Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Cypher 1

Ainda contrariando todas as expectativas criadas em cima dele, Min Su levou Greta para o local de encontro usando o transporte público. Aos poucos ela foi relaxando os ombros e começando a se sentir mais confortável na presença dele. Não conseguia evitar reparar nas semelhanças com Suga, mas não conhecia nada sobre o idol além do que era mostrado pela mídia e ela captava através da filha, tudo o que tinha era uma ilusão criada depois de duas músicas num show e dois encontros aleatórios no trabalho. Min Su, nesse ponto, era mais realista e chegar a essa conclusão fez com que ela começasse a relaxar.

Ficou esperando que ele perguntasse mais coisas sobre Micha, mas ele não tocou mais no assunto e como se não se importasse com nada além do prazer de estar com ela. Sentaram-se juntos, no fundo do ônibus, ele constrangido por não poder levá-la de carro, ela sem jeito porque ainda pensava nas perguntas que ele faria sobre sua filha.

– Então, Gleta-ssi. O que gosta de comer? – perguntou depois de passarem por quatro quarteirões no mais absoluto silêncio.

– Comer? – perguntou confusa. Achou que estivessem indo tomar um café casual. Sentiu um calafrio de medo. Fazia anos que não tinha um encontro com direito a jantar e o pacote completo, não sabia mais como agir nessas situações.

– Mudei um pouco nossos planos... – explicou ele sem jeito, exibindo um sorriso amplo e sincero. – Quero te levar para comer num lugar legal que conheci esses dias... espero que não se importe. – falou cheio de expectativa no olhar.

Greta avaliou o rapaz com atenção, ignorando a proximidade imposta por sentarem juntos no ônibus. Ela não tinha comido ainda... tinha planejado pedir algum doce calórico durante o café e depois dormir anestesiada pelo açúcar consumido, mas não tinha certeza sobre um jantar. Não se sentia segura em encontros com jantares, foi num encontro desse tipo que Micha foi gerada. Ele desviou o olhar, inseguro, mas ainda sorrindo. O silêncio se prolongou por um tempo enquanto ela se decidia se confiava nessa mudança de plano ou não, deixando-o mais inseguro ainda.

– Tudo bem a mudança, Gleta-ssi? – perguntou finalmente. O estômago dela respondeu pelos dois e Min Su explodiu numa gargalhada alegre que fez com que ela acabasse rindo também. – Acho que isso foi um "sim". – comentou apontando para a barriga dela e rindo. Greta a cobriu com as mãos e riu também.

– Aonde vamos?

– Surpresa... – respondeu com um sorriso enigmático. – Estamos quase chegando... gosta de comida coreana, né?

– Eu moro aqui tem doze anos. – riu-se ela. – Amo. Não se preocupe. – respondeu. Não queria admitir, mas estava completamente descontraída e confortável.

A frase dela foi o suficiente para começarem um longo papo sobre o que mais gostava na Coreia e o que mais sentia falta no Brasil. Greta tentou ao máximo se limitar apenas às coisas boas dos dois países, seguindo as sugestões involuntárias dele para que a conversa e a descontração não enfraquecesse ao longo do caminho.

Nenhum dos dois percebeu o táxi acompanhando o ônibus tão de perto que as janelas dos veículos chegavam a ficar lado a lado. Micha estava toda coberta com um moletom da mãe e uma máscara preta que vivia usando quando queria fugir de Thomas. O garoto estava ao seu lado, confuso por ter que participar daquela empreitada. Nari estava logo ao lado, confusa por descobrir que sua única função como "adulta" da situação era apenas financeira. Era ela quem ia pagar a corrida de táxi.

– O que pretende fazer, Micha? – perguntou olhando de relance para a sombra de Greta e August dentro do ônibus.

– Improvisar. – respondeu a menina sem olhar para ela, vidrada na cena que desenrolava dentro do outro veículo.

– E o que ele veio fazer junto com a gente? – perguntou Nari apontando para JiYoung. Micha finalmente olhou para os dois.

– Não sei. Ele pode ser útil. E se ofereceu para me ajudar. Não foi, oppa?

– Não me ofereci coisa nenhuma! E pare de me chamar de oppa, pelo amor de Deus, vai ser difícil me acostumar. – falou o menino cruzando os braços. A verdade é que ele iria mesmo que Micha não pedisse, estava tão curioso quanto ela e não tinha quase nada para fazer naquele horário. Mas jamais admitiria isso em voz alta. – Ahjumma, ela me trouxe para ser o bode expiatório se a mãe dela pegar a gente. – respondeu ele para Nari.

A moça fingiu não o ouvir chamando-a de ahjumma daquele jeito. Sentiu-se muito velha por causa daquela simples palavra. Trocou um olhar de desespero com o motorista que a encarava pelo retrovisor, atento àquela conversa esquisita. Ela começava a se arrepender de ter entrado naquela com a menina. Tinha imaginado que ela fosse dar um jeito de impedir Greta de ir ao tal encontro, mas agora estavam não apenas seguindo a moça, como também o faziam sem plano nenhum.

– Eu vou ficar doida... – sussurrou massageando uma têmpora.

– Moça, eles desceram, devo continuar seguindo o ônibus? – perguntou o motorista, atento ao movimento do casal tanto quanto os passageiros.

– NÃO! VAMOS DESCER TAMBÉM. PARE ALI. – gritou Micha apontando para um parque no quarteirão anterior ao ponto onde a mãe havia descido. Estavam no centro e ela reconhecia aquele bairro, só não lembrava o motivo. Desceu sem ouvir o homem dizer o preço da corrida. Nari pagou e seguiu a menina e seu melhor amigo de perto.

Ela reconheceu o bairro e o parque no mesmo instante em que recebeu uma mensagem no celular. A primeira coisa que pensou foi que Greta os havia visto e estava furiosa com ela por ter saído de casa com Micha e Thomas. A segunda coisa foi relacionada a sua mãe. Mas nada, nada no mundo havia preparado seu coração para a mensagem que leu.

"Estamos em Daegu".

* * *

Toda a leveza que Greta tinha ganhado no ônibus no caminho todo até ali sumiu ao perceber onde estavam. Começou a se sentir mais desconfortável do que nunca porque aquele bairro, aquele parque, aquela rua significavam um único lugar possível, o restaurante onde tinha sofrido racismo. Mais exatamente o restaurante cujo dono era irmão do Suga.

Começou a atrasar o passo, receosa de como a vida continuava lhe pregando peças mesmo fugindo de um mundo de ilusão e caindo de cabeça na vida real. O destino continuava fazendo com que passasse por situações estranhas que a faziam questionar as escolhas que fazia. Min Su mal percebeu a apatia e as respostas monossilábicas da moça, tão empolgado que estava em poder levá-la ali, um dos restaurantes mais bem cotados da cidade. Sorriu para o maitre assim que Greta o alcançou a entrada do restaurante.

– Temos uma reserva. – falou abraçando a cintura de Greta apenas para garantir que o cara entenderia que aquela mulher linda estava com ele. Mas o rapaz bem vestido e bem maquiado sequer olhou para ele. Estava com os olhos presos na moça que insistia em olhar para baixo, tentando esconder o rosto com as tranças. De alguma forma ela parecia familiar, mesmo que ele nunca tivesse visto um cabelo daquele estilo pessoalmente, o rosto, a postura e brevíssimo brilho de ódio no olhar foi muito familiar. Foi só então que Min Su percebeu o quão desconfortável ela estava parada ali. Sem querer ele se lembrou da noite no Porão e começou a se culpar. – Gleta-ssi? – chamou.

– Não temos mesa. – falou o maitre reassumindo sua arrogância de sempre ao finalmente perceber que tinha visto certo, era mesmo a moça do outro dia.

– Não tem... Mas eu fiz uma reserva e aquela mesa ali está livre e com uma etiqueta de reserva. – apontou Min Su, assumindo seu ar mais ameaçador, o mesmo que usava no palco do Porão.

Greta não esperou que o garoto voltasse a argumentar sobre a falta de mesa, foi direto para a que foi apontada por August – porque agora, mais do que nunca, era essa a postura dele ali. Foi seguida pelo maitre de perto, mas pegou a etiqueta da reserva antes dele alcançá-la. Ele parecia, de repente, assustado.

– É para outro cliente! – falou. Greta tentou não parecer azeda demais ao finalmente olhá-lo nos olhos.

– É? – arqueou uma sobrancelha e lendo finalmente o nome impresso ali. – Aqui diz Park Min Su e convidada. – mostrou para August. – Não é seu nome?

– Por um acaso é. – respondeu se aproximando e encarando o garoto de perto. Era maior que ele em quase todos os sentidos e isso também passou pela cabeça do maitre.

– Eu-eu... devo ter me confundido, senhor. Sinto muito. – respondeu fazendo uma levíssima reverência e fazendo menção de se afastar.

– Antes de ir. Traga-me o cardápio e a cartela de vinhos. – respondeu Min Su segurando-o pelo colarinho atrás da cabeça antes que ele saísse de cena. Arrumou o uniforme do garoto, apertando a gravata mais do que o necessário. – Espero ser muito bem atendido. Estamos entendidos? – perguntou olhando-o no fundo dos olhos.

– S-s-sim senhor.

Greta queria sair dali. A possibilidade de receber qualquer comida com cuspe era muito grande agora que o maitre a reconheceu. Não queria ter que passar por outra situação racista, não quando deveria estar se divertindo e conhecendo melhor seu acompanhante.

– Quer ir embora, Noonim? – perguntou Min Su lendo corretamente a expressão dela. Mas Greta não respondeu. Depois de toda aquela cena dele defendendo-a daquele imbecil, ficou sem jeito de sair assim, cortando qualquer possibilidade da noite dar certo.

– E se ele nos servir comida estragada? – perguntou insegura, ainda de pé ao lado da mesa.

– Isso não vai acontecer, não se preocupe. Esse lugar tem nome e reputação altíssimos. Nunca ouviu o ditado de "quanto maior a altura, maior a queda"?

– Tem certeza...?

– Confie em mim, noonim. Vamos ter um jantar excelente e, se minha intuição estiver certa, ainda vamos nos surpreender positivamente com o resto da noite. – argumentou ele se aproximando e tirando a jaqueta dela para que ela pudesse se sentar.

Tentou em vão ignorar o colo bonito, ornado com tatuagens delicadas. Quanto mais via, mais gostava do que estava vendo e acabou esquecendo a pequena cena que tinham vivido há pouco. Greta sentiu o frio do ar-condicionado arrepiar sua pele, mas não protestou. Seguiu a deixa e se sentou quando ele afastou a cadeira para ela. Não estava acostumada a ser tratada com tanta delicadeza. Todos os outros clientes a encaravam, assim como os garçons e o metre. Era como se fosse uma alienígena.

– Acho que vou precisar fingir que não sei coreano, assim vão me tratar como turista e não como alienígena. – sussurrou brincando.

– Então vamos fingir que eu entendo português. Eu te pergunto em coreano e você me responde na sua língua, o que acha?

– Vai ser no mínimo engraçado. – sorriu ela. Pelo menos ele estava se esforçando ao máximo e isso contava muitos pontos. 

**********************************************************************************************

VOCABULÁRIO:

Oppa  = Mulheres falam para homens mais velhos

Noonim (variação de Noona) = Homens falam para mulheres mais velhas

Ahjumma = mulher de mais idade, senhora.

Nota da autora: Quase que eu esqueço que hoje é sexta e não sábado. 

Bom feriado. <3

 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro