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Capítulo 41

Jimin fez como Nam recomendou. Fez compras para os próximos dias através de um aplicativo e enviou mensagem para Taehyung, pedindo que ele não fosse para sua casa essa semana.

No final da tarde deu um banho morno em Hee, a alimentou e depois que ela dormiu a colocou no berço.

Jimin se sentia estranho. Pela manhã acordou bem tranquilo, a tarde recebeu Namjoon e teve algumas horas bem proveitosas. Mas depois que o alfa foi embora sua situação mudou bruscamente.

Ele sentia um calor absurdo, suava muito e já havia tomado 3 banhos desde então. Sentia-se meio mole, as pernas pareciam não ter muita firmeza e seu rosto estava vermelho como um pimentão.

Sem falar da "sensação estranha" que ele sente entre as nádegas. Por mais que tomasse vários banhos, se secasse por completo, ela sempre voltava a ficar "molhada".

Depois de finalizado o terceiro banho, ele encara seu reflexo no espelho embaçado do banheiro, suspira alto e passa a escova nos cabelos molhados. Mas não foi a única coisa molhada que ele sentiu em seu corpo. Ele deixou a escova sobre a pia, levantou a parte de trás de sua camisa - agora ele já não sentia a necessidade de usar as camisas de Taehyung, então voltou a usar as suas - deslizou a mão pela bunda, adentrando a cueca, levou-a até o meio e levemente passou um dedo por sua entrada.

- Nossa...- ele fechou os olhos ao sentir a área contrair suavemente.

Manteve o dedo ali, circulando vagarosamente a área.

- Isso é tão...- suspirou com a boca entreaberta. - bom! - sussurrou a última palavra.

Taehyung chegou em casa uma hora mais tarde do que de costume. Deixou a mochila em cima do balcão da cozinha planejada e tirou as meias, jogando-as em cima dos sapatos ao lado da porta. O chão estava fresco, então optou por não colocar os chinelos.

Era, também, costumeiro ele ir ao quarto de Hee sempre que chegava e hoje não foi diferente. Seguiu pelo curto corredor, abriu a porta do quarto da pequena e foi até o berço. Se ajoelhou e a observou por alguns instantes.

Ele queria que ela estivesse acordada para poder pegá-la no colo, ou simplesmente sentir sua mãozinha agarrar forte um de seus dedos, mas para isso, precisaria primeiro tomar um banho. Saiu do quarto do bebê e parou diante da porta a frente. Mas voltou a sala. Retirou o celular do bolso, vasculhou a mesinha ao lado do sofá e pegou o carregador, deixando o celular ali, carregando.

Pelo silêncio no apartamento, imaginou que Jimin estivesse dormindo. Voltou ao quarto, abriu a porta e entrou.

Seus olhos arregalaram imadiatemente ao ver Jimin sobre a cama.

- Ji... Jimin-ah? - foi a única coisa que consegui dizer diante da cena que presenciava.

Jimin estava com a cabeça enfiada no travesseiro, usando apenas uma camisa, a bunda elevada e dois de seus dedos entravam e saíam de seu "traseiro". Taehyung também ouvia os gemidos sôfregos que o ômega emitia contra o travesseiro.

- Taehyung...- o menor sentou-se na cama lentamente. - Que bom que você chegou. - o beta franziu as sobrancelhas.

Certo que masturbação não era um assunto constrangedor para ser debatido entre eles, mas ser flagrado no ato seria no mínimo desconcertante. Mas ao ver Taehyung parado junto a porta, Jimin sorriu. E era um sorriso peculiar, constatou o maior.

- Me desculpe, eu devia...- evita de olhar para o ômega. - Se eu soubesse que precisava de privacidade, eu teria demorado um pouco mais pra chegar...

- Taehyung...- ergueu a mão para o beta. - Vem aqui!

- Jimin-ah...

- Vem! - chamou com os dedos. - Preciso da sua ajuda.

Taehyung deu passos exitantes dentro do cômodo, mas alcançou a cama e pegou a mão de Jimin como foi solicitado.

- Minie, eu sinto muito por...- Jimin ficou de joelhos na cama, jogou os braços em volta do pescoço de Taehyung e o beijou.

Taehyung demorou para compreender o que estava acontecendo. Sabia que não se tratava de uma brincadeira, Jimin não faria isso com ele, por isso sua confusão persistiu por algum tempo até que ele finalmente fechou os olhos e passou as mãos pela cintura do ômega.

Jimin deixava leves chupadas nos lábios de Taehyung, era óbvio que não sabia beijar direito, não havia feito aquilo muitas vezes em sua vida, nem com muitas bocas diferentes como o beta.

- Taehyung, você precisa me ajudar. - se afastou um pouco do maior. Taehyung notou que ele falava de forma manhosa, e agora, de perto, percebia seu rosto corado e seus olhos levemente caídos. - Eu preciso muito de você!

Jimin colocou as mãos no abdômen de Taehyung e as deslizou até seu peitoral, fazendo seu corpo arrepiar.

- Jiminie...- Jimin tirou as mãos de seu corpo e levantou sua camisa, incentivando-o a se livrar dela. O beta não pensou duas vezes, queria muito sentir os toques do menor em seu corpo.

- Tae, me beija! - exigiu.

Taehyung colocou uma das mãos em sua nuca, olhou em seus olhos por um segundo, depois para os lábios avermelhados do menor, se aproximou, parou e no momento em que Jimin ergueu a cabeça, ele o beijou selvagemente. Sem exitação alguma enfiava loucamente a língua na boca do ômega.

Não era segredo pra ninguém os sentimentos de Taehyung por Jimin, e seria natural que ele se sentisse atraído sexualmente pelo menor. Mas naquela noite, tudo no corpo do beta gritava além de uma mera atração. Ver Jimin daquela forma o deixou embasbacado e excitado de uma forma que ele nunca pensou ser possível.

Taehyung deslizou a mão da nuca de Jimin até seu pescoço, encaixando-a abaixo de seu queixo, levantando a cabeça dele para explorar seu pescoço com a boca. A outra mão pressionava as costas do ômega, mantendo seus corpos com mais contato. Ele sentia o corpo de Jimin quente junto ao seu, assim como a ereção dele.

Jimin pegou no antebraço de Tae, baixou sua mão, levando-a até sua bunda desnuda. Ele apertou a carne macia de Jimin, mas o ômega empurrou mais sua mão ao centro de seu corpo. Quando a mão do beta estava onde o ômega queria, ele apertou os ombros de Tae, e então sentiu o dedo dele contornar sua entrada. Arfou.

Sentir aquele estreito buraco molhado daquela forma fez Taehyung gemer conta a pele de Jimin, e sua ereção latejar. Ele parou com as carícias no pescoço de Jimin, e observou a expressão em seu rosto quando enfiou um dos dedos em sua entrada. Jimin grunhiu algo incompreensível, Taehyung suspirou com a boca entreaberta.

- Taehyung...- suas mãos tateavam a pele do maior ao sentir o dedo dele se movimentar dentro de si. - seu dedo é tão bom...tão longo...

- Caralho Minie...- gemeu o maior.

Quando um segundo dedo o invadiu, Jimin marcou a pele de Taehyung com as unhas curtas.

- Mais...eu preciso de mais, Tae!

Jimin o afastou brevemente, se deitou na cama, puxando-o consigo. Tae sobrepôs seu corpo no dele, beijou sua boca sem delicadeza alguma e sentiu ele se remexer abaixo de si, se esfregando indecorosamente. Taehyung pressionou sua ereção na dele, foi aí que Jimin colocou a mão em seu abdômen, o afastou poucos centímetros e sua mão foi rápida ao escorrer por ali, adentrar sua calça e agarrar seu pau com destreza.

Dessa vez Taehyung não conseguiu conter o gemido agudo.

Os dedos pequenos e macios de Jimin, envoltos no pau extremamente duro de Taehyung começou a mastrurba-lo rapidamente ainda dentro da calça.

- Porra, Jiminie, devagar. Senão eu não consigo aguentar. - sussurrou no ouvido dele, segurando seu braço que o punhetava de forma deliciosa. - O que deu em você hoje, Minie? - beijou o pescoço do ômega enquanto sua mão explorava o corpo quente de Jimin por baixo da camisa, e a mão dele, agora parada, mais ainda envolta em seu pau, sentia cada vez que Taehyung se movimentava contra ela.

- Ainda bem que eu tenho você, Tae. - usou a mão livres para adentrar os cabelos do beta. - Eu não sei o que seria de mim nesse heat sem a sua ajuda.

Taehyung pousou a cabeça entre o ombro e o pescoço de Jimin. Seu corpo movia-se somente no ritmo se sua respiração ofegante.

- Heat? - cochichou. - Seu Heat chegou?

Jimin não respondeu, apenas beijou o pescoço dele, fazendo-o se arrepiar por completo.

Apesar de ainda estar excitado, Taehyung sentiu o desânimo tomar seu corpo junto com os arrepios que Jimin lhe causava.

Ele colocou uma mão de cada lado do corpo do menor e se afastou. Jimin ainda agarrado nele foi junto.

- Taehyung, o que houve?

- Jimin-ah, - tirou um braço de cada vez de seu pescoço. - você precisa se acalmar. - sentou-se sobre as próprias pernas.

- Eu não quero me acalmar, eu quero você Taehyung! - sentou-se também, beijou o rosto dele e desceu até o pescoço, tentando toma-lo de volta para si.

- Jimin!? - segurou a cintura do ômega na tentativa de conte-lo. Mas era difícil para Taehyung.

Nos últimos meses Taehyung aguardava pacientemente por uma chance de poder ter o Jimin na sua vida da forma que sempre desejou. Para cuida-lo, protegê-lo, satisfazê-lo e amá-lo como ele merecia.

Aí chega em casa, o pega na situação surpreendente que ocorreu hoje, estranhou. Mas era humano, e tendia a falhar, se deixou levar pelos próprios desejos e ignorou todo o resto que estava tão evidente.

Jimin não queria ele, Jimin queria alguém que podesse sanar sua natureza. Essa conclusão o entristeceu.

Ainda assim, ali estava ele permitindo que Jimin o tocasse, o beijasse, o enlouquecesse de todas as formas possíveis.

Sentia-se mendigando atenção, prazer e amor.

Não queria que as coisas fossem assim. Não quando seu peito apertava tanto por aquele não ser o seu Jimin.

Levantou-se rápido e ficou de pé ao lado da cama.

- O que foi, Tae, você não me quer?

Taehyung fechou os olhos com força e passou a mão pelo rosto.

- Jimin-ah, eu não posso. - Jimin se arrastou para a beirada da cama, passando a mão no corpo do beta. - Assim, não! - afastou a mão dele.

- Taehyung...- observou a expressão triste no rosto do menor, então se virou a foi até a porta. - Onde você vai?

- Fazer o que eu faço de melhor; proteger você. - tirou a chave da fechadura.

- Me proteger? Como assim? Me porteger de quem? - Jimin não entendia o sentido do que Tae dizia.

- Vou proteger você de si mesmo!

- O quê?

Taehyung não responde, abriu a porta, fechou depois de passar por ela e a trancou pelo lado fora.

- Taehyung!? - Jimin alcançou a porta e tentava abri-la. - Taehyung, o que está fazendo? - deu algumas batidas na madeira. - Abre essa porta! - indagava manhoso.

Taehyung colocou as costas contra a madeira e deslizou até o chão, sentando e encostando a cabeça nos joelhos.

- Taehyung, como tem coragem de me deixar aqui sozinho, nesse estado? - Jimin falava baixinho do outro lado. - Eu pensei que você me quisesse, que me amasse...

- E eu te amo, Minie, amo muito. - sussurrou do lado de cá enquanto uma lágrima quente traçava seu rosto.

Uma hora depois Taehyung estava sentado no sofá, ainda do mesmo jeito que saiu daquele quarto, usando apenas as calças.

Apoiou os cotovelos nas pernas, passou as mãos pelo rosto, enfiou os dedos pelos fios bagunçados e suspirou frustrado.

- Sua noite parece ter sido bem intensa. - Hoseok passa a mão pelas marcas das unhas que Jimin deixou em suas costas.

- Nem brinca com uma coisas dessas, Hobi. - observou o irmão sentar ao seu lado. - Como ele está?

- Acabou de dormir. - passou um braço pelo ombro do irmão. - Estou muito orgulhoso de você, Tae.

- Isso é um consolo? - arqueou uma sobrancelha.

- Não, isso é o que eu sinto agora. - sorriu brincalhão. - Sei que foi difícil pra você.

- O que eu não consigo parar de pensar é: por que ele reagiu daquela forma comigo? Eu sou um beta, não tinha como ele sentir nada do tipo por mim.

- Bom, a única coisa que eu sei é que ele é diferente, então não tenho como afirmar que ele se sentir atraído por um beta esteja fora de cogitação. - Hobi deita a cabeça no ombro de Tae.

- Isso me deixa bem confuso.

- Eu imagino, pois eu também fico. - Hoseok deixa um leve prensar de sua mão no antebraço do irmão. - E que bom que você é um beta.

- E por que isso é bom? - quis saber.

- Se você fosse um alfa não teria conseguido resistir aos feromônios dele. Estava muito intenso. E sei que ao acordarem amanhã, teríamos dois arrependidos. - Tae coloca a mão sobre a de Hobi em seu braço.

- Obrigado por ter vindo.

Depois de sair do quarto, e chorar silenciosamente no corredor, Taehyung ligou para Hobi pedindo ajuda. Não era o único ômega que conhecia, mas numa situação como aquela jamais conseguiria pedir ajuda a Songyon. Sentiria muita vergonha.

Mas Hobi, além de ômega era seu irmão, e ele, melhor do que ninguém entenderia as poucas palavras que conseguiu dizer depois de se sentir tão desapontado.

Por mais que desejasse mais do que tudo ter Jimin naquele momento, não seria por vontade própria do ômega, e sabia que ele sentiria-se péssimo no dia seguinte, o que só pioraria as coisas para Taehyung, pois seria um aproveitador. Apesar de não ter feito nada que incitasse o menor a tal ato.

Depois que JHope foi embora, Tae entrou silenciosamente no quarto, foi até o guarda-roupas, pegou uma coberta não muito grossa, se aproximou da cama e passou a mão pelos cabelos de Jimin.

Hobi havia lhe dado alguns de seus supressores e agora o ômega dormia como se nada tivesse acontecido.

Taehyung pegou o travesseiro ao lado do de Jimin e saiu do quarto. Foi até o quarto de Hee, e deitou-se no tapete ao lado do berço, com a mão para dentro, tocando a maciez da pele da bebê. Sentia-se confortável ali.

Na manhã seguinte, Taehyung sentia como se houvesse sido atropelado por um caminhão, não pelo corpo dolorido, mas pelo fato de não ter conseguido dormir quase nada. Sua mente não lhe deu descanso algum ao ficar repassando tudo o que havia acontecido naquela noite, assim como os porquês dele ter sido um alvo para Jimin.

Na cozinha, com Hee em seus braços, ele deixava a mamadeira já vazia na pia.

- Você é uma menininha muito gulosa. - sorriu carinhosamente para a bebê, que lhe devolveu um sorriso banguela. - É por isso que está crescendo tão rápido. Desse jeito não vamos conseguir aproveitar muito dessa sua fase, logo estará pentelhando por todo o apartamento. - ela emitiu um grunhido junto com uma risada fofa que deixou o beta abobalhado.

Jimin, que havia chegado na cozinha mas não teve sua presença notada, observava o jeito sempre carinhoso que Taehyung tratava a pequena. Se derretia todo com tamanho amor e dedicação que Hee recebia de seu melhor amigo.

Ao se virar para ir ao quarto de Hee, Taehyung viu Jimin parado na entrada do corredor.

- Jimin-ah!? - indagou surpreso.

- Bom dia. - cumprimentou baixando o olhar. Estava envergonhado de encarar o maior depois do que houve.

- Bom dia.

Ficaram em silêncio. Taehyung observando cada movimento de Jimin e o ômega criando coragem para algo mais. Porém, não sabia por onde começar. Taehyung tomou a dianteira.

- Bem...essa linda mocinha, - se aproximou de Jimin, e lhe entregou Hee. - já está de fralda limpa e barriguinha cheia. - deixou um beijo no topo da cabeça da bebê.

- Obrigado. - agradeceu tímido.

- Não precisa me agradecer por esse tipo de coisa, sabe que faço com muito prazer. Me sinto feliz em poder cuidar de vocês.

- Eu sinto que preciso agradecer, pois você não tem obrigação nenhuma comigo. Muito menos com a Hee.

Taehyung não disse nada, contraiu os lábios e desviou o olhar, odiava quando Jimin começava a falar desse jeito e não queria começar a discutir.

- Tudo bem. - se virou para o balcão e começou a arrumar os livros dentro da mochila, coisa que ele já havia feito mais cedo. Mas queria desviar sua atenção.

- E sobre ontem a noite...

- Não foi culpa sua, ok! - afirmou antes que ele continuasse a pedir desculpas. - Meu celular havia descarregado, eu não sabia das suas mensagens, só as vi depois que liguei pro Hobi. Então nada disso é culpa sua. Ou minha. - ele suspirou frustrado. - Só aconteceu.

Taehyung achava desnecessário Jimin ficar se desculpando ou agradecendo por coisas que claramente estavam fora de seu total controle.

Mas uma coisa era ele achar aquilo desnecessário, outra bem diferente era Jimin sentir que precisava faze-lo.

- Entendi. - Jimin diz cabisbaixo. - Ainda assim, obrigado por ter pensado em como essa situação ficaria estranha se fôssemos...

- Já é ruim o suficiente você ficar se desculpando por algo que não aconteceu, imagina se tivesse acontecido? - Tae pousa as mãos sobre o balcão, ainda evitando olhar para Jimin. - Eu te conheço há tempo suficiente para saber que você não teria nem coragem para olhar pra mim depois de algo assim.

- Mas você sabe que não seria por sua causa e sim por minha. Só de pensar nas coisas que fiz, na forma que agi...- Jimin suspira sentindo as bochechas queimarem.

- Sei sim. Por isso saí daquele quarto assim que entendi que estava em heat. - Tae aperta os olhos e contorce a boca com as lembranças. - Foi difícil pra mim também e se demorasse mais um pouco...se tornaria impossível sair de lá, mesmo que eu não seja um alfa.

Jimin não comenta nada, assim como Taehyung prefere não dar continuidade àquele assunto no momento. Então coloca a mochila nas costas, se aproxima de Jimin, deixa um beijo em Hee e no ômega, e vai para a aula.

A parte boa de ainda ser um dia da semana, era que Taehyung voltaria somente a noite, e faria bem aos dois passarem o dia longe um do outro. Eram muitas questões envoltas em um intenso acontecimento. Eles precisavam de tempo para refletir.

E parecia que Taehyung precisava ainda mais. Ao terminar seu turno na loja de conveniência, ele enviou uma mensagem para Jimin, avisando que iria para a casa naquela noite. Jimin ainda estava em heat, e mesmo que agora tivesse os supressores para ajudá-lo a se recompor, Taehyung preferiu não arriscar. Jimin respondeu com um simples ok, mas não podia negar a si mesmo que estava aliviado de não ter que encarar Taehyung essa noite.

E as coisas ficaram por isso mesmo durante uma semana. Taehyung não apareceu na casa de Jimin nem para ver Hee. Aquilo o estava deixando agoniado. Era insuportável ficar tanto tempo sem ver a pequena. Suas noites eram terríveis sem o costumeiro boa noite que sempre dava a ela, sem sua mãozinha segurando firme seu dedo até que ela caísse no sono, sem poder ver seu sorriso depois que chegava em casa e ele a pegava no colo.

Ele a amava. E amava muito.

Sentia falta de Jimin também. De como o sorriso largo dele reduziram seus olhos em uma linha graciosa, de como seu cabelo tinha o cheiro mais incrível desse mundo e de como se sentia bem ao abraça-lo.

Taehyung teve uma semana de cão.

π

Jungkook e Yoongi - agora era assim que JK se referia a Suga, o que fazia o mais pálido crer que havia perdido seu status de durão, pois ninguém tinha intimidade o suficiente para trata-lo pelo nome - haviam sido transferidos de base. Agora eles passariam por um treinamento de 2° escala.

A cada 6 meses eles mudavam de escala, assim que eram promovidos para um nível superior.

Nos últimos 3 meses JK sequer teve uma dor de cabeça, o que deixava Yoongi mais calmo, já que os 3 primeiros meses, depois de entrarem para o serviço militar, ele nunca havia se sentindo tão afetado pelas consequências de um ômega como há 6 anos.

Esses primeiros 6 meses de serviço militar só os deixou ainda mais próximos. Faziam tudo juntos. Compartilhavam pouco de suas vidas antes de se conhecerem, isso porquê Suga não falava muito sobre seu passado e JK não queria lembrar de Jimin, já que ele estava na maioria de suas lembranças de infância e pré-adolecência.

Ainda assim o alfa lembrava-se de Jimin todos os dias. Não só pela falta gritante que apertava seu peito toda manhã quando abria os olhos, mas também por sentir inveja de Taehyung estar vivendo feliz em uma linda família ao lado de seu eterno amor.

Não tinha a mínima ideia de que a realidade do beta era uma bem diferente.

π

Depois de voltarem de mais uma visita a casa do Jimin, Jin demorou mais do que de costume no banho, e ao sair, Namjoon notou que ele estava estranhamente calado.

- Está tudo bem, Jin? - Nam o observava através de seu reflexo no espelho.

- Está sim. - afirmou pensativo.

Nam saiu da cômoda e foi até ele que evitava contato visual com o alfa, dando atenção à roupa sobre a cama.

- Jin!? - Nam se aproxima e o abraça pela cintura, deixando um beijo em seu pescoço. - Me diz o que está acontecendo.

- Não está acontecendo nada. Só ando com a cabeça cheia. - tentou se livrar dos braços do namorado. Não obteve sucesso. Só conseguiu que Namjoon ficasse ainda mais curioso e se colocasse de frente a ele para encarar seus olhos.

- E no que tem pensado tanto?

Jin sabia que não conseguia esconder suas aflições do namorado quando seus olhos vasculharam até o lugar mais profundo de sua alma.

- São só bobagens minhas.

- Para te deixar tão calado desse jeito, não deve ser uma bobagem. - arqueou uma sobrancelha. - Vamos lá, converse comigo, prometo tentar te ajudar se eu puder.

- Por mais que você tente fazer tudo para facilitar a minha vida, há coisas que estão fora do seu alcance.

- Tipo o quê? - quis saber.

- Tipo o fato de eu ser um alfa, Joonie!

- E isso é um problema? - franziu as sobrancelhas ao não compreender o raciocínio do outro.

- Em alguns aspectos. - se livrou dos braços de Nam, seguiu até o guarda-roupas e pegou uma toalha pequena, secando os cabelos.

- Eu não estou entendendo onde quer chegar com pensamentos assim.

- É só que...- pressionou a toalha contra o rosto. - essa nossa relação não tem futuro, Nam.

- O quê? - Namjoon se aproximou rápido de Jin tirando a toalha de seu rosto. - Mas do que é que você está falando? - questionou espantado, já temendo o rumo daquela conversa.

- O natural é que você se apaixone por um ômega, Nam. Se vincule a ele, o marque e tenham uma vida longa e feliz com uma família grande e próspera. - Jin esclarece com os olhos cheios d'água.

- Esse seria o natural pra você também, Jinnie!

- Pra mim não, Nam, pois sou recessivo! - sua voz era baixa, quase um sussurro.

- Sabe que isso não é um problema pra mim...

- Mas é pra mim! - uma lágrima escapou de seu olho.

- Jinnie...- segurou o rosto dele com as duas mãos e secou a lágrima em seu rosto. - Para de falar desse jeito, para de pensar essas coisas...

- Eu não tenho como não pensar, Nam. Você jamais terá a felicidade que quer estando ao meu lado.

- Jin, por favor...

- Eu não sou um ômega, você jamais estará satisfeito ao meu lado, eu não posso te dar uma família...

- Jin, você é tudo o que eu preciso, então não pensa isso.

- Você pensa que eu não observo o jeito como você fica quando está com a Min-hee no colo? Pensa que eu não lembro como você sempre foi louco para ter seus próprios filhotes? - mais lágrimas silenciosas traçam seu rosto. - você diz que eu sou tudo o que você precisa agora, mas em algum lugar no futuro vai sentir a necessidade de coisas que eu não posso te dar, Joonie.

- Jin, - Nam encostou sua testa na dele. - é verdade que eu sempre quis ter uma família, e isso não mudou. - ele se afastou um pouco e olhou bem dentro dos olhos de seu amado. - Eu ainda quero uma casa com muitos filhotes...e pra mim não importa se eles tiverem pés ou patas. - Jin franze os lábios, evitando de chorar mais. - Eu só preciso mesmo é de você! - deixou um selar carinhoso nos lábios do namorado. - Por que, qual sentido minha vida teria se eu conseguisse tudo isso, se o grande amor da minha vida não estivesse ao meu lado, segurando a minha mão?

- Joonie...

- Eu quero tudo isso, meu amor, mas quero com você sempre comigo. Sendo a razão pela qual eu buscaria toda a felicidade desse mundo, por nós dois! - Jin o abraçou forte, chorando impiedosamente em seu ombro. - E o fato de você não poder gerar nossos futuros bebês, não significa que não podemos adotar. Amor é amor, meu alfa, não importa o vínculo sanguíneo. E nossa casa será cheia dele, para nos fazer feliz todos os dias. - Jin chorou ainda mais alto.

Nam beijou cada parte que pôde em Jin. Desde seu pescoço até seus cabelos e olhos molhados.

Jin sentia em cada traço de seu ser, o amor de Nam penetrando sua pele e alcançando seu coração.

Jin sempre seria esse alfa recessivo que se sente inseguro com relação a muitas coisas, mas Nam estaria sempre ao seu lado, sempre lhe mostrando o quão desnecessário era ele ainda se preocupar com certas questões.

Nam o amava, e para ele, isso era suficiente para resolver tudo o que Jin apontasse como uma barreira ou pedra em seu caminho. Ele só queria ter seu amado sempre ao seu lado, queria ser, pertencer e estar em cada lugarzinho do coração daquele ser extraordinário que era Seokjin.

π

Jungkook havia recebido uma carta de Namjoon há alguns meses, logo depois de ter descoberto sobre a classificação genética de Jimin, e assim como a primeira carta, Nam insistia que ele deveria entrar em contato com Jimin. Não entendia bem o porquê dessa insistência por parte do alfa, mas não quis fazê-lo por motivos óbvios. Mesmo que na carta ele demarcasse bem a frase "é importante que você converse com ele", Jungkook não levou em consideração.

Quando completou 3 meses, e nada de JK entrar em contato com Jimin, Nam voltou a lhe escrever, mas dessa vez o alfa sequer abriu a carta.

Suga achava estranho essa insistência de Nam para que JK falasse com o ômega, até lhe instruiu que fizesse o que lhe era pedido pelo outro, mas JK se recusou. Preferia não abrir as velhas feridas que ambos tinham.

Por mais que quisesse contar a JK o motivo para que ele fizesse contato com o menor, Nam não poderia quebrar assim a confiança que Jimin tinha nele. Seus dedos coçavam cada vez que ele pega uma folha e redigia mais uma carta para Jungkook.

Havia se passado um ano, e Nam ainda insistia em mandar cartas para JK, mas agora eles estavam na escala final para concluir seu serviço militar e logo estariam deixando o complexo das forças armadas.

Nam já havia perdido a paciência com a forma como os dois estavam lidando com a situação. JK sem se comunicar como lhe era pedido, e Jimin por querer se fazer de superior e não correr atrás de Jungkook. Então em uma das cartas, ele informou a JK que ele era o pai da criança, e ainda anexou uma foto da menina junto a carta.

Mas Jungkook não recebia mais suas cartas. Todas eram mantidas em uma espécie e arquivo na primeira base que executou seu treinamento. Então só lhe seriam entregues ao final de seu serviço.

π

Era a festinha de aniversário de 1 ano de Hee. Nam, Jin, Hobi, Songyon, os pais de Jimin e Taehyung, haviam se reunido para festejar no apartamento de Jimin.

Hee usava um lindo vestido dourado que se parecia muito com o de uma princesa, sapatos brancos e um laço também dourado e brilhante preso aos cabelos negros.

A atenção da menina era disputada entre a Sra Park e Taehyung, que sempre que podiam, estavam com ela no colo.

Depois de desfrutarem dos docinhos, salgados e do bolo, Jimin estava na cozinha, acompanhado de Songyon, limpando as coisas e guardando o que havia sobrado.

Songyon bebericava de sua taça de vinho, e Jimin havia ficado apenas na base do refrigerante aquela noite.

- Ele parece muito feliz. - indagou ela ao observar Taehyung com Hee no colo. - Mas não é pra menos, quem não ficaria feliz recebendo uma atenção dessa!? - Jimin se virou e observou quando Hee tentou abraçar Taehyung e colocou sua cabeça contra o peito dele, bocejando.

- Ela realmente gosta muito dele. - sorriu bobo.

- Hobi me contou que ela já deu os primeiros passos sozinha. - deu mais um gole no vinho e entregou as bandejas vazias para Jimin.

- Sim, ela é muito esperta e aprende as coisas rápido. Taehyung nem precisou de muito esforço. - tampou algumas vasilhas sobre o balcão.

- Ele também é muito dedicado à ela. Mas isso se torna natural quando amamos alguém. A dedicação flui de uma forma que nem percebemos.

- Tenho que concordar com você. - Jimin vai até a geladeira, guardando algumas das vasilhas.

- Sabe...se eu tivesse, em algum momento da minha vida, alguém que se dedicasse, que me amasse e cuidasse assim de mim, eu jamais conseguiria afasta-lo. - Songyon tem o olhar preso em Taehyung ainda com Hee no colo, mas seu pensamento está além do que ela observa tão atentamente. - O que é bom pra nós, às vezes pode nunca domar nosso coração, mas nos fazer feliz por uma vida inteira.

Jimin agora também observava Taehyung de pé na sala, com um sorriso largo no rosto. Ele ama tanto aquele beta, mas queria que esse amor fosse o suficiente para dar a ele toda a felicidade do mundo.

Jimin sabia que Taehyung o faria feliz em um relacionamento, já que sentia muito dela tendo apenas sua amizade. Mas não daria a ele a alegria de um sentimento recíproco. Esse era o ponto chave. Até então.

Quando Jimin teve seu Heat depois do nascimento de Min-hee, Taehyung havia voltado para seu apartamento e desde então não voltou mais para junto de Jimin como costumava ser. O ômega sentia falta da presença constante de Taehyung, mas não podia pedir que voltasse, não era certo.

Taehyung estava sempre por perto, não ficava um dia sem ver Hee, mas não era mais do mesmo jeito.

Jimin percebia que o beta procurava se manter mais afastado dele e sentia-se deprimido. Mas era o certo.

Jimin sorriu triste.

- Mas o quê que eu entendo de relacionamentos, não é? - ela sorriu para Jimin. - Nunca tive um namorado para saber exatamente do que estou falando. - deu de ombros. - Ainda assim, acho que você deveria tentar.

Jimin franziu as sobrancelhas, observando-a dar o último gole no vinho e colocar a taça na pia, se juntando as demais na pequena sala.

Jimin ficou pensativo.

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