Epílogo
A pequena Louise está sempre correndo de um lado para o outro desde quando aprendeu a dar seus primeiros passinhos, a pequena atormenta suas mães o tempo todo puxando suas roupas para receber atenção de ambas, ela sempre de irrita sozinha quando não tem os carinhos dirigidos para ela. Lalisa respira fundo irritada enquanto amarra novamente a parte de trás do avental de cozinha que foi desamarrado por Louise mais uma vez, que volta a correr pelo cômodo com a fralda balançando conforme ela corre, suas perninhas gordinhas estão de fora já que o clima está quente demais para deixá-la totalmente vestida. Jennie entra no local e pega a garotinha antes dela sair da cozinha perambulando pela sala e derrubando os vasos, Louise esperneia em seu colo quando é pega e Lalisa apenas suspira aliviadaaliviua esposa ter segurado o pequeno monstrinho manhoso e carinhoso que elas criam.
— Nem pense em fugir, mocinha! – Jennie a segura com um dos braços e começa a fazer cócegas na alfa para fazê-la rir.
— Coloca ela na cadeirinha, por favor. – Lalisa pede, respirando fundo para manter a calma e retorna o olhar para o que estava fazendo.
— Ela vai chorar, você sabe. – Jennie responde, enquanto a garotinha puxa seus fios com um sorriso bem semelhante ao de Lalisa. Jennie se aproxima e deixa um beijo no rosto de Lalisa, que relaxa um pouco com o carinho e sorri para ela. — Não fique irritada, ela sempre te atormenta quando você está cozinhando.
— Eu sei, apenas estou cheio de coisas na cabeça. – Lalisa fala, apoia as mãos no mármore e olha cansada para Jennie, que balança a bebê em seu colo.
— Mama, olha! – ela aponta para a gata que acaba de pular no balcão da cozinha, Lalisa vira curiosa com o que Louise está falando e se apressa a tirar Lola de perto dos vegetais. — Tota, Tota!
— É Lola, meu amor. – Jennie a corrige, ela pisca os olhos azuis esverdeados em sua direção, as mãozinhas se apertam no ar, desejando apertar o gato.
— Tota!
— Jen, ela não vai deixar você terminar o relatório do estágio se você levá-la para o quarto, pode deixá-la aqui comigo. – Lalisa insiste ao que se vira para elas depois de lavar as mãos quando expulsou o felino da cozinha.
— Mama, colo! – ela fala feliz quando Lalisa anda em direção a elas, ela sorri para Louise enquanto ela estende os braços em sua direção para ser pega por ela. — Tota, Tota!
— Eu sei, princesa. Lola queria comer alface, deveríamos ter escolhido um gato diferente, mas Jennie tinha que escolher a mais estranha. – Lalisa fala para a bebê como se estivesse conversando com um adulto, o que faz Jennie rir ao que coloca o lencinho de Louise no ombro de Lalisa. — Ela gosta de escolher coisas que são parecidas com ela, sabia?
— Lalisa! – Jennie fala entre risos, Lalisa olha para ela com um sorrisinho cínico nos lábios, Louise se ajeitando no colo da ômega e se aconchegando a ela. Os filhotes sempre se sentem mais confortáveis com seus pais ou mães ômegas os acolhendo. — Não quer mesmo a minha ajuda, amor?
— Eu já estou acabando, logo as meninas chegam da escola e ficam com ela enquanto apenas arrumo a bagunça. Fora que você precisa terminar o que lhe foi passado, ou vai colocar os fones de ouvido durante o trabalho e fingir não ouvir seu chefe brigando com você? – Lalisa brinca, com seu típico jeito de professora ao falar, Jennie mexe a cabeça em negação com um sorriso nos lábios enquanto encara sua ômega.
— Você não perde uma.
— Não mesmo. – pisca e fica de costas para Jennie, rebola de volta para o balcão onde preparava vinagrete. Jennie morde os lábios a observando, respira fundo para se conter perante a provocação da outra, e finalmente sai da cozinha e retorna para o andar de cima. Trabalhar em um laboratório astronômico é realmente cansativo pois as vezes precisa levar trabalho para casa também, e Lalisa normalmente está lá para ajudá-la e depois quando se distraem trocando alguns beijos, elas percebem que Louise amassou algumas folhas invés de brincar com seus brinquedos, mas ela ama a companhia de ambas o tempo todo, inclusive esses momentos.
Louise ficou muito mais paciente depois que Lalisa a pegou no colo. E por sorte a campainha tocou assim que ela acabou tudo. Louise começou a chorar quando foi colocada no chão para a ômega retirar o avental de flores que tanto detesta, mas Jennie insistiu para ela comprar pois lembrava aquele que Lalisa usava no dia em que dormiram pela primeira vez. E seria mentira dizer que nunca usam ele para divertimento especial, se é que me entendem.
— Princesa, calma. – Lalisa a pega de volta, balança em seus braços e caminha em direção a porta, sorri para os rapazes a sua frente assim que abriu a porta . — Finalmente! Eu estava morrendo de saudades!
— Tito Tah! – ela estica os braços para Taehyung, que a pega com dificuldade por causa da barriga, mas Lalisa permanece com as mãos na bebê para não deixar que Taehyung segure todo o peso.
— Louise! Que saudade da minha princesa favorita. – a pequena ergue os braços assim que seus olhos encontram Hoseok, todos dão risada da cara brava que Taehyung faz enquanto ela é tirada de seu colo. — Traidora!
— Não chame a minha filha de traidora, ela só é simpática! – Lalisa a defende e da passagem para eles entrarem, cumprimenta Taehyung com um beijo no rosto, evitando abraçá-lo totalmente para não machucar a barriga. Os alfas entram logo atrás do ômega e cumprimentam Lalisa com abraços. Louise já estava no colo de Yoongi agora, ela gosta de receber atenção de todos. — Como vocês estão?
— Estamos bem... quero dizer, eles estão bem, eu estou explodindo. – Taehyung reclama apontando para os maridos, se sentando lentamente na poltrona. — Ela está pronta pra nascer... tipo, agora!
Eles dão risadas enquanto se sentam no sofá, Louise pedindo pelo colo de Lalisa assim que ela se senta ao lado de Hoseok.
— Onde está Jennie? – Yoongi pergunta.
— Terminando algo do trabalho, pode subir para chamá-la?
— Claro. – Yoongi retorna a ficar de pé, e antes de subir as escadas, ele olha para Taehyung para ter certeza que ele está bem e confortável, o loiro sorri para ele o incentivando a ir pois o ômega ficará bem sem ele por alguns minutos.
— Como está o internato, Hoseok? – Lalisa pergunta, Louise se remexe em seu colo.
— Indo muito bem.
— E então, já se decidiram com o nome, certo? – Lalisa pergunta mudando de assunto, ela ri baixinho quando Louise começa a descer do seu colo novamente e corre cambaleando até as pernas de Taehyung na poltrona, o loiro sabe que ela adora alisar sua barriga redonda, então ele puxa a camisa pra cima e a criança não perde tempo e deita a cabeça de forma delicada, para tentar ouvir alguma coisa. Lalisa sorri com a cena.
— Eu quero Angel, mas Yoongi e Hoseok querem Diana. – Taehyung reclama.
— Dada? – Louise olha para Taehyung, o loiro sorri para ela.
— Hum, desculpa princesa, mas não quero Diana. Eu quero Angel!
— Mama gosta de Tata! – Lalisa da risada quando ela aponta o dedinho para ela e agarra o gato que passava por ela, o felino solta um miado esganiçado e Louise caminha em direção a mãe balançando a bola de pelos em seu colo.
— Eu não quero que a minha filha se chame Angel, ela vai ser zoada na escola. – Hoseok reclama.
— Ela não vai! – Taehyung cruza os braços, eles ouvem os mais novos descerem as escadas. — Eu estou carregando ela a quase nove meses, eu escolho o nome!
— Puff, ele está certo. – Jennie fala, concordando com Taehyung e se aproxima para cumprimentar o loiro e em seguida Hoseok. — Lalisa não gostou de nenhum nome que eu sugeri antes de Louise.
— Mamaaaa! – Louise corre em sua direção largando o gato, que aproveitou o momento para fugir do local. Jennie a pega no colo assim que desce o último degrau, ela gruda em seus cabelos enquanto ela se senta no carpete, de costas a Lalisa e entre as pernas dela.
— Jennie, você queria que ela se chamasse Lalise Jane! Era óbvio que não colocaríamos esse nome. – Lalisa exclama e roda os olhos, os garotos gargalham e Louise alterna o olhar confusa. — Louise foi o melhor que você sugeriu.
— 'Deu? – ela pergunta e aponta para si mesma, Jennie sorri para ela e começa a deixar beijos no rostinho delicado com traços dele e de sua ômega.
— Eu continuo a gostar de Angel. – resmunga Taehyung do seu lugar.
A porta é aberta por duas garotas por volta do seus onze anos, ambas rindo de alguma coisa, as gêmeas olham para sala e abrem sorrisos maiores que os anteriores quando avistam Taehyung, Hoseok e Yoongi.
— Oh meu Deus, Taehyung você está enorme! – Phoebe exclama animada correndo em direção ao loiro, se inclinando para beijar o rosto dele e colocar as mãos com unhas pintadas de rosa na barriga delicada. — Owwn, eu quero conhecê-la logo! Ela vai se casar com o Ernest se for uma alfa.
— Nem pensar, ela vai casar com a Doris! – Daisy fala se ajoelhando ao lado de Phoebe, as duas com as mãos na barriga de Taehyung tentando sentir qualquer movimento que o bebê possa fazer, ele apenas ri com a discussão que costuma ouvir desde quando anunciou a gravidez para as meninas.
— Não, Dada 'tasa comigo! – Louise exclama de repente, todos olham para a garotinha e caiem na risada.
— Independente da espécie dela, vai morrer de amores por você, Louise. – Hoseok fala, a pequena olha para ele com seu sorriso de leves covinhas mesmo que não tenha entendido o que ele disse, ela começa a se soltar de Jennie para ir em direção as gêmeas, que empurram uma a outra para ver quem será a primeira a pegar a pequena alfa.
— Vai mesmo, quem não iria se apaixonar por uma Manoban-Kim? – Taehyung brinca.
— É verdade. – Hoseok e Yoongi falam juntos e as gêmeas mexem as cabeças em concordância. Lalisa e Jennie se entreolharam entre risos..
— O que podemos fazer? Somos maravilhosas. – Jennie fala jogando um lado do cabelo longo para trás, Lalisa continua a rir ao que desce do sofá se sentando no tapete ao lado de Jennie para ficarem juntas.
— Estou com fome. – Taehyung resmunga, recebendo a atenção de volta para ele. — Me diga que você fez pudim, eu estou com vontade de comer pudim desde semana passada.
— Sim, Taehyung. Eu fiz o pudim que você tanto me mandou mensagem implorando para eu fazer. – Lalisa diz risonha se levantando do carpete, todos começam a fazer o mesmo. — Meninas, coloquem os pratos na mesa, eu e a Jennie vamos levar as coisas para lá. Yoongi, fica com a Louise enquanto isso?
— Sim, a princesa me adora, certo Louise? – Yoongi pergunta com um sorriso nos lábios, eles olham para a pequena alfa que desce do colo de Phoebe.
— Sim, mas 'deu quero a mama! – ela fala sem olhá-lo, causando o riso de todos. Ela ergue os braços para Lalisa que apenas suspira e sorri se derretendo pela sua pequena que deseja o seu colo mais uma vez.
— Fique com ela, nós ajudamos a Jennie. Você já fez todo o almoço. – Hoseok fala, se levantando do sofá.
Lalisa agradece e volta a sentar no sofá com a criança em seus braços. Sobrou apenas os ômegas mais velhos e a pequenina alfa na sala.
— Lalisa, eu estou nervoso. – a voz de Taehyung a faz desviar o olhar do rosto delicado de sua filha.
— Com o que?
— Em ter um bebê.
— Eu imagino que esteja... não é um monstro de sete cabeças. É cansativo, como pode ver... é difícil, mas vocês estão estáveis, para nós foi mais complicado por estarmos na época nos reajustando em uma nova vida, mas deu certo. – Lalisa fala e tenta dar apoio ao amigo. — Você mal vai tocar nela, do jeito que esses dois são, não vão querer soltá-la. – eles dão risadas juntos. — Jennie só me devolvia Louise para amamentar ou quando ela precisava ir para a universidade ou estágio, ela ainda é assim.
— Eu sei, principalmente Yoongi que não irá largar. – Lalisa concorda, o bebê que Taehyung espera é de Yoongi. — Enfim... e você, quando vai contar aquilo a Jennie?
— Shhhh! – Lalisa faz apressada, Louise observa ela fazer isso e imita o ato mesmo não sabendo o motivo. — Não tenho certeza, só para você saber...
— Ok, mas não esconda isso. Você sempre faz essas coisas, com medo da reação dela por tudo! Jennie não é um ogro malvado, Lalisa. Jennie ama você e sempre vai entender e te apoiar.
— Eu sei, e eu a amo também. Mas isso é uma surpresa, só preciso de mais tempo. – Lalisa sente falta de Jennie mesmo ela estando na cozinha, os primeiros anos com a marca sempre é estranho e cansativo, ela precisa de Jennie o tempo todo ao seu lado ou não se sente confortável.
— Mais tempo? Lalisa, você ama um drama.
— Não seja bobo... apenas não conte pra ninguém, ok?
— Não conte para ninguém o que? – Jennie fala confusa ao entrar na sala.
— Nada! – Lalisa se apressa a levantar e balançar Louise em seus braços. — Está tudo pronto?
— Sim, venham!
Jennie ajuda Taehyung a levantar após ele reclamar de ter dificuldades até para isso, Lalisa entra na cozinha onde os outros já estão sentados, coloca Louise na cadeirinha apropriada para ela. E em pouco tempo todos iniciam o almoço conversando animados, Lalisa frustrada com o tanto de comida na roupa de Louise invés de estar em sua boca, Jennie apenas dizendo para ela deixá-la pois é apenas uma criança. Taehyung e Yoongi a jogar farpas vez ou outra, mesmo que depois venham com beijos melosos, Hoseok entre eles recebendo todo o carinho de ambos seus maridos, as gêmeas adorando o momento família. Jennie deixando beijinhos no rosto de Lalisa, sendo afastada por pequenas mãozinhas ciumentas que detesta quando a atenção das mães não está sendo para ela.
E o almoço foi uma adorável bagunça como todas as vezes.
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Era estranho sair sem ouvir os berreiros de sua filha no banco de trás sentada na cadeirinha. Jennie disse que tem uma surpresa para Lalisa, era o segundo final de semana consecutivo que seus amigos os visitavam, eles não sabiam do que Jennie planejava, mas não ficaram chateados e inclusive se ofereceram para cuidarem da pequena enquanto eles saem durante a tarde fresca de domingo.
A alfa anda na frente, a mão direita segurando firme a de sua ômega, a esquerda segura uma cesta de piquenique. Lalisa olhava todas as árvores com um pouco de medo por ser um lugar afastado, não faz ideia de onde estão mas confia plenamente em Jennie, sabe que ela nunca a levaria para algum lugar perigoso.
— Estamos quase chegando. Fique tranquila, Lis. – o alfa anuncia, como se estivesse lendo a mente de Lalisa, ela sentiu o incomodo e incerteza da ômega.
— Posso ao menos saber onde estamos?
— Não.
A alfa ri com o bufar da ômega que está curiosa para saber o que é a surpresa. E assim que Jennie percebe estarem perto, ela para, da a cesta para Lalisa e tampa seus olhos com suas mãos grandes, aumentando o suspense.
— Se cairmos a culpa é toda sua.
— Não seja apressada, amor.
A alfa continuou a guiar a ômega em direção ao local. Jennie para de andar e Lalisa imita seu ato, um pouco confusa.
— Primeiro, eu adoraria que fosse como a do internato, mas temos uma linda vista daqui também. – Jennie murmura no ouvido de Lalisa, que fica ainda mais confusa. Quando as mãos da alfa não estão mais em seu rosto, a ômega abre os olhos aos poucos, se acostuma com a luz novamente. E então ela se depara com uma pequena casa de madeira, semelhante a cabana do internato, mas essa não é um tipo de torre. Lalisa olha para Jennie sem saber o que dizer e perguntar. A alfa apenas sorri e a abraça por trás, apoiando o queixo em seu ombro e ligeiramente curvado. — É nossa.
— Jennie-... – a ômega continua surpresa, ela arfa quando a alfa tirando bolso uma chave e coloca em sua frente, com o queixo ainda apoiado em seu ombro. — Como você-... não temos dinheiro para comprar uma cabana, Jennie!
— Bem... lembra que eu disse que mamãe passou para o meu nome alguns terrenos e casas daqui? – Lalisa acena, Jennie volta a ficar de frente para ela, uma das mãos pousada nas costas da ômega. — Pois então, esse aqui também está. E ninguém estava morando nela, então... eu decidi deixá-la para nós.
— Você está brincando, não é? Sua mãe vai nos dar tudo? – Lalisa ri sem muita graça, Jennie roda os olhos com o que ouve. — Desculpe, eu não concordo, ela pagou o nosso casamento! Ela não preci-...
— Bem, um dia eu teria metade de tudo, afinal seria a minha herança. – Lalisa olha para a cabana e em seguida para Jennie, ainda sem saber o que dizer. — Você sabe que ela fez tudo isso para nos ajudar, Lis.
— Eu sei, Jennie. Mas... nós deveríamos dar um jeito juntas. – Lalisa suspira, Jennie se aproxima para a abraçar.
— E nós demos, com um pouco de dificuldades no início. – ela faz carinho no rosto de Lalisa e sorri para reconfortar. — E você me fez prometer que não gastasse o dinheiro com você, apenas com Louise e comigo mesmo... bem, a cabana também me envolve, então...
— Com quem você aprendeu a ser tão oportunista, Srt Kim? – Lalisa pergunta com um sorrisinho nos lábios, Jennie balança seus corpos no mesmo lugar como se estivem dançando lentamente, um sorriso maior crescendo.
— Olha, eu tive uma professora ômega no ensino médio que era muito atrevida... – Lalisa a empurra enquanto gargalha, Jennie volta a abraçá-la. — Venha, quero que veja como ela é por dentro.
— Eu sei exatamente o que você quer fazer lá. – Lalisa murmura risonha, segurando na mão de Jennie enquanto caminham em direção a porta.
— E o que você acha que eu quero? – Jennie pergunta ao abrir a porta, retornando o olhar para a ômega, um sorriso sacana nos lábios.
— Digamos que algumas coisinhas pecaminosas para estrearmos a casa. – Lalisa fala maliciosa, andando para dentro da casa e rebolando de forma proposital, ouvindo um alto suspiro de Jennie pela sua provocação.
A ômega para de andar observando todo o ambiente em volta, a cozinha é interligada com o quarto, e há uma pequena porta no quanto esquerdo, é o banheiro. Ela observa as coisas de madeira polida, alguns enfeites espalhados nos lugares que cabiam, e um lindo porta retrato na parede onde se localiza a cama, na foto tem Jennie abraçando Lalisa por trás, que segura uma Louise ainda mais bebê do que agora, que tinha os bracinhos para cima e as mãozinhas puxando os cabelos de sua mãe alfa com força, que fazia uma careta de dor e Lalisa ria de forma escandalosa pelo ato de sua filha.
— Eu tinha percebido que essa foto tinha sumido da parede do corredor lá de casa. – Lalisa fala divertida, Jennie gargalha atrás dela.
— É a nossa família completa. – ela a abraça carinhosa, Lalisa suspira triste por algum motivo. — O que foi amor? Quer que eu devolva?
— Ah? Não, não. Podemos fazer uma cópia depois...
— Então o que foi?
Lalisa se solta lentamente do pequeno aperto dos braços de Jennie, ela procura pela cesta que deixaram no chão próximo da porta.
— Podemos arrumar as coisas para nosso pequenino? Prometo te explicar assim que estivermos lá fora prontas para devorarmos os sanduíches de atum.
— Yeah, tudo bem... – estranha a mudança repentina de humor, e a segue para fora da pequena casa, sentindo o cheiro forte de sua ômega já impregnado por toda parte.
Lalisa colocou o enorme pano vermelho sobre a grama, se sentando de pernas cruzadas, Jennie imitou seu ato e observou sua esposa colocar na frente delas diversas coisas gostosas para saborearem. A ômega comia tranquilamente algumas frutas, incentivando a alfa a fazer o mesmo, que ainda estava curiosa e confusa.
— Eu sei que estou fazendo suspense. – Lalisa diz de repente, ainda com o olhar de Jennie sobre ela, que ri levemente pela sua fala. — Então acho que vou direito ao ponto agora...
A ômega procura na enorme cesta mais alguma coisa, ela olha para Jennie um pouco relutante antes de tirar uma caixinha cumprida com um laço a enfeitando.
— Isso é para você, espero que goste. – murmura a ômega, erguendo a caixinha de presente para a alfa, que abre um belo sorriso pegando delicadamente das mãos do outro.
— Obrigado, Lis. Mas eu já disse que não precisa me presentear com nada, você já é o meu melhor presente. — Jennie fala e se inclina para deixar um beijo nos lábios de Lalisa.
— Acredite, esse é preciso.
Jennie a olha desconfiada antes de desviar para o presente em suas mãos. Ela desfaz o laço cuidadosamente, Lalisa suspira de ansiedade a observando. Finalmente ela abre a caixinha, seus olhos se arregalam com o objeto e ela alterna o olhar entre Lalisa e o presente.
— Está brincando, né? – pergunta a alfa, um pouco pasma.
— Não, e eu sei que você não desconfiava por causa do meu cheiro. Já que depois que tive Louise ele ficou assim para tranquilizar o filhote. – a ômega explica, imagina que a alfa já saiba disso já que elas tinham conversado sobre isso após a saída de Lalisa do hospital. Ela sorri para Jennie, que agora encara o presente mais uma vez.
— Lis... – ela murmurou baixinho, pareceu preocupada e Jennie deixa o presente ao seu lado. Lalisa coloca as mãos nos ombros da alfa com medo do que ela irá dizer.
— O que foi, Jen? – Lalisa pergunta preocupada. Jennie ergue o rosto e olha séria para Lalisa, deixando suas mãos na cintura dela.
— O mundo não tem palitos de queijo o suficiente para uma segunda gravidez sua.
Lalisa a encara piscando os olhos algumas vezes seguidas até ver o sorriso nos lábios de Jennie. A ômega começou a rir e empurrou a alfa para longe, que caiu para trás na grama, rindo junto a sua esposa.
— Meu Deus, outra coisinha pequena pela casa! – Jennie fala, não escondendo sua animação. Lalisa sorri contente e muito mais aliviada.
— Eu queria contar em um momento especial, e imaginei que esse fosse o momento. – Lalisa se explica, deitando ao lado de Jennie na grama, sendo abraçada pela maior.
— Louise vai surtar, ela detesta quando damos atenção uma a outra, imagine para outro bebê? – Jennie fala risonha.
— Ela é carinhosa, amor. Tenho certeza que ela vai adorar o irmãozinho ou irmãzinha. – Lalisa fala, fica de lado na grama para deitar a cabeça no peito da alfa, observa o indicador desenhar coisas sem sentidos na camisa de Jennie. — Eu sentia ciúmes da mamãe às vezes, mas adorava cuidar das meninas.
— Eu sei, mas sem dúvidas no começo teremos problemas. – a ômega concorda com um murmúrio, Jennie beija o topo da cabeça de Lalisa e a aperta mais contra o seu corpo, desejando fundi-la ao seu e se tornarem um só. — Eu amo Louise, sem dúvidas vou amar o bebê que está por vir, amo as gêmeas, amo tudo o que você me deu, Lalisa. Amo a família gigantesca que somos, contando com os meninos e seus familiares, amo as suas irmãs sempre tão gentis e carinhosas. Você me trouxe tanta coisa, sabia disso? Fez o meu universo muito mais infinito.
— Isso é possível? Tornar algo infinito ainda maior? – Lalisa fala, se debruçando em cima da alfa para encarar o rosto dela, os cabelos enormes estavam bagunçados e a ômega começou a arrumar de forma carinhosa.
— Eu não sei, mas sem dúvidas você o tornou belo. – as mãos grandes acariciam a cintura fina, Lalisa deixa um beijinho no nariz da alfa, ela sorri arrancando um de Jennie também. — Eu amo você, Lis.
— Eu te amo ainda mais, amo que qualquer outra coisa nesse universo inteiro! – Lalisa fala com um enorme sorriso no rosto.
— Oh, mais do que palitos de queijo?
— Huuum, não força a barra. – Lalisa brinca, Jennie gargalha e a aperta mais contra seu corpo, tão feliz que não cabe em seu peito. — Tudo bem, eu a amo mais que meus preciosos palitos de queijo!
— Vou sempre te amar, doce criatura.
Um doce e carinhoso beijo se iniciou, enquanto elas sentem aquela sutil sensação de estabilidade e alegria, o fervor deste amor florescendo cada vez mais como uma pequena flor num jardim vazio na espera de um dia ser florido, e toda essa extensa grama será preenchida por diversas belas e vívidas flores, fruto do amor de Jennie e Lalisa.
Fim.
TO CHOROSA DE NOVO
Quem pegou a referência ali mais pro final pegou quem não pegou, sinto muito, ta perdendo uma obra de arte slsksksk
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