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Armadilhas (Parte 2)


Anoitecer...

A semana do lobisomem passara rapidamente, dando início às noites mais calmas e sem perigo de ser atacado abruptamente por enormes lobos sob a luz do luar. Em contrapartida, humanos jamais estariam cem por cento seguros, pois o único perigo apresentado após o término da lua cheia é o dos demônios noturnos que se alimentavam de sangue.

A escuridão da noite trazia consigo um silêncio apaziguante nas profundezas da mata, exceto pelas tranquilas batidas dentro do peito da arqueira há metros de distância da vampira, que derrubou-a levemente, dando-lhe um susto.

Seus olhares profundos analisaram uma a outra, com um misto de um sentimento de amizade e lealdade. Robin conseguia sentir que poderia confiar naquela vampira, conseguia sentir que naquele coração parado ainda havia o sentimento de amor. Entretanto era possível enxergar dentro dos orbes azuis que ela ainda não estava preparada para derrubar suas barreiras, embora ela tentasse.

— Estás em meu território! — Alice sorriu em uma expressão divertida, cruzando os braços e arqueando uma de suas sobrancelhas. — Estás em meu território e sabes que todos os intrusos são mortos.

— Exceto eu! — soltou uma leve gargalhada ao receber o braço de Alice para levantá-la. — Sinto-me lisonjeada por isso.

A lobisomem curvou seus lábios em um sorriso discreto ao perceber o olhar da loura em uma trilha que a arqueira criara pela mata. Dava passos silenciosos atrás da vampira, que vagava seu olhar azulado pelas altas árvores, pelos campos de borboletas azuis ao sobrevoarem sobre suas cabeças, ao caminhar sorrateiramente sem fazer um barulho sequer. Ato que fazia Robin se perguntar onde aquela mulher aprendera a andar tão cautelosamente, camuflando-se ao som daquela floresta, quase como se fosse seu habitat.

— Acho que estás indo até minha casa... — Robin sussurrou, fazendo a loura se virar inesperadamente, olhando seus olhos em centímetros de distância.

— Moras na floresta? — perguntou com seu olhar percorrendo cada canto da face da arqueira, franzindo o cenho. Observara a outra loura assentir de olhos fechados, como se estivesse contemplando aquele momento em que as pequenas borboletas voavam baixo, momento em que suas faces encontravam-se centímetros de distância. — Por quê? De quem estás fugindo a ponto de morar no meio de uma floresta?

— Bem, agora sou um monstro para a sociedade. — deu de ombros, sorrindo curto. — Ser diferente no meio de tantos humanos acaba levantando suspeitas... E aqui não me sinto tão solitária. Acabei descobrindo que não sou a única que se esconde na floresta.

— Florestas são bons esconderijos quando se é um fugitivo. — respondeu silenciosamente, abaixando a cabeça e dispersando seus pensamentos. Pensamentos nos quais a levavam para toda sua infância, escondida em uma torre no meio de uma floresta, com medo de ser encontrada por todos os que a queriam morta. — Entretanto, deves ser um fugitivo que a conhece bem... Que consegue falar com a natureza, ou podes acabar fazendo barulho e atraindo todos os que estão atrás de ti.

Outra vez, o movimento de Alice se virando para continuar sua caminhada pegou a arqueira de surpresa. Os curtos cabelos cacheados chacoalharam em sua frente, fazendo-a analisar quão belos eles eram, como se escondiam tão bem dentro da longa capa vermelha. Como os passos eram bem calculados sem ela ao menos precisar olhar para o chão, sem causar som que anunciasse sua presença.

— Deverias me ensinar a andar assim, sem fazer som algum. — suspirou.

— Não é todo mundo que consegue aprender. — disse sinceramente, não lhe dando muita esperança. Ela aprendera tudo aquilo por ter se habituado em fugas desde seus quatro anos de idade, por ter sido uma espiã por um curto tempo de sua vida, por todos os séculos que vivera. — Mas prometo tentar te ensinar.

— Como aprendeste? Digo... Sei que tiveste muitos séculos aqui na terra, mas deves ter feito algo para aprender.

— Viver.

Semicerrou os orbes verdes claros com aquela resposta. Viver. Não era uma resposta muito explicativa, o que fez com que a loura de cabelos longos percebesse que naquele momento a barreira entre elas estava erguida. Percebera que haviam assuntos que Alice tagarelava sem parar, com tranquilidade, e outros que ela parecia reerguer seus muros.

Robin, entretanto, não a julgava. Ter mais de quatro séculos e ser filha de Drácula, uma figura intitulada como um demônio, deveria ser no mínimo perturbador. Ver sua família ser caçada, ouvir pessoas inventarem lendas no decorrer dos séculos...

— Viver?

— Sobreviver, Nobin. — respondeu séria, empurrando alguns galhos de árvores que caíam sobre suas faces naquela trilha. — Quando tudo o que tens é a vida e queres viver, aprendemos tudo o que precisamos para não morrer. Escondi-me por várias florestas desde minha infância, sem mencionar que minhas mães já haviam me ensinado um pouco sobre esta floresta... Tudo o que fiz e aprendi foi por sobrevivência.

Na escuridão amparada pela luz do luar encontrava-se a vampira com seus olhos direcionados à pequena cabana no final daquela trilha. A loba, sempre atrás, havia lhe dito sobre sua cabana ficar no final da trilha que criara até o território próximo ao Castelo, porém não fazia ideia que a vampira se encantaria pelo seu pequeno lar.

— Bem-vinda a minha cabana. — disse baixinho a arqueira com amabilidade em sua voz. — Não é tão aconchegante ou enorme como teu castelo...

— E quem disse que me importo com lugares enormes e aconchegantes? — Alice arqueou a sobrancelha, que, mesmo diante àquela penumbra, a loba notou. — Morei numa torre por décadas, Nobin.

— Robin. — a arqueira a corrigiu pacientemente, não demostrando incômodo por tal apelido. Para dizer a verdade, agraciava o soar da voz doce de Alice ao chamá-la de Nobin, nova Robin.

— Eu gosto de Nobin! — ela exclamou dando passos para perto da cabana e observando algumas armadilhas bem camufladas que a arqueira fizera nas folhagens e nas árvores, e que ela apenas percebeu por toda experiência em florestas.

— Parece que também estou começando a gostar de ser chamada de Nobin. — sorriu, seguindo-a e prestando atenção onde a vampira pisava para que tivesse certeza de que ela não ativaria nenhuma de suas armadilhas.

Para sua surpresa, a loura de capa vermelha pisava levemente quase sempre há centímetros de distância de suas armadilhas, quase como se estivesse planejado onde deveria posicionar seus pés. Como se quisesse lhe mostrar que sabia que haviam armadilhas por todo aquele lugar.

— São muito bem posicionadas, Nobin, estás de parabéns. — Alice disse após passar por todas as armadilhas, girando os calcanhares para olhá-la. — As armadilhas. Qualquer pessoa que ousasse atravessar teu território acabaria caindo em alguma delas.

— Sabias que eu tinha certeza de que perceberias que o lugar está repleto de armadilhas? — deu três passos para frente e um enorme sorriso por, naquele ponto, a luz do luar prevalecia fortemente fazendo com que ela analisasse os orbes azuis como o mar.

— Sério?

— Claro que sim. — a arqueira umedeceu os lábios ao direcionar seu olhar para os lábios finos da vampira. — És uma pessoa que conhece florestas mais que qualquer um, aliás tens quatro séculos de experiência. Constatei que realmente havia percebido quando destes passos sucessivos próximos às armadilhas, porém, não tão perto a ponto de ativá-las.

— Onde aprendeste fazê-las? — a vampira perguntou surpresa, analisando-as de longe.

— Meu pai costumava montar várias para caçar animais. — a arqueira lhe explicou, sem conseguir acabar com o contato visual. Alice havia barreiras demais para que ela omitisse tudo o que fazia. Ela não queria arriscar perder a confiança da vampira apenas por ter escondido algo. — Sou de uma longa linhagem de caçadores... Durante o dia caçavam animais e durante a noite seres sobrenaturais.

— Oh, — Alice deu uma risada expondo o nervosismo, ato que fez com que a arqueira estremecesse em temor. Um sentimento de temer perdê-la. — Então és caçadora de vampiros?

— Não sou mais... — lhe ofereceu o braço para que caminhassem lado a lado. — Seria muita hipocrisia de minha parte caçar seres como eu. Cresci e fui preparada para a caça, mas na minha última caça fui mordida e quase morta por um lobo.

Seus olhares voltaram-se para o céu, enquanto caminhavam sob o olhar das estrelas. A vampira se deixava ser guiada pela lobisomem, que já tinha algo em mente para aquela noite. Um suspiro. A mais velha deu um suave suspiro, sentindo-se aliviada por não estar tão sozinha finalmente. Em Robin encontrara alguém que se assemelhava a ela, talvez tivesse sido esse o motivo de não tê-la matado inicialmente.

— O que teus familiares acharam quando descobriram que se tornaste um ser amaldiçoado? — perguntou, cortando o olhar da imensidão estrelada e cortando o silêncio.

Ela soltou uma curta risada, que a outra deduziu como forçada.

— Eu não tenho uma família, Alice. — afirmou com um leve tom de amargura em suas palavras, afinal, nunca perdoara a própria mãe por tê-la entregado para os caçadores. — Meus tios e meu pai eram caçadores, como eu disse, e morreram com honra pelo que faziam. Meu pai foi morto por um lobo e meus tios por vampiros.

— E tua mãe?

— Está morta pra mim. — respondeu direta, virando o olhar para o céu e suspirando o ar puro que as árvores lhe dava. — Nem todos os pais aceitam os filhos, visto que quando veem uma diferença os despreza. Ela me negou como filha e me expôs para os caçadores. Bom, eu e minha prima viemos para a Romênia, pois os antigos parentes de meus tios moravam aqui.

Alice levou uma de suas mãos até o ombro da arqueira, passando-lhe confiança e lhe mostrando que não deveria temer. Robin, além de tudo, não era diferente de Alice. Ela também havia sido caçada, porém, pela família; fugiu pelos mares, enquanto a vampira pelas florestas.

— Está tudo bem, Nobin... — sussurrou, puxando-a para um abraço.

— Eu os matei. — confessou. — Eu prometi para si mesma, que algum dia minha mãe ouviria falarem que sou uma excelente arqueira. — sorriu, desvencilhando-se do abraço e voltando a seguir a caminhada. — Os caçadores vieram na tentativa de me matar, mas matei a todos eles. Todos os que tentaram me matar... Com meu arco e flecha, com minhas armas e até feri alguns com meus dentes. — gargalhou diante às últimas palavras ditas naquele instante, enquanto Alice arregalava os olhos com aquela confissão. — No final das contas, alguns se renderam e voltaram de onde vieram.

— Mataste todos os caçadores? — a arqueira assentiu e analisou os lábios da outra se entreabrirem. — Em tua forma humana? — ela assentiu outra vez, soltando uma risada por tamanho interesse que a vampira parecia ter. — Oh, e nem precisaste da força sobrenatural. Uau! És mais forte que eu, Nobin. Acreditas que abri mão de minha magia e de minha vida para ter a força suficiente para matar os homens que me caçaram?

— Ninguém precisa da força sobrenatural ou da proteção de homem. — sorriu de lado, segurando as mãos da mais velha, adentrando nas matas. — Mas, vejamos, se não tiveste optado para a força do vampirismo não teríamos nos conhecido, embora eu tenha certeza de que com magia tu conseguirias matar quem quer que tenham sido.

— Eu não tinha controle da magia que possuía. — deu os ombros, seguindo-a e se perguntando para onde a lobisomem estava a levando. — Eu sabia demais sobre ser uma fugitiva e sobre sobrevivência, porém, sabia nada sobre a magia que eu tinha.

— Mas conseguiste matá-los? — a arqueira perguntou, apertando os lábios quando percebera que haviam passado segundos sem a resposta para sua pergunta. Evidentemente Alice havia erguido seus muros outra vez.

A loura mais velha assentiu, surpreendendo a arqueira.

— Fui responsável por um dos maiores massacres do século em que vivi. — respondeu sem muito orgulho, tentando engolir o nó que se instalara em sua garganta. Quaisquer lembranças que mexia fazia com que se lembrasse de suas mães, de Lexa. Entretanto, uma pontada de felicidade nascera em seu âmago, pois pela primeira vez derrubou um dos tijolos de seus muros internos, contando sobre seu passado sombrio. — Fui tão eficaz em minhas fugas por duas décadas, que quando retornei para matá-los eles sequer me reconheceram.

Robin sorriu em vê-la se esforçar para vencer suas barreiras, embora soubesse que teria muitas outras ainda mais difíceis para ajudá-la a vencer.

— Dei um nome falso, por isso ninguém encontrou um culpado para o massacre. Lembro-me de ter destroçado pescoços de jovens e idosos naquela noite... — disse de olhos fechados. — E o pior de tudo é que toda a vez que me sinto culpada e fecho os olhos, eu os abro lembrando o quanto gostei de tudo aquilo.

— Crianças e idosos? — Robin indagou, lembrando-se de quando seu pai lhe contara histórias de massacres causados por vampiros. E por esse e muitos motivos sua família se dedicava a acabar com todas as espécies sobrenaturais.

Alice assentiu.

— Na época a igreja tinha mais poder sobre as pessoas.

— Mais!? — Robin perguntou, quase como exclamando, desacreditada.

— Sei que a igreja tem bastante influência em diversos assuntos, mas na época todos serviam e lutavam em nome da igreja. — explicou. No século em que se encontravam a igreja era influente em muitas decisões. Embora o poder da igreja tivesse diminuído um pouco, os católicos ainda tinham sua influência. — Minhas mães eram influentes por toda Romênia e mesmo assim não deixaram de ter uma punição. Todos aqueles que acabaram com nossas vidas me perseguiram. Eis que mesmo após séculos, ainda hão de perseguir outros que se atreverem a desobedecê-los. Os idosos e os adultos ali, naquela noite, preparavam crianças para seguirem os mesmos passos deles. Os jovens seguiriam as ordens dos homens a qualquer momento... Todos estavam corrompidos e eu não poderia deixar crianças escaparem para que futuramente caçassem pessoas como eu e minha família; para não caçarem pessoas como ti, por exemplo.

— Pessoas como eu?

Robin franziu o cenho, parando sua caminhada pelas trilhas da floresta. Pudera em algum momento durante aquela confissão sentir raiva de Alice pelas atitudes tomadas no passado, mas ela compreendia verdadeiramente a vampira. Ela mesma não era diferente. Aos olhos dos moradores de Londres, Robin era a vilã da história.

— Sim, infelizmente tu tens características que abominam em mulheres. — sorriu ao escutar o baixo som da risada da lobisomem. — És independente, caçadora e vives na mata. Sem mencionar que és amaldiçoada. Não te deixariam em paz somente por viver na floresta.

— Viver na floresta não significa nada. — afirmou confusa.

— Não nos anos em que eu cresci. Viver na floresta não era bem visto quando se era uma mulher. Acusar-te-iam de ser uma feiticeira sem pensar duas vezes e marchariam para incendiar tua casa contigo dentro.

Os lábios da loura de cabelos longos se entreabriram com tal informação. Sempre escutara histórias dos séculos passados, mas conhecer alguém que esteve presente, crescendo diante de perseguições e de todos os julgamentos da época era bem diferente de apenas escutar as histórias.

— Graças a Deus pelo menos a caça às bruxas acabou. — Robin suspirou e Alice concordou com tais palavras.

Por boa parte da noite, as duas andavam silenciosamente em admiração ao sepulcral som da noite na mata. Os grilos cantando, as cigarras gritando estridentemente antes de seus trágicos destinos após muito cantar, corujas chirriando e a calmaria predominante. Era inexplicável o fato de que a floresta parecia mais viva ao surgir da lua no céu, como se contemplassem sua presença e se sentissem mais seguros ao se expor.

Logo, saíram da mata e os olhos azuis de Alice puderam brilhar ao chegarem no lugar em que Robin havia planejado passar. Estavam na pacata cidade de Brasov, que se encontrava cerca de poucos quilômetros do Castelo de Bran.

— Estamos na cidade... Pensei que estiveste fugindo deles.

A mulher de cabelos louros escuros sorriu de lado, antes de segurar sua mão para que explorassem a cidade.

— Bom, ninguém suspeita que sou um monstro. — suspirou, sussurrando para que ninguém pudesse lhes ouvir. — Portanto, fujo dos olhos das pessoas... Na verdade, eu tento. Quero o mínimo de suspeitas para o meu lado, por isso não te levei para a cidade que eu estava no momento. — encarou Alice com um sorriso de canto. — Bucareste.

O nome que havia acabado de ser pronunciado por Robin latejou na memória de Alice, fazendo-a mudar de expressão como se estivesse absorta em suas recordações. Para ela, sem dúvidas, aquela cidade jamais sairia de sua cabeça, assim como o povoado de Brasov.

— O que houve? — a loura de cabelos pouco mais escuros indagou, preocupada com sua nova amiga. — Não gostas de Bucareste?

Lembrava-se tão vividamente dos gritos ensurdecedores das vítimas de uma das maiores perseguições da história; perseguições nas quais milhares de mulheres inocentes morriam acusadas de bruxaria, assim como pessoas que eram descobertas em romances proibidos na época. E a maioria das punições eram feitas em Bucareste, por ser uma cidade enorme, embora a igreja principal da ordem fosse em Brasov nos anos passados.

— Apenas péssimas lembranças. — respondeu numa tentativa de não demonstrar importância para com a cidade que tanto atormentava sua mente.

A arqueira entrelaçou suas mãos imediatamente, ajudando-a a adentrar ainda mais ao coração do antigo povoado, que agora havia se tornado uma bela e pacata cidade.

Ambas estavam no coração da cidade velha, numa praça harmônica chamada Piata Sfatului onde pelas manhãs certamente se tornava uma bela atração.

— Não... Não te preocupe, Alice. — deu-lhe um sorriso amarelo, tentando animar o momento, enquanto sentava-se no banco da praça. — Não estamos em Bucareste e não iremos até lá se te faz mal.

— Brasov está tão bonita... — a vampira sussurrou sorridente, evidenciando o brilho em seus olhos ao rodear a praça com o olhar. Tal ato fez com que a lobisomem percebesse quanto tempo aquela mulher deveria estar isolada na floresta. — E desejo visitar Bucareste qualquer dia desse...

— Sim, é linda. — murmurou sem tirar seu olhar daquela mulher, que mais parecia uma criança encantada ao assistir a primeira queima de fogos. E, embora Brasov realmente fosse uma cidade encantadora, sua concordância com o elogio era sobre a visão diante de seus olhos. Alice.

Em poucas vezes em que esteve na presença da vampira, Robin sentiu crescer dentro de si um sentimento que jamais sentira antes. Concordava que estava encantada pela beleza daquela loura de olhos azuis, mas, além disso, o que mais contribuiu para com tais sensações foi a personalidade forte da mulher. A forma como Alice pensava e como ambas tinham tanto em comum... Tanto que Robin assimilou seus sentimentos como uma forte amizade.

A cidade era repleta de construções coloridas barrocas, todas bastante iluminadas, abrigando seus habitantes e dando alegria à praça. Entretanto, o que mais chamou a atenção da vampira, fazendo-a se levantar diante a surpresa que levara, foi a enorme Igreja Negra. Uma descomunal e atraente construção feita a pedras, com sua cor escura adquirindo um estilo gótico, local que jamais pudera retirar de sua mente.

— A igreja ainda está aqui? — surpresa, voltou o olhar para Robin, que estava confusa. — Eles não reconstruíram? — observou a enorme construção em que as paredes eram enegrecidas, trazendo um ar sombrio para a igreja.

— Ouvi dizer que é uma ótima atração para os viajantes. — os olhos verdes penderam sobre àquela construção, atraindo-se principalmente pela enorme torre de entrada. Por essa e outras razões, Robin entendia o motivo de atrair tantos olhares para o local. — Muitas pessoas param aqui para observá-la, e, assim, a cidade tem um lucro com isso.

Quem nos séculos passados poderia imaginar que um incêndio se tornaria uma atração no futuro? — Alice se perguntou, abaixando a cabeça e rindo com tal fato.

— Nunca imaginei que um incêndio na igreja serviria para o lucro na cidade.

— Então sabes do incêndio que houve aqui? — Robin perguntou arqueando levemente as sobrancelhas.

— Mais é claro! Em mil seiscentos e oitenta e nove houve um incêndio no qual danificou a igreja e grande parte do povoado, — olhou a sua volta, o que agora havia se tornado uma pequena e aconchegante cidade florida. — Que agora não é mais um povoado e sim uma cidade... — sorriu. — Eu observei todo o incêndio aqui deste mesmo ângulo em que estamos. — sussurrou, dando uma risada a seguir. — Mas fiques tranquila, pois não foi eu quem o provocou.

Bucareste

Suavemente, a noite prolongava seu esplendor, apresentando aos olhos humanos a beleza natural do céu. Desta vez, diferente do costume, poucas estrelas pendiam sobre a cidade ao acompanhar a lua minguante.

A luz do luar atravessava os vidros da janela do confortável restaurante em que Ivy Belfrey havia pago tudo para que aquele jantar com Regina Mills fosse perfeito. Jantar no qual a morena estava disposta a tentar despertar os sentimentos da amiga por ela.

— Olhe como aquele homem toca perfeitamente... — a voz de Regina saíra em um tom completamente apaixonado, acompanhado por um suspiro.

— De fato. — Ivy respondeu sem entender muito sobre o assunto, embora concordasse que a vibração do arco passando suavemente sobre as cordas formava uma melodia primorosa. — Todos eles tocam muito bem, Regina.

— Sim, mas aquele de cabelos ruivos e botas se destaca entre todos os outros. Percebes quão suave ele guia o arco e a expressão carregada no rosto... — sussurrou. — Ele exala paixão pelo o que faz.

Escutando tão detalhadamente as observações de sua amiga, Ivy teve que concordar.

— Tu reparas em tudo a tua volta! Regina... — pronunciou suavemente em sua língua. — Todas as vezes em que estou ao teu lado é como se me apresentasse as cores do mundo. Apresenta-me detalhes que passam em desapercebido por muitas pessoas... É encantador.

— De o que adianta viver a vida sem apreciar cada pequeno momento, cada pequeno detalhe?

— Vejo-te analisar diversas pessoas aleatórias na rua, tentando ler através das expressões faciais o que se passa no sentimental de cada um. — a morena fez uma observação sobre algo que achava fascinante em sua amiga, lembrando-se de inúmeras vezes em que a Senhorita Mills desenhara as faces expressivas de desconhecidos em folhas brancas. — Diga-me, então, com toda a sinceridade que há em ti, o que reparaste em minha pessoa?

Regina entreabriu os lábios, procurando palavras para respondê-la. Não que possuísse críticas para a outra, pois achava Ivy, além de bela, uma pessoa incrível que continha tudo para crescer.

— Vejo que não são coisas boas. — sorriu receosa.

— Não, Ivy, muito pelo contrário. — recompôs-se em sua cadeira, observando os orbes castanhos em sua frente. — Eu aprendi bastante coisa por esses anos ao teu lado... Por te conhecer, sei que és inteligente demais para uma mulher que segue tudo o que a sociedade impõe. Vejo em ti uma pessoa com potencial, mas que precisa libertar-se de algumas prisões. Precisas fazer o que lhe traz paz, e para isso terias que se pôr em primeiro lugar todos os dias de tua vida. Não ligues para a opinião de tua mãe ou das outras pessoas, minha amiga.

— Me achas inteligente como ti?

Regina assentiu.

— Até mais que eu, Ivy. — respondeu com sinceridade em sua voz e em seu olhar. — Pensas que nunca te vi a ler os livros antigos de teu pai? Ou, então, pensas que não sei que observas as estrelas com o telescópio de teu pai e, logo após, fazes anotações? Escondes tua paixão de tua mãe, de todos, enquanto todas as madrugadas a faz escondida... Por quê?

— É difícil. Mamãe não aprovaria.

— Sei que é difícil, aliás, olhe para minhas decisões. Minha mãe odiou o fato de eu ter recusado os pretendentes para casar-se comigo, enfureceu-se diante ao fato de que eu, a filha mulher, queria entrar em uma universidade.

Ivy sorriu, após ouvir as palavras da mulher que amava. Sentia-se feliz, carregando uma sensação aconchegante em seu coração, por saber que Regina percebera tudo o que se passava e que, pelas palavras que dissera, lhe dava todo o apoio para fazer o que fosse necessário.

Majestosamente, direcionava o lenço até a altura de seus lábios, limpando-os de quaisquer grãos de alimentos que pudessem tê-los sujado. De qualquer modo, também servia para disfarçar todas as vezes que umedecia e mordia seus lábios apenas por ter diante de sua visão a figura que jurara ser a mais bela de todas.

— Gostaste do jantar? — Ivy Belfrey perguntara, mudando de assunto imediatamente.

A jovem Belfrey tentara de tudo, de todas as formas, por anos conquistar o coração de Regina. Escutara todas as vezes a morena de cabelos longos contar apaixonadamente os romances que lia; contara histórias quando a mesma não conseguia dormir, após ter terríveis pesadelos nos quais não sabiam o que queriam dizer... Mas nada parecia suficiente para conquistar seu coração. Nem os elogios, tampouco os vestidos que de vez em quando lhe dava de presente.

— Está maravilhoso, Ivy. — respondeu-a prontamente, também limpando os lábios com o lenço. — Diga-me, então, aquele homem ainda tenta conquistá-la?

A outra morena abriu os olhos, olhando-a fixamente.

— August? — perguntou dando uma risada. August, aliás, não era uma má pessoa e sempre tentava ajudá-la no que podia, mas algo que Ivy nunca pôde controlar era seus sentimentos por Regina Mills. — Ele é uma pessoa muito boa, devo confessar...

— Mas? — Regina perguntou interessada, já sabendo que havia um "porém" na resposta da amiga.

— Se há alguma coisa na qual nós, seres humanos não podemos mandar é o coração. Eu confesso que tentei por meses retribuir os sentimentos de August, mas hoje vejo com clareza que não é possível. — suspirou, abaixando o olhar e brincando com a taça de vidro. — Pelo menos, não enquanto meu coração sangrar por outra pessoa. — confessou, voltando o olhar para os orbes castanhos da mulher que amava.

— Estás apaixonada, Ivy Belfrey? — Regina perguntou empolgada com a confissão, embora se perguntasse internamente por qual motivo a amiga deveria ter escondido tal fato. — Por quem? Não te vejo a conversar com outras pessoas...

— Eu... Não... — entre gaguejos, entreabrindo os lábios, procurando palavras para aquela pergunta, Ivy via-se diante de um beco sem saída. Esmurrava-se mentalmente por ter deixado escapar o fato de sofrer por outra pessoa... E o pior de tudo era que ela não poderia confessar tais sentimentos, uma vez que não eram recíprocos. — Regina, quero que saiba que amo essa pessoa de todo meu coração, porém, ainda não posso te revelar o nome...

— Tudo bem, Ivy, eu entendo que não quer que as pessoas saibam, mas podes confiar em me contar teu segredo. — pediu uma última vez.

— Eu... Eu não posso! — exclamou, fazendo com que Regina se calasse e não pronunciasse uma palavra.

E, naquela noite, após o silêncio, nem o jantar parecia o suficiente para aproximá-las. Por algum tempo, ambas conversaram sobre tudo sem mencionar o nome "Emma Swan" uma vez sequer até aquele péssimo escorregão que Ivy dera. Entretanto, no final do jantar, apenas Ivy parecia interessada em prolongar a conversa, uma vez que Regina encontrava-se absorta em seus pensamentos.

— De todos os meus sonhos, o único que me resta realizá-lo é tê-la ao meu lado por todos os dias de tua vida. — tais palavras retornavam em sua mente repetidamente, fazendo-a se distrair após longas conversas com a amiga. Sentia-se como se pudesse transbordar de felicidade, pois semanas atrás havia pensado que Emma tinha apenas a usado. Chegara a pensar que apenas ela havia nutrido tantos sentimentos em tão pouco tempo, mas naquele dia a loura de terno havia confirmado que seus sentimentos eram recíprocos.

— Regina. — chamou-a e recebeu sua atenção finalmente. — Conte-me como tens se saído na universidade...

As sobrancelhas se arquearam em uma confusão por não saber o motivo do interesse de sua amiga em tal assunto. Aliás, Ivy Belfrey nunca apoiou sua decisão de estudar e contrariar tudo o que a sociedade lhe impunha.

— Ivy, tu não gostas de tal assunto. — respondeu.

— Mas hoje estou interessada. — levou a mão para cima da mesa, encostando-a sobre a mão de Regina. — E não irei dizer nada contra tua escolha. Eu apenas... Quero ouvi-la falar, por favor.

— Está bem. — Regina sussurrou, ainda sem entender a mudança de atitude de sua amiga. Ivy, no entanto, alegrou-se em ouvir o suave som da voz da outra morena. Sentia-se como se encontrasse um momento de paz sempre que Regina dizia algo. Era, simplesmente, instantâneo o efeito que o som daquela voz fazia consigo. — O Professor Whale está satisfeito com o desempenho que eu e Peter temos. Ainda não comentei para pessoa alguma, mas se permanecermos aprendendo rapidamente, não somente durante o trabalho extra, mas também na sala de aula, poderíamos começar nossa ajuda com enfermos de verdade. Digo, realmente salvando vidas.

Ante a todo aquele entusiasmo e alegria mistas durante aquelas palavras, Ivy surpreendentemente alegrou-se. Pôs-se a pensar em como havia sido totalmente obediente aos desígnios das pessoas, quão errônea havia sido ao achar que Regina Mills não deveria seguir seus sonhos apenas por "não ser o certo"... Entretanto, naquele instante agradecera aos céus por Regina ter enfrentado e lutado, e agora ver-se realizada.

— Irás ajudar as irmãs no mosteiro? — perguntou contente, referindo-se às freiras que sediam os mosteiros para que os médicos tratassem os doentes.

— Hei de salvar vidas enquanto houver ar em meus pulmões. — lhe respondeu convicta.

As duas mulheres, após o jantar, voltaram para casa entre conversas aleatórias. Como o de costume, Regina escutara algumas pessoas murmurando ao passar perto das duas nos corredores da pensão. Olhavam-nas indiferente, cochichando sobre ambas serem muito próximas e possivelmente haver algum relacionamento entre elas.

Por mais que fosse péssima a recepção que recebia por ser julgada, ela estava se acostumando aos poucos com os olhares voltados para si. Acostumara com os burburinhos em sua presença, principalmente em sua universidade; principalmente ao lado de Emma Swan, a mulher de terno.

— Os cochichos não te incomodam? — Regina perguntou próximo ao ouvido de Ivy, enquanto subiam as escadas.

— Não, não me importo. — respondeu, parando ao lado da morena, na porta de seu quarto. — Bom, acho que chegaste em teu quarto... E... Foi maravilhoso o jantar.

— Sim. — Regina sussurrou, suspirando pouco exausta pelo dia cansativo que tivera. Teve que passar na biblioteca, encontrou tempo de conversar com Emma Swan, foi ao seu dia de trabalho ao lado do professor Whale e durante a noite foi ao jantar com Ivy. — O jantar foi perfeito e adorei ter tua companhia. Deverias planejar mais jantares assim entre nós.

— Sério? — perguntou animada.

— Claro. Eu gosto de tua companhia, Ivy.

Escutá-la dizer que havia apreciado o jantar e que estimava de sua companhia, alimentou sua ilusão. Fantasias de que algum dia pudera ser feliz ao lado de Regina Mills. Entretanto, o coração da mesma possuía a outra pessoa, possuía à Emma Swan desde o dia que nasceu.

— Até amanhã, Gina. — num impulso dado pela confusão de seus sentimentos, deu alguns passos para frente e aproximou seus rostos.

Regina permaneceu estática, confusa com o que estava acontecendo naquele momento. Sentira a sensação do rosto próximo ao seu, a respiração de Ivy contra sua pele, entretanto nada fez. Não conseguia responder com palavras, tampouco com gestos. Finalmente sentira os lábios molhados tocarem em sua bochecha, pausando sobre ela.

— Até amanhã. — ela respondeu, confusa, sentindo seu corpo ser tomado pelos braços da outra. Em seguida, Ivy se afastar.

— Se quiser minha companhia até a biblioteca pela manhã, estarei indo até o centro da cidade... — sugeriu, observando-a não ter reação. Era nítida a confusão nos orbes cores de avelãs, fazendo com que a outra acreditasse que Regina estava confusa com os sentimentos.

A jovem Mills entrara em seu quarto, deparando-se com a escuridão provocada pelo anoitecer, exceto pela luz que entrava pela janela aberta. Em seguida, escorou-a um pouco confusa. Lembrava-se de ter saído e a deixado trancada.

Com a pouca visão, por conta da pouca luz que entrava pela brecha da janela, tomou em mãos um recipiente com um tipo de óleo, sobre o qual flutuava um pedaço de cortiça.

Em questão de segundos, enquanto acendia a lamparina, foi surpreendida por algumas pessoas tampando sua boca para que não gritasse, fazendo com que deixasse a lâmpada de azeite cair em seus pés.

— Shi... — sentira os braços segurando-a fortemente para que permanecesse imobilizada, enquanto ela percebia que outras pessoas encapuzadas também estavam ali. — Por enquanto não iremos te ferir, Regina. — o padre Gold sussurrou em seu ouvido. — Peguem o pano! O mestre a espera. — ordenou.

O súbito desespero tomou conta de seu interior ao ouvir aquelas palavras e reconhecer quem aquelas pessoas eram. A famosa Ordem. A mesma que havia a torturado anos atrás, a mesma que Emma tanto odiava. As lágrimas caíam sobre sua face, enquanto sentia a adrenalina percorrer por seu corpo, adrenalina para que salvasse sua própria vida.

— Au! — Gold exclamou, sacodindo o dedo e largando a jovem, ao levar uma mordida. — Ela me mordeu!

Regina levantou-se e apressou os passos numa tentativa de chegar até a porta, mas alguns homens entraram em sua frente. Observara desconfiadamente cada um ali presente, desde os dois que impediam sua passagem, até os que estavam mais atrás. Questionava-se sobre o motivo de terem ido atrás dela após anos. Lembrava-se de que lhe disseram que ela havia de cumprir sua parte do plano, mas nunca soube qual plano seria esse.

Golpeou os dois homens com um soco em cada um, surpreendendo-se por ter arrumado força e coragem. Rapidamente girou a maçaneta da porta, sendo puxada por outros homens, fazendo com que seu corpo caísse sobre o chão.

— Socorro! — gritou buscando por ajuda, debatendo-se numa tentativa de se soltar, mas Gold puxou seus cabelos, fazendo com que ela erguesse a cabeça, e subiu em cima da jovem para imobilizá-la. — Senhora Belfrey!

— Tu não estás colaborando conosco, jovem Regina. — o padre disse num tom decepcionado, amordaçando sua boca com um pano molhado por algum tipo de líquido forte, que fazia com que seu cheiro queimasse suas narinas.

Era impossível gritar e se mover, principalmente pelo fato de que sua visão estava ficando turva e podia sentir seu corpo enfraquecer.

— Regina! — sua visão embaçada avistou Ivy Belfrey adentrar desesperadamente em seu quarto, sendo surpreendida por um homem encapuzado.

Por mais que a presença daqueles homens fosse surpresa, os olhos de Ivy Belfrey os reconhecia. Reconhecera alguns, e não pôde acreditar no que estava vendo... Por qual motivo iriam raptar Regina?

— Larguem-na! — gritou, desferindo um chute no homem que havia a surpreendido. — O que estás fazendo, padre?

— Apaguem ela rápido. — Gold ordenou ríspido. E, assim, os homens obedeceram suas ordens.

Olhou-os, então, apontando um objeto para os mesmos. Seu olhar alternava entre todos os que ameaçavam avançar contra ela, e entre Regina desacordada.

— Senhorita Belfrey, — Gold pronunciou-se imediatamente, tal ato fez com que os homens não avançassem contra ela. — o que estamos fazendo servirá de ajuda para teus desejos. Achas que não percebi que teus olhos vão sempre para Regina Mills, mas os olhos dela vão para outra pessoa?

— Como? — Ivy estremeceu com aquela informação.

Como pudera o padre Gold saber de tudo aquilo? — pensou.

— Não vem ao caso, Senhorita Belfrey. — Gold respondeu, levantando-se do corpo de Regina. — O que importa é que não tiraremos a vida de tua preciosa Regina, se é isso que importa. O que faremos irá afastá-la de vez de Emma Swan... Nunca mais hão de ouvir falar naquela loura de terno. A partir daí, terás caminho livre para conquistar a mulher que amas.

— Por que estás me ajudando? — ela indagou, segurando o objeto com força. Viu-se em dúvida. Deixar Regina ser levada e perder a concorrência com Emma, ou salvá-las. — O que vós fareis com a Senhorita Swan?

— Não vem ao caso. — ele repetiu. — Emma Swan é uma pessoa perigosa a qual deve ser exterminada. — os olhos de Ivy se esbugalharam com aquela informação. A mulher loura não aparentava perigosa, e ninguém realmente perigoso conseguiria enganar Regina. — Não te perseguirei por tal pecado de se relacionar com Regina, aliás, não tenho absolutamente nada contra... Tu vives da forma que quiseres.

Seus passos leves sobre o chão eram silenciosos. Aproximou-se da jovem e tomou o objeto de suas mãos, voltando para perto de Regina e pegando-a no colo para levá-la.

— NÃO! Eu escolho salvá-las! — Ivy respondeu, apertando as próprias mãos. — Se Regina há de me amar não será pela perda de Emma Swan.

— É uma pena, para falar a verdade. — Gold disse tranquilo. — Aliás, não tenho certeza de que ela retornará com vida... Basta Regina colaborar conosco, o que sabemos que será difícil.

Ivy girou calcanhares, retirando-se do quarto e apressando os passos pelos corredores afim de procurar uma ajuda. Em poucos minutos, ela retornou com um bacamarte em mãos, ameaçando atirar.

— Soltem-na imediatamente! — ela ordenou, tremendo com a arma de cano curto e largo na mão. — Ou irei atirar.

— Não vai não. — o padre desafiou com um sorrisinho vitorioso em seus lábios.

A arma caiu de suas mãos após ouvir um barulho e sentir uma dor no topo de sua cabeça, em seguida Ivy caiu desacordada no chão. 

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