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Moonlight

— Então é assim que esse lugar é por dentro? — admirou-se Seokjin quando entraram no Porão vazio. O dia ia alto do lado de fora, mas os quatro já estavam ali fazia algum tempo, esperando Nari chegar para poderem finalizar os preparativos para o evento que fariam juntos.

— Como foi que conseguiram isso? — perguntou Hoseok olhando ao redor e reparando pela primeira vez em muitos detalhes que sequer havia visto em sua primeira vez no local.

Namjoon e Seokjin trocaram um olhar de cumplicidade e o mais velho sorriu orgulhoso. Tinha usado todo seu charme e poder de persuasão para oferecer um evento onde a rap line do BTS faria uma aparição surpresa. Ia pessoalmente financiar uma parte do evento e da premiação para os vencedores, enquanto Kang Nari entraria com o resto do investimento e nome a frente de tudo. Era um jeito de já começar a colocar em prática seus planos para o futuro, quando não precisasse mais ser idol, mas essa parte eles não precisavam saber.

— Digamos que eu tenho meus métodos. — respondeu Jin misteriosamente. — Mas sua namorada teve grande participação também, ela não te contou? — completou olhando para Hobi. O rapper ficou em choque, sem entender como é que ele sabia sobre Nari, mas bastou um olhar para as orelhas vermelhas de Namjoon para entender.

— Vocês falaram com ela? Quando?

— Ela ligou para a gente uns dois dias depois da última vez que viemos a Daegu. Pediu para não te contar nada. Foi mal, cara. — explicou Namjoon.

— E quem foi que deu o telefone de vocês a ela? — perguntou ainda mais curioso.

Foi a vez das orelhas de Yoongi ficarem vermelhas.

— Que tipo de evento vocês planejaram, Hyung? — disfarçou se dirigindo a Seokjin e deixando Hobi para trás com os próprios questionamentos.

Enquanto Jin e Namjoon explicavam o evento que fariam ali, Nari abriu a grande porta do barracão e entrou com a equipe que cuidaria do som, da decoração e do posicionamento de suas modelos. Falava ao celular e não reparou a presença dos meninos até chegar perto do palco onde os quatro estavam parados analisando tudo.

— Micha, depois nos falamos. Assim que sua mãe sair da entrevista você me manda uma mensagem, ok? — falou ao telefone antes de bloquear a tela e enfiar o aparelho no bolso. O sorriso que abriu foi como um imã para que Hoseok se virasse e a visse finalmente. — HOPEEEEEEEEEE! — gritou antes de jogar a própria bolsa para o lado e sair correndo em sua direção.

Hoseok teve tempo apenas de firmar os pés no chão e segurar o impacto de Nari pulando em seus braços como se não se vissem há meses. Riu alto ao ver a empolgação dela, falando sem parar sobre o lugar, sobre o evento, sobre ter combinado tudo com Jin e Namjoon como surpresa, sobre as ideias que tinha tido para um desfile diferente do que o mundo já havia visto. Não conseguiu prestar atenção em muita coisa, estava concentrado no toque dos braços ao redor da cintura dela e no cheiro gostoso que vinha da moça.

— E então? O que achou do lugar? Acha que vai dar certo esse evento?

— Noona, vai ser um sucesso, pode ficar tranquila. — respondeu Jin com um sorriso no rosto, antes mesmo de Hoseok abrir a boca. — Já viu esses três fazendo rap? Então... — completou dando um sorrisinho orgulhoso.

— E o resto? Acha que também vai dar certo? — perguntou insegura.

— Não se preocupe, nós vamos fazer a nossa parte. — respondeu Namjoon ficando com as orelhas vermelhas de novo.

Nem Hoseok e nem Yoongi entenderam do que estavam falando, mas perceberam que havia alguma coisa diferente entre os outros três.

— Nossa parte em que? — perguntou Suga desconfiado.

— Nada não. — desconversou a moça. — Vamos, quero que testem o equipamento de som antes que o resto da equipe chegue.

***

Greta chegou ao Porão pouco antes de anoitecer. Sua entrevista não tinha sido das melhores. Talvez ela realmente não tivesse vocação para professora, visto que não conseguiu chamar muita atenção da diretora da escola com sua metodologia de ensino. Não queria admitir, mas parte de si estava aliviada por não ter conseguido a vaga como professora temporária. Tinha tentado apenas porque já fazia uma semana desde sua conversa com o senhor Joong e o buraco deixado por aquele emprego ainda a assustava. Apesar disso, o tempo livre tinha lhe dado a oportunidade de colocar os estudos em dia, finalizar projetos começados nas disciplinas daquele ano. Até sua aparência tinha melhorado por conta do tempo livre, a pele estava com um brilho diferente e as olheiras tinham praticamente desaparecido. Não sabia mais se queria trabalhar toda noite depois de constatar isso.

Empurrou a porta pesada do barracão que era o lugar e o encontrou vazio. As luzes do palco estavam acesas como se tivessem acabado de testar, mas não havia ninguém por perto. Pegou o celular para conferir se Nari já tinha visto suas mensagens avisando que estava chegando, mas estavam todas sem visualização. Fez uma careta para o celular, estranhando aquele silêncio, mas entrou assim mesmo, imaginando que provavelmente a amiga estava ocupada com a equipe administrativa do Porão no escritório no segundo andar. Automaticamente levantou os olhos em direção à janela do escritório, vista do salão com facilidade, e as luzes estavam igualmente acesas.

— Bom, não é como se eu não pudesse andar por aqui. Afinal de contas eu vou apresentar o evento... — falou para si mesma puxando a pesada porta até que fechasse. Tentava se convencer que tudo bem andar pelo Porão sozinha, não estava fazendo nada de errado.

— Esse lugar é mesmo enorme, não é? — sussurrou observando a decoração tradicional e a adição estratégica de tablados onde provavelmente as modelos escolhidas por Nari e Lola ficariam para exibir as peças.

Greta sorriu só de imaginar qual figurino a estilista prepararia para ela usar no evento. Não tinham mais conversado diretamente depois do encontro em Seul, mas sabia que ela faria algo exclusivo porque Nari tinha feito questão de contar esse detalhe no dia em que a convidou para participar do evento. A brasileira esperava que fosse alguma coisa ousada, cheia de hip hop e completamente diferente da roupa social que estava usando por conta da entrevista de emprego.

Andou até a escada que dava ao palco e tirou o terninho azul marinho e o colocou sobre uma caixa de som junto de sua bolsa. Por baixo do paletó, usava uma blusa branca simples e com um decote comportado, mas que deixava os braços e as costas a mostra. Felizmente o terninho fazia o papel de esconder as tatuagens das costas, mas ali ela não precisava desse recurso. Prendeu as tranças compridas que continuava usando num nó atrás da cabeça e subiu no palco.

Havia uma mesa de mixagem que ela sabia que seria usada por algum DJ convidado. Ao lado uma mesinha tinha vários microfones desligados. Pegou um deles e percebeu que estava um pouco quente, provavelmente por ter sido usado há pouco tempo. Sorriu. Não queria admitir em voz alta, mas estava empolgada por aquele evento.

O Porão era seu refúgio em Daegu. Era onde podia ser ela mesma, era onde ouvia as músicas que mais falavam dentro dela porque, apesar da língua diferente, eram as que mais lhe lembravam a Greta adolescente e cheia de sonhos, de antes dos problemas da vida real. O Porão era onde tinha conseguido suas melhores lembranças com Nari e onde sentia que ela não era a única a ter uma vida complicada e cheia de obstáculos. Era onde se sentia, fora da própria casa, segura — de si, da vida e das escolhas que tomava.

Segurou o microfone numa das mãos e sentiu o peso dele com a palma aberta. Era preto e tinha um toque brilhante que a lembrava uma noite estrelada. Virou ele na mão, igual havia visto Jimin fazer no Muster em Seul e sorriu de si mesma. Desejou que Micha estivesse ali para vê-la no palco. Ligou o aparelho e foi até a caixa de remixagem do lado da mesinha dos microfones.

— Alô, testando... Um. AH. OH. Testando. — falou em português mudando a posição de alguns botões como se soubesse o que estava fazendo. Tinha visto aquilo tantas vezes em filme e no próprio Porão que, de certa forma, acabou apertando os botões certos. Uma batida levinha começou a tocar pelo ambiente inteiro e isso fez com que o sorriso dela se ampliasse mais ainda.

Fechou os olhos e se imaginou com Micha numa de suas sessões de rap improvisado na lojinha de conveniência. Podia cantar qualquer uma das que sempre cantavam e de fato começou a cantarolar uma de suas favoritas de Lauryn Hill.


Let me be patient

Let me be kind

Make me unselfish

Without being blind

Though I may suffer I'll envy it not

And endure what comes

Cause he's all that I got and tell him


Ajustou a batida até ficar mais parecida com a música original e começou de novo, repetindo os primeiros versos porque ia ser seu refrão. Depois disso esqueceu de onde estava. Fechou os olhos se entregando à música e aos versos que vinham sozinhos aos lábios. Misturou inglês, português e coreano enquanto usava aquela oportunidade para desabafar. Falou das dificuldades de ser mãe solteira. Dos problemas financeiros. Falou sobre aprender a se perdoar e começar um caminho novo. Parou para respirar voltando aos versos de Lauryn.


Tell him I need him

Tell him I love him and it'll be alright

Tell him I need him

Tell him I love him


E então começou a falar de Yoongi com rimas. Não usou o nome dele por medo de alguém reconhecer. Assim como sempre havia ensinado a sua filha, respeitava a imagem dele até mesmo quando fazia rap sobre ele. Chamou-o de "gatinho" e falou de como se sentiu na primeira vez que o viu entrando na lojinha. De como ele havia libertado ela de si mesma apenas cantando Seesaw. Cantarolou o refrão da música e voltou para os versos de Lauryn Hill.


Tell him I need him

Tell him I love him and it'll be alright

Tell him I need him

Tell him I love him


Cantou sobre a confusão de sentimentos que era seu coração depois de ter recebido duas declarações de amor num intervalo de menos de vinte e quatro horas. Sem perceber, estava chorando, mas continuou cantando até colocar para fora tudo o que queria. Não percebeu quando ele finalmente subiu no palco. Só quando voltou ao refrão de Lauryn que abriu os olhos. Não parou de cantar, no entanto. Sorriu triste e cantou mais uma vez.


Tell him I need him

Tell him I love him and it'll be alright

Tell him I need him

Tell him I love him


Yoongi esperou ela terminar, emocionado com tudo o que tinha ouvido. Só viu que não estava sozinho quando ouviu alguém ajustando o som do palco, mudando tudo o que ele e o técnico tinham feito a partir da mesa de som que ficava no fundo do salão do Porão. De lá ele a viu pegar o microfone e testar o som. Agora, enquanto ela terminava os últimos versos, sentiu-se feliz consigo mesmo por ter apenas assistido, sem impedir que ela cantasse. Sorriu quando ela abaixou o microfone e o encarou. Não conseguia pensar em nada para dizer. Ao invés disso, avançou dois passos e a beijou. 

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Nota da autora: a música usada por Greta como fundo de seu rap é essa aqui.

 Espero que gostem. <3

https://youtu.be/fse2hyTvMy0

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