O doce sabor do sangue
Romênia – Castelo de Bran – 1456
A noite assustadora chegou, trazendo como companheira as furiosas gotas de chuva, com suas trovoadas alarmantes e uma quantidade de raios assustadores que riscavam o céu escuro. Mais cedo, naquele longo dia, os melhores médicos da cidade foram visitar Jennifer Morrison para que descobrissem qual a doença tomara conta de seu corpo, porém nenhum deles soube explicar o que estava acontecendo ali.
Com o semblante assustado, o doutor se despedia do casal. Sem se importar com a chuva, os três andaram em completo silêncio até a ponte de madeira que ligava o castelo até o outro lado da floresta.
– Por favor, doutor, queremos saber o que tem de errado com nossa filha! – David implorava, abraçando sua esposa que segurava um colar de crucifixo aguardando um milagre divino para a saúde de sua única filha.
– Eu não faço a mínima ideia. – os olhos azuis de Archie demostravam seu pavor. Em seus trinta anos de profissão, nunca viu algo do tipo. – Chego à conclusão de que ela está morrendo.
– Tens certeza de que não há mais nada a se fazer? – Mary perguntou, soluçando e deixando aparente toda a sua tristeza. – Jennifer é nossa única filha! Não posso perdê-la!
– Desculpe-me, mas, infelizmente nunca vi ou ouvi falar em algum caso parecido com o de sua filha. – explicou-se novamente, tentando se apressar. O que vira naquele quarto o aterrorizou, trazendo a sua intuição de que algo muito ruim estava por vir.
– Diga-nos! Por que estás tão aterrorizado! – David o puxou pela gola de seu casaco, trazendo-o para mais perto.
– E-ela não é mais a mesma... – o doutor respondeu trêmulo, observando as janelas do quarto da filha do casal. – Não consigo explicar-lhes, mas é como se ela estivesse morta. – finalmente, vislumbrou a loira observando-o lá de cima. Suas mãos tocavam no vidro da janela ao mesmo tempo em que dava um sorriso, destravando as trancas da janela. – A pele dela encontra-se pálida em demasia, assim como a temperatura congelante de seu corpo. Seus lábios estão arroxeados, parecendo que o sangue não circula mais por suas veias. – as palavras tropeçavam umas sobre as outras, pronunciando-as em sussurros. Tudo o que queria naquele momento era cavalgar para mais longe daquele castelo e nunca mais retornar para aquela área de puras trevas. – O que mais me aterroriza é que, ela não para de regurgitar sangue... Um sangue grosso e gélido, que trás um ar de morte. E ao mesmo tempo em que tudo isso acontece, ela parece estar distante do óbito.
– Você está delirando! – Mary vociferou.
– Ela possui um olhar que gela a minha espinha! – terminou, preparando-se para ir de encontro com seu cavalo e distanciar-se daquele lugar. – Eu imploro para que acreditem em mim!
– Espera mesmo que acreditemos em suas palavras quando nossa filha está apenas doente, beirando à morte? – David abraçou sua esposa, virando as costas para sair da chuva e adentrar novamente ao castelo. – Vá embora!
Toda aquela conversa não passara em despercebido pela audição de Jennifer, que observava e escutava tudo o que os três discutiam na ponte do castelo. O mundo não parecia o mesmo; ela não parecia a mesma. Sua fome havia aumentado aceleradamente, no entanto, todas as refeições que lhe foram servidas não eram atrativas ou ao menos apetitosas. O desconhecido se tornou saboroso, o sangue se tornou tentador, e naquela noite não aguentava mais tentar se controlar.
O doutor Archie seguiu seu caminho pela descomunal ponte de madeira, para finalmente chegar à floresta. Lembrava-se de sua infância, quando sua mãe dizia-lhe sobre magias negras, sobre a lenda da maldição da lua cheia, etc.
–... O ser humano condenado à maldição do lobo carregava um olhar pedindo por misericórdia e salvação, ao mesmo tempo em que pedia por mais sangue de inocentes... – Assim como os lobos dos contos que sua mãe lhe contava, Emma trazia em si um olhar misto de sofrimento e trevas, fazendo-o achar que a moça era alvo de algum tipo de feitiço, e, indubitavelmente, que o abismo se encontrava na alma da mesma.
Por uma última vez, virou seu olhar para as torres altas do castelo enquanto preparava seu cavalo para ir embora para sempre daquela cidade. Todavia, ouviu o som de passos fracos na grama à sua volta, fazendo com que fosse checar o que era.
– Senhorita Morrison...? – aproximou-se com cautela. –... O que fazes aqui? – parou seus passos há alguns metros de distância da moça cabisbaixa, até vê-la dar passos arrastados em sua direção.
O homem deu três passos para trás.
– Tens medo de mim?
– Recomendo que retorne aos seus aposentos... – balbuciou ao perceber a proximidade de Jennifer. –... É o melhor para se curar por completo. – indagou.
– Mas, há poucos minutos, o senhor disse aos meus pais que eu estou enfraquecendo. – ergueu a cabeça, fitando os olhos do doutor. – Porém, a única coisa que sinto é a fome aumentando a cada segundo. – Archie estremeceu, sabendo que o que mais temia havia acontecido: as trevas estavam em Jen.
Jennifer se aproximou ainda mais, fazendo com que o doutor corresse ao perceber tamanha proximidade entre os dois.
O homem correu até próximo ao cavalo, em seguida parou para respirar um pouco enquanto observava para a direção que acabara de sair.
– Achaste que fugiria de mim? – ao ouvir a voz, Archie se virou e percebeu que a mulher estava bem atrás dele.
Inicialmente deu apenas um sorriso para o homem e segurou levemente sua mão, contudo não conseguiu engana-lo. Archie sabia que não havia mais o que se fazer dada aquela situação.
– Mate-me de uma vez! – exclamou, fechando seus olhos.
Assim, sentiu o dedilhar dos dedos gélidos da mulher em seu pescoço. Ela encarou a forma impressionante de como as veias jugulares emanava o cheiro que mais a atraiu naquele dia. O aroma sanguíneo que percorria nas veias daquele homem assustado. Aproximando-se vagarosamente, sentiu o eflúvio ainda mais forte e descontrolador, fazendo com que perfurasse o pescoço com suas presas, alimentando-se pela primeira vez.
O sabor era inexplicável. Era algo tão saboroso como jamais havia provado antes, e fazia sentir como se o sangue fora tudo o que precisava.
Romênia – 1891
Ruby escolhera muito bem a localização da mansão em que comprara para habitarem. Da janela dos aposentos de Emma, era possível observar grande parte do monumental e impecável Castelo de Bran, escondido por de trás de altas árvores. Esta localização, ora deixava-a calma, ora deixava ainda mais destemida a conseguir seu lar de volta.
– Emm, não vai ao menos descer e dar alguma gorjeta para o cocheiro e seus ajudantes? – Ruby tirou sua mestra de seus devaneios e ouviu uma longa lufada de ar. – Eles estão colocando todas as bagagens na sala central...
– Minha gorjeta para eles é que não se tornem meu jantar. – respondeu ríspida, encarando seu reflexo no enorme espelho do quarto. Enxergava a mesma Jennifer fisicamente, mas ao mesmo tempo, enxergava as trevas que um dia disseram que se abateria sobre ela. – Nesse momento, em minha mente, ecoa como uma melodia orquestral o som das respirações agregando-se com os seus corações batucando no peito de cada um daquela sala, combinando com o aroma apetitoso do sangue correndo em suas veias. – seus dedos tamborilavam na mesa de carvalho e seus pés sapateavam expondo seu descontrole. Era a fome gritando para que se alimentasse urgentemente. – A fome que estou sentindo é devastadora, Ruby.
– Irei me livrar deles o mais rápido, Emma. – virou seu olhar para a janela, conseguindo vislumbrar, mesmo que no escuro, as torres altas do antigo castelo. – Agora entendo porque escolheu esse quarto. É lindo! – apontou em direção ao horizonte, quase que, perdendo-se com o encanto que aquele lugar causava. – Bom... Vou descer e dar uma gorjeta.
– Pode tirar essa noite para uma folga de mim, Senhorita Luccas. – Ruby deu um sorriso de canto, conseguindo tirar um sorriso da loira mal humorada. – Porém, amanhã começa o seu trabalho de pesquisar o nome dos descendentes dos antigos membros da ordem, assim como os membros atuais.
– Desejas iniciar suas pesquisas amanhã? – perguntou desacreditada. Por mais que confiasse plenamente em sua companheira, toda aquela ideia de vingança a assustava demasiadamente. Deduziu que se tudo o que Swan lhe dissera sobre a ordem era verdade, eles simplesmente não se renderiam fácil. – Temos que ganhar a confiança das pessoas dessa atual Romênia.
– Ingênua Ruby. – através do espelho, vislumbrou Ruby no canto do quarto, e ficaram se encarando pelo simples reflexo. – Vivi bastante e fui julgada por pessoas que nem estas. – pegou um batom escarlate e pintou os lábios. – Mesmo que tenha a confiança de todos, quando tiverem a chance, eles te julgarão e irão te apunhalar pelas costas.
– Concordo. – engoliu em seco. Tinha total consciência de que o que Emma Swan dizia era verdade, mas acreditava que poderia haver exceções, tinha que haver alguém de bom coração dentre todos aqueles perversos. – No entanto, creio que há alguém no meio de todos estes rostos. Alguém que não apunhalaria nem o mais sombrio dos corações, pois nem todos são ruins, Emma.
– Apenas você, jovem Ruby. – retrucou, por fim, levantando-se da cadeira à frente ao espelho. – Apenas você demostrou não se assemelhar aos outros, e isso me atraiu bastante. – ouviu os homens terminarem de ajeitar as malas no enorme salão. – O cocheiro e os outros esperam pela gorjeta. – deu um sorriso de canto que causou arrepios no corpo de Ruby. Aquele sorriso de que conseguia ler sua alma, de que sabia de tudo o que acontecia em outros cômodos. E de falo ela sabia.
A jovem iniciou seus passos para retirar-se do quarto, para deixar sua dama descansar em paz. Todavia, sabia que aquela mulher de longos fios louros e incríveis olhos angelicais não iria deitar e aproveitar a bela noite de sono. Sabia que enquanto a bela luz do luar ficava responsável por banhar, com sua resplandecente beleza, a cidade e as casas construídas, Emma ficava responsável por alimentar-se incontrolavelmente por toda a eternidade.
– Boa noite, Ruby. – disse com seu melhor tom de voz. – Tome cuidado com sua noite de folga, pois as ruas tornam-se ainda mais assustadoras quando a lua alcança o céu. – de fato não era apenas Swan que atormentava as ruelas durante a noite, principalmente em Romênia.
Ao sair de sua casa temporária, tudo o que havia a sua volta era a belíssima vegetação composta por altas árvores. Fechou seus olhos para sentir o ar puro pelo menos por um segundo, no entanto era possível sentir o aroma sanguíneo atraindo-a de longe. Ela conseguia escutar o som de risadas e respirações descompassadas mesclando-se com as batidas dos corações humanos bombeando todo o sangue por suas veias. Deixou-se guiar pela melodia que pairava no ar, chegando a uma área um pouco afastada da cidade. Calculou mentalmente se daquela distância alguém conseguiria escutar os gritos, e deduziu que não. Eles estavam longe o suficiente.
Seus passos sobre os galhos secos alarmaram o casal, que ao se assustarem, procurou o causador daquele barulho.
– Quem está aí? – a voz do homem ecoou por entre as árvores, mas ninguém respondeu de volta.
Com toda a sua cautela, aproximou-se do casal sem que percebessem. Ficou atrás deles, apreciando toda a adrenalina de seus corpos e de seus corações, para finalmente mata-los.
Surpreendeu-os ao aparecer atrás do homem, atacando abruptamente o pescoço do mesmo até drenar todo o sangue. Parecia que enquanto mais amedrontado a pessoa estava, mais saboroso se tornava.
– Qual o seu nome? – perguntou para a moça assim que largou o corpo inerte sobre o chão.
– Eva... – a mulher de cabelos negros respondeu temerosa.
Emma segurou delicadamente a mão da desconhecida e sorriu. Aproximou seus rostos enquanto respirava fundo a fim de apreciar ainda mais o doce aroma. Deu-lhe um beijo no pescoço da vítima, percebendo que a mesma havia se arrepiado com o contato de seus lábios contra a pele. Por fim, deixou alimentar-se daquela moça.
Escutou a voz esganiçada gritando próximo ao seu ouvido. Sentiu as unhas da vítima tentando feri-la, ao mesmo tempo em que se debatia tentando escapar. Contudo, continuava a alimentar-se, sentindo o liquido quente sujando seus lábios enquanto drenava calmamente o sangue, apreciando o sabor da vida se esvaindo.
Quando retornou à cidade, pôs-se a perambular pelas ruas pouco movimentadas e observar algumas colunas de mármore e concreto que enfeitavam a entrada de um enorme teatro. Seus olhos brilhavam ao mesmo tempo em que passava seu olhar por todos os detalhes de sua antiga cidade.
Toda a sua distração foi desfeita ao sentir a fragrância doce do sangue. Porém, aquele não era um aroma como todas as outras vezes; aquele eflúvio era forte e doce o suficiente capaz de conseguir faze-la sentir que seu coração há tanto parado, voltou a bater. E mesmo sabendo que estava morta, não hesitou em seguir o rastro que a essência daquele sangue deixava no ar. Desejou alimentar-se do corpo do ser humano que emanava este aroma, para que pudesse sentir viva nem que por uma vez.
O rastro parava em frente a uma vitrine, e pelo o que parecia ali era uma biblioteca. Sorriu e decidiu aguardar sua próxima vítima ali, sentada em um banquinho que havia em frente. Pensou e pensou em como atrairia aquela pessoa para longe da vista dos cidadãos, e em como provaria de suas veias. Estava decidida a se alimentar calmamente a fim de saborear minuciosamente aquele sangue, em especial. Fantasiou o momento em que suas presas perfurassem a pele macia daquela pessoa, que, com certeza, pela fragrância era uma mulher.
Finalmente o pequeno sino da porta badalou, indicando que alguém adentrava ou saia daquele estabelecimento. Pelo cheiro, era a pessoa saindo. Decidida em ser educada e atrair a vitima para longe, virou-se para iniciar seus planos, todavia, vislumbrou uma mulher carregando um livro em suas mãos.
– Lana? – perguntou desacreditada, deixando formar em seu rosto o primeiro sorriso aberto que dera há séculos. Era indubitável o fato de que aquela moça não era o seu primeiro amor, mas quem sabe pela primeira vez em sua condenação pudesse ser feliz ao lado de um segundo amor. No entanto, o eflúvio que emanava de suas veias era deveras enlouquecedor, tornando quase impossível manter certa proximidade.
Assim como sua antiga esposa, a mulher possuía os mesmos traços. Seus longos cabelos negros caiam como cascatas até um pouco acima de sua cintura, seus olhos âmbar eram um tanto hipnóticos, seu rosto e lábios levemente caricaturados. E, como se não bastasse a semelhança surreal, ela possuía a mesma cicatriz moldurada na parte superior de seus lábios.
– Acho que se enganou de pessoa. – respondeu gentilmente.
– Oh! Certamente. Seria impossível se realmente fosse a Lana. – ambos os olhares estavam vidrados um ao outro. Estavam totalmente hipnotizadas, e, por algum motivo, Regina Mills sentia que podia confiar naquela completa desconhecida. – Deixe-me me apresentar... – abaixou a cabeça, fazendo uma reverência formal enquanto tocava à pele macia e beijava-lhe as costas de sua mão. – Emma Swan.
Ambas arrepiaram-se, como se uma corrente elétrica passasse por todo o corpo, assustando Emma Swan. Um vampiro não é capaz de sentir essas sensações que os seres humanos sentem; um vampiro tende a ter apenas as emoções ampliadas, descontrolando-o ainda mais.
– É um prazer em conhecê-la... – Regina abraçou seu livro, pressionando-o contra o peito, preparando-se para se despedir. – Tenha uma ótima noite senhorita Swan. – virou-se, tomando seu caminho de volta para casa.
– Um momento... – chamou a atenção da morena novamente e, em seguida, foi em sua direção. – Se não for incomodo, eu gostaria de saber se poderia me apresentar um pouco mais a cidade. – sorriu sem graça.
Emma conhecia cada canto daquela cidade como a palma de sua mão, no entanto aquele lugarejo não era cem por cento o mesmo que há quatrocentos anos. Ela precisava saber o que aquelas belíssimas casas dos representantes da ordem havia se tornado ao decorrer dos séculos, assim como queria conhecer aquela moça de belos olhos castanhos. Swan queria saber se, além da aparência, aquela mulher também possuía a amabilidade que Lana um dia já teve.
– És nova aqui em Romênia? – perguntou curiosa.
– Bom... – ergueu as mãos em sinal de rendição. Jamais começaria um possível novo amor à base de mentiras. Aliás, enganar estava longe de seu feitio até os dias de hoje. – Vivi aqui há muitos anos, e agora retornei ao meu antigo lar.
– Creio, então, que os lugares não mudaram muita coisa. – respondeu.
– Digamos que parece que se passaram séculos. – disse com um bom tom de humor, dando um sorriso logo após. De fato, doce Romênia e seus habitantes mentirosos não haviam mudado nada, mas a fisionomia do lugar mudou um pouco ao decorrer do tempo.
– Não será incomodo algum. – segurou a mão de Emma, guiando-a para a rua principal e sentindo a temperatura fria da pele. Porém, por aquela noite estar fazendo bastante frio ela ignorou aquele fato. – Como podes perceber, esta é uma das ruas principais... E aquele é o teatro nacional de Bucarest, que, particularmente é o que mais atrai minha atenção nesta rua. – apontou discretamente em direção ao deslumbrante teatro completamente iluminado. – Foi fundado há algumas décadas.
– Certamente é a construção que mais atraiu a minha atenção. – respondeu ainda observando o teatro.
Ambas permaneceram de pé, metros à frente daquela construção. Um silêncio extremamente agradável pairou naquele lugar, permitindo com que a loira observasse minuciosamente aquele cenário banhado pela luz do luar.
– Desculpe-me, mas não sou a pessoa certa para apresentar-lhe a cidade... – quebrou o maravilhoso silêncio que se abatia sobre elas. – Como podes ver, o teatro e a biblioteca são os lugares mais fascinantes a meu ver. – iniciou sua caminhada, sendo seguida pela loira um pouco desconhecida.
– Concordo plenamente... – virou seu olhar para o livro que a mulher segurava tão delicadamente, como se aquilo fosse algo extremamente importante. –... A imaginação, tanto em obras teatrais quanto em escritas é, no mínimo, impressionante.
Seria Emma Swan, uma mulher sonhadora? – perguntou-se.
No mundo monocromático de Regina Mills, mulheres tende a se preocupar desde a infância com o modo impecável de se apresentar. Tudo aquilo era tedioso aos seus olhos. Contudo, após a morte de seus pais, a jovem passou a se importar apenas em fazer o que fosse de seu agrado, recebendo reprovações da sociedade a sua volta.
– Qual o nome desse livro? – apontou para o livro que Regina não largava uma vez sequer.
– Acreditas que, de quase todos os livros da biblioteca, eu não havia lido Romeu e Julieta? – entregou-lhe o livro a fim de mostrar a capa.
– Bela, porém, triste história. – alertou-a. – Algumas das mais belas histórias românticas acabam tragicamente. Romeu e Julieta está de prova.
Emma Swan não sabia para onde aquela mulher estava a levando. Apenas se deixava guiar pela cópia de sua esposa, explorando ruas pouco importantes daquela cidade.
– Isso mesmo, Senhorita Swan, algumas. – lembrou-a, pegando novamente o livro. – Também há belíssimas histórias com finais que me agradem bastante.
A caminhada cessou quando chegaram a um hotel, onde certamente era o lar da mulher intrigante que acabara de conhecer.
– Como disse, eu não sou a pessoa certa para apresentar a cidade... – olhou para o lindo sorriso que a loira acabara de dar. – Então, até qualquer dia, Senhorita Swan.
– Sabes meu nome, mas, em momento algum disseste o seu.
– Desculpe-me, mas não direi meu nome para uma desconhecida... – pôs a mão abaixo do queixo para pensar um pouco. – Porém, gostaria que me chamasse de Roni, por enquanto.
– Foi um prazer em conhecê-la, Roni.
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