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Capítulo 3

*Capítulo editado por YasminMedinaR - Obrigada Flor*


Na manhã de sábado, escutei alguém bater na porta do meu quarto e desejei que fosse Jean, com aquele café da manhã.

—Entre. — Falei sem me levantar e sem abrir os olhos.

A porta se abriu. —Parece que você está de ressaca. — Era Alice.

—O que faz aqui tão cedo? — Perguntei olhando no relógio. Eram 7:30hs da matina.

—Sou acostumada a acordar cedo, por causa do colégio.

—Ok, mas isto não quer dizer que você pode vir aqui me acordar. — Resmunguei.

—Vamos levante-se! Vamos dar uma caminhada.

—Ah não!

—Vamos, vamos! Tomamos café no The Ville. — Era uma confeitaria famosa na região.

—Espero, que você pague meu café. — Resmunguei rastejando até o banheiro para uma ducha.

No The Ville...

—Humm, que delícia, nunca tinha saboreado um café tão cremoso, geralmente gosto dele preto, mas este aqui tá me fazendo mudar de ideia. — Disse.

—Que bom que gostou, mas te trouxe aqui por outra razão.

Engoli a seco o pedaço de pão que tinha mordido. —Como assim Alice? Detesto suspense, fala logo.

—Gray! O que foi aquele beijo no Michel? — Fiquei sem entender. Alice disse parecendo brava... só parecendo!

—Como assim? Foi um beijo ué! — Dei de ombros.

—Ok, deixa eu ser mais clara? Porque beijou ele? Você não precisava beijá-lo.

—Alice, não estou entendendo seus questionamentos, e a menos que esteja apaixonada pelo Michel quero que vá logo direto ao assunto. — Disse começando a ficar irritada.

—Está bem, está bem! O Michel é conhecido como mulherengo. Ele nunca teve uma namorada firme, ele fica com uma, e depois com outra.

—Você já ficou com ele? — Perguntei em tom sarcástico.

Ela fez uma cara de quem esperava por isso. —Já! Fui uma das primeiras vítimas dele, eu tinha 11 anos.

—Eu sei me cuidar Alice! Beijei ele para fugir do Jardel, preferi beijar ele, só isso. Jardel disse para provarmos que éramos namorados com um beijo. Se não...— Então parei de falar.

—Se não o quê? — Alice estava irritada. Agora estava mesmo.

—Se não ele machucaria Gabriel. — Prossegui.

—Filho da ...— Alice se controlou, respirou fundo. —O Jardel só estava se aproveitando daquela situação, e o Michel se aproveitou também, se não conhecesse os dois diria até que eles tenham tramado tudo aquilo.

—Ok! Já chega será que dá pra você parar de falar em código? — Reclamei.

—Gracy, o Jardel, só é ameaça para as garotinhas novas, ele morre de medo do Gabriel, jamais ele iria tentar sequer chegar perto dele. O Gabriel é pacífico, mas quando precisa defender alguém, principalmente alguém que ele ama ou tem menos possibilidades de se defender ele vai pra cima sem questionamentos. Acredite! Isso já aconteceu várias vezes. Ele já sabia que Gabriel estava te evitando, e que você ainda não o conhecia como gostaria. E o Michel já sabia o que poderia estar rolando e foi lá fingir que te salvava.

Atônita perguntei: —Mas porque ele faria isso?

—Porque ele queria ficar com você antes de seu concorrente, o Jardel. — Alice parecia saber o que me dizia.

Meu apetite acabou, apesar de ainda ter um pedaço de torta sobre a mesa.

—Porque você não me falou nada sobre o Michel, Alice?

—Achei que não fosse preciso, que ele não teria a ousadia de aproximar-se de você, e também porque ele faz parte da banda, nós tentamos nos dar bem, ele é muito amigo apesar desta tendência egoísta.

Fiquei séria mas decidida a não sair como a coitadinha. —Bom, não sei se isso muda alguma coisa. Mas eu senti que ele não estava se aproveitando da situação. Eu que o beijei, antes disso sua última frase foi: "Não precisamos provar nada". O Jardel, foi muito convincente ameaçando meu irmão, não arrependo em nenhum momento do que fiz.

Alice parecia espantada com meu pronunciamento. —Ok, já entendi, você é mais esperta do que parece. Só que agora você já sabe tudo sobre o Michel. Ele é persuasivo. Ele vai tentar se aproximar de você. E dessa vez ele vai querer estar por cima.

— Entendi Alice, estou feliz pela preocupação. Mas não costumo me guiar pela opinião alheia, procuro tirar minhas próprias conclusões.

Alice parecia decepcionada e chateada com minha última frase. Mas tentou disfarçar e concordou dizendo que estava apenas preocupada. Eu agradeci e tentei mudar de assunto.

Nos despedimos na pracinha e voltei para casa pensando em como eu me tornei alguém tão diferente em tão pouco tempo. Nunca tive uma conversa dessas com ninguém, aliás, nunca fui

grossa com ninguém, sobretudo com uma amiga. Talvez porque eu não tinha amigos, eu estava mudando? Ou será que apenas descobrindo realmente quem eu era? Afinal tudo o que achava que era, na verdade era mentira até então.

Já era quase meio dia. Fui direto para a cozinha. Sra. Madalena, já falando: —Olá querida, tudo bem? Saiu cedo hoje, não?

—Sim, fui dar uma volta com a Alice. Onde estão todos?

—James saiu com Jean, foram ao campo de futebol da Embraer (Empresa de usinagem). Gabriel não voltou pra casa ontem, acho que ele dormiu na casa de Paul.

—Acho que estou tomando o espaço até da casa dele. — Disse triste.

—Não querida, finais de semanas um dorme na casa do outro. No próximo certamente Paul vem pra cá! Até estranhei, Michel era para ter vindo com Jean, era a vez dele dormir aqui. — Afirmou Sra. Madalena.

O que ouvi me levou a pensar se eu não tinha estragado tudo com aquele beijo, era só o que me faltava.

Ajudei Dona Madalena a finalizar o almoço. Meio dia e quinze, Sr. James e Jean chegaram. Almoçamos e depois eu lavei a louça e Jean ofereceu-se para secar. Puxei papo. —Como foi o jogo?

—O nosso time perdeu. Sorte que eu estava na reserva hoje. — Ele respondeu.

—Sorte pra quem ganhou! — Corrigi. Ele sorriu agradecendo. —Jean, a sua mãe comentou que Michel era pra ter vindo dormir aqui ontem?

Ele ficou sério. —Eu adiei com ele. — Disse meu meio irmão.

—Hum, por acaso tem alguma coisa haver com o que ocorreu ontem?

—Mais ou menos Gray.— Afirmou.

—Olha Jean, eu não posso permitir que vocês mudem rotinas por minha causa. Não é justo!

—Desde que você veio pra cá não há rotina, mesmo com ela. Não se preocupe. Ninguém está brigado com ninguém, só pedi pra ele dar um tempo, ele entendeu perfeitamente. —Fiquei meio analítica. Ele quebrou meu pensamento. —O que vai fazer hoje à tarde? — Ele perguntou.

—Humm, sem planos. — Falei.

—Vamos ao ensaio comigo?!

—Eu adoraria, mas não vai piorar as coisas?

—Não, você vai com seu meio irmão. Quer dizer, irmão, esse negócio de meio irmão é um saco. — Rimos.

No ensaio...

Sons de afinação de cordas e voz atingiram meus ouvidos assim que entrei na sala de música do colégio Gênesis. Ultrapassamos alguns locais e finalmente chegamos ao estúdio. Louis que me foi apresentado como um dos alunos, estava equalizando o som. Avistei uma cadeira e sentei-me, preferi ficar em um canto bem quietinha desta vez. Alice me avistou e acenou pra mim. Neste momento Paul e Gabriel entraram e pararam ao me ver. Fiquei sem jeito. Bem sem jeito. Paul disse oi, Gabriel só entrou no estúdio. Percebi a frustração de Paul ao ver Gabriel agir assim. Eu fiquei triste. Estava sendo duro aquela represália constante. Não fui digna de nem uma conversa decente ao menos. Quis chorar, mas engoli. E no lugar do choro começou a nascer uma ira contra Gabriel. Fixei meus olhos nele e estava prestes a enfrentá-lo quando a abertura abrupta da porta novamente me fez retroceder.

Dessa vez Michel entrou, e ao me ver, deu um sorriso encantador que me fez esquecer do que iria fazer. —Oi garota do beijo! — Corei. —Que bom que veio. Tenho que falar com você.

Me recompus e o encarei. —Ah! É mesmo? Sobre o que? Sobre querer tentar tirar vantagem da irmã virgem de seu amigo? — Falei sarcasticamente.

Ele me olhou meio que não acreditando no que tinha acabado de ouvir, mas logo deu um leve sorriso. —Já andaram te alertando não é? Bem, se for possível, gostaria de provar a você e a eles que estão errados.

—Você não precisa provar nada. — Corrigi.

— Já falei isto também, e você me agarrou. Tá lembrada?

Fiquei sem ação, eu tinha caído em minha própria armadilha. —Ok, é justo. O que tem em mente?

—Um cinema, o que acha desta noite?

—Como amigos? — Perguntei.

—Como amigos!

—Combinado. Só preciso pedir permissão para Sra. Madalena.

—Sem problemas, te pego às 20hrs. — Sorri, ele sorriu e entrou no estúdio.

Não tinha percebido, mas Gabriel me encarava, e então me toquei que esta era a melhor forma de enfrentá-lo.

No intervalo Alice veio falar comigo. —Que bom que veio, não te convidei pensando que queria evitar encontros desnecessários, mas vejo que você está muito tranquila a este respeito. — Mais uma vez Alice falando em códigos.

—Muito tranquila, Alice. Vamos ao cinema hoje. — Revelei.

Ela ficou perplexa. — Oh. Nossa, você está me surpreendendo. Está tentando chamar a atenção?

—Não! — Respondi com raiva. —Só quero ser feliz, e tentar viver a vida. Pelo menos a vida que hoje se apresenta pra mim.

Antes de eu terminar o que estava engasgado, Alice foi chamada de volta ao estúdio por Selena que sempre me encarava com ar de deboche e sarcasmo. Mas Selena era o menor dos meus problemas. Foi bom Alice ter saído antes que eu explodisse, me deu tempo pra pensar e ver que não era nela que eu queria despejar o lixo. Meu pai, Gabriel, Sra. Madalena e até minha mãe. Era neles. Falaria com Alice depois, com mais calma.

Quando já fazia 2 horas de ensaio, e eu estava totalmente ligada no que acontecia, era mágico. Louis conversava comigo, me elogiou sobre minha apresentação do dia anterior e disse que certamente tinha chance de entrar na banda se assim o quisesse. Eu não sei se teria tal coragem, apesar de ser tentador, provocar Gabriel agora é o que mais me motivava. Se não podia ser sua irmã, muito menos sua amiga, era um jeito de ele sentir algo por mim: ódio. A porta abre. A mulher alta, morena e bonita entra. Antes de fixar seus olhos em mim, olhou para banda que ainda ensaiava.

—Senhorita Gracy Anne! Que ótimo revê-la. Sou Bárbara, instrutora chefe de toda a parte musical do colégio.

—Prazer. — Disse eu.

—Ontem pude ver que assim como seus irmãos possui um talento nato. Onde você estava até agora garota? — Ela continuou.

—É uma longa história. — Disse triste.

—Sim já ouvi alguma coisa. — Sem querer se aprofundar terminou com um "sinto muito". —Você sabe que já está matriculada aqui para o ano que vem, não sabe? — Bárbara falou brilhando os olhos.

—Sei sim! — Sra. Madalena tinha me matriculado para o mesmo período que Gabriel, porém Gabriel sairia antes pois começaria a trabalhar em uma das fábricas da região.

—Você vai se inscrever para aula de música certamente, não é? Após isto faremos um mês de testes que tenho certeza que irá passar e você estará na banda.

Fiquei surpresa. —Não decidi ainda dona Bárbara.

—Por favor, só Bárbara. E querida, esqueça, você é muito boa pra ficar indecisa, a banda está precisando de uma voz feminina.

—O que quer dizer? E a Selena e a Alice? — Perguntei confusa.

—Ah! Querida, elas são adoráveis, mas não passam de back vocais, você seria a versão feminina de Gabriel! — Dito isto, pediu licença e entrou no estúdio.

Eu fiquei muda e paralisada, algo como imã não deixava meu irmão e eu separados, a aproximação era inevitável. O que faria agora?

—Não perca esta chance. — Falou Louis. —Você não sabe o quantas tentativas existem para entrar nesta banda. E a Bárbara procura alguém como você a muito tempo. Todos na banda devem sentir que será você.

Olhei para ele, descrente e depois para o estúdio. Bárbara dava instruções e todos a olhavam compenetrados. Certamente aquela banda era muito importante para cada um. Se eu entrasse, não seria para provocar ou simplesmente ficar perto de Gabriel, ou fazer algo diferente. Não! Tinha que ter um motivo mais grandioso. Eu tinha! Sempre amei música, percebi que quando estava muito triste ou muito feliz, ouvia, tocava ou cantava. Eu certamente tinha um motivo grandioso. Tinha sim! Seria por mim mesma.

—Alice, sinto muito por te tratar daquela maneira. Não é justo eu tratar uma das únicas pessoas que me abraçaram quando cheguei aqui desta maneira. Me sinto péssima. Só que tem muita coisa engasgada ainda, não sei se tive tempo pra processar. Mas posso afirmar que sei o que estou fazendo, estou aproveitando a mudança drástica para fazer algo que nunca fiz, amigos!

—Tudo bem Gray, acho que já me importo muito com você por isso agi assim meio paranoica. — Alice disse sentindo-se arrependida também.

Eu a abracei e disse: —Olha eu quero fazer isso. — Me referia ao Michel. —E não é para provar nada a ninguém, nem provocar, eu só quero.

Ela fitou meus olhos. Desta vez me dando um pouco mais de crédito. —Está bem! Tem a minha benção. Mas por favor, prove que eu tenho uma amiga inteligente. — Rimos.

—É só um cinema. — Disse.

Ela me abraçou de novo! —Se ele fizer algo pra te magoar...

—Ei, vai ficar tudo bem Alice. Nada pode ser pior do que a minha mãe morrer, meu pai desaparecer e meu irmão me odiar. Eu me sinto bem com o Michel, isto vai me fazer bem, eu estou precisando.

Ela pareceu entender, com alguma relutância.

Fomos interrompidas por Paul. —Está tudo bem? Parece que estão namorando!

—Haha, engraçadinho, nem digo nada de você e Gabriel. — Disse Alice, enxugando o cantos do olhos.

—Tá bom, não vamos discutir nossas relações amorosas em público.

Rimos. Eles eram graciosos juntos, combinavam muito, será que só eu que notava?

Este pensamento se ausentou quando ouvi o convite de Paul. —Vamos assistir uns filmes lá em casa hoje? — Perguntou olhando pra nós duas.

—Er... — Eu gaguejei.

—A Gracy tem um encontro, mas eu vou. — Alice falou por mim.

— Humn... encontro é!?— Ele falou meio que decepcionado.

—É! Cinema com o Michel! — Alice disse e logo se arrependeu de dizer olhando pra mim.

— Ah! Grande ideia, porque não vamos todos ao cinema? — Disse Paul.

—Não...— Comecei a falar mas não adiantou.

Paul saiu anunciando para todos a mudança de planos Alice ficou sem chão e eu também.

— Desculpe amiga, acho que falei demais.

—Tudo bem. Vou falar com o Michel. — Disse chateada.

—Ok, eu estou indo nos encontramos no cinema—. Ela disse mais feliz do que o normal.

Me aproximei de Michel, —Ei, acho que estraguei tudo.

A essa altura ele já sabia o ocorrido pois tinha sido convidado também. —Não, tudo bem, eu sei que eles só querem te proteger.

—Como assim me prot... não, ah ...— Não me acreditava.

—É foi um plano! — Ele definiu.

—Plano maquiavélico. — Eu disse e prossegui: —Vamos para outro lugar!

—Não, acho que vamos jogar o jogo deles. —Michel disse. —Eles precisam ver que estão perdendo tempo com isso. Se formos para outro lugar, eles não nos deixarão em paz.

Não gostei da situação, mas acabei concordando com Michel.

—Te pego as 20hrs de qualquer maneira, ok?

—Ok! — Ele se despediu me dando um beijo na bochecha. Me senti bem. E pensei: Eu pego a Alice!

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