Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 08

As grades dos portões da escola eram enormes e feitas de aço fundido, cobertos por uma tinta branca, que começara a tomar uma coloração amarelada devido às ações do tempo. Sentei-me no antepenúltimo degrau da larga escadaria cimentada, que levava para a grande porta dupla, em forma de arco, do corredor principal, e puxei a mochila das costas, passando-a para o meu colo ao dar mais uma conferida, olhando por cima do ombro, a fim de verificar se Thomas já tinha saído da aula.

Sacodi a tira da alça ao constatar que estava praticamente deserto. Puxei o celular do bolso pequeno da frente da mochila jeans, personalizada com flores coloridas e estampadas, drapeadas, e um "N" maiúsculo com letra enrolada bordado em paetês cor de rosa, e mexi na tela, abrindo na caixa de mensagem, preparando-me para digitar um texto direcionado à minha mãe.

"Vou ficar na biblioteca estudando. Beijos."

Não demorou muito para que meu celular vibrasse, e uma resposta fosse notificada.

"Tudo bem, amor. O meu plantão só acaba às 19h. Tem comida pronta na geladeira."

Respirei fundo outra vez, analisando aquelas palavras. Ela deveria ser assim tão carinhosa comigo mais vezes.

- Nina... - Thomas disse ao se sentar ao meu lado e empurrou o ombro contra o meu.

Enxotei os pensamentos que giravam ao redor da minha mãe, e retribuindo o gesto sem medir a força, soltando uma gargalhada, dando-lhe um empurrão e ele gargalhou depois de resmungar, esfregando onde ocorrera a colisão.

A graça passou, e ele apoiou os cotovelos nas pernas, esfregando as mãos uma na outra, o que me fez reparar os dois anéis que ele carregava na mão esquerda. Um no dedo anelar e o outro no mindinho.

Guardei o celular novamente na mochila, e esfreguei a minha cabeça no ombro, quando ele ficou quieto por tempos demais. Isso me fez sacodir a perna ao tentar saber o que ele estava pensando enquanto olhava para o próprio pé.

- Você quer ficar na biblioteca? - Perguntei depois de um tempo, passando o dedo polegar de uma mão no anelar da outra.

- Eu tenho uma ideia melhor. - Informou, erguendo o olhar das mãos para mim. - Minha casa tem uma biblioteca enorme, podemos ir para lá e passar à tarde estudando.

Suspirei desanimada antes de me pronunciar.

- Eu estou com muita dificuldade em estequiometria. Aquelas coisas com os números de mols estão me deixando perdidinha. - Assumi, respirando fundo, e Thomas deixou uma risada complacente vibrar em seu peito. - Eu prefiro escrever cem páginas dissertativas a ter que resolver uma questão de química. - Comentei ao revirar os olhos.

- Eu também não gosto muito, mas é isso ou reprovar... - Rebateu parecendo conformado, levantando-se do degrau ao bater as mãos nas coxas. - Agora vamos, chega de reclamar! - Decretou, puxando o meu braço ao me conduzir para fora da escola.

Era a primeira vez que colocara os pés na casa de Thomas, e tenho que confessar que o que vi me tirou o fôlego. Eles tinham muito dinheiro e isso fico bastante evidente quando admirei a fachada exuberante da casa enorme. O chão nada mais era que uma grama verde viva e aparada. Um caminho de bromélias roxas estendia-se do muro da casa até a parte mais alta, onde ficava a escada de cinco degraus. O jardim continuava na parte acima, mais a frente, com árvores podadas em formatos circular, dando uma vista geométrica e panorâmica para janelas de vidros quadradas que iam do teto ao chão.

Thomas segurou-me pelo braço, e agora me puxou para dentro da casa. Nós ultrapassamos a grande porta de vidro e percorremos todos os cômodos amplos tão rápido, que tudo não passou de um borrão. Em seguida, ele empurrou a grande porta dupla com as duas mãos, e as prateleiras que cobriam as paredes do teto ao chão me deixaram impressionadas e completamente sem palavras.

Empurrei os óculos com o dedo indicador, acomodando-os mais próximo do meu rosto a fim de visse melhor o lugar.

- Nossa! - Exclamei, seguindo-o para dentro do cômodo, deslizando a porta dos dedos pela mesa bruta de carvalho que, ficara bem centralizada.

Eles eram ricos. Na verdade, podres de ricos - e isso era meio óbvio agora. Ele estudava num colégio de gente rica, tinha amigos ricos. Se vestia como um garoto rico, e isso me fez pensar nas minhas atuais condições: se os meus pais precisassem pagar o preço cheio da mensalidade - que, a propósito, era de quatro dígitos - eu nunca o teria conhecido.

Thomas agarrou-se na madeira de uma escada de apoiada a estante e subiu por ela até alcançar a terceira prateleira de cima para baixo, e puxou um livro de capa dura de lá.

- Como você sabe onde eles ficam? - Questionei, erguendo a cabeça para observá-lo de baixo para cima.

Ele desdeu os degraus, segurando a escada com as mãos e voltou de lá com o livro de capa dura e vermelha. O símbolo de um elétron desenhado em tinta dourada fez-se destacar.

- Eu organizo - informou - e eu acabei me acostumando. Não é tão difícil quanto parece.

Ergui o olhar, analisando a biblioteca grande. Daqui do centro dava para perceber que havia dois andares de puro livro.

Era de tirar o fôlego.

Rodei a sala e apontei para a lombada preta de um livro que considerava ser um dos meus favoritos.

- Então, o que temos aqui? - Desafiei-o.

Ele o peito dele vibrou com a risada e ele arqueou as sobrancelhas ao cruzar os braços.

- O que eu ganho se eu acertar? - Incitou, mantendo-se no mesmo lugar.

Puxei-o da prateleira e folheei algumas partes. O cheiro era maravilhoso e a edição era a de colecionador, limitada.

- Eu não sei. O que você quer? - Contrapropus, me divertindo com a brincadeira.

- Se eu acertar, você fica me devendo um favor?

Ergui o olhar do livro para ele com uma boa dose de desconfiança.

- Tudo bem, desde que não seja nada que me arranje encrenca.

- Certo! Clube da Luta.

- Como você pode ter tanta certeza? - Provoquei-o, escondendo o livro atrás de mim.

- Seja uma boa perdedora e aceite. - Ele sorriu, puxando o material escolar da mochila. - Eu te disse que sabia.

P

Thomas estava sentado ao meu lado, à direita na mesa da biblioteca, e eu analisava as minhas anotações no caderno, quando a mão dele esbarrou na minha. A minha garganta se contraiu com o toque e eu desviei o olhar das contas e das enormes reações que precisava balancear, fixando-o em sua mão e depois no rosto dele. Os olhos azuis adquiriram um tom intenso de turquesa e o meu peito estremeceu com tamanha beleza. Foi preciso algum tempo para que me recuperar totalmente e conseguisse controlar todas as ondas elétricas que se espalhavam pelo meu corpo e incendiavam as minhas bochechas. Tratei de baixar jogar um balde de água fia nas minhas emoções e foquei em voltar a atenção às atividades.

Fazia uma semana que Thomas e eu tínhamos começado a estudar juntos, e mesmo sabendo que ele e eu somos apenas amigos, a presença dele ainda me causava uma grande confusão. Ainda não sabia lidar muito bem com as chegados dele, ou o que deveria fazer com as mãos, para onde olhar, sem que ficasse parecendo uma idiota, mas o simples fato de cumprimentá-lo pelo corredor do colégio quando passava por mim me deixava sem palavras. Sentia que as minhas bochechas iriam pegar fogo a qualquer momento. Ele me deixava muito nervosa, ainda deixa, na verdade. Mas na primeira vez em que ele falou comigo, a situação foi bastante humilhante para mim, porque eu só conseguia balançar a cabeça e sorri. Ele é bonito, do tipo que faz todas as garotas suspirarem, mas não é só isso. Ele é inteligente, educado e nossa! Tinha um sorriso de tirar o fôlego. Eu não conseguia tirar os olhos quando ele o exibia por aí. Thomas mexia comigo, fazia o meu coração se revirar dentro do peito e soltar fogos de artifícios, e para ser honesta, nem sabia ao certo porquê ele estava andando comigo ou sendo tão legal. Ele, com certeza, é muito mais gentil do que o pessoal da escola. Mas Fala sério! Eu sou uma das poucas bolsistas do colégio, e ainda sou a esquisita e atrapalhada, cujos óculos são redondos demais e tem poucos amigos. Eu sou excluída das festas de aniversário e ninguém dava à mínima. Nenhum garoto me chamava para sair.

Eu sequer, até o dia de hoje - no auge dos meus dezesseis anos - já tinha experimentado o primeiro beijo, e boa parte das garotas na minha idade já estavam até namorado. Então, brinquei com o lápis entre os dedos da mão direita, e apoiei o cotovelo sobre a mesa, escorando a cabeça no punho. Os cabelos compridos insistiam em cair por sobre os ombros e desciam até a mesa em cachos abertos nas pontas. Foquei, a princípio, no caderno, analisando a reação que acontecia, a fim de balanceá-la. Mas depois, acabei perdendo o foco ao mirar furtivamente Thomas compenetrado em sua atividade. O lápis se movimentava na mão dele em curvas do começo da linha até o final, e sem me dar conta, observei seus lábios corados, volumosos e arredondados no arco do cupido e pensei em qual seria a sensação de beijar a boca dele.

Que gosto ele teria?

Que sensação me provocaria?

Será que eu iria gostar?

Certamente, eu iria... - Pensei, chacoalhando o lápis de um lado para o outro, sem desviar o olhar dele. Já ouvi dizer pelos corredores do colégio que ele beija muito bem e pensando sobre isso, a minha curiosidade foi aguçada e uma vontade de tocá-lo precisou ser controlada.

A ideia de ter o meu primeiro beijo com ele fez o meu estômago se remexer de um jeito ansioso e animado, como se houvesse algo ali dentro. Esperava que fossem as tais borboletas que tantos livros de romance faziam questão de mencionar.

Os olhos de Thomas desviram-se da folha do caderno para mim repentinamente, pegando-me em flagrante admirando-o, e as minhas bochechas coraram na hora. O constrangimento desceu para a minha barriga em forma de friagem e quando ele abriu os lábios para falar alguma coisa, ergui-me da cadeira em puro constrangimento.

- Preciso ir ao banheiro! - Exclamei, impedindo que ele pudesse se pronunciar.

A tentativa de me livrar do constrangimento, e de um possível comentário do qual não poderia, certamente, me defender foi uma resposta pior do que se tivesse ficado quieta.

O destino consegue ser bastante traiçoeiro quando quer.

Aprenda uma coisa, Nina: Nada é tão ruim que não possa piorar, porque o meu tênis me condenou a uma vergonha memorável, quando enroscou entre o pé da cadeira em que estava e a dele, e com isso, me desequilibrei caindo para cima dele, de costas em seu colo.

Oh meu Deus!

A visão daqui era surreal. O meu estômago se revirou novamente.

Os olhos dele ficavam bem mais claros desse ponto. A luz que entrava da janela incidia diretamente sobre o rosto dele e o iluminava. A pupila dele se tornou um ponto tão pequeno que pude ter o vislumbre das riscas prateadas que havia ali. Os lábios dele se curvaram em um riso aberto, e abri um sorriso também, abaixando o olhar e contemplando os dentes brancos perfeitamente alinhados que ficaram à amostra. O ar me faltou, enquanto observava o rosto dele, uma obra de arte esculpida pelos deuses. Os lábios dele se fecharam, ficando mais sérios agora, e eu podia ver que seus olhos rolaram, abaixando para o meu rosto.

A tensão era quase palpável entre a gente, e uma corrente de eletricidade percorreu o meu corpo, e a minha nuca formigou. Ele também sentiu isso, porque seus músculos se tornaram mais tensos agora e pude sentir o meu rosto aquecer e com certeza as minhas bochechas estavam coradas.

Eu deixei uma risada constrangida escapar e ele se manteve com a mesma expressão compenetrada, fazendo a minha garganta se contrair quando umedeceu os lábios com a ponta da língua.

- Eu quero muito beijar você agora. - Avisou com a voz rouca, aproximando o rosto do meu, fazendo com que as minhas pernas falhassem e eu amolecesse de vez em seu colo.

Os olhos dele se fecharam, e os cílios espessos formaram uma linha negra que se tornava mais próxima, à medida que a boca dele vinha de encontro a minha.

Talvez ele não devesse ter avisado. - Pensei desesperada.

Com certeza ele não deveria!

O que eu deveria fazer? - questionei a mim mesma, pensando se deveria mover os lábios ou mantê-los parados. Eu queria muito beijá-lo. Eu podia dizer que esperava por isso desde o momento em que o vira pela primeira vez. No entanto, um outro lado meu, também não queria passar vergonha. Pensei em afastá-lo e sair correndo. Era o mais prudente. Mas o toque foi iminente e inevitável. A pele suave e úmida roçou os meus lábios, e eu simplesmente acompanhei o movimento, entrando-me ao gesto.

***

Gente, boa noite, e antes de mais nada: esse livro está ME DEIXANDO LOUCA!!
O que você está achando? Está gostando? Conta para mim, vou adorar a sua crítica construtiva.

O Samuca e o Thomas estão me deixando apaixonadas demais por eles e isso não é bom. Quer dizer, eles são homens incriveis, mas isso tá atrapalhando o final do livro kkkkkk

Espero que vocês curtam muito esse flashback da Nina e do Thomas, porque nós estamos apenas começando. Amo vocês e até aproxima.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro