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O Soro


O melhor presente a se entregar a um vampiro condenado há séculos a uma eternidade de imortalidade e solidão, escondendo-se pela escuridão da noite como as bestas, indubitavelmente é apresentar-lhe uma cura. Uma válvula de escape durante o dia, tirando-o nem que por um dia das sombras das cortinas ou saletas fechadas. Whale, por sua vez, mantinha seu coração sereno, pois tinha a certeza de que seu soro seria o maior presente que Emma receberia após todos aqueles séculos, proibida de estar ao lado de seu amor.

Certamente, a vampira ansiava por encontrar Regina Mills durante as belas e românticas tardes amareladas e ensolaradas que tomava conta de toda a Romênia... Aquela face semelhante à esposa de Jennifer havia sido esculpida com muito louvor, como se o amor de ambas fosse mais poderoso que o tempo, mesmo sendo um plano bem articulado séculos atrás.

– Doutor, para que fazes este soro? – Whale, ao olhar pela lupa e perceber que conseguira sucesso em reanimar as células mortas, sentia seu peito inflar ao saborear a doce sensação de vitória abatendo-se em seu peito. – Deverias descansar ou procurar uma cura para tua doença. Mas ao invés disso, te distrais com invenções e experimentos insignificantes. – August, colega de trabalho do professor, esbravejou dando um soco contra a mesa de madeira.

Depois de um gesto descuidado por comemorar sua conquista, o doutor apoiou-se sobre a beirada da mesa de estudos, equilibrando-se ao sentir seu corpo enfraquecer após cambalear e quase cair ao chão.

– Não é insignificante, caro amigo. – balbuciou Whale, sentindo suas mãos tremerem e sua respiração ficar difícil. Cada minuto de sua vida deveria ser aproveitado para pesquisar uma cura para sua doença, que jamais houve relatos de pessoas que sobreviveram após adquiri-la. – Acreditas em imortalidade, August?

Por um momento, o jovem de boa aparência, abateu-se sob um silêncio tão calado quanto o som da noite. Sentiu a saliva descer com dificuldade por sua garganta, sem saber qual seria sua resposta para aquela pergunta. Ouvira há décadas as palavras de Whale, observou-o entrar em aventuras para encontrar o caixão daquele a quem julgava ser Drácula, enxergou em seus olhos a admiração por aquela lenda. Porém, custava-se a crer que tudo aquilo fosse real.

– Talvez. – respondeu, sem surpreender seu amigo. – Talvez exista a tal imortalidade, no entanto, venho a questionar que se existisse todos recorreriam a tal conveniência e a mesma seria conhecida por todos os cantos do mundo. Se realmente existe a chave para a benção de jamais experimentar o sabor da morte, quem seria o ser egoísta a ponto de escondê-la de nós? Centenas de milhares mortos em guerras, em pragas que devastam o mundo desde os primórdios... E essa pessoa foi egoísta a este ponto? Prefiro, então, pensar que não existe tal façanha.

– Faz sentido. – suspirou se sentando à cadeira do laboratório de pesquisas. – No entanto, pergunto-lhe: e se essa fonte de imortalidade não passasse de uma maldição... De apenas mais uma praga com poder suficiente de devastar a humanidade? Vida eterna, porém, sem amor ou quaisquer sentimentos de piedade... A sede insaciável de sangue humano, fazendo-o perambular dentre a penumbra noturna. Uma eternidade de recordações de seus entes queridos, assim como da pessoa a quem tanto amou. Caso se apaixonasse alguma outra vez, tu terias coragem de amaldiçoa-la apenas para que fiquem juntos?

Seus olhos azuis voltados para sua maleta médica, procurando a seringa para sua coleta de sangue como ultimo e mais importante ingrediente para que seu soro funcionasse, não deixava de perceber como havia deixado seu amigo sem resposta alguma. August abria e fechava a boca, observando a devoção de Whale para com as lendas, chegando à conclusão de que o doutor realmente acreditava que Drácula era uma mulher e que tudo fora perfeitamente ocultado das lendas. E aquela convicção o fazia, também, crer que teria chances de tudo aquilo ser real dada a calmaria e crença que resplandeciam nas órbitas do homem doente.

– Não. – respondeu a pergunta que Whale havia feito. – Não teria coragem de amaldiçoar a pessoa que amo... Mas, em que esse soro ou essas lendas poderão ajudar em tua cura?

– Caro amigo, – o doutor estendeu o próprio braço, prendendo a circulação da região e perfurando sua pele com a agulha, sentindo-a furar sua veia e recolher pouco de seu sangue. – o tumor está acabando lentamente com a minha vida, fazendo-me a recorrer a ultima coisa que desejaria em toda a minha vida... Creio eu que essa seja a única chance de eu viver. – após a retirada do sangue, o professor misturou com o soro que estava dentro de um frasco, enquanto olhava atentamente para o liquido torcendo para que seu plano desse certo. Não apenas para ele, e sim para ambas as partes. – O sangue é a vida, August. – murmurou. – O sangue é a vida...

O sangue é a vida. Aquelas eram as poucas palavras que passavam em sua cabeça desde que se aprofundou em lendas sobre o antigo soldado Romeno que lutava destemidamente, até um dia enlouquecer. Até aprofundar-se em lendas sobre a sanguessuga Drácula. O sangue que corria pelas veias secas de Jennifer era morto. Suas células estavam mortas, embora fossem capazes de curar ou oferecer a vida eterna a uma pessoa. Whale, por ser um excelente professor e doutor, estudou minuciosamente por aquele soro e selecionou cada componente que poderia ajudar a reanimar as células da vampira, e, por último, o componente de maior importância: o sangue. Embora duvidasse que seu sangue desse certo, ele precisava tentar... Para tirar suas duvidas e ter certeza de que ele estava certo.

– O que dissestes? – August, preocupado com seu amigo, arregalou os olhos. – Ainda preocupastes com as lendas? Whale, tu estás morrendo!

– O sangue é a cura... O soro é a cura. – balbuciou, sendo interrompido por uma série de tosses insistentes e sucessivas. – O sangue é a vida! – exclamou em delírio, sentindo o suor escorrer em sua face. – Não entenderias, meu caro amigo incrédulo... A fonte de cura precisa desse soro e eu preciso da fonte. Nada mais justo que uma troca decente, não achas?

August o encarou sem entender o que o homem queria dizer com aquelas palavras. Tudo soava deveras confuso a seu ver, ao mesmo tempo em que Whale aparentava estar delirando. Ora dissera sobre imortalidade, ora sobre uma fonte de cura. Poderia August ligar a imortalidade à fonte de cura, ou seria considerado tão ensandecido quanto o amigo?

– Por que não dizes o nome dessa fonte que pode curar tua doença... Seria um enorme avanço para a medicina! Tu serias um gênio. – respondeu, enquanto ajudava o mais velho a se levantar para se retirar do estabelecimento.

Whale fechou os olhos e respirou, numa tentativa falha de recompor suas forças ao se apoiar em sua bengala.

– Não posso revelar minha fonte de cura, pois a mesma não é ao certo uma cura. Ainda há algumas duvidas a respeito de suas propriedades "mágicas"... – por fim, pegou sua maleta, preparando-se para pronunciar poucas palavras antes de sua saída. – Creio eu que a fonte será capaz de me curar, mas não sei ao certo se a cura seria permanente já que o tumor é algo que cresce constantemente e as propriedades inumanas alguma hora sairiam de meu organismo. Porém, se esse for o caso, há apenas uma chance de me curar. – Whale estremeceu e engoliu em seco ao cogitar em se transformar em um demônio noturno, assim como Emma, ou melhor, Jennifer Morrison.

Como deveria ser viver apenas contemplando a lua pálida ao céu? Como Jennifer se sente vivendo apenas no frio da noite? – pensou, apertando as próprias mãos até o nó de seus dedos ficarem brancos. – Eu não estou preparado para isso... Eu jamais imaginei que uma doença finalizaria meus dias de vida e, seguidamente, transformar-me-ia naquilo que tanto fui fascinado.

– Entregarei este soro para a pessoa que pode me ajudar... – finalizou.

– Por que precisas misturar seu sangue ao soro? – August insistiu, fazendo o homem mais velho sorrir.

– Tu fazes muitas perguntas, as quais não posso lhe contar ainda, August. – o professor e doutor riu, levantando suas mãos para a face e secando os pingos de suor. – Antes que eu possa lhe contar tudo tu deves acreditar em lendas antigas... No entanto, quero que saibas que embora ache que estou louco, algum dia contarei tudo o que sei. Como eu disse, o sangue é a vida... Tanto para mim, quanto para essa fonte. – respondeu virando as costas e se retirando da Universidade.

Roni havia se retirado do âmbito em que se despedira de Emma Swan, porém, a vampira lhe chamara outra vez e pressupôs que Ruby a acompanhasse até a pensão que vivia hospedada.

Roni observava a vista ao lado de fora da mansão de Emma, que, embora não chegasse perto de a beleza do Castelo de Bran, era considerada uma bela casa. Não tinha como vista a grandiosa ponte de madeira que demorara anos para ser perfeitamente colocada em frente ao Castelo, tampouco tinha a vista ao Rio Arges ou aos campos floridos que havia na região do antigo lar da vampira. Mas, a vista da atual e temporária casa de Emma Swan, era muito bela.

Ruby havia escolhido uma mansão pouco afastada do centro de Bucarest, também escolhera uma casa que desse a visão de parte do Castelo, escondido por de trás das árvores. Todo aquele ambiente tornava pouco natural para a vampira, que ansiava pelo dia em que voltaria a habitar em ser antigo lar. Emma contemplava, mesmo que ao longe, a paisagem que era Roni – próxima à entrada da mansão – ao aguardo da companheira da loura.

O coração e a alma, como se ainda fosse humana, reagiam de uma forma inteiramente e puramente apaixonada, instigando-a a caminhar em direção ao seu amor, que estava totalmente fora de seu alcance dada a luz do sol que tocava em sua pele. Roni deliciava-se dos prazeres que sentia ao ser tocada pela brisa da floresta, e, também, pela indescritível vista que tinha. No entanto, por algum motivo, o qual desconhecia, Emma não fazia companhia durante aquela bela manhã.

– Aquieta-te, Roni, pois minha leal amiga está prestes a descer para acompanha-la. – Emma pediu, observando a admiração de Roni para o local, assim como uma pequena criança presenciando em sua primeira vez à queima de fogos de fim de ano.

Roni obedeceu prontamente, pois o que mais a deixava inquieta era o fato de Emma estar tão perto e tão distante ao mesmo tempo. Swan, de alguma forma, tinha um poder sob ela o qual era incontrolável. Era a primeira vez que permanecia em frente a uma bela vista, inquietando-se a espera de alguém... Aguardava sentindo cada pontada de seu coração, que vibrava em felicidade e nervosismo. Porém, perguntava-se qual o motivo de tanta distância.

Teria, Emma Swan, pouco se importado com o beijo que dera no bosque? – perguntou-se em total insegurança. Aliás, a loura não parecia se importar, tampouco havia falado sobre o acontecido.

– Por que não vens me fazer companhia? – perguntou Roni pouco tímida e nervosa, sem conseguir esconder suas sensações. – Em breve retornarei à vida monótona que levo, e tu estarás aqui, nesta casa, sentada em uma de suas poltronas... Então, por que não fazer-me companhia para que tenhamos pelo menos mais alguns momentos, conversando?

– Por favor, Roni – Emma sorriu de canto e deu alguns passos ecoantes sobre o piso de madeira maciça, em seguida, parou até seu limite e estendeu a mão curtamente –, faça-me companhia em minha casa. Necessito de olhar para cada canto desses cômodos e recordar-me de tua face... Retirar-me de uma solidão implacável que sinto quase todos os dias, enquanto minha amiga se ausenta para pesquisas.

– Solitária, tu jamais fostes. – Roni respondeu docemente, deixando toda a bela vista para trás e retornando para a mulher que tanto a atraia. – Disseste-me que algum dia já amara alguém, não é?

– Sim, eu já amei minha esposa e filha... – notou, então, o semblante confuso de Roni, que jamais soube que Emma havia possuído uma filha em seu passado distante.

– Mesmo que ambas não estejam aqui fisicamente – com um aberto e contagiante sorriso, Roni tocou as mãos da vampira e as guiou até a altura do peito da mesma. –, elas estão olhando por ti, de onde quer que estejam. Elas sempre estarão ao teu lado... E, certamente, sempre estarão orgulhosas por te ver feliz. – Emma, então, soltou uma risada, pois não conseguiu se contiver. – O que foi? Por que estás sorridente?

– Acreditas que Lana me dizia bastante isso? – disse e, em seguida, abraçou com todas as forças a mulher a quem se assemelhava tanto a sua amada esposa. Roni, por sua vez, após alguns segundos, retribuiu o abraço e não conseguiu esconder suas lágrimas. Ela estava feliz em se sentir confortável, quase como se tivesse uma família outra vez. Ela estava feliz em saber que conseguia trazer boas lembranças para Emma. – Ao entardecer ou ao amanhecer... Não importa a ocasião. – pronunciou, relembrando-se de as palavras de sua falecida.

– Exatamente... – respondeu Roni enxugando as próprias lágrimas. Embora estivesse confusa com os sentimentos que a loura sentia por ela, a jovem estava amando aqueles pequenos e simbólicos momentos de confiança que tinham para com a outra. Por mais que ela amasse Lana, Roni sentia que a importância era reciproca. – Emma, eu quero que saibas que, por mais que não me ame da mesma forma que já amou tua esposa; por mais que não sejamos nada além de grandes amigas, eu sempre estarei aqui, ao teu lado... Ao entardecer ou ao amanhecer. Não importa a ocasião. Mesmo que eu venha a partir antes que ti, eu sempre serei teu anjo da guarda... Ao lado de tua esposa e filha, que aposto que também guardam por ti.

– Roni – pausou a fala e apenas refletiu. Emma não queria que ela achasse que não a amava, pois estava longe disso. Ela estava apaixonada. –, tu não irás partir, pois eu farei de tudo para protegê-la. E, de fato, a dor da perda é imensurável, e jamais pensei poder cicatriza-la até conhecer a ti. Lana e minha filha estão em meu coração, porém, é passado. Tu estás em meu coração, contudo, és meu presente e futuro. Sempre estarei a te proteger, até a tua velhice... Vagarei observando-a e protegendo-a até teus últimos dias. – suspirou, aliás, era difícil saber que um dia deveria ser forte o suficiente para perder sua amada outra vez.

Os dedos gélidos, ao entrar em contato com a face aquecida de Roni, causaram arrepios no corpo de ambas. As órbitas esverdeadas percorriam por entre os lábios e cicatriz levemente caricaturados à bela face da jovem morena, que emanava o aroma sanguíneo mesclado ao aroma de maçãs vermelhas, o que se tornava entorpecente.

A pequena mão de Roni segurou firme a mão da vampira, enquanto os olhos castanhos mantinham-se fechados, deliciando-se a cada vibração que sentia naquele instante. Sentia o corpo de Emma ao se aproximar ao seu, e, consequentemente, seus lábios ressecados aproximarem de sua boca. Ela pedia por aquilo. Ela aguardava um segundo beijo de Emma Swan. E sentir o hálito refrescante da loura a deixava ainda mais à espera daquele beijo, principalmente ao sentir um dos braços musculosos se envolverem em sua cintura.

– Emms, desculpe-me a demora, mas agora estou pronta para levar tua convidada até a casa dela! – Ruby exclamou ainda do segundo andar, antes que descesse as escadas. No entanto, não pôde evitar que ambas as mulheres se separassem constrangidas, porém, se olhassem com um brilho e felicidade emitido em suas faces. – Oh! Interrompi algo... – a amiga fiel percebeu ao finalmente descer a escadaria. – Desculpem-me.

– Oh! Tu não interrompeste nada. – respondeu Roni timidamente, como o de costume.

– Ruby, esta é Roni. – Emma as apresentou, mesmo sabendo que ambas já se conheciam e que Ruby tinha consciência de o nome da jovem. – Roni, esta é minha amiga Ruby.

– Prazer em revê-la, senhorita Luccas. – Roni a cumprimentou, estendendo a mão em total disposição.

– O prazer é todo meu, R-Roni. – Ruby titubeou, ao perceber que, por pouco não revelara o verdadeiro nome da moça. Percebera, então, que a partir daquele dia seria uma tarefa difícil fingir que não a conhecia.

Em todo o pouco momento em que as três se mantiveram conversando, Ruby não deixava de lado o sorriso que se tornara presente. Jamais imaginou presenciar o momento em que Emma permitisse que a felicidade tomasse conta do coração, tampouco as risadas sinceras – que em momento algum, durante uma década ela ouvira.

– Eu lhe disse que Roni é uma excelente leitora? – perguntou Ruby ao iniciar mais um assunto. – Ela conhece a biblioteca como a palma de tua mão.

– Oh! Disso eu não sabia... Embora eu a tenha conhecido em frente à biblioteca.

– Desde minha infância frequento aquela biblioteca. – Roni respondeu sem quebrar o olhar de Emma Swan, que, após essa afirmação de Ruby, chegou a imaginar quanto ela adoraria a biblioteca que havia em seu castelo. – Percebo que já li e reli grande parte daqueles livros, menos os que Ruby tem interesse, embora eu conheça pouco daquelas lendas.

– Então, assim como nós, tu gostas das lendas locais? – Ruby perguntou.

– Não me entrego à leitura, por enquanto, pois são os únicos livros que ainda não li, então pretendo algum dia aventurar-me à Romênia antiga em épocas sombrias. No entanto, possuo minha opinião formada sobre os monstros e demônios citados em todas essas histórias, tanto que comentei com Emma sobre minha opinião.

Emma sorriu apenas, lembrando-se de as palavras de Roni, e, também, sobre que a mesma iria se aprofundar em leituras. Este poderia se tornar um problema, já que havia registrado o retrato de Lana e de Alice em uma folha antiga num dos livros. Roni, por ser uma moça inteligente, poderia ligar as peças e descobrir que todas as torturas que sofrera foram por se assemelhar à Lana, a esposa que fora relatada por se afogar no Rio Arges. Poderia descobrir que Emma Swan escondera sua verdadeira face desde que se conheceram, e, quem sabe, afastar-se da vampira.

– E quais são tuas opiniões? Quem sabe sejam as mesmas que as minhas.

– Resumidamente, grande parte desses monstros, tais como Drácula, não é ruim como são citados. Não acho que Drácula seja um monstro, e sim, que esteja perdido em um mundo que apenas o fez sofrer. – finalizou.

– Acreditas, que concordo plenamente com tua opinião, tanto que debato o assunto com Emma. – Ruby sorriu abertamente, pensando que Roni conseguiria a ajudar a fazer com que Emma tirasse de uma vez por todas de sua mente que era um monstro. – Mas ela se recusa a pensar da mesma forma... No entanto, concluo que alguma hora vós iremos conseguir fazê-la entender que ele foi uma vítima e que procura apenas a felicidade. – a leal companheira sorriu com a morena, que começara a criar um afeto de amizade para com ela. – Bom... Eu preciso me ausentar para a biblioteca e para resolver alguns assuntos. – pigarreou.

– Ah! Sim. Esqueci-me de seus afazeres importantes. – Emma se inclinou e olhou profundamente às orbitas castanhas de Roni, que sorriu ao sentir o beijo às costas de sua mão.

– Até a próxima vez, Emma. – disse Roni, apoiando-se para selar um beijo de canto na vampira.

Swan poderia jurar ouvir a arpa dos anjos ou a sinfonia de um violino apenas ao observar Roni caminhando à luz do sol, pois se tornou a visão predileta de seu par de olhos verdes. Com muito louvor, a morena caminhava em seu antigo vestido azul royal, da mesma cor que Lana adorava usar, e seus cabelos lisos caiam com perfeição, como as pequenas cascatas, em suas costas. O olhar castanho tomava vida e se tornava num tom amarelado, assim como o doce mel de abelhas.

A jovem era a vida; era a luz, pois iluminava o dia.

Meu amor, nós sempre estaremos aqui... – Emma, repousada em sua poltrona, conseguia ouvir a voz de Lana mesclando-se ao som da brisa que tocava aos girassóis. – Olhe em meus olhos, pequenina. – agora conseguia lembrar-se de a imagem da pequena Alice olhando em seus olhos. – Jamais pense que não estamos te olhando, tampouco não importando com ti. Saiba que mesmo que não estejamos aqui fisicamente, vos sempre estaremos com vós. Sempre. Ao amanhecer, ou ao adormecer do sol... Não importa a ocasião. – após uma série de memórias, que pareciam recentes, em sua mente surgia novas memórias frescas de Roni ao acompanha-la em desertas ruas de Bucarest. Ou de seus sentimentos intensificados pela jovem moça. – Emma, eu quero que saibas que, por mais que não me ame da mesma forma que já amou tua esposa; por mais que não sejamos nada além de grandes amigas, eu sempre estarei aqui, ao teu lado... Ao entardecer ou ao amanhecer. Não importa a ocasião. Mesmo que eu venha a partir antes que ti, eu sempre serei teu anjo da guarda... Ao lado de tua esposa e filha, que aposto que também guardam por ti. – a vampira deu um longo suspiro, alegrando-se por ter encontrado o seu amor perdido.

– Eu sou um monstro, Roni. – sua voz tornou-se presente em seus pensamentos, como se ainda estivesse naquele bosque, afastando-se de Roni com medo de machuca-la.

– Tu não és um monstro. – de olhos fechados, sentia um sorriso apaixonado surgir em seus lábios. Roni era pura demais para acha-la um monstro, e isso a encantava ainda mais que já estava. – Ninguém é um monstro por natureza. Tu não és um monstro. Vejo isso em teus olhos. Assim como creio que Drácula não é um monstro... Acho apenas que está despedaçado e perdido.

Tock! Tock! Tock! – abriu seus olhos ao ouvir Whale batendo a bengala de apoio sobre o piso de madeira.

– Doutor Whale, a que te devo a honra? – a vampira perguntou, carregando em sua voz um tom completamente sarcástico. O homem sabia que não era bem vindo e ela sempre deixava isso claro.

– Eu havia dito que seria capaz de produzir um soro para que possa sair de trás das cortinas e andasse de mãos dadas com Roni durante o dia. – o doutor caminhava em direção à janela, observando as ruas movimentadas. Não ousou se virar, pois sabia que a vampira estaria feliz, então se portou com seriedade. – Estou trazendo minha primeira tentativa para ti.

– Então, o que estás esperando? Dê-me imediatamente esta cura! – ordenou.

– Não há garantia de que esta tentativa dê certo, pois tenho uma teoria sobre essa tal cura para andar sob o sol. – respondeu, direcionando-se até a mesa e abrindo a maleta. – Preciso que me dê pouco de seu sangue para que eu possa colocar no soro... – retirou uma seringa de dentro da maleta e caminhou temeroso até a vampira. –... Permita-me?

– Vá em frente. – Emma levantou a manga da blusa e esticou o braço para que Whale fizesse a coleta de sangue. – No entanto, permita-me saber para que precisas de meu sangue, doutor.

– Bom... – Whale engoliu em seco, pois sabia que a vampira jamais aceitaria usar o sangue para ajuda-lo a sobreviver de sua doença. –... Primeiramente, deves saber que o sangue é a vida. O sangue é a cura. Eu misturei meu sangue junto ao soro e agora misturo o teu... Um sangue vivo e um morto. – respondeu a verdade, escondendo que usaria pouco do sangue para beneficio próprio.

O doutor, após retirar o sangue, caminhou até a mesa e pingou três vezes o sangue da sanguessuga no recipiente em que a mistura do soro estava guardada. Boa parte do sangue havia guardado para injetar em si mesmo, quando retornasse à Universidade.

– O sangue é a vida... – estremeceu e secou o suor que ameaçava descer em sua face. – Estás preparada para a tentativa? – perguntou ao mesmo tempo em que preparava para injetar o soro na veia da vampira.

– Pare de enrolar, Whale, ou eu mesma injeto! – esbravejou Emma estendendo o braço outra vez. – Eu preciso desse soro funcionando em meu corpo imediatamente!

O doutor obedeceu sem pestanejar, aplicando o soro nas veias secas de Emma, que abriu imediatamente um sorriso. Fechou os olhos em completa felicidade apenas na possibilidade de passar alguns minutos ao lado de Roni em passeios nas praças de Bucarest, ou leva-la aos campos de lírios e girassóis que havia nas profundezas da floresta da Romênia.

– Abra as cortinas! – ordenou.

– Tens certeza? – o homem estremeceu e a vampira assentiu.

Com suas mãos trêmulas, não apenas por sua doença, e sim, por seu temor caso o soro não funcionasse, Whale segurou as cortinas e contou mentalmente até três. Em seguida, abriu rapidamente a cortina. Para a sua surpresa, não ouviu os gritos da vampira ao ser incinerada pelos raios solares, e quanto abriu seus olhos percebeu que a mesma olhava para as mãos em descrença. A pele pálida da vampira recebera contato com os raios solares em um completo sucesso.

– Eu... Eu estou no sol! – exclamou gargalhando em total alegria. Por mais que não estivesse sentindo a sensação de calor em sua pele, estava satisfeita com o resultado. No entanto, poucos minutos depois, sua pele atingiu o tom avermelhado e começou a queimar como as lavas de um vulcão.

Rapidamente Whale fechou as cortinas.

– Seu incompetente! – a vampira esbravejou, sem esconder a face deformada por conta das queimaduras. – Dissestes que conseguiria me fazer andar durante o dia, como todos os humanos! Iludiu-me com um falso soro! – permitiu que suas presas afiadas ficassem de fora, enquanto caminhava em direção ao homem.

– Jennifer... Eu tenho mais uma tentativa! – respondeu. – Como eu lhe disse, eu tenho uma teoria sobre o funcionamento desse soro... Só preciso de mais uma chance. – Whale fechou os olhos e tremeu apenas ao cogitar os dentes afiados da vampira ao drenar todo o seu sangue. – Por favor!

Emma escondeu as presas outra vez e suspirou, aliás, ele era sua única chance de poder andar durante o dia. Havia se rendido ao homem, coisa que não era de seu costume fazer.

– Uma última chance, doutor. – respondeu rispidamente, retirando-se daquele âmbito enquanto escondia a face.

Emma Swan havia dado chances demais para aquele homem e não fraquejaria na próxima vez. Ela sentia que o doutor não era uma pessoa confiável e se prestou para não o matar, quando fora liberta, pois o mesmo lhe concedera a liberdade. O mesmo planejara um futuro camuflado entre os humanos, até Ruby cruzar em seu caminho, ajudando-a psicologicamente e se tornando sua fiel amiga. Suportou-o por tempo demais. Agora, naquela noite, deveria ir à caça para recuperar todas as forças que perdera durante aquela exposição ao sol.

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