CAP 37 - Max ?.. Max.. ? - a chamei em meio as lágrimas.
JULIAN NARRANDO*
Você já se sentiu triste por um término? Já pensou que tudo estava dando errado ? Eu já e foram bem mais de uma vez , a Max não, a Max nunca ficou assim, a minha amiga sempre foi o tipo de pessoa que dava um jeito de ver um lado bom em tudo , mas dessa vez , dessa vez ela estava de fato mal .
Seus olhos estavam fundos , os cabelos despenteados , ela nem sequer abria a janela do quarto , e a ver naquela situação me doía o peito de uma forma que era difícil explicar.
—Max vem, se levanta .. - eu disse a puxando pra cima , a ajudei a caminhar até o banheiro e a coloquei sentada dentro da banheira cheia de água mesmo ela resmungando e dizendo que não queria.
Ela estava bêbada mais uma vez , e ainda eram quarta feira , já ia fazer vinte dias que ela não saia pro lado de fora dessa casa e ela estava se afundando cada vez mais.
—Vou esperar do lado de fora da porta por quinze minutos, tome banho ou eu irei entrar aqui e dar banho em você. - eu disse sério a fitando os olhos.
—Você não faria isso . - ela ri com a voz pesada .
—Duvide , não esteja de banho tomado em quinze minutos e verá se eu não vou fazer . - eu disse e então deixei o cômodo a esperando exatamente do outro lado da porta .
Aqueles foram longos quinze minutos .
MAX NARRANDO*
O meu peito estava apertado e a água morna não parecia relaxar nem sequer um músculo no meu corpo , me sentia cansada , esgotada , assim que a porta se fechou eu me encontrava sozinha ali , com dificuldade eu retirei minhas roupas que estavam agora molhadas e joguei pro lado de fora da banheira e então elas bateram pesadas no chão por estarem encharcadas .
Eu me deitei dentro da água, submersa e foi quando eu senti o fôlego me faltar , não sabia quanto tempo já tinha que Julian havia saído mais minha cabeça pesou por conta do álcool e por um segundo minhas vistas se escureceram e eu apaguei ali abaixo de toda aquela água.
*NARRAÇÃO DO AUTOR
Após os quinze minutos passarem, Julian bateu suavemente na porta do banheiro, mas não houve resposta, ele esperou alguns segundos, mas o silêncio persistiu, com um aperto no coração, ele girou a maçaneta devagar e adentrou o cômodo.
O vapor do banho envolvia o ambiente, criando uma atmosfera sufocante, no fundo da banheira, Max estava completamente submersa .
O desespero bateu , Julian ficou paralisado por um misero segundo , seu coração batendo forte no peito enquanto observava a cena diante dele.
Uma onda de pânico tomou conta de seus pensamentos, e ele se lançou para a banheira sem hesitação, ele alcançou Max rapidamente, seus dedos tremendo enquanto a puxava para fora da água.
Max então deu um suspiro pesado oque quase fez com que os batimentos de Julian parassem , a tempos não sentia tanto medo como havia sentido naquele momento.
JULIAN NARRANDO*
os olhos sem brilho de Max se fixaram em mim com espanto , era como se ela nem houvesse notado oque acabará de acontecer , a água começava a esfriar ao redor dela, mas ela não parecia se importar , parecia não se importar com nada .
— Max? — a chamei , minha voz soando fraca diante da cena desoladora e do medo que eu ainda sentia pulsar no meu peito.
Não houve resposta, Max permaneceu imóvel, como se estivesse presa em um estado de torpor emocional , seu rosto estava pálido, as olheiras profundas denunciando noites mal dormidas e dias sem esperança.
Senti um nó se formar na minha garganta, impotente diante da dor da minha amiga , eu a ajudei a se levantar , a se enrolar na toalha e então à voltar ao quarto , a ajudei até a vestir um blusão largo , a minha amiga estava em um estado deprimente e me doía muito o peito vê-la assim .
Ainda sentia o meu corpo trêmulo devido a toda a situação, minha respiração voltava aos poucos ao ritmo normal .
O quarto estava mergulhado na escuridão, apenas a luz fraca da lua conseguia penetrar pelas frestas da cortina entreaberta , eu estava sentado à beira da cama, com os pensamentos tumultuados girando em minha mente como um furacão implacável.
Max estava deitada ali ao meu lado, seu rosto pálido destacado pela pouca luminosidade, suas feições marcadas pelo cansaço e pela dor. Eu podia sentir o peso do silêncio pesar sobre nós, como se estivesse comprimindo nossos corações já sobrecarregados.
— Max... - minha voz saiu como um sussurro, quebrando o silêncio opressivo que nos cercava.
Ela virou-se na cama, seus olhos vazios encontrando os meus, refletindo a tristeza e o desespero que eu conhecia tão bem.
— Julian... eu não sei mais o que fazer. - sua voz estava carregada de angústia, ecoando pelos cantos sombrios do quarto.
Eu me aproximei dela, minhas mãos encontrando as dela, buscando desesperadamente algum tipo de conexão em meio à escuridão que nos envolvia.
— Nós vamos superar isso, Max. Eu prometo. - minhas palavras saíram com convicção, embora por dentro eu estivesse tão perdido quanto ela e talvez com tanto medo quanto , ela soltou um suspiro pesado.
— Eu não sei se consigo mais, Julian, sinto como se estivesse afundando e não houvesse nada para me segurar. - sua voz tremia, carregada de uma dor tão profunda que fez meu coração se contrair em agonia.
Eu a abracei com força, tentando transmitir todo o amor e apoio que eu tinha dentro de mim, mesmo sabendo que não era de mim que ela queria aquilo .
— Eu estou aqui, Max. Sempre estarei aqui. Não importa o que aconteça, eu nunca vou te abandonar. - murmurei com os labios contra seus cabelos.
Naquele dia eu não fui pra casa do Rhael , eu não me sentia bem em deixa-la ali sozinha , então ficaria ali até ela pegar no sono e até a manhã seguinte
No dia seguinte seu pai já estava em casa então eu fui até a casa do meu namorado de manhã, era sábado então não teria aula naquele dia , também não pretendia ficar muito por lá, só pegar alguns livros e algumas coisas pra alguns trabalhos que eu teria que fazer pra faculdade .
O caminho até a casa do loiro não demorou muito e acredito que seja pelo fato de que eu estava perdido nos meus pensamentos o caminho inteiro.
Quando estacionei o carro frente a residência eu deixei o mesmo e então segui pra dentro da casa , passava um pouco das 06:40 da manhã então Rhael provavelmente ainda estava dormindo.
Subi as escadas sem fazer muito barulho, entrei no quarto e ele estava lá deitado na cama dormindo , era uma cena linda , ele era sem dúvidas maravilhoso o tempo inteiro.
Caminhei cômodo a dentro sem fazer muito barulho pegando os livros que julguei necessário e coloquei em uma mochila , o silêncio era nitido até ouvir o som sonolento da voz de Rhael .
—Você já vai sair de novo ? - ele perguntou baixo enquanto se sentava na cama esfregando os olhos .
—Eu tenho que voltar pra casa amor , só vim pegar esses livros . -O olhar sonolento de Rhael encontrou o meu, e por um momento, o peso da preocupação ainda pairava sobre mim, refletido em meus olhos, eu respirei fundo antes de responder, tentando afastar um pouco da tensão que carregava desde o episódio com Max.
—Você nunca tá aqui Julian . - ele diz desapontado.
—A Max não está bem Rhael . - eu disse baixo me aproximando da cama .
Rhael pareceu notar a seriedade em minha expressão, e seu semblante se tornou mais alerta, suas sobrancelhas se franzindo ligeiramente.
—Ela deveria ver um psicólogo, já tem quase um mês, até quando vai durar isso. - ele resmungou.
—Ela vai melhorar logo eu espero . - disse ainda baixo.
—Talvez devesse deixar o pai dela resolver isso . - Rhael diz .
—Ela é minha amiga eu não vou só deixar pra lá. - disse irritado.
—E eu sou seu namorado, a gente mal se vê, tem semana que a gente nem se encontra. - ele resmungou ainda mais .
—Daqui a pouco vai dizer que eu tenho que escolher . - eu disse irritado , ele gesticulou pra abrir a boca e eu então continuei . —Eu amo você Rhael , amo mesmo mais não ouse querer me fazer escolher porque vai ser ela , aquela garota é como se fosse minha irmã, ela é minha família e se eu literalmente tivesse que colocar a mão em brasa quente por alguém seria por ela e eu nunca.. nunca mesmo vou deixar parecer que não.. não foi uma boa noite, Rhael. A Max... ela não está bem, conversaremos em outro momento - murmurei, sentindo um aperto no peito só de mencionar o nome dela enquanto colocava a mochila nas costas .
Rhael se levantou da cama, sua expressão agora séria e preocupada.
— O que aconteceu? Ela está bem? - ele perguntou rapidamente, sua voz carregada de preocupação .
Respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas para explicar a situação delicada de Max.
— Ela... está passando por um momento difícil. Eu fiquei com ela ontem à noite, e... foi assustador, Rhael. Eu quase a perdi. - admiti, sentindo um nó se formar em minha garganta novamente.
Rhael se aproximou de mim, colocando as mãos em meus ombros com gentileza.
— Você é um cara incrível amor e eu jamais vou te pedir pra escolher .. - ele disse, sua voz suave e reconfortante. —Você está sobrecarregado, me deixe ao menos dividir esse peso com você ao invés de me afastar. - Rhael pediu .
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