Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Noite VIII

  TRISTEN

Ainda posso sentir seu gosto doce nos meus lábios. Quando fechava os olhos, o som dos seus suspiros era a única coisa que eu conseguia ouvir. A sensação do seu corpo tremendo em meus braços depois do seu primeiro orgasmo me deixava excitado, com sedo e fome. Passei as mãos nos cabelos, tentando controlar o desejo de correr até ela, joga-la contra a parede e penetra-la com força.

—Porra! — Não pude conter minha irritação.

— Por que você teve que sair da reunião ontem à noite? — A voz de Victoria preencheu o quarto escuro. Levantei o rosto e a encarei seriamente.

— Desde quando tenho que me explicar para você Victoria? — A encarei com os dedos nas têmporas.

— Só fiquei curiosa. O que tiraria você de uma reunião tão importante para o nosso povo? Você sentiu alguma coisa? — Ela se aproximou com passos lentos e sentou sobre o braço da poltrona de madeira. — Será que isso tem alguma coisa haver com o cheiro que sinto nas suas roupas ou em seu quarto? — Seu braço magro abraçou meus ombros. Encarei a fenda do seu vestido vermelho se abrir enquanto ela cruzava as pernas e revelava sua pele branca. — Diga-me que não está traindo o seu povo se deitando com uma bruxa imunda. — Suas palavras carregadas de veneno me fez acariciar sua pele macia.

— Victoria — murmurei, fazendo-a se inclinar para mais perto. Ela sentou no meu colo e abraçou o meu pescoço. Ela tinha um cheiro forte de perfume e sua maquiagem era escura demais. Seus cabelos longos não eram tão escuros como eu gostaria que fossem e seus lábios, pintados de vermelhos, não tinham um tom rosado natural como os dela. — Acho melhor você tomar cuidado com o que fala. — Levei minha mão ao seu pescoço fino e pálido — Você não vai querer discutir comigo nesse momento, pode acreditar. — Afundei meus dedos entre seus cabelos brancos.

— E você acha que ficarei quieta enquanto você se diverte com aquela vadia? — gritou, fazendo-me segurar seu rosto. Sua voz se perdeu entre meus dedos, seus olhos vermelhos me fitavam com raiva. Senti seus lábios tocando a palma da minha mão e a gordura das suas bochechas entre meus dedos.

— Preste bem atenção, Victoria — exigi. — Você não fará porra nenhuma. — Apertei seu rosto, fazendo-a choramingar. — Se você pensar em fazer qualquer coisa contra ela, se pensar em machuca-la, se você acha que pode tirar o que me pertence... Pode ter certeza querida, que farei o seu castigo ser o mais longo e doloroso possível. Você me entendeu? — Encarei os pequenos fios de sangue escorrendo sobre suas bochechas e minhas unhas. Soltei ela. Victoria levantou rapidamente, fugindo do meu colo.

De costas, ela limpou o rosto com o dorso da mão. Com calma, esperei sua resposta.

— Depois de tudo o que eu fiz para você. — Ela se virou. Sua maquiagem estava borrada e seus olhos mais vermelhos do que o normal. — Eu matei todo a minha família por você, eu fiz tudo o que você me pediu. Eu fiz tudo para ficar ao seu lado. Fiz de tudo para ser a única para você — gritou ela, fazendo o chão sob meus pés estremeceram.

— Tudo o que eu pedi era que me provasse a sua lealdade. Foi sua escolher assassina-los, você desejava aquilo há muito tempo, Victoria. Eles a excluíam e a ignoravam, ninguém suportava você. Quando fiz meu pedido, você viu aquilo como um meio para realizar seus desejos sombrios. — Deixei à poltrona e me aproximei. Ela não recurou, apenas continuou firme. — Você feriu o Marco com aquela escolha. Você tirou tudo o que ele tinha e quanto mais ele se afundava naquela dor, mais eu me afundava com ele. Então não me culpe pelos seus atos imundos, você tem sorte de estar ao meu lado, sorte por ser a única que carrega o sangue dele nesse mundo.

Victoria baixou a cabeça. Seus cabelos brancos escondiam seu rosto. Analisei seus punhos cerrados e seus ombros tensos. Por um momento, ela me lembrou de uma criança mimada quando seu pai se recusava a lhe comprar mais uma boneca. Victoria nunca mudaria. Depois de todos esses anos, nada dentro dela mudou. Ela continuava sendo a mesma adolescente possessiva com o que não lhe pertence e confiante demais para uma criança que estava conhecendo o mundo.

— E o que eu devo fazer? Ajoelhar-me quando você fizer dela a nossa senhora? — perguntou friamente, voltando a me encarar.

— Se ela deseja ficar ao meu lado... — minhas próprias palavras me deixavam ansioso. — Então todos vocês se ajoelharão perante ela.

~~*~~

MADELEINE

A conversa continuou fluindo mesmo depois do tremor. Elas não pareceram notar e continuaram com a discussão sobre a reunião da noite passada. Olhei para a porta de madeira escura. Eu gostaria de saber o que estava acontecendo. Levantei lentamente e segui em direção da porta.

— Aonde você vai? — perguntou Belledisse, fazendo-me parar.

— Buscar algo para beber. Estou com sede. — A dor da mentira fez meu coração acelerar. Não de um jeito bom, como ele costumar fazer. Encarei seus olhos negros, esperando sua permissão.

— Seja uma boa garota e traga para suas irmãs.

— Claro — murmurei, antes de sair da sala. Suspirei longamente me sentindo cansada outra vez. Já estava tarde e ontem à noite não consegui dormir. Não depois do que aconteceu.

Perambulei pelos corredores em busca de alguma coisa. Mas não havia ninguém. Nenhum sinal dos vampiros ou a causa do tremor, depois de vários minutos nos corredores vazios da mansão, eu decidi ir para a cozinha.

Chegando ao local, acendi uma vela. O lugar estava tão silencioso que incomodava. Procurei pelas bebidas nos armários e as servi em copos de cristal sobre uma bandeja de prata. O som do líquido preenchendo o copo quebrou o zumbido do silêncio ensurdecedor do lugar. Parei de encher o último copo quando escutei passos se aproximando. Peguei o pires branco com a vela e iluminei a porta aberta, os passos pararam e depois começaram a se distanciar. Fui até o vão da porta e olhei para cada lado do corredor. Não encontrei ninguém. Respirei fundo e, ao me virar, meu coração parou quando dei de cara com um corpo nas sombras. Assustada, deixei o pires cair no chão de cerâmica. O som da porcelana se quebrando fez meu corpo gelar.

O fogo da vela não apagou. Encarei os olhos vermelhos que brilhavam no escuro. Um pequeno sorriso surgiu nos seus lábios.

— Perdoe-me — pediu ele, com uma voz carregada de malicia. — Não era minha intenção assusta-la. — O observei se abaixar e pegar a vela.

— Tudo bem — falei por fim. Peguei a vela da sua mão e voltei para as bebidas. Peguei outro pires no armário e colei a vela em uma porcelana azul. Enquanto eu seguia com meu trabalho, pude sentir seu olhar sobre mim. Analisando-me, me observando de um jeito que me irritava profundamente. — O que você quer? — revolvi perguntar. Escutei seus passos se aproximando e vi sua silhueta ficar ao meu lado.

— Há um ditado que diz: Quem não quer se queimar ou provocar um incêndio, tampouco deveria brincar com o fogo. — Sua voz preenchia o lugar mal iluminado me causando arrepios. — Com isso, aconselho você jovem bruxa, a ficar longe daquele que pode destruí-la. — A lembrança do que fizemos ontem a noite fez meu peito ficar quente. Com calma, me apoiei no balcão de madeira e encarei seu rosto pálido. Seus cabelos brancos estavam presos em uma fita vermelha.

— E se eu quiser ser destruída? — sussurrei, fazendo-o encarar meu véu branco. Seus olhos observavam cada quanto do meu vestido, mãos e véu. — O que você quer? — perguntei novamente.

— Só quero alerta-la. — Turno se sentou no balcão com facilidade. Ele era alto e possuía pernas longas. Mesmo sentado, seus pés continuavam tocando o chão. ¾ Não quero que nada prejudique essa trégua. Não posso deixar tudo pelo que batalhamos ser jogado fora porque o meu senhor está obcecado por você.

— Obcecado — repeti, lentamente. — Palavra interessante.

— Não. Não é interessante. — Turno deixou o balcão e invadiu meu espaço pessoal com rapidez. Para a minha própria surpresa, eu não recuei. — Passei muitos anos com ele para saber que isso não chega nem perto de ser interessante. — Levantei a cabeça para encara-lo. — Essa não é a primeira vez que isso acontece e também não será a última. — Suas palavras eram calmas, mas a expressão que ele mantinha no rosto era de desespero e algo a mais. — Ele a seduzira de todas as formas possíveis; fará com que você pense apenas nele e o deseje cada vez mais. E quando você estiver perdidamente apaixonada, quando você não conseguir ver um futuro sem ele e o lindo amor finalmente florescer em seu pequeno coração. — Seu dedo indicado apontou diretamente para meu peito. — Ele a descartará como um inseto insignificante. Como se tudo o que vocês passaram, todos os momentos que viveram, não fossem nada. Nada tão importante para fazê-lo se interessar novamente por você. E quando você se der conta, estará presa a ele, presa na teia de ilusões que o belo vampiro criou especialmente para você. Será mais uma de nós presa à eternidade com aquele que destruiu o seu coração e que a faz servi-lo sempre que ele desejar.

O silêncio de repente preencheu a cozinha. Suas palavras pareciam ecoar na minha cabeça. Seus olhos vermelhos demonstravam sentimentos. Sentimentos. Algo que vampiros não possuíam.

— Você o ama? — As palavras simplesmente saíram. Turno recurou um passo e voltou a se apoiar no balcão. — É estranho perguntar isso a um ser como você. Já que vampiros não possuem sentimentos humanos.

— Isso é o que suas irmãs mais velhas falam para você? — Ele riu, revelando suas presas. Fiz um pequeno movimento com a cabeça em afirmação. — Acredite quando digo que sentimos tudo, raiva, ciúmes, dor, tristeza, melancolia e todos os outros sentimentos insignificantes. — Quase ri alto quando o vi revirar os olhos. Isso não parecia normal. — Mas para nós, ter esses sentimentos é ainda pior do que viver nas sombras — declarou, me deixando confusa.

— Pior?

— Quando nos transformamos, não é apenas o nosso corpo que muda. Nossos sentimentos são amplificados, são tão intensos que não conseguimos suportar. Por isso, em certos momentos da nossa existência, apenas os desligamos e ficamos com o que é interessante, divertido e prazeroso — ele me enviou outro sorriso.

— Você ainda não me respondeu — declarei, fazendo-o arquear as sobrancelhas brancas. — Você o ama? — Tudo aquilo era tão estanho. Nossa conversa, suas palavras. Nada parecia fazer sentindo, mas aquela pergunta sim.

— O que a faz pensar nisso? — Turno inclinou a cabeça levemente.

— O seu discurso parecia algo que você passou e seus olhos revelavam sentimentos tristes e raivosos. Como você ainda continua seguindo-o onde quer que ele vá e fazendo o que quer que ele deseje, isso me faz pensar que você ainda o ama e que não importa o que você faça, você não consegue romper essa ligação que o prende a você. — Analisei seus lábios se contorcerem. Ele parecia irritado.

— Isso não importa mais. Os sentimentos que uma vez senti por ele, já morreram há muito tempo. — Turno passou a mão na camisa preta e ficou com a coluna ereta. — Apenas faça o que eu digo e fique longe dele. Ele não a forçara a nada. Apesar de tudo, ele não é um monstro por completo. — Ele me deu as costas e começou a seguir para a porta.

— Você ainda não entendeu Turno? — Minhas palavras o pararam. — Não terminarei isso até conseguir o que eu quero. Diferente de você, eu não procuro amor, tudo isso é apenas pelo prazer carnal. Apenas para nos satisfazer.

— Eu também não procurava por isso — rebateu, friamente.

— Tem certeza? — perguntei, rapidamente. — Um homem como você não se deixaria cair tão facilmente. Talvez esse sentimento já estivesse dentro de você e com medo, você o ignorava. Quando sua transformação aconteceu, foi difícil ignorar seus verdadeiros sentimentos perante a ele. — Turno piscou. — Diferente de você, eu não sou louca em cometer esse erro.

Turno voltou a inclinar a cabeça. Pergunto-me se isso é algum costumo.

— Posso entender o que ele ver em você. — Suas palavras me deixaram paralisadas. Um sorriso sombrio surgiu nos seus lábios volumosos. — Apenas tome cuidado jovem bruxa. Se você decidir continuar e no meio do caminho tentar desistir. Pode ter certeza que ele não deixara você ir tão facilmente.

— Ele me disse a mesma coisa — declarei, sem emoção. — O que isso quer dizer? — Cruzei os braços e acariciei o tecido fino da manga do vestido.

— Significa que ele possui a palavra final. Sempre foi assim e sempre será.


...*...

Gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando o livro, votando e comentando. Muito obrigada e espero de todo coração que tenham gostado do capítulo de hoje. E se deixei passar algum erro, lamento profundamente.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro