Nas noites de maresia, em que sinto a brisa cobrir meu rosto
Por entre ares que escorrem num sorriso corrente
Ao quebrar das ondas , se desfaz todos os desgostos
E eu sou alicerce, onde se finca os devaneios da mente.

Lá do alto eu vejo uma torre sublime , bem além da escuridão .
Os passos falsos na areia à caminho de uma miragem,
Não era um farol diante da temível imensidão
Mas sim, ilusões inertes , que na cabeça se tornaram alardes.

Uma bagunça constante dentro do subconsciente
Não sabia discernir , o que era luz naquele fundo obscuro
Por mais que eu não quisesse mostrar , o desespero era aparente
E aqui estou eu , perdida , por meio de sonhos noturnos.

-EU QUERO ACORDAR!

Há algo que lateja em mim , numa força maior
Talvez seja as ondas , que eu não sei nadar
Ou ainda numa circunstância melhor
Eu esteja só , nessas sombras.

-EU PRECISO ACORDAR!

Para voltar a brilhar de novo o sol ,
Mas enquanto isso , eu sou o farol
Que ilumina as noites mais tenebrosas.

-Desde aquele momento eu comecei a diferenciar o que era luz e o que era escuridão , e nunca foi tarde demais para começar a acordar.