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you make me feel invisible.

n/a: toda vez eu falo pra ouvir a música da mídia, mas dessa vez é sério! haha boa leitura 💞

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Capítulo único

Ele amava tudo o que fazia.

A premissa parece um pouco exagerada, mas não, eu falo sério. Já adianto que não se trata de fugacidade, de apego instantâneo e, em seguida, descarte do objeto de desejo, a palavra que define Jung Hoseok é intensidade.

Não importa se estamos falando da sua turma de street dance iniciante, da de break avançado, do macarrão pré-cozido que ele vai preparar para o jantar, da plantinha que ele rega no parapeito da janela, dos livros organizados na sua estante, do jeito como veste sua toquinha amarela, da roupa que ele estende no varal para secar. Ele colocava amor em todas as coisas, e isso estava estampado no seu sorriso, o melhor sinônimo material e brilhoso para representar cuidado.

O sorriso que ostentava quando fazia todas aquelas coisas se chamava cuidado

Ele tinha esse cuidado com as pequenas coisas cotidianas, quase sempre insignificantes e executadas como um ritual pelos os outros, para ele era  como se fossem únicas, seja preparar um café  e servir nas xicrinhas especiais da sua falecida avó; mesmo que fosse só um café da manhã corrido de uma quarta-feira, seja ensinar a mesma pirueta pela centésima vez como se fosse a primeira; como se fosse a primeira turma do dia e não última; como se seus ombros já não estivessem doloridos e as pernas cansadas. Junto da xícara de café, da pirueta, lá estava o sorriso. 

Mas isso não era só com as pequenas coisas, o cuidado transparecia ainda mais quando falamos das grandes. E com coisas grandes quero dizer aquilo que todos tentamos ser bem sucedidos, o amor romântico. O ideal de amar e ser amado.

E lá vem uma pequena história de como eu persegui esse ideal invisível até chegarmos às grandes coisas.

Quando eu conheci Hoseok eu já sabia que ele era intenso, mesmo que na época só tenha interpretado como insistência e falta de "simancol". Afinal, quem fica pendurado no ouvido de uma garota por quase duas horas ouvindo ela fazer pouco caso de você, dos seus esforços, dos seus amigos, da festa, de tudo? Quem consegue ser insistente o suficiente para ver conteúdo em alguém como eu na  época da faculdade? Bem, o Hoseok conseguiu, mas, mesmo assim, não conseguiu nem um beijo no rosto aquela noite.

Eu era muito e ele não era tanto, assim eu pensava, porque não conseguia ver além das suas roupas esquisitas, da sua beleza que estava fora do meu padrão fútil e limitado, e dos seus amigos aleatórios, alguns nerds, outros populares demais, era um grupo estranho e eu achava que merecia mais, mesmo sem nem conhecê-lo.

O pêndulo da vida, depois, pendeu para mim. Ele apareceu com uma garota e desfilava com ela pelo campus me causando um desconforto estranho no peito, me fazendo querer que eu desviasse do seu caminho até me acostumar e uma hora isso aconteceu. Eu me acostumei tanto com a sua presença +1, plus one (sua namorada),  que acabei ficando com alguns dos seus amigos nessas festas em que a quantidade de álcool é abundante e quantidade de discernimento é reduzido. Os cursos de artes e letras se cruzavam bastante, então não foi difícil que eu tomasse alguns atalhos pelos seus amigos antes do pêndulo me levar de volta até você.

Foi despretensioso, quase como um encontro do acaso, mesmo que ele não acredite em acaso, eu não tenho nenhuma forma melhor de explicar isso.

Naquele dia eu cheguei correndo na academia para tentar pegar a aula da turma de balé adulto,  o meu esforço semanal de fazer alguma coisa além de me lamentar das mazelas da vida de uma "jovem-adulta" recém inserida no mercado de trabalho para ganhar pouco e perder muito. 

Eu estava fugida de uma reunião de pais e professores do colégio em que dava aula de Literatura, entrei  quase como um furacão na academia e esbarrei em você no bebedouro ao lado da porta do vestiário. Me virei para me desculpar por ser tão "eu", inconveniente e estabanada, só para ver todos os meus movimentos travarem. Antes dos seus olhos escuros, eu vi o seu sorriso. Até hoje eu não encontro muito bem as palavras para descrever como você, mesmo depois de tudo, sorriu de forma genuína, como se fosse a primeira vez que nossas vidas cruzassem as mesmas linhas.

Cheguei atrasada na aula de balé, não consegui me concentrar em acertar nem um simples plié, tudo era código a ser decifrado depois de re-conhecer o seu sorriso. Era mesmo tão simples e único, como se tivesse sido feito só para descrever aquele momento, que todo o resto agora parecia complicado.

Cheguei a pensar que talvez você pudesse ter perdido a memória em um acidente de carro, bem estilo filme dramático-romântico de Hollywood,  e que não se lembrava de como eu te tratei, do rodízio que fiz entre os seus amigos, da pessoa vazia e fútil que eu era.

Eu já tinha beijado algumas bocas, feito sexo com algumas pessoas, sempre deixando um pouco de mim em cada um delas, e me tornando aquela pessoa que não sabia se o fracasso de todos os relacionamentos quase-amorosos que tinha tido era culpa dos outros ou só inépcia minha, que não sabia nem sentir mais do que vazio na manhã seguinte.

Ok, vamos tomar café. Eu sempre desfilava fingindo confiança, deixando as cobertas, exibindo meu corpo nem tão padrão, nem tão fora do padrão, beijava mais uma vez aquela boca antes de fechar a porta e começar todo o processo de esvaziar.

Colocar a roupa de cama para lavar, recolher as roupas largadas pelo chão, lavar os copos sujos de bebida,  jogar as garrafas vazias do cardápio alcoólico do dia, tomar um banho. Todo um ritual de me esvaziar do outro que havia acabado de sair, mas que eu, em tão pouco tempo, já não queria que existisse. Como se através daquelas ações simples eu pudesse apagar do mundo todos os acontecimentos da noite passada.

Esvaziar. Me esvaziar daquele que tinha invadido meu espaço com o meu consentimento e, sem que eu nada pudesse fazer, acabava carregando um pouco de mim, me deixando ainda mais vazia.

Não que eu achasse que havia algum problema em relacionamentos casuais, estranhos  dividindo a mesma cama. Por mim tudo bem, por eles também estava.

Afinal, o problema nunca esteve no que era, mas no que não era.

Eu digo isso hoje, pois agora eu sei o que é e o que não é. Agora é fácil, depois de conhecer, depois de tomar um caldo e voltar à superfície, depois de provar o gosto do bolo de chocolate, depois de ver a luz, depois de ouvir a nona sinfonia pela primeira vez.

É como quando o homem pisou na lua pela primeira vez. Antes disso só tínhamos uma suposição vaga do que era a pedra esburacada sem brilho próprio pendente no céu. E só depois de lá estar soubemos: aquilo era a lua. O amor é uma coisa assim.

Vago, eu sei. Também não vou saber explicar, no máximo vou só construir umas metáforas desconjuntadas para um poema que não vai ganhar nem uma menção honrosa na competição do colégio primário onde trabalhava, e olhe lá. Definir é difícil, mas sentir já é alguma coisa.

Hoje eu digo isso porque sei, mas antes era só angústia. Contudo, nada que não pudesse ser encoberto com um domingo tranquilo tentando compreender a minha própria solidão, cercada de música, café e livros. Nada também que não acumulasse e, paradoxalmente, me esvaziasse com o passar dos dias.

Mas vamos voltar a falar de você, o Sr. Intensidade, sorriso brilhoso demais para não fazer anualmente clareamento dentário. O mesmo sorriso que, naquele dia na academia, não sei se fingiu não me conhecer, ou se preferiu acreditar que ali eu já não era a mesma pessoa de antes. 

Pois, bem. Nem tanto um encontro do acaso, mais tarde, você estava saindo da sua aula quando eu recolhia as minhas coisas depois de sair da minha. Você se ofereceu para me acompanhar até o metrô. Quando lá chegamos, sugeriu que comêssemos algo juntos e eu aceitei.

Como eu também não ficava muito atrás quando se trata de intensidade —  no meu caso estava mais para fugacidade ou, como minha mãe diria, fogo de palha —, eu não queria encerrar a noite ali, eu nunca queria. Sempre tinha expectativas maiores para o que estava posto diante dos meus olhos e, dessa vez, o que eu via era você.

Nós tínhamos bebido, mas ainda não tínhamos nos beijado, por isso, sugeri que terminássemos a conversa no meu apartamento. Você era surpreendentemente inteligente e bem diferente daquele universitário mala que eu achava que precisava de "simancol". E, além de tudo, você era divertido. A sua risada tinha um som gostoso e, pela forma que seus lábios envolviam a taça, eu pressentia que com você, talvez o beijo pudesse  casar e a noite não terminaria com eu te dando outro fora. 

Eu abri uma garrafa de vinho que estava na dispensa, sentamos no sofá da sala, coloquei alguns dos meus discos para tocar, fundamentando a minha pose de garota intelectual-interessante-aparência-com-conteúdo, e alguma hora cansamos de encarar o sorriso um do outro e nos beijamos.

Foi bom, com um pouco de gosto de passado, de universidade, com uma mistura de expectativa e vinho tinto.

Quando partimos o beijo você fez um carinho na minha bochecha e me olhou, mais uma vez, tal como aquele sorriso, como se não me conhecesse antes. Era tão sincero e profundo que me incomodou. Era aquele tipo de olhar que parece querer te transpassar só para ver as coisas que escondemos dos os outros. Você não deveria estar me vendo daquela forma. 

Me afastei como desculpa para mudar a música. Ah, minha playlist é tão aleatória às vezes. Eu com certeza disse algo do tipo e me levantei em um pulinho tentando parecer natural. 

Tudo aquilo fazia parte da pose que eu acreditava ostentar.  Os meus discos, os livros bagunçados e espalhados pela casa, a conversa "interessante", os sorrisos, as mordidas de lábio inferior, as pernas cruzadas sobre o sofá, a luz amarelada, tudo fazia parte do teatro para conquistar e depois fechar a porta em despedida pela manhã. E você, mesmo que não soubesse, estava jogando bem direitinho o meu jogo. Ao menos era o que eu achava.  

Curioso a gente se esbarrar lá na academia, né? Você dá aula lá há muito tempo? — disse depois de contornar o momento incômodo/constrangedor para quebrar o silêncio.

Há uns dois anos... —  bebericou o vinho e passou seu braço pelo encosto do sofá até alcançar o meu ombro. — Hm, eu já tinha te visto algumas vezes lá, mas você está sempre correndo...

Isso é uma verdade... — sorri me declarando culpada pelos meus sucessivos atrasos, sentindo o carinho bom que ele fazia no meu ombro,  e ele também sorriu.

Nada se comparava ao seu sorriso. Era uma espécie de imã, que fazia você querer se aproximar mais uma vez para descobrir se ali dentro, entre os lábios, dentes e língua, também era tão brilhante quanto por fora.

Os beijos se aprofundaram, eu deixei que ele fizesse carinho na minha bochecha, mas preferi encarar as sombras da luminária no teto do que o seu olhar. A música acabou e o silêncio foi substituído por uma série de comentários sobre a época da faculdade, mostrando que ele se lembrava exatamente de quem eu era, mesmo que seu sorriso e seus olhos parecessem ver alguém diferente.

Sério? Eu jurava que você e o Namjoon tinham namorado... — ele comentou com outro sorriso no rosto eu eu quis me afundar no sofá. Esse, definitivamente, não era o tópico que eu queria abordar. Eu e Namjoon fomos algo diferente, mas, ainda assim, não fomos nada. Same sad story. Éramos tão parecidos que estar com ele me assustava e, com medo de sentir algo, eu fui gradativamente me afastando até que nos tornamos desconhecidos. 

Hmm, não... E mesmo que tivéssemos, não teria dado certo... — eu disse e  ele finalizou o vinho com um gole,  levantando a cabeça e erguendo a taça. Os fios castanhos cairam para trás e, em seguida, ele voltou a olhar para mim, com as sobrancelhas arqueadas. — Eu nunca tive sucesso nessa coisa de... Ah, você sabe... Relacionamentos são complicados.

Mas você já sentiu?  — ele largou a taça na mesa de centro e voltou a me encarar, e, mesmo que eu tivesse tentado fugir, lá estava o par de olhos escuros me vendo.

O que? —  abri a boca sem, contudo, conseguir verbalizar as quatro letras. — Por alguma razão eu tenho uma facilidade incrível de estragar as coisas, principalmente esse tipo de coisa... assim como eu vou estragar isso nas próximas horas, pensei e guardei para mim a última parte, pois ele ainda não precisava desaparecer.

Relacionamento duradouro não é sinônimo de sucesso no amor... O amor não cabe dentro dos relacionamentos... Ele não se sujeita a nossa pretensão de aprisionar os sentimentos na eternidade... — a cada palavra eu sentia meu corpo afundar no estofado macio do sofá, enquanto a angústia de ser vista por ele se tornava ainda mais incômoda. Eu é que queria desaparecer.

Isso quer dizer, então, que você já sentiu? — perguntei me questionado se ele falava da sua ex-namorada, quem eu só  via como um +1, plus one, e ele assentiu com a cabeça sorrindo.

— Acabou, depois do final foi ruim... Mas eu sou grato por ter sentido... Essa certeza de eu amei e fui amado. Por isso que eu disse que a eternidade é uma pretensão que não consegue encaixotar o amor. naquele momento eu entendi que, na verdade, ele era muito e eu não era nada, pois quando ele falava sobre amor eu me sentia invisível.

A cada palavra, eu sumia no sofá até me tornar, gradativamente, invisível. Escondia entre os discos, os livros, a professora de literatura, a pseudo-intelectual, a interessada por artes. Toda a pose diante dele se desfazia e ele não estava jogando o meu jogo, eu estava jogando sozinha.

Eu sorri, talvez encantada, com certeza sem reação à forma com que suas palavras anunciavam algo que era desconhecido por mim, me fazendo consciente de que eu era incapaz de ver com os meus olhos o mesmo mundo que via Jung Hoseok. 

Mesmo depois que eu passei a me sentir invisível, ele, aparentemente, ainda conseguia me ver e tentou mais algumas investidas, mas eu me afastei todas as vezes, usando a desculpa de que estava com muito sono, quando, na verdade, eu só queria que a noite acabasse e que ele desaparecesse.

Eu fechei a porta, ainda era noite e não teve beijo de despedida. Ele quis beijar a minha boca, mas eu virei o rosto fazendo os seus lábios macios encontrarem minha bochecha. Dessa vez não teve ritual, eu deixei a bagunça na sala e fui atrás das minhas cobertas, sonhando que talvez sozinha eu pudesse voltar a me enxergar.

No dia seguinte, porém, eu não queria que ele deixasse de existir. Eu procurei por ele na academia na semana seguinte, mas, infelizmente, o acaso não nos brindou com outro encontro. Eu tive que mandar uma mensagem e convidá-lo para sair, temendo e, ao mesmo tempo, almejando ver com aqueles olhos o mundo ou só ser vista por ele.

E sobre a metáfora da lua, sim, eu pisei na lua e foi com Jung Hoseok. Depois de desaparecer diante dos seus olhos e sumir entre as suas palavras que sentiam demais, enquanto eu sentia "de menos", em algum momento entre o primeiro encontro oficial e agora eu pisei no desconhecido e conheci o que era a lua.

A lua era aquela coisa que sacudia no meu peito quando Hoseok puxava minha mão para dentro da sua no meio da rua, era a paz que eu sentia acordando ao seu lado depois de cochilamos no sofá em um domingo à tarde, era a alegria quando saímos para qualquer uma dessas festas só para encher a cara e dançar horrores. Também era a raiva que sentia quando ele decidia ser tão legal e encantador com todos os seres humanos do mundo e também são as lágrimas que caíram quando eu disse eu te amo pela primeira vez em uma segunda-feira à noite, dentro do metrô, quando seu sorriso me encontrou depois de um dia horrível.

A lua é tudo isso, quero dizer, o amor.

Com ele eu descobri que era possível amar todas as coisas sem me esvaziar e, sobretudo, que era possível me amar, que nem tudo era pose. Que eu de fato era a garota intelectual-interessante-aparência-com-conteúdo e que também podia ser quem eu quisesse.

E que o seu sorriso genuíno, que ostentava quando fazia todas aquelas coisas, se chamava cuidado. Era o mesmo sorriso do dia da academia, o mesmo dentro do metrô e o mesmo de agora.

Mesmo depois de tantos anos eu continuo me sentindo invisível do seu lado, pois amar é isso, é se sentir invisível para o mundo e só visível por você

E eu posso provar.

Agora, cercados por muitas pessoas, aqui, na nossa festa de casamento, por todos os nossos familiares, por nossos amigos, eu não vejo mais nada; a música alta, os aplausos, eu não escuto mais nenhum som que não seja o da sua voz no meu ouvido. Isso é amor. Só estamos eu e você. Eu, invisível para o resto do mundo, só visível para você.

Fim.

•••

Bem, esse é o meu presentinho para esse ser humano lindo que é o Hoseok.

Tem também especial no BTS_colabs , mas o mozão merece todos os presentes que eu conseguir escrever haha
Claro que não ficou à altura, mas espero que vocês tenham gostado!
Deixem aqui todo o amor do UNIVERSO pra ele, pois ele é precioso demais!

Beijos da Maria ❤️

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