Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 40


- Me desculpe Jimin-ah, eu não consegui sair mais cedo pra te acompanhar na consulta. - Tae diz assim que Jimin entra no carro.

- Não se preocupe, está tudo bem. Sei que você tem um trabalho importante pra apresentar na próxima semana.

- Mas eu tentei remarcar essa reunião com meus colegas, mas já estava marcado há dias. Não deu para eles mudarem. - ele dá partida com o carro.

- Já disse para não se preocupar. - o ômega o tranquiliza.

- Ok. Então me conta, como foi a consulta?

- O bebê está bem, evoluindo dentro do esperado e a médica disse que eu deveria me preparar para o parto. - se cala apreensivo.

Taehyung sabia que Jimin estava com muito medo desse momento chegar, mas já estava para completar as 2 estações, e o bebê teria que nascer em algum momento. Ele tentou tranquilizar o ômega o quanto pôde, porém, o silêncio súbito do menor deixava claro que ele não tinha conseguido um avanço. Tentou distraí-lo.

- E o sexo do bebê?

- Eu não quis saber.

- Jimin-ah!? - o encarou confuso.

- Eu já havia dito que isso não era importante pra mim, e que não queria saber se é menino ou menina. Só me importa que esteja bem, e evoluindo com saúde. - Jimin não o encara de volta.

- Minnie...sei que suas preocupações são outras, mas como vamos decidir um nome se não soubermos se é menino ou menina? - Taehyung entrou com o carro no estacionamento do condomínio.

- Podemos pensar nas opções e quando ele nascer decidimos qual fica melhor.

Por mais que Taehyung tentasse persuadir Jimin a saber o sexo do bebê, ele não teve êxito. Se sentia frustrado. Queria muito saber. Mas não podia obrigar Jimin a fazer isso, era um escolha dele.

- Tudo bem! - Taehyung parou o carro na vaga que continha o número do apartamento de Jimin, tirou o cinto e se virou para o ômega. - Quais as suas opções?

- Eu havia pensado em Jung-hyung para menino e Na-young para menina. - sorriu carinhoso para o beta.

- Hm... Na-young é muito bonito. - sorriu de volta. - Mas Jung-hyung...- fez uma careta.

- Eu sei bem o motivo dessa sua careta, Taehyung! - semicerrou os olhos de forma acusatória para o maior.

- Jimin-ah...

- Sei que não te agrada que o nome do bebê lembre dele, mas não dá para evitar isso. Sem falar que ele é o pai!

Taehyung evitou os olhos do menor, sabia que não devia agir assim, mas não conseguia evitar. E Jimin tinha razão, Jungkook era o pai, só que achava que Jimin estava indo longe demais colocando um nome que lembrasse de alguém que não esteve presente todo aquele tempo, pelo simples fato de não querer.

- Eu entendo, mas porquê não pensamos em mais alguns, você pode gostar de ter mais opções.

- Vamos lá, - agora foi Jimin quem tirou o cinto e se virou para o mais alto. - diga o que tem em mente.

- Bom, já que você não quis saber o sexo, - revirou os olhos impaciente. - talvez Tae-yoon ou Min-hee. - arrancou uma risada do ômega. - O que foi?

- Tae-yoon?

- Qual o problema? É um nome bonito.

- Realmente, mas por que será que me soa bem familiar? - arqueou uma sobrancelha franzindo os lábios.

- Não sei do que está falando. - se fez de desentendido e observou o estacionamento.

- Ah, com certeza você não sabe! - ele abriu a porta do carro.

- Aonde vai?

- Subir! - afirmou já fora do veículo. - Preciso muito deitar um pouco, meus pés estão me matando.

Taehyung recolheu seus documentos, a chave do carro e saiu, abrindo a porta traseira e pegando sua mochila. Acelerou os passos até alcançar o menor.

Ele aproveitou para observar o jeito que Jimin andava. Era engraçado de ver. O peso e tamanho de sua barriga parecia que derrubaria o pequeno para um dos lados a qualquer momento. Sorriu com o pensamento.


Hoseok tinha tentado sair mais vezes com o Dylan, mas já estava óbvio até para o alfa que ele não tinha mais interesse em sair com o maior. Ficou extremamente desapontado.

O Hope já não se mostrava animado nos encontros, evitava a todo custo um contato físico e dava sempre uma desculpa para voltar mais cedo para casa. Ele havia perdido a esperança de que Dylan fosse o amor de sua vida.

Na verdade, ele havia perdido a esperança de encontrar o amor eterno. Depois que Dylan parou de insistir em ter mais encontros, JHope praticamente se isolou em casa. Estava desanimado. Ia para a faculdade, voltava para casa, passava as tarde estudando e a noite, sempre pedia alguma comida e assistia algum dorama ou programa de variedades na tv.

Taehyung aparecia de vez em quando e sempre tentava ararasta-lo agora fora de casa. Depois de muito insistir, ele aceitou ir a uma reunião que os amigos fariam na casa de Jimin.

Mas lá estava ele, alheio na presença dos dois casais.

Toda a atenção estava em Jimin, claro, e ele não se incomodava com isso, estava feliz que seria tio em breve. Ainda assim, sentia um vazio enorme por dentro.

Namjoon tinha Seokjin, Jimin tinha Taehyung, e ele... - suspirou alto.

- Você está bem, Hobi? - Jin perguntou baixinho.

- Estou sim. - forçou um sorriso.

Jimin estava sentado no sofá, enquanto os outros estavam juntos à pequena mesa, sentados em almofadas no chão. Nesse estágio eram complicado para Jimin sentar em um lugar tão baixo.

Eles conversavam sobre como Taehyung era habilidoso na arte de montar um berço. Namjoon ficou curioso em ver se relamente estava bem montado e seguro para acomodar o bebê. Nam e Tae se levantaram, e o segundo ofereceu a mão para Jimin se levantar do sofá.

- Vocês vêm? - Nam perguntou aos outros dois.

- Daqui a pouco, eu vou só terminar de comer isso aqui, - Hobi apontou sua tigela ainda cheia. - e já me junto a vocês.

- Eu farei companhia a ele. - Jin sorriu para Nam e recebeu um beijo do outro alfa na testa.

Hobi entendeu bem o pretexto de Jin. O alfa queria conversar com ele.

Assim que Namjoon entrou no corredor, Jin olhou para Hobi. Esse baixou o olhar e permitiu que o amigo o visse como realmente se sentia: triste.

20 minutos foram suficiente para Hobi explicar a Jin o que havia acontecido entre Dylan e ele, e como ele estava se sentindo sozinho e desesperançoso ultimamente. Jin se aproximou mais dele, o abraçou e lhe disse que ele sempre teria seus amigos para todas as horas, mas entendia perfeitamente o que ele queria dizer. Se mostrou muito empolgado e falava com muito entusiasmo sobre como Hobi encontraria alguém que o faria feliz para o resto da vida, e que esse momento que ele estava passando não seria sequer uma lembrança em seu futuro mega feliz.

Jhope sorriu com a forma que Jin o encorajava a não ficar pensando muito naquilo, e a espantar aquele ar de moribundo que ele vinha carregando consigo, pois não combinava em nada com o jeito sempre confiante e animado do ômega.

Uma lágrima escapou dos olhos de Hoseok, e ele abraçou Jin, agradecendo por todo o seu apoio.

- Vocês não vêm? - Nam chegou na sala. - Hobi, tem uma coisa lá dentro que você vai adorar ver!

Hoseok se afastou de Jin e secou disfarçadamente a lágrima que rolou seu rosto.

- Vamos lá!? - Jin levantou puxando o amigo pela mão.

Jin entrou no quarto do bebê e Hobi estava logo atrás. Era tudo tão claro. As paredes pintadas de bege, o jogo de cama e de berço eram branco com verde, e a mobília toda em branca.

Havia uma cama encostada na parede do lado direito, com extensas almofadas sobre ela. Ao lado uma cadeira de balanço, e próximo a outra parede um berço pequeno, seguido por uma cômoda e um guarda-roupas médio. Acima da cama, berço e cômoda, longas prateleiras repletas de pelúcias, cada uma mais bonita que a outra - como gritavam os olhos de Hobi ao vê-las.

- Creio que você se manteve em sua decisão de não saber o sexo do bebê. - Jin comentou observando o cômodo.

- Infelizmente! - Tae disse a contragosto.

- Você realmente é um pai ansioso, Taehyung. - brincou Jin, colocando uma mão em seu ombro. O beta apenas sorriu.

- Olhem só isso!? - Nam se aproximou da cômoda e logo se voltou para os amigos, exibindo com muito esmero um par de sapatinhos na palma da mão. - Não é a coisa mais fofa que vocês já viram?

Os outros quatro encaram as mãos do alfa, e depois seu rosto com um sorriso encantado e olhos marejados. Jin sentiu as bochechas esquentarem quando os olhares pousaram em si e Nam se aproximou dele, puxando uma de suas mãos para colocar os sapatinhos em sua palma. Engoliu seco.

A reação de Namjoon poderia ser bem exagerada se todos ali não estivessem perfeitamente cientes do quanto o alfa sonhava em ser pai um dia. Essa conversa sempre rendeu muito assunto para ele, e desde muito cedo ele já comentava com seus amigos.

Jin sentiu o coração apertar.

- Você não acha que eles são fofo, Jin? - encarou o alfa com expectativa.

- Sim! Com certeza eles são. - engoliu seco de novo desviando o olhar para o par de sapatinhos em sua mão. - suspirou silencioso.

- O que você queria me mostrar, Nam? - Hobi interrompeu o alfa, tirando toda a atenção que sobrecaía em Jin.

- Ah, desculpe...- Nam piscou incessantemente para espantar as lágrimas. - olha isso...- apontou para as prateleiras sobre a cama.

Jimin foi até Jin, e pegou em sua outra mão, sem dizer nada. Apenas a apertou na sua, e lhe ofereceu o melhor sorriso que pôde. Jin sorriu de volta, saindo de seu transe metal.

- Seokjin será o primeiro tio a trocar a fralda depois que Tae-yoon nascer! - colocou as mãos no ombro do alfa, apertando firme quando recebeu um olhar espantado dele.

- Não brinque com uma coisa dessas! - Jin declarou com um tom autoritário. Todos riram juntos.

- Espera, então o bebê já tem um nome? - Hobi ficou curioso.

- Não...- Jimin começou a explicar.

- Ainda não. Mas é um nome lindo, não é? - Taehyung perguntou orgulhoso.

- Me diz que não foi você que sugeriu isso, Jimin!? - os olhos do Hope arregalaram.

- Claro que não! Eu que escolhi!

- Só podia ser! - Hobi estapeou a própria testa. - Pare de projetar seu ego no nome da criança, Taehyung.

- Eu não estou fazendo isso. - se defendeu. - E o Jimin, que havia pensando em Jung-hyung. - bufou.

- Esse é bonito! - Nam sorriu.

- Muito bonito! - Jin concordou.

Quando Tae olhou para seu irmão, nem precisou ouvir ele dizer nada. Só o olhar de deboche que o ômega lhe lançou, o fez emburrar a cara.

Depois daquela noite Jin ficou muito pensativo. E não era pra menos, não sabia como lidar com o fato de Namjoon ter desejado a vida toda algo que ele jamais poderia lhe dar.


Na semana seguinte, Jimin sentia-se desconfortável para dormir. Já havia meses que ele tinha se acostumado com seu novo tamanho e já não tinha problemas para dormir, então pensou ser só uma noite incomum.

- Venha Minnie, - Taehyung o puxou para perto, encaixando-o em seus braços. - quem sabe você fica melhor assim? - arrumou seu corpo junto ao do menor, enterrando seu nariz nos cabelos dele.

- Taehyung, eu estou com frio. - resmungou.

- Tudo bem, eu esquento você. - colocou as costas do ômega contra seu peito.

Jimin se aqueceu rápido e logo pegou no sono. Taehyung saiu de sua posição, deitou-se do outro lado da cama, lentamente puxou a longa camisa de Jimin e sorriu ao fixar seus olhos na barriga dele.

Desde a noite em que o bebê se mexeu sob suas mãos, Tae sempre esperava Jimin dormir para bater um papo com ele - ou ela, já que Jimin não fazia questão de saber esse detalhe.

Ele sempre colocava seu rosto bem próximo, muitas vezes chegava a passar levemente o nariz na pele do menor e deslizava suavemente sua mão nela, fazendo um carinho terno no bebê.

Eles pareciam ter uma conexão tão precisa, que em noites que o Jimin demorava a se deitar, o bebê parecia ficar ansioso pelo contato de Taehyung. Se mexia muito e às vezes Jimin ficava enjoado.

- Oi Tae-yoon...- Tae decidiu por si só chamá-lo assim. - você está confortável hoje? Hm? - deixou um beijo na barriga do pequeno dorminhoco. - Amanhã eu tenho uma apresentação muito importante, estou me sentindo ansioso hoje. Já estou na reta final do primeiro semestre da faculdade e isso tem me deixado bastante ocupado. - ele levanta a cabeça e encara o semblante sereno de Jimin. - Acabei perdendo muita coisa da trajetória de vocês dois nas últimas semanas. - voltou sua atenção para o bebê. - Mas eu prometo que estarei sempre aqui quando você sair daí. - deslizou o polegar próximo ao umbigo. - Eu prometo que amor nunca vai faltar pra você nem para o Jimin. - deu outro beijo. - Sei que nossa conversa hoje foi breve, mas eu preciso mesmo tentar descansar um pouco, tenho um grande dia amanhã.

Ele se afastou, e sentou-se na cama, mas voltou a posição em que estava.

- Ah, seja bonzinho com o Jimin, as coisas não têm sido fáceis pra ele também. Ok? - deu outro beijo na barriga do ômega, mas esse mais demorado.

Voltou a seu lado da cama e não demorou muito a pegar no sono.

π

Era mais uma manhã comum para Suga. Levantou, arrumou seu equipamento, trajou seu uniforme, fez seu desjejum e encarou por um bom tempo o semblante inexpressivo de JK. Pelo menos por algum tempo depois que o sol havia nascido.

Jungkook às vezes parava e exibia as sobrancelhas franzidas. Aquilo o deixou curioso. No decorrer de uma hora ele percebeu JK se afastar algumas vezes do pelotão, alguns momentos colocava as mãos nos joelhos e respirava fundo.

- Você está bem? - Suga ficou para trás, e se aproximou de JK.

- Estou sim.

- Tem certeza disso? - JK o encarou em dúvida. - Da última vez que você mentiu desse jeito, quase morreu.

- E segundo eu soube, você chorou como uma garotinha ao pensar que eu morreria. - sorriu.

O que Suga mais quis naquele momento era revidar aquela afronta com uma rasteira, e deixá-lo no chão. Mas o sorriso no rosto dele fez Suga sorrir também.

Seria aquele um sinal de que em breve ele voltaria a ser o Jungkook de antes?

- Você é um alfa muito bonito para morrer antes que eu possa experimenta-lo. - passou a mão pelo cabelo de JK de forma sugestiva.

Aquilo o fez sorrir ainda mais.

- Pode ter certeza, - JK ficou de pé e colocou a mão na nuca do alfa, se aproximando. - que você imploraria por muito mais noites ao lado desse Jeon aqui.- arqueou uma sobrancelha.

- Chega dessa merda! - Suga o empurrou para trás e os dois caíram na gargalhada. - Você é péssimo tentando conquistar alguém.

- E você não fica atrás.

- Eu posso listar os nomes de alguns ômegas que discordariam de você. - Suga sorriu ladino.

Jungkook sorriu sem mostrar os dentes e balançou a cabeça em negativa.

- Mas falando sério, o que há com você hoje? - perguntou sério.

- Na verdade eu estou bem, só tenho um leve incômodo na região da lombar. - JK passa a mão pelo local.

- Não seria melhor procurar o médico?

- Eu não acho necessário...

- É, eu sei que não. Você sempre vem com essas desculpas. - revira os olhos. Mas ainda está preocupado.

- Eu prometo que se piorar eu procuro ajuda. Tudo bem assim? - JK coloca a mão no ombro do mais pálido, mostrando que compreende a preocupação dele.

- Tudo bem. - ele também coloca a mão no ombro de JK e os dois seguem abraçados em direção ao pelotão. - Mas vou ficar de olho em você. Só por precaução. - JK ri nasalado.

E Suga realmente ficou. Com o passar das horas, as dores de JK pioraram, e agora, já na tenda médica, o alfa andava de um lado para o outro, impaciente.

- Jungkook, você precisa mesmo gastar o solo dessa forma? - Suga permanece sentado em uma das cadeiras dispostas na sala, com os braços cruzados e um olhar bem despreocupado.

- Essa merda parece estar piorando conforme o tempo passa. E agora vem a cada 10 minutos.

- Ninguém ainda te disse o que você tem?

- Não. Já fiz alguns exames e não deu nada em nenhum deles.

- Isso é bem estranho...

Suga vê JK apoiar as mãos no leito e se curvar para frente, escondendo o rosto no antebraço. Ele já sabe que vem por aí mais uma seção de murmúrio e palavrões.

- Merda! - ele se agacha, apoiando a cabeça na cama. - Merda, merda!

Um médico de cabelos já grisalhos entra no cômodo carregando uma prancheta. Ao ver JK naquela posição, ele o encara curioso.

- Sr Jeon?

- Sim...- ele sequer ergue a cabeça para encarar o médico. O mais velho logo entende a situação do alfa.

- Pode me definir exatamente o que sente agora? - ele levanta algumas folhas na prancheta, e prepara a caneta para anotar tudo.

- Uma dor...- praticamente geme as palavras. - na região da lombar, mas aprece que se espalha por toda as costas. E ficam cada vez mais intensas e insuportáveis. Mal consigo ficar de pé. - ele deita de lado a cabeça, encarando o médico.

- Sr Jeon, o senhor tem um...

- Ahhh...porra! - JK grita agarrando os lençóis da cama, e Suga levanta rápido, mas confuso, sem saber o que fazer para ajudar.

- Dr, não tem como ajudar ele? - Suga já está mais para assuatdo do que para preocupado.

- Não podemos fazer nada sem sabermos o que ele tem. - justifica.

- Mas podem dar algo...- JK grita outra vez, fazendo Suga se assustar. - Olha só como ele está? Dêem a ele alguma coisa para dor.

- Sr Jeon, o senhor tem um ômega?

- Mas que porra de pergunta é essa? - o alfa, agora de quatro no chão, esbraveja.

Suga vê o médico arregalar os olhos com a forma em que é questionado. Ele apenas força um sorriso. O médico mantém a postura seria, sabe que pacientes em algumas condições tendem a se exaltar.

- Bom, se o Sr tiver um ômega e estão afastados, e se por acaso ele estiver grávido, em trabalho de parto...

JK olha para o médico e depois para Suga.

- Caralho...- Suga sussurra com a mão na boca.

Nos últimos meses JK não vinha sentindo mais nada, eles estavam crentes que depois que Jimin se apaixonou por outra pessoa, o vínculo deles havia se quebrado. Mas nunca houve essa quebra.

Jungkook baixa a cabeça, colocando-a sobre as mãos espalmadas no piso frio. Mais uma onda de contrações, como o médico supôs que JK estivesse sentindo, lhe toma ainda mais forte.

- É possível ele...- Suga pigarreia. - morrer por causa disso?

- Só se o ômega ao qual ele estiver vinculado não resistir ao parto. - o médico ficou ciente da situação de JK após algumas breves palavras de Suga, enquanto o outro alfa agonizava de dor. - Agora a única coisa que podemos fazer é esperar. - Suga assente.

- Obrigado, Dr!

O médico se retira, Suga se aproxima e agacha ao lado de JK.

- É meu amigo, você está fodido! - coloca uma mão nas costas do alfa encolhido no chão.

π

Taehyung correr feito um louco pelo extenso corredor branco, sem se importar com as pessoas em que ele esbarra. Pega o elevador e aperta impaciente o botão do 11° andar. Os minutos de espera até chegar ao andar desejado são os mais longos da vida do beta.

Assim que as portas se abrem, ele volta a correr, ouvindo advertências de alguns médicos ou enfermeiras sobre não ser permito correr no local. Ele não estava se importando com aquilo, só queria chegar logo ao quarto 119.

Ao chegar na porta, ela se abre subitamente quando uma enfermeira tenta sair, mas é bloqueada pelo garoto de ombros largos.

- Você não pode entrar! - ela o impede, colocando as mãos em seu peito, o empurrando para fora.

- Não, espera! O Jimin está lá...

- Sinto muito, mas não pode entrar! - insiste a enfermeira.

- Pode deixa-lo entrar. - Jimin intervém. E a enfermeira o encara com sobrancelhas arqueadas.

- E qual é o parentesco dele? - questiona a mulher baixa.

- Ele é...- Jimin exita. - o pai! - declara.

O ômega sabia que eles não permitiriam a entrada de Taehyung ao quarto ainda e ele queria muito que o amigo ficasse ao seu lado naquele momento. Precisava disso tanto quanto respirar.

- Tudo bem. - a enfermeira dá passagem a Taehyung, que entra apressado e alcança o leito com apenas dois passos largos.

Taehyung estendeu os braços para abraçar Jimin, queria mostrar que ele estaria ali no momento mais importe da vida do ômega, mas os abaixou assim que viu um pequeno embrulho rosado nos braços do menor.

- Minie! - desviou o olhar dos braços de Jimin para seu rosto cansado.

- É uma menina, Tae! Uma linda menina! - sorriu com os olhos marejados.

- Jiminie...! - os olhos de Tae ardem. Ele observa a pequenina que dormia tranquilamente nos braços de Jimin, se aproxima e beija a têmpora do menor. - Tão linda quanto você.

- Ela é tão fofa, Tae! - as lágrimas despontam nos olhos de Jimin.

- Você fez um ótimo trabalho, Minie! - sorriu emocionado.

- Ela ajudou muito. - o menor sorriu. - Ela é muito esperta.

- Sim...- Taehyung relembra de suas noites de conversa com ela e a forma como ela se rebelava quando Jimin se atrasava para dormir, tirando dela seu momento cotidiano com ele. - uma menina de muita astúcia.

Jimin olha para Taehyung, sorri e volta a encarar o bebê que dorme confortavelmente em seus braços.

- Perfeita para ser nomeada como Min-hee! - olha novamente para Taehyung, que encara surpreso seu rosto.

- Minie... - as lágrimas tomam seu rosto. Jimin sorri carinhosamente. Tae beija suavemente seu rosto.

Em uma tarde ensolarada, nos primeiros dias da primavera, com 2,730kg, 48cm e gozando de muita saúde, nasceu Park Min-hee.

Depois da alta no hospital, Jimin foi apara casa e no dia seguinte recebeu a visita de seus amigos. Eles estavam loucos para conhecer a sobrinha.

Jin não foi o primeiro a trocar a fralda da pequena Min-hee, a Sra Park estava sempre atenta a esse detalhe.

Seojin dedicava todo o tempo que tinha livre aos cuidados da neta. Costumava chegar cedo à casa do filho, e sair bem tarde de lá. Não que estivesse com ciúmes, mas o Sr Park achava que ela estava exagerando.

Indo pelo mesmo caminho estava Taehyung. Esse invocava que Seojin mal o deixava tocar na criança. Mas esse estava com ciúmes mesmo. O que o fez partir para os encontros noturnos com a pequena Hee.

Ele já estava acostumado a conversar com ela toda noite, então isso não havia mudado. A diferença agora é que ele podia ver seu rosto e colocar seus longos dedos para que ela apertasse na sua mão tão pequena.

Ele se sentava no chão, de frete para o berço branco e esgueirava sua mão entre os lastros do móvel para alcança-la. Passava cerca de uma hora ali. Às vezes até mais. Ele sempre dormia muito bem depois de conversar com ela a noite.

Em uma dessas noites, Jimin acordou e Taehyung não estava na cama. Olhou pelo quarto e viu a porta entreaberta. Saiu da cama e olhou no curto corredor. A porta do quarto da frente estava aberta. Jimin foi até lá para ver se Hee havia acordado e estava dando algum trabalho ao amigo.

Dois passos adentro do cômodo, ele viu Taehyung ajoelhado em frente ao berço, com os braços apoiados na lateral do berço e a cabeça deitada de lado sobre as mãos, observando o sono dela.

- Está tudo bem? - Jimin sussurrou. Tae o observou se aproximar devagar.

- Está sim. - sorriu. - É que eu gosto de vê-la dormir.

- Já são quase 1h da manhã. Você precisa dormir, tem aula amanhã cedo. - pousou a mão no ombro dele.

- Eu sei, já estou indo. É que às vezes parece que esse é o único momento em que realmente posso estar com ela.

- Como assim? Você está sempre por perto, e com ela no colo quando tem a oportunidade.

- Exatamente! - ele semicerrou os olhos encarando o menor. - Quando "tenho" a oportunidade. Pois sua mãe não desgruda dela.

Jimin riu baixo.

- Pare de ser tão ciumento, Taehyung.

- Não sou ciumento, mas sua mãe exagera.

- Tudo bem, não vamos falar disso agora. - estende a mão para ele se levantar. - Venha, vamos dormir.

Taehyung se levantou e acompanhou Jimin para fora do quarto, mas antes olhou uma última vez para Hee e sorriu.

Nas duas semanas seguintes, outra visita que se tornou constante foi a de Namjoon. Seojin, depois de muita insistência de seu marido, deu mais espaço para que Jimin pudesse aprender a cuidar sozinho de sua menina. Ela já não passava mais o dia todo na casa dele, mas ainda ia todos os dias. E sempre recebia ligações de Jimin perguntando como fazer alguma coisa, ou onde ela passou a colocar algum dos pertences da pequena.

Geralmente, dia sim, dia não, Namjoon aparecia por lá. Seokjin havia o alertado para não perturbar demais o Jimin, mas ele ficava tão feliz em estar com Hee, que ignorava por completo os alertas do namorado.

Jimin não se importava com as visitas do amigo. Na verdade até gostava, já que agora Taehyung tinha um emprego de meio período, e ele passava a maioria das tardes sozinho.

- Minha nossa, como o tempo passa rápido! - Nam estava sentado no sofá da sala, e Jimin colocou Hee cuidadosamente em seu colo. - Olha só como ela está grande!?

Hee estava acordada, e com as mãos fechadas, chupava impaciente os próprios dedos, mas com os olhos atentos ao adulto que a segurava.

- Sim, daqui a pouco ela já estará me ajudando a fazer minhas atividades da faculdade. - brincou o menor.

- Do jeito que ela é esperta, é capaz de tirar o diploma primeiro que você. - arrancou um riso largo do ômega. - Quando você pretende voltar às aulas presenciais?

- Eu queria voltar no próximo mês, mas Taehyung acha que ainda é muito cedo. - sentou no chão, em frente a mesinha de centro que continha alguns lanches.

- Taehyung tem um cuidado extremo com vocês dois. - observou o alfa.

- Ele cuida muito bem da gente. - se serviu de um pouco de suco.

- Eu imagino que sim.

- Ele até arrumou um emprego. Age como se fosse responsável por nós. Sei que ele será um ótimo marido e pai no futuro. - Nam encarou o menor com um olhar triste.

- Então vocês não estão mesmo juntos? - Jimin suspirou.

- Eu não posso dar ao Taehyung o que ele precisa. - seu olhar ficou distante. - Eu queria muito, Nam, mas não consigo.

- Sei que sua posição também não é nada fácil.

- Ele é tudo o que sempre quis na minha vida. - olhou para Hee no colo do mais alto. - É o melhor pai desse mundo, atencioso, compreensivo, carinhoso...Mas meu coração não expande o amor de amigo que eu tenho por ele, para algo a mais. Entende? - conclui triste.

- Entendo sim.

Eles ficam em silêncio por alguns instantes, ouvindo apenas o barulho de Hee chupando os próprios dedos.

- E o Jungkook? - Namjoon toma a tenção de Jimin.

- Eu não tenho contato com ele. Desde que ele foi embora no verão, eu não tenho notícias dele.

- Ele não entrou em contato com você? - Jimin negou. - Não há desculpa para ele não ter ligado. Lá eles tem direito a manter contato com os familiares aqui fora.

- Lá? - Jimin ficou confuso. - Lá onde?

- No serviço militar. - Nam não entende a confusão do amigo. - Ele não te disse que estava indo para o serviço militar dele?

- Não!

Namjoon fica surpreso com essa notícia. Não entendia o porquê de Jungkook não ter dito isso ao ômega, mas ele com certeza iria descobrir o que havia acontecido para o alfa ter partido sem informar a Jimin para onde iria.

Jimin sente a cabeça pesar. Eram muitas razões para ele compreender o fato de JK não ter aparecido mais. Ainda assim, ele poderia ter ligado, mandado uma mensagem, uma carta, qualquer tipo de contato. E não o fez.

- Independente de para onde foi, não precisava simplesmente ter sumido assim. E se ele não quer manter contato, eu vou respeitar o desejo dele. - disse magoado.

- Jimin, você precisa falar pra ele sobre a Min-hee. Ele é o pai! Não pode esconder isso dele. Muito menos dela.

- Eu sei disso...mas eu vou encontrar o momento certo para fazer isso.

- Espero que esse momento seja o quanto antes. - o alfa entrega Hee para Jimin. - O tempo não espera.

Jimin observa Hee em seus braços, olhando atentamente cada traço de seu rosto que o faz lembrar todos os dias de seu Jeon.

- Que...cheiro é esse? - Nam questiona.

- Eu não sinto nada. - Jimin confere se a fralda a pequena precisa ser trocada. Mas não é o caso. - Não é a Hee.

Namjoon aguça seu olfato, e aos poucos se aproxima de Jimin.

- Jimin...- Nam o encara ladino. - você está exalando feromônios.

Jimin puxa um pouco a própria camisa e a cheira, mas não sente.

- Tem certeza?

- Sim. - Nam leva a mão ao nariz, evitando de sentir o cheiro.

- Eu estou fedendo? - Jimin arregala os olhos.

- Não, mas eu sou um alfa Jimin, e é muito provável que você esteja entrando em Heat. - se levanta do sofá. - Então é melhor eu ir embora.

- Mas...

- Eu te vejo em alguns dias. - acelera os passos até a porta.

- E o que eu faço agora? - Jimin se sente perdido.

- Sugiro que não saia de casa, e mande Taehyung para casa dele. - ele para próximo a porta calçando os sapatos. - Ou o mantenha aqui e deixe a Hee passar alguns dias com a sua mãe.

- Hã...- Jimin ia fazer mais uma pergunta, mas Nam não lhe deu tempo para isso.

- Tchau! - fechou a porta atrás de si.

- E agora, Hee, o que eu faço? - a bebê tem os olhos atentos no Jimin, mas não lhe reponde a pergunta. Nem mesmo com um grunhido.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro