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Capítulo 3 - Me Deixe te Amar

O resto da tarde é como um borrão. Tudo correndo rápido demais, Starbucks, paparazzi, hotel, cinco pessoas trabalhando no meu cabelo e na minha maquiagem, enquanto eu posto fotos e vídeos na internet para atiçar ainda mais a curiosidade dos meus seguidores. É tanta gente falando comigo, tanta gente sempre ali, no meu quarto, que não consigo ficar sozinha nem um momento com Caden. Cada minuto que passa, sinto que aquele momento na varanda vai se distanciando e qualquer significado que ele possa ter tido vai desaparecendo.

Isso é normal. Eu querer ficar com outros caras, me sentir atraída por outros caras. Já aconteceu antes várias vezes, ainda que não com tanta intensidade. Só preciso respirar e focar nas coisas importantes, que logo o supero e deixo de ficar irritada por não conseguir um segundo sozinha com ele. Logo paro de pensar em Caden, seus olhos verdes, sua pele morena e seus braços tatuados.

Pelo menos, é disso que me convenço enquanto me olho no espelho e deixo que passem uma loção bronzeadora pela pele de meu corpo inteiro.

Ele mal olhou para mim o dia inteiro. Sua mão sempre encontrava minhas costas ou a minha, me indicando os caminhos que devia seguir, sem que ele realmente virasse o rosto na minha direção. Eu fiquei torcendo para que me olhasse o tempo inteiro em que estava na rua, entrando no hotel ou até mesmo no elevador. Praticamente desfilava, não pelas fotos que sabia que tirariam, mas para que ele não conseguisse olhar para nenhum outro lugar. E seus olhos sempre estavam intencionalmente mirados na direção oposta.

Eu definitivamente enlouqueci. Como posso pensar tanto nele só por alguns minutos na varanda ontem? Como posso querer tanto alguém que esteve logo ali durante tanto tempo sem que eu o percebesse? Com ele pode me ignorar?

A moça que estava passando o creme em mim termina sua parte e deixa que outras duas venham me ajudar a colocar o vestido.

Samantha, que está sentada no sofá a alguns metros, só falta bater palmas. "Maravilhoso," ela diz quando terminam, orgulhosa de tê-lo sugerido, talvez ainda mais de eu tê-lo aceito.

É um belo desafio vesti-lo, na verdade. Ele é vermelho, tomara que caia, com uma fenda tão grande que a cada movimento, parece que ele vai deslizar de mim e cair no chão como uma toalha que eu meramente enrolei ao meu redor. Mas é realmente maravilhoso, provocativo o suficiente para eu ter que prestar atenção a ele a noite inteira, mas exatamente o tipo de impressão que preciso causar naquela noite.

Então por que preciso questioná-lo outra vez? Por que olho no espelho enquanto uma moça fecha o zíper e tenho a impressão de que não é a escolha certa? De que talvez seja forçado demais?

"Não sei," falo tão baixo, que até me surpreendo ao perceber que Samantha escutou. Seus olhos se arregalam entre pânico e frustração, já que, logo ontem, eu tinha lhe dado certeza da minha escolha.

"Você está perfeita, Bea!" Ela se levanta para vir até o meu lado. "Ninguém vai olhar para outra pessoa enquanto você estiver no tapete vermelho!"

Entorto minha boca para meu reflexo, meus olhos descendo até meu pé e voltando à minha cabeça, onde meu cabelo está enrolado em uma toalha. Até coloco minha mão na fenda, testando uma das poses que pratiquei ontem. Parece que estou prestes a me tocar, alguns centímetros de deixar mais à mostra do que deveria. Uma pose um tanto ridícula para quem ainda não está nem maquiada, nem com o cabelo pronto.

Não preciso falar nada para Sam ver que ainda estou com dúvidas. Como um jeito de as dispersar, ela tira a toalha de mim. "Aqui," diz, passando os dedos pelo meu cabelo loiro e molhado e o ajeitando o máximo que pode para trás. "Agora você pode ter uma ideia melhor de como vai ficar."

Não quero esse vestido, penso. Não quero ter que ver Liam me olhando de cima abaixo com ele. Não quero posar do lado dele com esse decote e essa fenda. Não quero posar do lado dele de jeito nenhum.

Mas não posso falar nada disso. Depois de quase dois meses aparecendo na mídia com ele, me acostumei a aceitar certas coisas. Ele me dá mais visibilidade do que eu conseguiria sozinha, posso aceitar certos detalhes para isso. Como, por exemplo, não gostar realmente dele e odiar ter que beijá-lo em público. E, é claro, um vestido um pouco mais revelador do que ele merece me ver usar.

"Você está maravilhosa," Sam fala de novo, seus olhos me observando em busca de sinais de que sua táctica está funcionando.

"Talvez," respondo, respirando fundo.

Disso, eu já tenho certeza. Só preciso pensar em um jeito de trocar por um que não deixe Liam mais animado do que deveria ficar.

"Sabe do que você precisa?" Sugere em seguida, sem me dar tempo de responder. "De uma opinião masculina."

Sinto meu corpo gelar quando a vejo indo na direção da porta do quarto. Sei exatamente quem ela vai chamar, e meu coração acelera antes mesmo que eu o veja, completamente despreparado para ele, o que é bastante ridículo. Deveria ter aceitado a taça de champanhe quando um dos assistentes de cabeleireiro ofereceu. Estaria bem mais disposta a encarar Caden agora.

Aquelas horas dentro do quarto do hotel tinham sido o suficiente para eu acalmar. Ele costuma ficar do lado de fora, ou até em seu próprio quarto, e eu já tinha relaxado e dispensado a chance de que ele fosse entrar ali antes de estar pronta para sair. Não só maquiada, mas confiante e só um pouco mais focada em esconder todos sinais de que tenho pensado demais nele e em outros lugares que sua mão deveria me tocar.

Dois segundos, o tempo que Sam leva para ir até a porta e chamá-lo, não é o suficiente para eu me preparar outra vez. Antes que consiga recuperar meu fôlego, quando ainda estou levantando meu queixo no ar, na intenção de reunir toda a confiança que tenho dentro de mim, ele entra.

Seus olhos, que tinham me evitado o dia inteiro, me encontram antes que ele possa evitar. E não se desviam mais nem um segundo. Mal chegam a encontrar os meus e já descem devagar, me fazendo entrar na mesma pose de antes inconscientemente. Sei a hora exata em que encontram a mão que eu mantenho em minha coxa desnuda, a que foge pela fenda, passando mais tempo observando meus dedos onde os dele poderiam estar do que precisa em seguida para chegar até meus pés.

E então ele sobe seus olhos outra vez. Sei que Sam está perguntando para ele o que acha de mim, mas, pela expressão em seu rosto, está a ignorando tanto quanto eu. Só dá passos devagar na minha direção, mãos atrás das costas e seus olhos ainda me inspecionando como se ele tivesse ganhado o prêmio de poder me observar à vontade.

Por mim, o prêmio deixaria que ele fizesse várias outras coisas à vontade.

Quando encontra meus olhos, posso ver que engole em seco, aproveitando para molhar o lábio inferior. Aposto que o morde também, tão discretamente que tenho boas chances de perder minha aposta. Mas eu mordo o meu, claramente, e sei que ele nota.

"E então?" A voz de Sam agora está alta demais, só ela entre nós dois, nos poucos metros que sobraram para que ele ficasse ao meu alcance.

Já nem sei quantas pessoas estão no mesmo cômodo que nós, - talvez dez? - só consigo olhar para ele. É como se todo o espaço entre nós fosse palpável, como se eu sentisse o arrepio de seu toque mesmo de tão longe. Só de vê-lo ali, de ver em seu rosto a mesma coisa que eu quero, sinto falta de ar. Eu quero ele para mim. Quero esquecer do resto do mundo e só ficar consciente o suficiente de minha existência para sentir os caminhos que suas mãos traçarem pelo meu corpo.

"Perfeita," ele não quebra nosso olhar para responder, mas, quando eu sorrio, mirando o chão rapidamente, só para mostrar como o elogio me deixa levemente encabulada, e depois volto a olhá-lo, ele já está se afastando.

De costas para mim. Ficando cada vez mais longe.

Engulo em seco, ainda sentindo aquela vontade quase febril de tão quente correndo pelas minhas veias. Não quero que vá embora. Não quero voltar a um mundo em que eu preciso me provar constantemente. Eu só quero ele.

Um segundo antes de passar pela porta, como se ouvisse meus pensamentos ou sentisse os batimentos acelerados de meu coração como ondas pelo ar entre nós, ele se vira para mim. Um segundo e um olhar para me prometer que aquilo não acaba ali. Um último olhar para roubar todo o ar que eu tenho e me fazer contorcer de ansiedade para a próxima vez que o verei.

Ele realmente sabe brincar com meus nervos.

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