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Capítulo 53

Jimin e acordou e não encontrou Jungkook na cama. Levantou e o procurou pelo apartamento. Nada dele.

Ele foi embora sem se despedir? Será que ele foi pra casa ou simplesmente resolveu desaparecer outra vez?
Se ele tivesse ido para casa falaria comigo antes de ir. Ele só não se despede quando...

- Jungkook...você não fez isso comigo de novo. Não é? - murmurou sozinho com o coração apertado e os olhos marejados. - Por favor...

A campainha tocou e Jimin engoliu o choro. Não queria dar a ninguém a ideia de que Jungkook possivelmente já o tenha magoado de novo.

- Bom dia, Jimin-ssi! - Jimin deu de cara com o maravilhoso sorriso de Jungkook. - Eu não queria te acordar, mas sai para comprar nosso café da manhã e só na volta me lembrei que não tenho a senha da porta. - sorriu brincalhão. Jimin deu um longo e alto suspiro, as lágrimas soltaram de seus olhos e ele se agarrou a JK como um coala em uma árvore. - Jimin-ssi, o que houve?

JK o abraçou sem jeito, pois estava com duas sacolas e um suporte reciclável com dois copos de café.

- E-eu...- fungou.

- Tudo bem, se acalma. - o alfa lentamente foi caminhando para dentro do apartamento com Jimin ainda grudado nele.

Conseguiu se aproximar o suficiente do balcão da cozinha e esvaziar suas mãos.

JK o afastou um pouco, mas só o suficiente para olhar em seus olhos e afagar sua bochecha.

- Consegue me dizer agora o que houve?

- Eu acordei e você não estava aqui, então pensei que...- JK secou suas lágrimas, mas elas voltaram a preencher o local. - Você jura que nunca mais vai me deixar?

O coração de Jungkook apertou no peito. Sabia que não havia sido fácil para Jimin as duas vezes em que ele o abandonara. E agora ele estava ciente do trauma que lhe causara com tais imprudências.

- Escuta, Jimin-ssi, - ele segurou o rosto do ômega com as duas mãos e encostou sua testa na dele. - eu sei que não será da noite para o dia que você vai conseguir confiar que eu nunca mais vou te deixar, então só há uma maneira de provar isso a você. - Jimin o olhou nos olhos, ansioso por suas palavras. - E é nunca mais sair do seu lado.

Jimin o beijou intensamente e sem paciência alguma foi despindo JK de cada uma de suas peças de roupa.




O corpo do alfa arrepiava todo a cada toque que seu ômega deixava em sua pele. Ele não conseguiria se segurar por muito tempo, afinal de contas, era uma tarefa quase impossível para ele resistir a seus feromônios.
Ele friccionava sua pélvis contra a o outro, e ouvir seus grunhidos o enlouquecia ainda mais.

- Puta merda! Que tesão do caralho! - sussurrou sôfrego no ouvido do ômega.

Não era muito difícil saber como chegaram a esse ponto. Um simples beijo, que vinha carregado de muito carinho e ternura, logo se tornou afoito e necessitado. Não demorou nada para que um mínimo de fração de feromônios fosse exalado pelo ômega e o alfa se sentir condenado.

Como foram parar na cama? Nenhum dos dois se lembrava. E na verdade, nem se importam em saber, isso não era relevante naquele momento.

Principalmente quando Hoseok sentia a mão de Yoongi por dentro de sua roupa, apalpando com veemência sua bunda.

- Yoongi...- gemeu Hobi.

O alfa deslizou a mão por entre as nádegas dele e quando seu dedo tocou sua entrada, e ele a sentiu extremamente molhada. Seu pau latejou, seus pelos ericaram pelo corpo e seu animal interior desejou fodê-lo do jeito mais selvagem que pudesse.

Ele deixou seu pescoço, apoiou-se nos braços se afastando de Hobi e jogou-se na cama ao lado dele.

- Merda! - murmurou levando as mãos ao rosto.

- O que houve Yoongi? - Hobi questionou atordoado pelo súbito contato interrompido.

- Eu não...consigo.

Por mais que Suga chegasse muito perto de perder o controle com JHope, ele conseguia não quebrar a própria promessa. Talvez, mesmo se quisesse, sua mente não deixaria.

Ele sabia que Hobi era diferente, que não era só mais um ômega do qual ele iria foder e depois nunca mais se veriam. Yoongi já sabia bem como JHope era, um romântico que esperou a vida toda por um príncipe encantado. Ele estava bem longe de ser um, mas faria as coisas da forma que o ômega sempre sonhou. E fodê-lo de forma selvagem com certeza não era uma delas. Ele seria paciente e daria ao seu ômega uma primeira vez do jeito que sempre quis. Mesmo sendo constantemente torturado pelos feromônios do ômega e seu desejo louco que beirava o sobrenatural.

- Não...consegue? - JHope se virou para ele confuso. - O que isso quer dizer? - as ideias erradas começavam a surgir em sua mente.

- Você precisa descansar um pouco. - Yoongi se afastou de Hobi sentando na cama, quando ele tentou tocar-lhe. - Passamos a noite toda acordados e ainda teve toda aquela neve. Não quero que fique doente.

Ele levantou colocou de volta sua camisa e a blusa de moletom.

- Eu preciso fazer uma ligação. Volto depois. - Yoongi saiu do quarto e Hobi se sentiu perdido sentado na cama.

Será que, ele age assim por causa do vínculo, mas não me acha atraente o suficiente para ir em frente? - pensou triste.


- Porra! Não podemos ficar sozinhos desse jeito até que...- ele ouviu seu celular tocar em cima da mesa em que fizeram a refeição a poucas horas.

Ele pegou o celular e atendeu.

- Não me diga que está com problemas, pois não é o único. - caminhou até a janela e colocou a mão no bolso.

- Não. Dessa vez nada de problemas, está tudo bem por aqui. Na verdade, está tudo ótimo.

- Posso concluir que sua noite saiu como esperado.

- Melhor do que isso, Jimin e eu estamos nos acertando.

- Isso é ótimo!

- E como está a viagem? Como esperado?

- Alguns contratempos, mas nada que eu não consiga resolver.

- Contratempo? Está tudo bem com o JHope?

- Ele está bem, não se preocupe.

- Entendi. - JK deu um sorrisinho. - Achei que essa viajem seria como uma lua de mel pra vocês.

- Não. Mas eu não posso demorar em ter uma de verdade. As coisas estão ficando bem complicadas pra mim.

Jungkook já havia ouvido de Yoongi seus preceitos sobre como agir com hobi, e ele esperava que o amigo conseguisse se manter nessas convicções, pois como um alfa vinculado, sabia o quão difícil isso pode ser.

- Então você pretende mesmo fazer o pedido?

- Sim. E estou rezando para não ouvir um não.

- Com certeza ele dirá, JHope é muito inteligente para aceitar se casar com alguém ranzinza como você. - JK debochou.

- Você já foi à merda hoje?

- Boa sorte, garanhão!

- Obrigado.

JHope ainda permanecia sentado na cama pesando nas questões do vínculo de Yoongi.

Ele falou do vínculo e eu nem havia me dado conta de o quanto isso pode ser complicado pra ele.

E se ele estiver vinculado com a pessoa errada? Isso pode acontecer?

Mas o vínculo só acontece quando você sente alguma coisa pela pessoa. Porém, não significa que eu seja atraente o suficiente pra ele.

E se ele acabar me deixando como o Jungkook fez com o Jimin, por não me achar suficiente pra ele?

- Não, isso não pode acontecer! - desesperou-se. - Eu preciso fazer alguma coisa! Eu não seria forte como Jimin. Não suportaria uma dor como aquela.


Quase duas horas mais tarde Yoongi terminou de resolver suas pendências e foi ao quarto ver Hoseok. Ele entrou devagar e sentou-se na cama, acarinhou seus cabelos enquanto o ômega dormia.

- Porque seu rosto está vermelho assim? Esteve chorando? - cochichou. - O que poderia fazer você chorar? - aproximou-se e o beijou na bochecha. - Você precisa me dizer o quê ou quem faz você chorar e eu sou capaz de virar o mundo de ponta cabeça para que você nunca mais derrame uma lágrima. - confessou, ainda aos sussurros.



Jimin passou a tarde na casa de seus pais com Min-hee. Ele havia ficado de ir buscar a pequena mas acabou ficando a tarde toda.

Jungkook havia ido embora logo depois de comerem o desjejum e perguntou ao ômega se poderia voltar a noite. Jimin lhe disse que Min-hee voltaria para casa naquele dia, o que só fez com que o alfa ficasse ainda mais ansioso por voltar.

Jimin não viu motivos para lhe negar aquilo, já que, se eles tentariam acertar as coisas e ficariam juntos, Min-hee teria mais um motivo para passar a conviver com a presença constante do alfa.

Assim que chegou e tentou interagir com a menina, ela soltou um "pensei que ela' o Taetae vindo vê' Hee" e o ignorou por completo.

A menina pediu para ficar em seu quarto junto com suas amiguinhas Elsa e Anna. Jimin não tinha como lhe negar isso.

Depois de deixar Min-hee no quarto, Jimin voltou para conversar com JK. Ele o encontrou sentado nem uma poltrona na varanda. O alfa estava com os pensamentos longe.

- Espero que não esteja pensando em desistir. - interrompe seu devaneio.

- Nunca! Isso não é algo que eu farei. Pelo contrário, estou pensando em como obter um mínimo de atenção dela.

- Sei que você vai pensar em alguma coisa. - Jimin deu apoio e JK pegou sua mão e beijou.

- Vocês são tudo o que importa na minha vida, e eu lutarei para mantê-los nela até o dia em que meu coração parar de bater! - beijou a mão dele outra vez.


Naquela noite, Songyon estava voltando para casa com Junghyun. Estava há poucas quadras. Para ser mais exato, havia acabado de passar em frente ao edifício em que Taehyung morava.

Junghyun encontrou alguns amigos e eles trocaram algumas felicitações natalinas e começaram a puxar assunto sobre o próximo semestre da faculdade. Songyon ficou alheia ao assunto, nenhum deles era conhecido dela e sequer faziam o mesmo curso, ou seja, ela não tinha como acompanhar a conversar.

Mais afastada do grupo, ela observava algumas pessoas transitarem pela rua. Não era tarde, mas já havia algum tempo que a luz do dia partira.

Há poucos metros de distância, ela viu uma criança sozinha, ela não desgrudava os olhos de um aparelho celular. Parecia estar procurando algum lugar específico, já que revezava o olhar com prédios em volta.

O que uma criança faz sozinha na rua a esta hora e tão pouco agasalhada? - se perguntava curiosa.

A menininha usava uma blusa de manga longa amarela, uma saia de pregas rosa com uma meia calça de lã azul algodão doce.

Songyon olhava cada vez mais fixo para a menina e foi se aproximando dela devagar. Havia alguma coisa familiar naquela criança.

- Você me lembra muito a...- pendeu a cabeça de lado e semicerrou os olhos. - Na verdade, você se parece com ela. - murmurava para si mesmo. - Você por acaso não seria a...- ela arregalou os olhos quando conseguiu vê-la claramente. - Min-hee!? - praticamente gritou, assustando a menina.

- Yonyon...- Min-hee ergueu os braços com os olhos marejados e a ômega correu para pegá-la no colo.

- Min-hee, o que você está fazendo sozinha na rua a essa hora? E sem um agasalho apropriado? - Songyon abriu seu casaco de forro duplo que eram 2 números maior que seu tamanho e Min-hee a abraçou antes dela envolve-lo protegendo a menina.

- Taetae nao foi vê' Hee hoje, então Hee veio vê' Taetae! - Min-hee chorou ao lembrar de o quão triste ficou quando Jimin lhe disse que ela não veria o beta naquela noite.

- Tudo bem...tudo bem. Fica calma, nós vamos ver o Taetae. Ok? - a garotinha assentiu com a cabeça no ombro da ômega.


- Calma, Jimin...eu sei...eu sei disso! Mas se desesperar desse jeito não nos ajudará em nada! - Taehyung conversava com Jimin no celular quando ouviu a campainha tocar e seguiu até a porta para atender. - Tudo bem, eu estou indo pr'aí. Me mantenha informado. Ok, ok! - finalizou a ligação e abriu a porta. - Songyon!? - ficou surpreso ao ver a ômega. - Min-hee?!!! - ele sentiu as pernas fraquejar ao ver a menina no colo dela. - Graças a Deus!! - suspirou aliviado.

- Desculpa aparecer assim sem avisar, mas tinha alguém que queria te ver.

- Taetae...! - Min-hee agitou os braços em direção a Taehyung.

- Onde você a encontrou? - pegou a menina dos braços de Songyon.

- Não muito longe daqui. Ela disse que estava procurando a sua casa.

- Hee quelia vê' Taetae! - agarrou-se ao pescoço do beta. Ele a abraçou forte e afagou suas costas.

- Ah, minha pequena...eu também queria ver você. - se afastou um pouco e olhou em seus olhinhos. - Mas você não pode sair desse jeito de casa à noite, muito menos sozinha. Você tem alguma noção de como Mimi está preocupado e desesperado atrás de você?

- Mimi tem amigo novo, e Hee tem Taetae! - voltou a abraça-lo.

Taehyung olhou apreensivo para Songyon, sabia exatamente do que ela estava falando.

Ele entrou em casa e Songyon veio logo atrás, fechando a porta.

Taehyung sentou no sofá com a menina no colo e assim permaneceu até que ela pegou no sono, ainda agarrada nele como se sua vida dependesse dele.

- Você está bem? - Songyon rompeu o silêncio.

- Acho que as coisas serão bem difíceis para o Jungkook. - pensou alto.

- Não é simples chegar na vida de uma criança e adquirir um lugar tão de repente.

- Eu não sou o pai dela, mas sempre a cuidei como se fosse a pessoa mais importante pra mim nessa vida. E na verdade ela é! - declarou passando os dedos pelo contorno da face da pequena, com um olhar triste e longe.

- Acho que ninguém dúvida disso. Nem o próprio Jungkook. - tomou a atenção dele. - Você é assim Taehyung, ama com uma intensidade avassaladora, com todo o seu ser. - observou. - E eu tenho certeza que ela também sabe de todo esse seu amor, e posso te garantir que é recíproco.

- Eu ia vê-la hoje, mas quando Jimin disse que Jungkook estaria lá, preferi não ir. - Songyon não disse nada. - Não que eu estivesse com ciúmes de vê-los juntos, mas em datas como essa é bom ficar ao lado das pessoas que amamos. E eu queria dar a eles esse espaço.

O beta pensou por alguns instantes e ainda pensou em dizer mais algumas coisas, mas campainha tocou várias vezes.

- Eles chegaram! - Songyon levantou e foi atender.

Jimin apenas cumprimentou Songyon brevemente e adentrou o apartamento. Encontrou Taehyung com Min-hee no colo. O ômega chorou.

Suas pernas fraquejaram e ele se ajoelhou enquanto seu corpo soluçava em um choro silencioso. Songyon e Jungkook sentiram uma tristeza ao ver o desespero em forma de lágrimas no rosto dele.

- Jimin-ah...- Tae ergueu a mão chamando Jimin para mais próximo. - Ela está bem! - assegurou. - Não se preocupe, ela está bem! - conteve o choro mas não as lágrimas.

Jimin pegou sua mão e a apertou forte. Andou de joelhos até ele, e o beta lhe entregou a menina.

Jimin a abraçou tão forte que temia acabar quebrando-a em seus braços.

- Mimi!? - Hee acordou e se agarrou a Jimin que chorou alto.


Taehyung e Songyon estavam de pé na cozinha observando Jimin sentado no sofá com Min-hee no colo, ela havia voltado a dormir. JK não saiu de perto do ômega em momento algum.

Ele passava levemente a mão nos cabelos negros da menina, e com a outra mão, afagava sutilmente o ombro de Jimin.

- Eu sinto muito por você, Taehyung, mas eles são uma família linda. - bebericou seu chá.

- Eu sei. - disse cabisbaixo e suspirou.

Jimin agradeceu inúmeras vezes por Songyon ter encontrado sua menina, abraçou fortemente seu amigo beta e se despediu dos dois. JK também se despediu de ambos e quando Tae os deixou na porta, o alfa o convidou para tomarem um café no dia seguinte, tinha algo que ele precisava conversar com Taehyung. Ele não viu motivos para negar, então aceitou e Jimin partiu para casa com Jungkook.

Voltou para dentro e ficou pensativo ao se recostar no balcão da cozinha. O que havia acontecido naquela noite tinha sido muito importante, ele sentia que precisava fazer alguma coisa, só não sabia o quê.

- Seu cérebro vai derreter de tanto que você pensa. - Songyon o tirou de seu transe.

- Desculpe, eu acabei...- a encarou frustrado.

- Você não precisa se desculpar. Sei que essa noite foi agitada e inesperada. - vestiu seu casaco. - Ninguém queria passar por algo assim.

- Agora eu estou realmente preocupado em como Min-hee vai encarar toda essa mudança.

Ela foi até ele colocou a mão em seu ombro.

- Eu sei que você vai dar um jeito de fazer tudo dar certo. - sorriu pra ele. - E você tem a todos nós, seus amigos para ajudar você, e claro, o Jimin e o Jungkook nesse caminho.

- Obrigado! - colocou sua mão sobre a dela, apertando carinhosamente. - Obrigado por tudo!

- Não precisa agradecer. Amigos são para isso, estar sempre ao nosso lado quando mais precisamos.

Amigos...tá aí uma palavra que os definiram muito. Foi aí que ele pensou que não deveria perder mais uma pessoa importante em sua vida.

- Songyon...- ele tirou a mão dela de seu ombro e a envolveu com as suas. - Sobre o que aconteceu na noite passada...

Ele ainda não se lembrava de como tudo se desenrolou até ele acordar essa manhã, mas de alguma forma queria fazer a coisa certa.

- Eu queria me desculpar por...- ele desviou o olhar do dela, não sabia pelo quê exatamente estava se desculpando. - pelo que houve.

- Eu sei que você deve estar arrependido pelo beijo e tudo mais, mas...- ela sentiu as bochechas esquentarem quando ele a encarou surpreso. - não se preocupe com isso. Tudo bem?

- Beijo...? - sussurrou.

- Não vamos deixar algo assim atrapalhar nossa amizade. - forçou um sorriso. - Sei que você está passando por um momento difícil e nós dois termos bebido e ficado tão próximos ontem pode ter feito você se perder um pouco. Então...

- Podemos apenas...fingir que não houve nada? - sugeriu. - ela o encarou de uma forma que ele não soube definir se estava decepcionada ou aliviada.

- Claro! - puxou sua mão da dele e agitou os braços como se tentasse espantar os pensamentos. - Nunca aconteceu!

- Obrigado! - ele respirou fundo e a abraçou.

Por alguns segundos ela não sabia que deveria retribuir seu ato de afeto, mas no fim o abraçou de forma carinhosa.

- Eu preciso ir agora. - se afastou dele. - Eu não avisei a Junghyun onde estou e ela não tem ideia do que houve. Não quero deixá-la preocupada. - seguiu para a porta.

- Tudo bem. - ele a acompanhou.

- Qualquer notícia que receber de Jimin, me avise. - abriu a porta e saiu.

- Não se preocupe.

- E...- ela se virou para ele. - Por favor, fique bem. Você parece cansado, deveria descansar um pouco.

- Eu farei isso. - o beta sorriu. Um sorriso que tendia a deixar as pessoas embasbacadas. Ela evitou permanecer encarando aquele sorriso, então desviou o olhar.

- Tchau, Teteco! - se despediu e rumou pelo corredor para o elevador.

Já fazia muito tempo que ninguém o chamava por aquele apelido. Taehyung nem se lembrava mais de quando foi a última vez que alguém o chamara daquela forma, mas sempre era para reconforta-lo em algum momento difícil que ele estava passando, e ser chamado assim o deixava mais calmo. Isso, certamente, ele não esqueceu.

Ele a observou chegar no elevador e entrar. Ela não olhou para trás. As portas se fecharam e ele não entendia o porquê, mas se lembrou de todas as vezes em que ela esteve ao seu lado, lhe apoiando e tentando lhe enfiar juízo na cabeça - mesmo que a seu próprio modo. Sentiu-se agoniado.

- Yoongi, esse lugar é muito bonito. - Hobi disse enquanto seus olhos percorriam o restaurante do hotel.

- Eu acho bem comum. - disse indiferente, encarando o cardápio.

- Você só pode estar brincando, né? - o encarou absorto.

- Você já escolheu o que quer comer? - fechou o cardápio e colocou sobre a mesa.

- Não. Eu estava distraído e...

- Então escolha. Precisa se alimentar direito. - entregou o cardápio ao ômega.

- Tudo bem! - olhou curiosamente cada prato disposto no cardápio.

Yoongi havia pedido um vinho. Eles degustavam a bebida enquanto aguardava seus pedidos chegarem. Conversavam distraídos e o alfa não conseguia desviar o olhar do sorriso alegre que JHope tinha nos lábios. Ele amava aquele sorriso. Na verdade, ele poderia jurar de pés juntos que não encontraria algo naquele ômega que o deixasse menos apaixonado. Sorrio bobo.

- Yoongi?! - ele sentiu o corpo retesar ao ouvir aquela voz. - Não sabia que ainda estava na cidade, você nunca passa muito tempo por aqui. - a mão pousou em seu ombro e JHope viu quando ele sutilmente se contorceu em sua cadeira para se livrar do toque. - Ora, você está acompanhando.

A mulher abriu um sorriso para Hoseok, que lhe devolveu um muito simpático.

- O que está fazendo aqui? - perguntou mal humorado sem ao menos lhe dirigir o olhar.

- Viemos jantar.

Imediatamente Yoongi se virou e viu o homem parar logo atrás dela. Suspirou cansado.

- Então procurem uma mesa bem longe das minhas vistas. - Hobi se surpreendeu com seu tom áspero.

- Não seja tão anti-social, Guinho.

- Não me chame assim! - disse irritado, porém baixo.

- Não importa quanto tempo passe, você nunca muda, não é? - o homem se manifestou.

Yoongi levantou rápido e fuzilou o homem com um olhar carregado de raiva.

- Eu sei que vocês adoram aparecer nas colunas sociais, mas creio que não vão querer que a notícia seja sobre vocês sendo expulsos de um restaurante. - ele encarava o homem sem piscar. - Estou errado?

- Por que você ainda perde tempo cumprimentando esse moleque mal agradecido. - comentou com a mulher.

- Ora seu...- Yoongi perdeu a paciência.

- Tudo bem...tudo bem! Nós já estamos de saída. - a mulher sorriu forçado olhando em volta para ver se não estavam chamando a atenção dos demais clientes. - Não se preocupe, meu querido sobrinho, - ela fez questão de enfatizar o parentesco. - você está ocupado e lhe deixaremos em paz. Mas você deveria nos fazer uma visita. - passou a mão pelo rosto de Yoongi que desviou rápido de seu contato. - Pense nisso. Bom apetite e boa noite. - encarou Hoseok e sorriu largo. O ômega sorriu sem graça.

Eles se afastaram e Yoongi voltou a se sentar. Visivelmente irritado.

- Yoongi, você não me disse que ainda tinha familiares na cidade. - Hobi curvou-se na mesa e cochichou.

- E eu não tenho.

- Mas...

- Será que podemos não falar sobre isso agora? Não quero que minha noite seja desagradável.

- Tudo bem.

O pedido deles chegaram e eles comeram em um silêncio desconfortável. Hobi não queria acabar tocando em algum assunto do qual o deixasse ainda mais estressado, ainda mais depois da situação que houve ali e sua mente fazia questão de permanecer no assunto e fazer perguntas das quais certamente Yoongi não lhe daria respostas no momento. Limitou-se a comer encarando seu prato e nem se dava conta de que estava bebendo mais do que deveria.

- Não acha que está bebendo muito? - o alfa levantou a questão.

- Desculpe, eu não ...

- Você não precisa se desculpar.

- Desculpe por...me desculpar. - evitava o olhar do alfa. Ele suspirou frustrado e recostou em sua cadeira.

- Eles não são pessoas das quais eu quero ter alguma proximidade e pra mim, quanto mais longe melhor. - tomou a atenção do ômega. - São apenas interesseiros e mesquinhos. Só sou da família quando eles precisam de dinheiro. - esclareceu.

- Sinto muito. - falou em um muxoxo.

- Eu já me acostumei. Por isso prefiro eles longe de mim.

Hobi não sabia o que dizer. Detestava o fato de saber que Yoongi tinha que lidar com esse tipo de sentimento e não poder fazer nada para muda-lo.


Aos poucos Yoongi conseguiu fazer com que Hobi voltasse ao seu humor extasiante de sempre e só assim ele também conseguiu relaxar. Não havia nada nesse mundo que não pudesse se dissolver por completo quando ele era iluminado pelo sorriso do seu sol.

Eles chegaram ao quarto com Hoseok em uma agitação incomum. Suas bochechas coradas e sorriso persistente só evidenciava o efeito do vinho, que Yoongi fez questão de não deixá-lo beber mais. Não o queria reclamando da ressaca e dor de cabeça no dia seguinte.

- ...e apesar de ser um beta, ele sempre vencia os outros alfas na popularidade entre os ômegas. - Hobi tagarelava sobre Taehyung ao que Yoongi adentrou o cômodo logo atrás dele.

- Interessante. - o alfa o ajudou a tirar o casaco.

- Acho que ele seria o alfa bonito que eu já conheci, se...- se virou para Yoongi. - ele fosse um alfa.

- Vou tentar não me sentir inferior depois disso.

- Eu não quis dizer que você não é bonito. - tentou remediar. - Na verdade é muito bonito. Quer dizer, o alfa mais lindo que eu já vi e, inacreditavelmente...- Yoongi arqueou uma sobrancelha. - está vinculado a mim.

- Inacreditavelmente?

- Sim. Eu sou só um ômega comum. Nem tenho nada de tão atraente, e não te culpo por me...evitar de certa forma.

- De onde está tirando essas idéias? - o sorriso de Hobi já havia desaparecido.

- Eu sei que você me evita por isso. E eu sinto muito que você esteja vinculado a mim. - disse de cabeça baixa. Temia olhar para ele e acabar chorando.

- Ei! - Yoongi colocou o indicador em seu queixo levantando seu rosto. Queria dizer aquelas palavras olhando em seus olhos. - Você foi a melhor pessoa que já conheci. - Hobi engoliu seco. - Não havia resquícios de vida na minha existência, só escuridão e trevas. E você chegou como o sol, iluminado tudo, cada cantinho mais sombrio que havia aqui dentro. - ele pegou a mão de Hobi e colocou sobre seu peito. - E esse vínculo foi, certamente, um presente divino.

- Yoongi...- quase não conseguia segurar as lágrimas.

- Eu amo você, Jung Hoseok, e nada mais importa pra mim nesse mundo.

Hobi passou os braços pelos ombros de Yoongi e o beijou com ternura e paciência. Havia descoberto que não importava o quão comum ele fosse, Yoongi ainda assim o amava.

Seu coração bateu acelerado no peito, transbordava felicidade. Já seu corpo, exalava uma essência que deixava o alfa desnorteado.

- Você está exalando feromônios. - advertiu o alfa. - Contenha-os ou eu não serei capaz de me controlar. - sorriu junto aos lábios do ômega.

- Então gosta dos meus feromônios? - brincou.

- Deveria ser pecado gostar tanto assim. - justificou.

- Você me acha atraente? - Yoongi afastou seu rosto para olhar em seus olhos.

- Que pergunta é essa? Porra, você faz ideia de o quanto eu tenho que me controlar quando estou com você? - Hobi piscou aturdido.

- Então, por favor...não se controle!

Yoongi suspirou, colocou a mão em sua nuca enfiando os dedos em seus cabelos e aproximou sua boca da dele.

- Caralho, assim você fode com o meu juízo! - tomou a boca do ômega em um beijo deseperado e ganancioso.

Hobi passeava suas mãos pelos ombros e costas dele o puxando mais para si, enquanto Yoongi o puxava pela cintura e explorava afoito a sua boca.

O alfa o encostou na parede próxima as portas do elevador e pressionava seu corpo contra o dele. A respiração ofegante de Hobi o deixava ainda mais excitado.

- Eu quero tanto ter você...- o alfa sussurrou contra o pescoço dele.

- Eu sou seu, todo seu, meu alfa!

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