Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 12

A primeira banda a se apresentar já nos deu uma breve idéia de que a disputa não seria fácil, mas ao olhar para meus amigos, senti um orgulho tão grande, estavam tão compenetrados, lindos em seus trajes escolhidos a dedo, em suas maquiagens e cabelos perfeitos, eu era só um detalhes deles, me senti confiante. 

Tocamos a primeira, a segunda, a terceira e por fim a quarta música com muita perfeição, não havia espaço para erros, então não os cometemos. Estávamos aguardando a colocação em pé, abraçados uns aos outros, assim como as outras bandas. Não ficamos em 5º, nem em 4º, até aí já era costume, fechei os olhos como que querendo fechar os ouvidos, em 3º lugar ficou a banda de Alex, pude ver a comemoração dos integrantes, mas ele se mostrou irritado, continuamos ali, já pude me ver com o 2º lugar, mas tamanha foi minha surpresa quando ouvi: —E em 1º lugar a banda do colégio Gênesis! 

Antes de nós a torcida foi a loucura, então nossa ficha caiu, pulamos gritamos, nos abraçamos, tínhamos ganhado pela primeira vez o campeonato municipal de Música em banda. Tocamos a música final e algumas pessoas tiveram que engolir o quanto eramos bons juntos. 

No camarim, estávamos tão eufóricos, agitados, fãs querendo entrar, mas apenas um conseguiu. Alex, e sua banda claro. 

—Uau, não é que Gracy conseguiu ajudar vocês mesmo?! 

—Deixem ele falar, ele está com dor de cotovelo.— Falei. Mas ele prosseguiu. 

—Mas os problemas de vocês ainda não acabaram não é. Não será fácil daqui para frente conviver com esses verdadeiros conflitos. 

—Se enxerga garoto, você está sendo imaturo e infantil, se os dois não forem a mesma coisa. Não sabe perder?— Eu revidei.

—Gracy, Gracy, você não sabe o que te aguarda. O seu irmãozinho ainda não mostrou as caras, e seu namoradinho parece saber disso e não te conta nada.— Alex falava sarcasticamente.

Michel não se aguenta e parte pra cima dele. Os caras da banda dele tentam impedi-lo. E eu grito para alguém escutar. —Façam alguma coisa. 

Gabriel tenta retirá-lo do meio deles, mas Michel o acerta com um soco. Todos param. Olhando a cena, Gabriel no chão golpeado por seu amigo de banda.

Alex diz uma última coisa antes de sair: —A disputa sempre foi interna.

—Por que fez isso Michel?— Pergunta Paul zangado. 

Ele permanece calado, enquanto Paul ajuda Gabriel. Este se levanta limpando o sangue do nariz.

Michel vira as costas e sai, e eu vou atrás dele. 

—Mica, o que foi aquilo.— Pergunto assustada.

—Aquilo foi eu, Gray.— Ele me olha irritado. 

Eu tento abraça-lo mas ele se afasta. — Não, eu não consigo! 

—Não consegue o que?— Eu quase grito.

—Eu não mereço você Gray.— Ele fala em tom sofrido.

—O que está dizendo Michel?

—Que eu preciso terminar com você, eu não posso continuar com isso. 

—Michel... por favor, eu não estou entendendo. É a pressão da banda? É a  Bárbara? Isso já passa!— Nem mencionei Alex por que era ridículo pensar que era por causa dele.

—Não tem nada haver Gracy.— Ele pausa um momento e pensa no palavras certas...—Você já se perguntou porque o seu irmão não quer ser seu irmão? 

Eu o olho espantada, realmente confusa. 

—Onde você quer chegar, porque tudo isso agora?— Eu disse já aos prantos. 

Ele vem até mim, me abraça, me dá um beijo.—Me perdoa, mas eu não posso mais continuar com isso.— Ele sai, pegando a moto de Paul. 

Eu sento no chão, e choro, choro muito. 

Alice aparece correndo. —Gracy, o que aconteceu? 

—Ele está transtornado Alice, eu não sei... 

—Onde ele foi?— Ela pergunta.

—Ele pegou a moto de Paul e saiu, não me disse onde ia, ele terminou comigo Alice.— Ela me abraçou e eu chorava. 

—Eu acho que sei onde ele foi. Gabriel disse aparecendo.— Ele me pegou pelas mãos e disse: —Vou trazê-lo de volta, eu prometo!— Me deu um leve beijo na têmpora e saiu.

Eu chorei um pouco mais nos ombros de Alice, ela me levou para sua casa, lembro de ter adormecido em seu colo. 

Naquela noite o pouco que dormi, sonhei com minha mãe. Ela tentava me acalmar e dizer para eu ser forte. Forte? As minhas forças estavam se esgotando e tudo que eu tinha guardado dentro de mim, desde a morte de minha mãe estava se externando, meu corpo doía, a dor emocional se tornava física. 

Na manhã de domingo, eu acordo mais cedo do que o habitual. 

—Preciso ir.— Digo a Alice. —Preciso encontrar Michel e Gabriel, isso terá que se resolver. 

—Não Gray, não vai a lugar nenhum, você está fora de si. Precisa ficar aqui.— Ela falou calmamente.

—Não posso!— Quase grito. E me ponho a chorar novamente. —Alice, será que eu não posso ter paz e ser feliz como uma pessoa comum? 

—Claro que pode querida!— Ela diz me abraçando novamente.

—O que Alex quis dizer com aquilo tudo, porque Michel revidou e deu um soco no meu irmão, porque meu irmão não quer ser meu irmão!— Eu falava chorando.

—Schiu, para com isso, você está começando a me preocupar. 

Fico ali, no colo de Alice mais uma vez, até sua mãe nos chamar para o almoço. Eu revirava meu prato, só ouvia ao fundo os ruídos, pássaros, cachorros latindo, vizinhos falando, e a TV... a TV?

Olhei em direção ao aparelho, me levantei da mesa enquanto ouvia o noticiário. Caminhei devagar, meus ouvidos atentos "Dois rapazes sofrem um acidente de moto na pista que liga o litoral á Jacksonville, as vítimas de nome Michel Dalsow e Gabriel Saint foram socorridas e estão em estado grave no hospital Walter Grant em Jacksonville." 

Perco meu chão.

...

Me vi correndo nos corredores do hospital, só queria encontrar os dois, ninguém mais, só eles, ver e saber que estavam bem. Jean me encontra. Me segura, me impede de passar. Eu grito para que me solte, tudo parecia estar em câmera lenta, eu queria vê-los, tocá-los, dizer que os amava. Sinto um solavanco. 

—Acalme-se Gracy, acalme-se.— Jean fala chorando. 

Então olho nos seus olhos, e o abraço e choro com ele. —Diga que isto não está acontecendo, que foi só um pesadelo, e que logo vou acordar.— Eu sussurro já sem forças.

Vi os pais de Michel chegarem, tão abalados, com Hélia tão pequena, comecei a perder o ar, pensando no que estou vivendo ali. Não, não, não poderia ser verdade. O médico veio e subitamente larguei Jean com o qual me agarrara, e fui em sua direção, ele disse aos presentes em tom audível porém respeitoso. 

—O jovem Gabriel teve uma concussão, e quebrou sua clavícula e algumas costelas, está em coma, mas estável.— Então ele pára, respira fundo e continua. — Michel não conseguiu, teve traumatismo craniano e faleceu a alguns minutos. —Sinto Muito.

Eu sinto meus joelhos desfalecerem lentamente escorrego na parede, tentando decifrar o que o médico disse. Não vejo nada ao meu redor, só engasgo o grito que está para ser solto, meu rosto no chão desmancha em lágrimas, a dor que sinto é cruel, parece que viverei assim para sempre, se é que viverei. —Não! não, não! 

Consigo perceber os pais dele se abraçando e Hélia sem entender perguntando onde estava seu irmão.

Alguém tenta me levantar em vão, eu estou presa dentro de mim, gostaria de não sentir tanta dor. Aquela dor que estava ali a algum tempo foi finalmente sentida da forma mais dolorida possível. Até que adormeço, logicamente alguém injetou calmante na veia. Isto no entanto não ameniza minha dor, meu grito agora está interno, sinto tudo, só não posso exteriorizar. Meu Michel, te perdi pra sempre, nem pude me despedir. A história se repete!

Acordo tonta em um leito do hospital, minhas vistas lutando para enxergar alguma coisa ou alguém, sinto elas comprimidas, toco meu rosto ainda está molhado das lágrimas. Esforço-me para ver alguém no sofá, é Alice dormindo inquietamente. Faço um esforço pra me levantar, desconecto o soro do meu braço, quando coloco meus pés no chão, Paul aparece na porta. 

 — O que está fazendo Gray? 

—Preciso vê-lo, preciso ver meu irmão.— Alice agora acordada fita-me na cena, chorando eu repito: —Eu preciso ver meu irmão. 

Paul me envolve, desconsolado. —Ok, ele está se recuperando, mas para vê-lo você tem que estar melhor. 

A enfermeira entra, e junto com Paul e Alice me colocam na cama, ela me serve uma sopa. 

—Coma se quiser ver seu irmão.— Ela fala como se tudo fosse normal. 

Eu começo a comer, mas interrompo para chorar baixinho, levo minha mão ao meu rosto. Paul e Alice só me observam. —Onde ele está?— Pergunto.

—Ele quem?— Paul questiona 

—Você sabe quem.— Digo não conseguindo falar seu nome. —Eu preciso me despedir dele. Eu preciso olhar uma última vez pra ele, eu preciso...— eles choram junto comigo agora. 

 — Vamos te levar embora daqui.— Alice diz. 

Quando estou pronta pra ir, Arthur aparece, ao vê-lo, sinto nostalgia, o esbarro no shopping, o encontro na pracinha, o show onde conheci Michel, ele parece sentir a mesma coisa, eu o abraço e ele me aperta forte, permitindo-me esvaziar minha dor em seus ombros. Paul nos leva, nós quatro silenciosos no carro de seu pai, até a minha casa, a moto que uma vez foi sua ficou irreconhecível soube ele por um policial, todos entram em casa para me acompanhar. Sra. Madalena e sr. James estão conversando a sala, Jean está em seu quarto, Alice me pergunta se eu quero que ela fique, eu digo que não seria necessário, eles se despedem dizendo a hora que passariam na manhã seguinte para nos buscar, as 07:00 da manhã, eu entendo o porque.

...

O velório, como todo velório estava cinzento. As primeiras pessoas com quem tive, não coragem, mas obrigação de falar, foram os pais dele, e sua irmãzinha Hélia que estava desconsolada, ela me perguntou se eu ainda viria visitá-la. Eu enchi meus olhos de lágrimas.

— Nunca deixarei de visitá-la!— Dei um leve beijo em sua testa, e lembrei que Michel fazia isso, uma lágrima rolou. 

Tentei resistir ao máximo ir até lá... falava, ou ouvia pessoas uma, duas, três vezes, até que não pude mais fugir... caminhei lentamente em direção a ele, meu coração batia fora do peito,ainda longe avistei seus cabelos, sua pele, até que estava ali, ao seu lado. 

—Volta pra mim!— Disse baixinho, lágrimas caindo. Toquei em sua pele, gelada, rígida, eu o tinha a dois dias em meus braços, era impossível acreditar. Lembrei da minha mãe, mais uma vez ,por um momento fiquei aliviada em não tê-la visto em um caixão. Mas era diferente com Michel, ele era tão jovem, tão lindo, eu não conseguia aceitar. 

—Deixe-o ir Gray.— Bárbara falou. Eu a olhei, queria culpá-la, mas sabia que não o traria de volta, isto foi uma tragédia. Então somente a abracei e chorei.

O enterro foi agonizante. Cada um dos mais chegados falou algo tão singelo e lindo sobre Michel, até sua irmãzinha Hélia, todos choravam tanto a dor de nunca mais vê-lo em vida. Por um momento pensei que não fosse conseguir pronunciar-me, então veio uma força que desconhecia até então e comecei a falar.

—Como uma pessoa em tão pouco tempo, pode se tornar uma das mais importantes de sua vida, senão a mais importante, eu não sei, o que sei é que Michel me ensinou a amar, ele era uma das razões de eu não desistir do que queria, ele me fez melhor, mais forte, me deu uma identidade, seguir sem ele, só se fará porque eu sei que agora ele é meu anjo. Agora sei que eu poderia passar o resto de minha vida com ele, e isso faz doer mais. Sempre te amarei Michel Dalwson, sempre.

Todos choram, não sei se por ouvir minhas palavras, ou por ver uma garota tão sem sorte, perder a mãe, o pai ausente, um irmão indiferente que também quase morreu no mesmo acidente que matou seu namorado. Fatalidade. Penso também que qualquer um em sã consciência não ficaria muito perto de mim.

...

Não sei como cheguei em casa, e também não sei a quanto tempo não saio do quarto. Deixava somente os da casa e meus amigos entrarem. Em uma das conversas que tive ou pelo menos uma tentativa de conversa, Paul me pediu para que perdoasse Gabriel. 

—Eu não tenho porque perdoá-lo, eu sei que não foi culpa dele, ele foi só uma vítima.— Falei com o olhar distante.

—Não estou falando disso.— Paul responde seriamente.— Mas talvez, para o que levou isso acontecer. Se Gabriel tivesse aceitado você... —ele tenta prosseguir. 

—Se temos que culpar alguém, este é nosso pai.— Paul me olha com um olhar triste. 

—Não desiste dele Gray, ele precisa de você.— Paul fala emocionado.

—Não vou desistir. Porque isto é o que está me mantendo sã, Paul. Somente isto.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro