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Good Day

A semana passou como que em câmera lenta. Nem Greta, nem Micha e nem mesmo Nari conseguiam se concentrar em nada por conta dos acontecimentos da semana anterior. A cada barulho da sineta na porta da loja, a brasileira levantava a cabeça na esperança de ver August entrando para pedir desculpas. Mas isso nunca aconteceu. A única coisa boa que a sineta lhe trouxe naquele dia, e nos anteriores, foi a entrada de Micha.

Dessa vez estava com as amigas da igreja, num grupinho de quatro meninas da mesma idade, todas usando roupas sugestivamente army. Isso porque até onde ela sabia apenas Micha e Maria se declaravam abertamente fãs do BTS, as outras duas diziam ser fãs de outros grupos populares, mas hoje também usavam camisetas com letras de músicas e personagens da animação BT21 como se esperassem algo.

Greta não conseguiu evitar sorrir quando as quatro levantaram a cabeça ao mesmo tempo quando a sineta da porta anunciou mais um cliente. Estavam todas sentadas numa das duas únicas mesinhas reservadas para que os clientes comessem ali. Fingiam estudar alguma coisa que havia sido passado durante o retiro, mas ela percebeu de longe que nenhuma delas tinha sequer começado o dever.

– Tem certeza que era ele, Micha? Será que não era alguém muito parecido? – cochichou uma das meninas ao ver um senhor muito mais velho do que quem elas esperavam passar pelo corredor de doces.

– Tenho... eu falei, era ele com aquele gorrinho que eu mostrei na foto outro dia...

– A sua mãe não lembra dele?

– Provavelmente não...

– Não me lembro de quem? – perguntou Greta, curiosa sobre quem seria essa pessoa que elas estavam esperando desde o começo da semana. Todo mundo deu um pulo no mesmo lugar provocando uma crise interna em Greta. Podia sentir as lágrimas de riso se formando enquanto ela usava todas as forças para não cair na gargalhada na frente delas.

– Ninguém, mãe! A gente só veio ver se aqui era um bom lugar para evangelizar. – respondeu Micha com o rosto mais vermelho do que nunca.

– É, ahjumma, é só pesquisa. – respondeu uma das outras meninas com o rosto tão vermelho quanto.

– Sei... e por acaso tem a ver com esse uniforme army por baixo das blusas? – perguntou apontando a prova do crime das quatro.

– Foi coincidência!

– Sei...

Voltou para o caixa com o ouvido ligado nas meninas. Por precaução abaixou mais ainda o volume do aparelho de som da loja e deixou uma das câmeras apontada para as meninas. Algo lhe dizia que de alguma forma aquilo tinha a ver com August, mas não sabia ainda como.

Pensou no fracasso que havia sido aquele fim de semana com a ida ao Porão. Ao invés de curtir e se divertir com a amiga, passou a noite em meio a gente que não conhecia sendo coagida a participar de uma coisa que se reservava a fazer apenas com a filha. Claro que ela já tinha pensado muitas vezes em participar das batalhas femininas do Porão, mas nunca teve coragem. Sabia que sua aparência, seu estilo de se vestir e o fato de ser estrangeria daria alguma espécie de diferença na reação do público e não estava preparada para se sentir desconfortável num dos únicos lugares naquela cidade onde ninguém se importava com a cor da pele dela.

A sineta da porta tocou de novo, anunciando mais um cliente e fazendo com que Greta e as meninas levantassem a cabeça ao mesmo tempo para ver quem era. Thomas entrou com sua mochila e um pacote de picolé pendurado na boca, olhando em todas as direções. Quando finalmente viu as meninas, elas começaram a fingir que não o tinham visto.

– O que estão fazendo? – perguntou parando ao lado de Micha e conferindo a mesa cheia da cadernos em branco.

– Não é da sua conta.

– Por que ta todo mundo vestida com roupa do BTS? – perguntou fingindo que não tinha ouvido a grosseria de Micha. Em resposta todas as meninas o encararam com cara de raiva, como se ele já estivesse fazendo muito apenas por estar ali.

Devagarinho, sem fazer muito barulho, Greta foi se aproximando do grupo de novo, fingindo que repunha produtos no corredor ao lado para que elas não a vissem. Thomas estava de costas para ela, sendo o foco da atenção – e da raiva – de todas as meninas.

– Espera... Não me digam que estão aqui achando que o Suga vai aparecer milagrosamente? – perguntou segurando a risada.

Greta arqueou a sobrancelha. Suga? Ali? Do nada? De onde ele tirou essa ideia? Por mais que gostasse das musicas dos meninos tanto quanto a filha, duvidava muito que qualquer um deles pudesse dar o azar – porque seria muito azar acabar tendo que comprar coisa ali com tanta loja melhor e mais condizente com eles no centro – de aparecer ali.

– Cale a boca, JiYoung. Você não tem nada com isso. – respondeu uma das meninas.

– É! E de mais a mais, a Micha viu ele aqui sim, no mesmo dia que falaram que ele ia ao restaurante do irmão dele. Não foi, Micha? – falou outra.

– Foi. Eu vi com meus próprios olhos. Segurei a mão dele e tudo.

– Duvido! Aposto que você sonhou com isso.

– Era ele sim!! Ele até conversou com a minha mãe. – respondeu ela a contragosto, surpreendendo Thomas e a própria Greta.

Não se lembrava de ter visto Suga. Tinha certeza que se lembraria disso caso tivesse essa sorte. Qualquer um em Daegu se sentiria sortudo por atender um dos melhores rappers da Coreia e isso a incluía. Ficou pensando nos dias em que Micha havia ido à lojinha e lembrou-se da ultima vez que August esteve ali. Será que a filha havia confundido o rapaz com Suga? Justo Micha, uma army assumida?

– Chame ela então! Duvido que a sua mãe o atendeu. – respondeu ainda naquele tom duvidoso.

– Atendi quem? – Greta saiu do corredor e parou ao lado da mesa, atrás de Thomas. Todas as meninas abaixaram a cabeça, desviando o olhar, somente Micha e o garoto a encararam, meio em choque, meio felizes por ela ter interferido antes que eles começassem uma briga desnecessária.

– Ahjumma, a Micha disse que você atendeu ao Suga aqui na semana passada. É verdade? – perguntou o garoto.

Micha faltou pular no pescoço dele e enfiar o punho inteiro naquela matraca ambulante. Mas se controlou. Sabia o que a mãe diria e não a culpava por isso. Ela não tinha tempo para mais nada além de ouvir música quando estavam juntas em casa. Não tinha tempo para ver vídeos na internet, programas de variedade na tv, muito menos procurar saber quem era quem no BTS. Claro que não reconheceria Suga ali, nem que ele aparecesse milagrosamente na loja de novo. O único jeito dela reconhecer o cantor seria se ele cantasse ao vivo, mas era meio impossível disso acontecer, mesmo que ele viesse.

– Eu adoraria ter atendido ao Suga aqui... mas acho meio difícil ele vir justo à essa lojinha, mesmo que estiver em Daegu, não acham? – comentou. Thomas pareceu satisfeito com a resposta, enquanto as outras meninas apenas resmungaram chateadas. – Mas é verdade que eu atendi uma pessoa famosa aqui... – continuou ela. O sorriso no rosto de Thomas desmanchou imediatamente, enquanto as meninas levantaram as cabeças, esperançosas. Apenas Micha continuou séria.

– Ele não é famoso, mãe.

– É sim! Todo mundo da minha idade o conhece nessa cidade. E ele também faz rap. Por isso que você o confundiu, filha. – contou. – Eu o vi de novo sábado enquanto vocês estavam no retiro. Somos amigos, agora. – mentiu.

Encarou o rosto curioso das crianças e a cara de descrente da própria filha e suspirou. Não era nem para eles estarem ali, para começo de conversa. Muito menos esperando um idol que todo mundo sabia que não podia aparecer livremente em público sem ser perseguido. Estava falando a toa ali.

– Já está na hora de irem para casa.

Todo mundo resmungou ao mesmo tempo.

– É isso mesmo. Para casa todo mundo. Thomas, você acompanha a Micha até em casa? – perguntou se dirigindo ao menino.

– Claro, ahjumma.

– Ah não, mãe! Deixa eu ficar mais um pouco!! – protestou a menina.

– Nada disso. Para casa. E não pense que não vou ficar esperando você entrar daqui. Anda, para casa, mocinha. – falou pegando as coisas dela e enfiando na mochila. – Vocês também, meninas. Quando chegarem me mandem mensagem para eu poder saber que chegaram.

Esperou uma a uma refazer a mochila e sair. Não cedeu a nenhum dos resmungos delas e muito menos de Micha, feliz por Thomas estar ali para poder acompanhá-la até em casa. Mas não conseguiu esperar que a filha e o garoto entrassem no prédio como havia prometido.

Havia clientes na lojinha e ela precisava trabalhar. Depois de atender ao ultimo senhor que havia entrado antes das meninas saírem, pensou em conferir a portaria do prédio se Micha havia chegado, mas não teve tempo. A sineta da porta voltou a tocar, lembrando-a de que tinha que trabalhar e ali, meio perdido e meio curioso, estava August.


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Vocabulário

Ahjumma (아줌마): mulheres mais velhas geralmente nos seus 35-50 anos. 


Nota da autora: gente, capítulo mais curto, mas porque eu tive uns problemas para escrever essa semana. Logo sai outra atualização (provavelmente domingo), acho que consigo voltar ao normal até la. Boa leitura <3

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