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Noite XVII

TRISTEN

Eu não sabia se havia dado certo. Depois que ela despertou, nenhuma bruxa veio querer saber o que aconteceu ontem à noite com o selo destruído e com a porta arruinada. Isso era um bom sinal. Tinha que ser, foi isso que tentei dizer para a agonia e o desespero que se acumulava dentro da porra do meu peito. Olhei para seu véu branco do outro lado do salão. Marco negociava com Belledisse na grande mesa de madeira. O salão estava mal iluminado, a poucas velas essa noite. Continuei encarando minha mulher, Ela não se comportava como antes e tinha um cheiro diferente. Um cheiro forte de ervas e incenso. Eu odiava aquele cheiro.

Observei suas mãos brancas como a neve, depois seus pés descalços. Pelo menos, ela parecia bem. Tentei não encara-la por muito tempo, depois do que aconteceu, as bruxas estão atentas a qualquer coisa. Principalmente em relação a ela.

Quando a reunião terminou, esperei vê-la se virando para me encarar. Esperei qualquer sinal de que ela ainda se lembrava dos nossos segredos, mas nada aconteceu. Ela seguiu seu caminho com as bruxas malditas. Como eu desejava estraçalhar seus corpos frágeis e insignificantes. Escutar seus gritos de desespero e observar o sangue podre de cada uma delas se espalhando pela madeira velha daquela mansão. Isso seria uma imagem maravilhosa e tentadora. Mas não tão tentadora como o belo corpo de Madeliena se contorcendo enquanto eu a penetrava com força, analisar seu corpo quente pingando de suor e seus olhos brilhando de desejo.

Meu corpo chegou a tremer com a linda imagem.

— O que achou? — Marco se aproximou, junto com os outros. Os encarei sem interesse. Marco esperou pacientemente que eu declarasse minha opinião sobre a reunião.

— Foi ótimo. Bom trabalho. — Marco franziu a testa. Um gesto que ele não costumava fazer. — Vocês estão dispensados por essa noite — anunciei. Todos pareceram satisfeitos, menos o Marco que continuou paralisado e com a testa franzida. — Preciso ir à cidade. Conversamos quando eu voltar. — Dei as costas a ele e segui pelos corredores desertos da mansão.

O relógio no meu pulso marcava nove horas. Eu tinha dez minutos para chegar ao lugar marcado, revirei os olhos ao imaginar aquela mulher falando sem parar sobre meu atrasado. Ela podia ser irritante quando queria. Corri pela floresta úmida com rapidez, a cidade ficava mais longe do que eu lembrava. Atravessei a barreira de proteção da floresta e segui em direção da pequena cidade. A noite fria combinava com a lua cheia. Diminuir os passos ao chegar à entrada da cidade mal movimentada. Dei um passo nas ruas de pedra, sentindo algo estranho. Olhei para baixo e encontrei meus sapatos de couros cobertos por lama. Fechei os olhos com força, para controlar a raiva que se acumulava cada vez mais.

Obriguei-me a continuar.

— Odeio essa merda.

Entrei no único bar da cidade. O lugar estava animado e movimentado. A música era alta e homens bebiam e gritavam uns com os outros. A luz amarela dominava o lugar, lembrava-me as antigas tabernas que eu frequentava. O cheiro de álcool e tabaco era forte e bem vindo. Esquiveis-me de algumas pessoas e caminhei até o fim do bar, onde uma mesa solitária estava ocupada por apenas uma pessoa.

Elena me encarou enquanto me aproximava. Seus cabelos vermelhos e curtos se destacavam na sua pele negra e lisa. Sentei na cadeira vazia e a encarei em silêncio. Seus olhos dourados me analisavam de modo felino e sedutor. Um sorriso se formou em seus lábios carnudos e vermelhos.

— A cada ano que se passa, você fica cada vez mais lindo Tristen — murmurou para mim. Não era difícil escutá-la sobre a música alta.

— Eu sei — respondi. Elena sorriu, revelando suas presas pálidas.

— Deixarei seu atraso de lado dessa vez. — Elena se apoiou sobre a mesa e cruzou os braços fortes. — Por que me chamou aqui? Sabe como eu odeio interiores. — Seus lábios se retorcerem. Antes que eu pudesse começar a falar, uma garçonete jovem se aproximou. Seus olhos verdes estavam focados em mim.

— O que gostaria de beber? — Sua voz era suave. Sua pele estava rosada e seus cabelos amarrados em um coque mal feito. Seu corpo pequeno me lembrou da mulher que parecia ter me esquecido. Pisquei, desejando que ela estivesse ao meu lado.

— Uísque puro — pedi. Ela suspirou com o som da minha voz, seus olhos verdes brilhavam de inocência e pensamentos impuros.

— Uma cerveja — Elena chamou sua atenção. A garota despertou dos seus sonhos e ficou corada. Ela se afastou rapidamente, envergonhada com os próprios pensamentos. — Ela é bonita — disse, voltando a me encarar.

— Preciso que encontre uma pessoa para mim — ignorei seu comentário. Ela pareceu surpresa. Sua sobrancelha esquerda levantou e seu rosto ficou sério.

— Uma mulher.

— Sim. — Encarei seus olhos dourados.

— Uma bruxa. — Seu maxilar ficou tenso.

— Sim. — Não era difícil de adivinhar. Eu estava preso com elas a mais de 15 noites.

Elena piscou lentamente e encarou o bar ao meu redor. Elena tem um passado complicado com as bruxas, assim como os magos. Principalmente os magos.

— Se não for para caça-la, cortar a cabeça e entrega-la em uma bandeja de ouro, eu não farei esse trabalho — declarou, friamente.

— Não preciso que procure a bruxa. Sei onde ela está, mas preciso que vasculhe o passado dela. Sobre a família que ela possuiu. — Elena passou a língua sobre os lábios pintados.

— Desculpe a demora. — A garçonete voltou com nossas bebidas. Seus olhos continuavam focados em mim, lhe observei por alguns segundos. Ela tinha arrumado os cabelos dourados e passou batom. Sua mão tremeu ao depositar a bebia sobre a mesa. Quando ela partiu com o corpo arrepiado, encarei o guardanapo que cheirava a perfume.

— Por que está fazendo isso? Por que quer saber o passado de uma bruxa? Você nunca se importou em conhecê-las, e nem saber os nomes daquelas que executou. — Elena deu um gole na sua cerveja. Seus olhos dourados, pela falta de sangue humano, brilhavam como ouro.

— Ela é diferente. — Segurei o copo e levei os lábios. O gosto fraco de álcool me decepcionou.

Elena sorriu de modo zombeteiro.

— Diferente? — cuspiu irritada. — Ela é uma bruxa. Uma vadia de sangue ruim. Elas não são diferentes. — Elena bufou e fechou os olhos com força. Eu não a culpo. Principalmente depois do que as bruxas fizeram ao homem que ela amava.

— Ela é uma intocada. — Seus olhos se abriram bruscamente. Sua raiva desapareceu rapidamente.

— Esta falando sério? — Seus olhos se estreitaram. — Está dizendo que as bruxas levaram as intocadas para a reunião?

— Eu sempre falo sério. — Tomei o resto da bebida e acariciei o guardanapo branco.

Elena ficou em silêncio por alguns minutos. Analisei o bar movimentado e encontrei a pequena garçonete do outro lado do balcão. Seus olhos me encaram de volta, um sorriso curto cresceu em seus lábios pintados antes de ela se virar para atender um homem velho.

— O que pretende fazer Tristen? — Voltei a encara-la. — Pretende levar uma bruxa, intocada ou não para casa? Sabe o que os membros vão dizer? A situação já ficou critica quando você resolveu fazer parte desse acordo, agora o maldito do seu irmão está à solta, virando todos contra você.

— Posso lidar com ele quando eu voltar. Ninguém nunca o seguiria de verdade, todos sabem a loucura de vive dentro dele. — Olhei para o guardanapo, antes de voltar para seus olhos dourados. — Não importa o que eles vão dizer sobre ela, ela ficará comigo. Ela será a sua nova senhora. — Elena encarou a garrafa em suas mãos.

— Isso é nojento — resmungou.

— Era o que todos diziam sobre você e ele — rebati, deixando-a paralisada.

— Por onde devo começar? — Sorri com sua derrota. Eu confiava em Elena, ela é uma mulher inteligente e fiel. Se não fosse por ela e Margery, nunca teríamos conseguido um encontro com as bruxas para uma trégua.

— Ela possui características das mulheres da Romênia. Ela tem aproximadamente 20 anos. Procure por um "acidente" que chocou a cidade. O tipo de coisa que uma bruxa faria para esconder seus rastros.

— Não preciso que me diga como devo fazer o meu trabalho. — Não dei muita importância para seu ataque. — Só perguntei o lugar. — Elena rolou os olhos. — Mas saber a idade dela ajudou muito — murmurou, tentando não parecer fraca. Entreguei-lhe um sorriso preguiçoso antes de levantar.

— Você tem dois dias — declarei, fazendo-a cuspir a bebida.

— O que? Isso é impossível. Quem você acha que eu sou? — Elena levantou com um pulo. Enquanto a encarava, guardei o guardanapo no bolso.

— Uma mulher que possui um grande número de escravos — falei, lentamente.

— Eles trabalham para mim, não são meus escravos. — Elena se sentou bruscamente. — Está na hora de mudar esse seu vocabulário primitivo.

— Dois dias, Elena — avisei, lhe dando as costas. No caminho para a porta, encontrei a garçonete loira. Seus olhos me encararam com expectativa, seu coração batia com força. Acenei levemente com a cabeça, fazendo suas bochechas ficarem mais rosadas. Ela lambeu os lábios e sorriu timidamente.

Por que todas tinham que ser tão tolas?

Sob a luz da lua cheia, esperei a garçonete de cabelos dourados. O beco atrás do bar é úmido e frio, apoiado na parede irregular, observei a pequena garota se aproximar. O som do seu coração batia loucamente, sua respiração estava forte e a temperatura do seu corpo elevado.

— Não tinha certeza se você estaria realmente aqui. — Sua voz parecia mais suave. Observei seu rosto rosado sob a luz da lua e depois seu pescoço fino e macio.

— Você é muito corajosa. — Me aproximei lentamente. — Convidar um homem desconhecido para um encontro. — Quanto mais me aproximava, mais as batidas do seu coração aumentavam. Ela não estava com medo, apenas excitada.

— Não é todo dia que um homem feito você aparece nessa cidade. — Ela sorriu. Levei minha mão até seu pescoço. Ela suspirou com meu toque. — Você está gelado. — A jovem garçonete pareceu incomodada. Madeliena nunca pareceu incomodada com isso. Na verdade, ela gemia de prazer quando eu a tocava.

— Eu sei. — Empurrei-a devagar contra a parede. — Faz parte da minha maldição — sussurrei, próximo dos seus cabelos. Ela cheirava a coisas doces e a perfume feminino. Madeliena cheirava a terra úmida, e a maravilhosa chuva de inverno. Eu adorava seu cheiro. Por que ela não estava ali? Sentir o toque quente da garota subindo sobre minha camisa. Ela me puxou para perto do seu rosto maquiado, seus olhos verdes brilhavam de desejo.

— Beije-me — pediu com um murmúrio desesperador. — Me toque, por favor. — Segurei seus pulsos e os prendi na parede fria. Ela não se importou com o aperto.

— Olhe para meus olhos — mandei. Sua atenção foi dos meus lábios para meus olhos. — Isso. Boa menina. — Sorri para ela. — Você não irá gritar ou irá gemer, ficará em silêncio, com a porra da boca fechada, entendeu? — Ela piscou em silêncio, parecendo perdida. O brilho dos seus olhos se apagou, se tornando vazios.

— Entendi — sussurrou lentamente.

Sua resposta me fez soltar seus pulsos, que caíram ao lado do seu corpo pequeno e magro. Segurei sua nuca e inclinei sua cabeça, dando-me mais acesso ao seu pescoço fino. Mordi seu pescoço com força e raiva. Sentir o gosto da sua pele, seu sangue enchendo minha boca, me alimentando. Aprofundei a mordida, fazendo o sangue escorrer sobre seu pescoço e manchar suas roupas. Esmaguei seu corpo contra a parede, enquanto sua pele quente abraçava minhas roupas. Fechei os olhos, imaginando que fosse ela ali comigo. Abraçando-me com seu corpo fervendo, que fosse o seu doce sangue descendo pela minha garganta. Que fosse o seu cheiro me embebedando.

Mas não era ela.

— Se continuar desse jeito, vai acabar matando-a. — A voz me fez soltar o corpo da garota e me afastar bruscamente. A garçonete desacordada caiu no chão com força. Virei-me e encarei os olhos vermelhos de Marco, apoiado na parede do outro lado do beco, escondido da luz da lua.

— O que está fazendo aqui? — perguntei. Passei a mão na boca, limpando o sangue que escorria pelo meu queixo e que manchava toda a minha camisa.

— Alguém precisa ficar de olho em você. — Ele deu de ombros. Marco deu um passo à frente, a luz da lua banhou seu rosto pálido e seus cabelos brancos. — Estamos em uma cidade pequena, seja mais discreto. — Continuei em silêncio. Encarei o corpo pálido e inconsciente da pequena garota. — Você chamou a Elena? — Voltei a encara-lo.

— Por que devo me explicar a você? — Seu rosto continuou calmo.

— Porque eu sempre preciso limpar a sua bagunça. — Ele olhou para a garota no chão. — Nova demais, não? — Ele não sorriu como imaginei que faria. — Por que chamou a Elena? — perguntou novamente. Dessa vez, a frieza em sua voz era evidente.

— Preciso que ela vasculhe a vida de Madeliena — respondi, sem ânimo. — Ela tem todo direito saber o que aconteceu com a família dela. — Marco continuou me analisando.

— Isso é uma tática desesperada? Nossas noites estão terminando e você está com medo que ela o abandone? — Suas palavras eram facas gravadas no meu peito. — Que ela escolha as bruxas ao invés de você?

— Ridículo, não é? — questionei, abrindo os braços. — Eu nunca pensei que sentiria medo outra vez. Porém, aquela bruxa maldita está me destruindo — falei, apenas para ele. Marco engoliu em seco. Dei um passo na sua direção. — Ela realmente acha que pode se livrar de mim? Que pode simplesmente ir embora e me descartar? Que pode me esquecer? — A raiva voltou a crescer dentro de mim. E eu me odiava por não conseguir mais me controlar. Ela estava acabando comigo. — Esse é o me papel. Eu decido quando terminar e de como eu vou descarta-la quando me cansar. —Segurei o ombro tenso de Marco. — Eu farei com que ela destrua cada uma delas, com isso, ela não terá nenhum lugar para ir. Sem ninguém para ajudá-la, Madaliena estará presa a mim.

— Ela pode ter esquecido você. — Deixei minha mão cair e olhei para o beco escuro atrás dele. — Se você revelar o que Belledisse e as outras fazem com bruxas como ela, nossa trégua estará arruinada. Você mesmo disse que precisávamos delas para vencer os Lycan. Se Madaliena matar Belledisse, não sabemos se a trégua continuará.

— Por que não continuaria? Podemos não conseguir que elas lutem ao nosso lado, mas não precisaremos mais nos preocupar com elas. Nosso foco estará naqueles cães. — Dei um passa para trás. Passei a língua nos lábios, sentindo o gosto da garota desacordada.

— As bruxas podem ser muitas coisas Tristen, mas não são mulheres burras. No momento em que Madeliena atacar, elas saberem que foi você que revelou a verdade. — Suas palavras eram calmas, mas a preocupação em seus olhos era evidente. — Madaliena pode ser uma bruxa pura e quem sabe, ser mais forte que Belledisse. Mas, se Madaliena atacar, ela estará sozinha. Ela não sobreviveria a essa batalha e se você tentar interferir, a trégua acabará e teremos que lutar com dois inimigos. E você mais do que ninguém sabe que não temos pessoas o suficiente para ganhar essa guerra. — Observei Marco se aproximar da garota no chão e pegá-la no colo. Continuei em silêncio, enquanto o mesmo suspirava e relaxava os ombros. — Você precisa parar um pouco. Ignore seus desejos por Madeliena e se foque naqueles que resolveram segui-lo. Todos dependem da sua escolha meu senhor, e se você não focar em seu povo, estaremos todos mortos.

Marco seguiu para a rua deserta, mas antes que ele saísse do beco, com a jovem garota em seus braços banhada de sangue, eu o parei.

— Eu não consigo fazer isso — contei.

— Se continuar com o que está fazendo, você provocará a morte da garota. — Marco se virou e me encarou. — Como eu disse, ela está sozinha.

— Ela tem a mim — rebati, deixando-o em silêncio. — Eu posso protegê-la, posso dar tudo o que ela deseja. Eu a salvarei de Belledisse. — Marco sabia que aquele não era o meu único desejo. Liberdade não era algo que eu pretendia entregar a Madeliena. Quando tudo isso terminasse, ela estaria presa a mim. Eu serei o único a possuía-la, serei o único homem a tocar em seu lindo corpo e a beber seu doce sangue. Ela me amaria de um jeito ou de outro.

— E quem a salvará de você, Tristen? — Sua voz se tornou grossa. O encarei seriamente. — Tudo o que você faz é por você. Tudo o que você quer é que Madaliena o ame como eu o amei. Como Victoria o amou e como todos antes de nós. Você apenas procura por um sentimento que não existe dentro de você, e quando você não consegue o que tanto deseja, você nos destrói. Sempre foi assim e continuara assim, porque você nunca saberá a dor que é amar uma pessoa que jamais te amará de volta.

Pisquei, sentindo a dor de suas palavras.

— Como você pode ter tanta certeza que eu nunca amei ninguém? — perguntei, escondendo minha dor. Mesmo que suas palavras tenham arrancado uma parte do meu corpo, eu jamais demonstraria tal coisa para ele, ou para qualquer outra pessoa.

— Porque eu sei tudo sobre você, Tristen — declarou com calma.

— Eu posso ama-la se eu quiser.

Marco inclinou a cabeça.

— Você a ama? — questionou com suavidade.

O encarei, paralisado. Eu deveria tê-lo deixado partir, assim eu não sentiria vontade de soca-lo.

— Não — respondi, sentindo o peso da resposta sobre meus ombros.

— E Madaliena o ama? — Sua pergunta me pegou desprevenido.

Madaliena poderia sentir muitas coisas por mim, mas amor não era uma delas.

— Não. Ela ainda não me ama — falei com sinceridade. Minha declaração fez um sorriso sombrio surgir nos lábios do Marco.

— Está vendo? Sempre será a mesma coisa. — O sorriso continuou preenchendo seu rosto pálido. — Eu realmente espero que Madaliena consiga se livrar de você Tristen. Na verdade, eu também espero que ela se liberte das correntes feitas pelas bruxas, mas no final, eu não torço por vocês dois.

— Isso é por ciúmes? — Minha voz saiu vazia. Eu sabia que não eram ciúmes, mas eu o odiava por estar me deixando tão fraco com suas simples palavras.

— Não. É porque eu gosto da Madeliena.

~~*~~

MADELIENA

Aquela era a pior noite da minha vida. Depois da reunião sufocante, fui ajudar a preparar o jantar. O que me incomodava era que eu não conseguia tirá-lo da minha cabeça, da sensação dos seus olhos me analisando no salão. De como o vermelho intenso dos seus olhos brilhavam, ou de como ele respirava com força. Eu só queria senti-lo me tocando e me desejando. Tudo aquilo parecia o maldito inferno, fingir que nada estava acontecendo. Fingir que estava acorrentada a maldita da Belledisse. Eu queria cortar sua garganta, queimar seu corpo e dançar loucamente ao redor da fogueira enquanto observava seu corpo em chamas.

Infelizmente, eu sei que preciso esperar. Não posso simplesmente atacar Belledisse, seria suicídio. Observei a mulher servindo as taças e sorrindo como se tudo estivesse perfeitamente bem. Aquela bruxa me forçou a matar Marie, se eu fosse mais forte, poderia tê-la salvado. Também pensei em Margo, de como ela foi executada por amar um vampiro. De como ela gritava com Belledisse, declarando seu ódio eterno por ela. E pelo o clã que eu tanto amo.

Respirei fundo, acalmando o desejo de pular em seu pescoço e sufoca-la com minhas próprias mãos. Eu a odiava por toda dor que me causou, por tudo que me forçou a fazer e por roubar minha magia. Ela é o verdadeiro monstro nessa mansão.

— Posso me deitar? Estou cansada — menti, facilmente. Belledisse me encarou por alguns segundos.

— Claro, irmã. Vá descansar. — Ela me entregou um sorriso mentiroso. Levantei e sai daquele lugar o mais rápido possível. Não havia mais motivos para desconfianças. Depois que acordei, Belledisse vasculhou minha mente e não conseguiu encontrar nada. Era fácil manipular o que ela deveria ver quando eu não estava mais presa a ela. Eu estava livre. Não. Ainda não. Mas eu já podia sentir o gosto da liberdade, quando eu voltar para o Clã, serei uma mulher completamente diferente. Eu tomaria minhas próprias decisões.

Parei no corredor conhecido. Olhei para a porta fechada com ansiedade, eu queria que ele estivesse do outro lado, me esperando. Bati duas vezes. Não houve resposta. Entrei no quarto sem fazer barulho, o lugar estava escuro. Fechei a porta silenciosamente atrás de mim e analisei ao redor. Respirei fundo, sentindo o cheiro do seu perfume, me aproximei da cama cuidadosamente forrada e me sentei. A lembrança da nossa primeira vez veio à tona. O som dos nossos gemidos ecoou pelo quarto quando me deitei na cama macia. A pele gelada de Tristen contra a minha fez a umidade entre minhas pernas aumentar. Seus beijos selvagens me fez deseja-lo ainda mais.

— Você deveria estar aqui — sussurrei, esperando vê-lo no quarto. Com seus cabelos negros como a noite, seus olhos vermelhos como sangue, seu corpo duro e gelado me abraçando.

Com um suspiro longo, levantei lentamente. Procurei por um papel sobre a mesa de madeira perto da janela. Encontrei papeis e caneta na última gaveta. Com calma, escrevi um pequeno bilhete marcando um encontro. Com um sorriso divertido, deixei o pequeno papel sobre a cama. Foi divertido e angustiante vê-lo tão desesperado na sala de reunião. É bom saber que seu desejo por mim ainda perdurava, assim como o meu por ele. Por algum motivo, os sentimentos que eu sentia em relação a ele, principalmente depois que ele me acordou, pareceu se elevar.

Assim que deixei o quarto frio para o corredor silêncio, encontrei Marco se aproximando. Não pude deixar de sorrir quando o mesmo parou bruscamente no meio do corredor e arregalou os lindos olhos vermelhos. Aproximei-me com passos curtos.

— É bom vê-lo outra vez Marco — falei, assim que passei por ele. O escutei respirar com força, antes de deixa-lo para trás.

Quando cheguei ao meu quarto, a primeira coisa que fiz foi retirar o maldito véu e joga-lo em um canto qualquer do quarto. Deitei-me na cama na esperança de me acalmar. Eu precisava encontrar um jeito de pagar a minha divida. O Deus Caído quer a alma de Belledisse, e eu a entregarei com um lindo sorriso e com toda satisfação do mundo. Mas como destruí-la? Se eu o fizer, estarei traindo meu clã assassinando uma irmã. Mas Belledisse não é mais nada para mim. Ela matou Margo e Marie, e quem sabe quantas mais. Depois de eu pagar a minha divida, talvez elas entendam do por que eu fiz o que fiz. Elas precisavam entender, o clã era tudo o que eu tinha e tudo o que eu mais amava.

~~*~~

TRISTEN

Assim que me aproximei do quarto, pude sentir um aroma familiar. Abri a porta rapidamente, sentindo o seu cheiro em todo lugar. O alívio profundo me dominou, retirei a camisa ensanguentada e a joguei no chão. Umedeci os lábios ao imagina-la deitada na cama e completamente aberta para mim. Seu cheiro doce me deixava excitado e ansioso. Se ela esteve em meu quarto, ela não tinha me esquecido. Esquecido dos nossos segredos. Uma pontada da raiva surgiu no fundo do meu peito, isso significava que em todo momento, ela estava brincando comigo. Se divertindo enquanto eu definhava com medo de ela me esquecer.

— Garota safada. — Sentei na cama, deixando a raiva de lado. Isso não importa, o importante é que ela está de volta. Um sorriso cresceu nos meus lábios ao imagina-la sorrindo para mim, um sorriso divertido e tímido. Eu não a deixarei ir embora. Eu não posso deixa-la, ela me pertence e mesmo que não queira admitir, eu pertencia a ela.

Encarei o pequeno papel perto das almofadas. A letra caprichada era elegante e bonita. O peguei e o li com cuidado.

"Encontre-me onde descobrir quem você é de verdade e quando nos encontrarmos, não seja gentil."

— Com certeza, uma garota muito safada.

~~*~~

MADELIENA

Depois do banho, coloquei minha camisola branca. Katherine estava deitada na minha cama, pronta para dormir. Para minha surpresa, ela me pediu para dormirmos juntas e me disse que sentiu muito a minha falta. Fiquei feliz com suas palavras doces e sinceras.

Deitei-me ao seu lado e observei seus cabelos espalhados no travesseiro. Ela ainda estava com os olhos abertos, mas estava muito sonolenta. Deixei a vela acesa enquanto a analisava aos poucos cair no sono profundo.

— Espero que quando a hora chegar, você fique ao meu lado — contei, enquanto acariciava seus cabelos.

— O que? — Ela levantou o rosto para me encarar — O que está falando? — murmurou, bêbada de sono.

— Boa noite. — Com o dedo indicador, toquei o centro de sua testa. Um brilho branco se espalhou pela sua pele. Katherine ficou mole na cama e possuía a respiração lenta e constante. Ela não acordaria até o dia seguinte. A cobrir com cuidado antes de invocar um portal na porta de madeira. Invoquei minha magia, fazendo o desenho brilhar e uma força me puxar. Cai sobre a areia fina da floresta. O ambiente estava frio, mas não me incomodava. Antes que eu pudesse me virar à procura do vampiro que me deixava louca, fui puxada bruscamente e presa sobre o tronco da arvore.

O beijo veio logo em seguida. Sua boca gelada me devorava e me sugava. O beijo era carregado de desespero e saudades. O beijei de volta, com a mesma intensidade, ou pelo menos, tentei. Seu corpo esmagou o meu e o sentir abrindo minhas pernas com seu joelho, pude sentir o volume sob suas calças acariciando minha intimidade. Um gemido escapou dos meus lábios quando ele se afastou, seus lábios deixaram os meus. Encarei seus olhos vermelhos, que invadiam meus pensamente todas as noites. Ele estava ofegante e completamente excitado.

— Eu senti sua falta — sussurrei, abrando seu pescoço. Beijei seu queixo, fazendo-o suspirar, suas mãos geladas subiram sobre minhas coxas.

— Eu também — murmurou, acariciando minha pele quente. — Você não tem ideia do quanto. — O sentir nos meus quadris e depois suas mãos frias foram para minha bunda. Ele arfou quando sentiu minha pele livre da calcinha. — Você sabe como brincar comigo. — Tristen voltou a me beijar e me prendeu contra arvore. O abracei com mais força, trazendo seu corpo de encontro ao meu. Eu queria senti-lo, queria sentir apenas ele e, só ele. Afundei os dedos entre seus cabelos negros e os puxei. Quase me assustei quando ele se afastou rapidamente e rasgou minha camisola.

Gemi quando o vento frio acariciou meu corpo exposto. Tristen me observava sobre a luz forte da lua, seus lábios estavam inchados e sua respiração ofegante. Ele tocou minha pele, cada parte dele. Apenas o fiquei observando, enquanto seus dedos me exploravam. Tristen se aproximou e beijou meu ombro, descendo para os seios. Meus mamilos estavam rígidos e eu estava quente de desejo por ele. Sua boca me chupou em todos os lugares, deixando marcas roxas e vermelhas. Quando ele finalmente beijou meus lábios, segurei a gola de sua camisa e a abrir violentamente, fazendo os botões voarem para todos os lugares, revelando sua pele pálida e seus músculos definidos.

— Eu preciso de você — falei com necessidade. Tristen sorriu de um jeito malicioso, o puxei, sentindo sua pele contra a minha. Ele me levantou com um movimento rápido e me apoiou contra o tronco da arvore. Senti a madeira machucando minha pele, porém, ignorei aquela dor e me foquei nos seus toques, e no volume debaixo das suas roupas. Abracei seus ombros em brusca que um apoio. Quase gritei quando o sentir retirar as calças, eu estava desesperada para recebê-lo. — Me possua com força, Tristen — sussurrei em sua orelha. Minha voz estava rouca e irreconhecível.

Com um movimento rápido, ele me penetrou. Gritei contra sua pele e Tristen arfou contra meu pescoço, logo em seguida, senti sua língua me provando. Seus movimentos me fizeram morder seu ombro. Isso só o incentivou a me penetrar com mais rapidez. Escutei sua voz murmurando em outro idioma, ela estava rouca e falhando pelos movimentos constantes. Afastei-me e o encarei banhada de desejo. Seus olhos intensos me encararam de volta. Gemi forte quando seus movimentos fizeram o tronco atrás de me arranhar minha pele.

— Tristen... — Gemi, mergulhei meus dedos em seus cabelos úmidos e o analisei com cuidado. Seus olhos brilhavam no tom mais belo do vermelho, seu rosto se contorcia de satisfação. Ele suspirava com força e mordia o próprio lábio enquanto me penetrava com força. — Tristen — chamei, fazendo-o piscar os olhos de modo lento. — Eu quero que você me morda — pedi. Seus lábios estavam a centímetros dos meus, e o ar frio que saia da seu boca fazia minha pele se arrepiar. — Quero que você beba o meu sangue e marque minha pele. — Beijei seus lábios delicadamente.

— Marca-la como minha. — Suas palavras se perderam entre seus suspiros prazerosos.

— Apenas sua — murmurei, apenas para ele. A mão de Tristen afundou nos meus cabelos, puxando minha cabeça para lhe dar mais acesso ao pescoço. E quando deitei minha cabeça em seu ombro, suas presas perfuraram minha pele. Gritei quando sua mordida se aprofundou, seus movimentos dentro de mim não diminuíram, o que me deixava na beira do desespero. Tristen me abraçou com força, enquanto provava meu sangue e me acariciava sem gentileza. Arranhei suas costas com a dor prazerosa que me invadia ao senti-lo me sugando. — Tristen... — Gemi sem parar e quando cheguei ao meu limite, estremeci contra seu corpo. Não demorou muito para ele chegar à própria satisfação. A pressão da mordida diminui, até que ele se afastou por completo. Meu corpo estava mole e sem forças sobre o seu. Com dificuldades, encarei seu rosto pálido e seus lábios manchados de sangue.

— Você é única — declarou, sustentando meu corpo. Inclinei-me lentamente e beijei seus lábios banhados de sangue. O gosto era metálico, muito diferente do sabor maravilhoso do seu sangue. O beijei devagar, sua língua brincou com a minha. Afastei-me em busca de ar. — Obrigada por não me esquecer. — Sua voz estava suave, algo que nunca tinha acontecido. O abracei com toda a força que ainda me restava.

— Obrigada por me acordar. Eu não teria conseguido sem você.

~~*~~

Fiz pequenos círculos sobre sua pele pálida do abdômen. Sentada em seu colo e vestida com sua camisa rasgada, era mais confortável do que eu esperava. Fechei os olhos, apreciando sua mão acariciar meu pescoço. O local da sua mordida ainda latejava. Ser mordida por ele foi diferente, minhas pernas tremeram e sentir como se nada no mundo pudesse me atingir.

— Conte-me algo sobre você — pedi, encarando seu maxilar marcante.

— O que deseja saber? — perguntou, encarando a mordida em meu pescoço.

— Você ainda possui uma família? — questionei com receio.

— Não uma família, eu tenho apenas um irmão. — Sua resposta era vazia. O analisei com cuidado. — Um irmão mais velho — terminou, encarando a floresta escura a sua frente.

Aquela era a primeira vez que conversávamos. O que era estranho, porque eu sentia que já o conhecia por completo.

— Você não parece gostar dele — sussurrei, acariciando seu pescoço dessa vez.

— É porque eu não gosto. — Tristen me puxou para mais perto. — Eu o odeio profundamente — murmurou, antes de beijar minha testa. Fiquei em silêncio, sem saber o que perguntar. — O que mais quer saber? — perguntou, passando o polegar sobre minha barriga e correndo para meus seios cobertos pela camisa. Meu corpo se arrepiou na mesma hora.

— Quantos anos você possui? — Um sorriso sincero se formou em seus lábios. Não pude deixar de sorrir com ele.

— Eu não sei — respondeu com calma. — Com o tempo, isso deixou de importar. — Seu polegar deixou meu seio e voltou a descer pela barriga. — E você?

Sorri, um pouco envergonhada.

— Acho que isso não importa muito. — Cruzei as pernas, o impedido de descer um pouco mais. Ele parou as acaricias nos meus quadris.

— Tudo que for relacionado a você, é importa para mim — declarou, fazendo-me corar.

— Não vai demorar muito para eu completar 21 — sussurrei, me acomodando em seus braços.

— E quando isso seria? — Ele pareceu curioso.

— Em alguns dias. — Deixei a resposta de lado. Quando meu aniversário chegasse, não estaríamos mais juntos. Aquele pensamente fez meu coração doer e um gosto amargo surgir na minha boca. Eu não queria deixa-lo.

— O quanto você se lembrar? — Seu nariz cutucou meus cabelos úmidos. Ele respirou meu cheiro antes e suspirar lentamente.

— De tudo — contei, fechando os olhos.

— Isso é uma coisa boa. — Sua voz preencheu o silêncio da minha mente. Voltei a abrir os olhos, levantei a cabeça e encarei seus olhos relaxados.

— Quando as vinte noites terminarem e, vocêestiver bem longe desse lugar, eu vou matar a Belledisse. — Minhas palavras eram frias e calculadas. Se eleestivesse longe, não havia motivos para minhas irmãs apontarem um culpado. Atrégua estará segura e ele não tentaria me proteger. Não participaria de umaluta que não o pertence. — Eu a matarei por tudo que me forçou a fazer e asentir. Ela precisa ser destruída. 

...*...

Novamente, muito obrigada a todos por terem lido e espero de todo coração que tenham gostado do capítulo de hoje.

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