Então o vestido era presente dele, nunca imaginaria, e ao mesmo tempo me perguntava porque ele o fez, se para agradar Sra Madalena que se pediu um tratado de paz, ou porque realmente não aguentava mais ser quem não era.
—Bem, o vermelho me lembra muita coisa, coração, amor, sangue. Não creio que tenha sido difícil escolhê-lo!— Eu finalmente falei.
—Gracy!— Ouvir ele chamando-me pelo nome pela primeira vez, soou como que por todas as vezes que deveria ter-me chamado. —Eu não sou bom,nisto.
Eu olhava para o chão enganchada em seu pescoço.
—Bom, no que?— Perguntei.
—Em ser o irmão perfeito, que protege e defende, e jamais magoa.— Ele falava parecendo sofrer.
—Não pedi para que fosse.— Exclamei. —E talvez nunca o seja. Só não entendo porque?! Se nisto tudo nós dois fomos vítimas.
Ele silenciou. Eu também. Então ele continuou.
—Eu não posso fazer parte da sua vida.— Meu coração começou a acelerar.
—Por que? Não, espera aí, já sei, você me despreza!
—Gray, quem poderia desprezá-la?
Eu o olho, seus olhos cheios de lágrimas. Vejo meu pai nele, e sinto vontade de abraça-lo forte.
—Então não me despreza?— Perguntei quase chorando.
—Não, nunca. Eu me desprezo.
—Não...
Eu iria falar algo mas ele me cortou.
—Não posso ser seu irmão!
Agora eu que enchi os olhos.
—Me desculpe, não posso!
—Por que?— Perguntei deixando rolar uma lágrima.
—Não posso te explicar, mas eu prometo uma coisa,que quando eu encontrar tal resposta, você será a primeira a saber.— Dito isto ele me deu um leve beijo na testa. Então soltou-me.
Antes que alguém me visse, corri para fora. Ofegante, não conseguia respirar, minha garganta prendia um grito e choro. Ele falou a mesma coisa que meu pai falara ao me enviar para aquele lugar. Alice deve ter me visto sair, quando passei pelo banheiro, ela tinha ido remaquiar-se depois do choro de felicidade. Ela me seguiu.
—Gray?— Olhei pra ela e não pude me conter, a abracei e chorei.
—O que foi querida? O que aconteceu?
— O Vestido foi de Gabriel.— Finalmente consegui falar.
Alice fez uma expressão de feliz espanto. —Ok? Isso é um bom sinal, mas porque choras então?
—Ele disse que não pode ser meu irmão Alice, ele me disse isso com lágrimas nos olhos, e disse que não poderia explicar porque não sabia a resposta. Não entendo, Alice. Eu simplesmente, não entendo.
Ela me abraçou. —Ei, olha só, estamos progredindo, Gabriel te deu um vestido, te chamou pra dançar, falou que não te odeia, e até derramou lágrimas. Eu vejo algo positivo nisto tudo.
—Não sei, Alice, ele falava sério.
—Amiga, veja bem, agora eu sou namorada do melhor amigo dele. Posso conseguir algumas informações, ei, vai dar tudo certo. Só seja paciente, e deixa comigo, agora vamos lá pra dentro, não podemos deixar nossos gatos sozinhos, eles podem se arranhar.— Ri, ainda chorando.
—Vamos, limpe essas lágrimas, que só estou deixando que rolem porque também o fiz. Nada pode estragar nossa festa, nada.— Saindo do banheiro, Michel vinha ao meu encontro.
—Tudo bem?— Perguntou. Respondi que sim. Odiava mentir pra ele, mas não queria mais tocar no assunto, Alice tinha razão, nada poderia estragar a festa.
—Quer dançar?— Perguntei a ele.
—Ah se me permite, quero só sentar agora, Hélia e Ágatha acabaram comigo.— Ri muito.
—OK, vamos sentar então.
A maioria ainda dançava. Quando sentamos, Gabriel e Vasti foram para a pista. Vi de relance que ela o puxava. Então ela lhe deu um beijo longo e meio desesperador, ele não estava fugindo do beijo, mas eu queria que estivesse, parecia um desentupidor. Ri alto e olhei pro Michel, sabendo que ele queria saber o porque.
—Viu algo engraçado?
—Na verdade vi, mas eu prefiro olhar pra você.— E o beijei, beijei carinhosa e delicadamente. Quando terminamos ele me deu uma porção de beijos, fazendo-me rir.
Então m barulho ensurdecedor de microfonia, me fez pular, onde estava, imediatamente olhei para o palco. Vasti, parava a música e pegava o microfone desajeitada. —Oi, a quem não me conhece, sou Vasti, e contra gosto de Gabriel quero informar que então existem dois casais apaixonados esta noite, meu Gabi, acabou de me pedir em namoro.
Houve palmas com exceção de Alice, que parecia explodir de raiva, Gabriel, que parecia não acreditar no que ouvia, Michel por estar com um dos braços em volta do meu ombro e a outra mão dada com a minha, eu que fiquei analisando o momento, meio chocada com a notícia. Não conhecia Gabriel o suficiente, mas algo me dizia que ele a pediu em namoro apenas para fugir. Estranho, e porque afinal eu me preocupava tanto. Isso estava me dominando. Disfarcei. Ainda bem que Michel, estava em um angulo que não podia ver minha face a não ser que eu o olhasse.
Então o próprio Michel falou baixinho: —O que Gabriel está fazendo?
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