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Capítulo 7 - Danos Irreversíveis

A Condessa Helena Saramago estava trêmula de raiva.

— Francamente, Adrian, por essa eu não esperava! Justo você, que vive falando sobre a Espanha e como os homens ali respeitam a honra das mulheres! Quando fui informada de que você havia entrado nesse quarto, mal pude acreditar!

Alba, naquele momento, soube que sua permanência na ilha estava encerrada para sempre. Agora não havia mais jeito. Arrumaria as malas e partiria ainda esta noite, escorraçada como um cachorro vadio, deixando atrás de si a imagem de uma mulher sem pudor. Graças a Deus que ninguém de sua família estava ali, para presenciar tamanha humilhação. Abaixou a cabeça, tremendo de ansiedade e de vergonha.

Adrian, porém, não estava ansioso, nem envergonhado. Ao contrário. Parecia muito calmo e, quando falou, sua voz soou firme e segura.

— Eu vim aqui, Helena, para pedir Alba em casamento.

O olhar de sua madrasta não conseguiu ser mais incrédulo do que o de Alba. E, quando ela falou, o fez com uma voz horrível e perversa.

— Você não pode estar falando sério. Sabe muito bem quais são os termos do testamento de seu pai, não sabe? É por causa deles que você continua solteiro.

— Exatamente. Quando eu me casar, devo me estabelecer nesta ilha ou renunciar ao meu direito de propriedade. Acho que só alguém que não estivesse em seu juízo perfeito abriria mão de sua herança... Por isso, pretendo acatar os termos do testamento e me instalar aqui, com minha esposa.

Alba ouviu todo aquele absurdo em silêncio e chegou à conclusão de que Adrian só poderia estar sofrendo de alguma alucinação. Ia abrir a boca para protestar, quando ele lançou-lhe um olhar de advertência e apertou seu braço com força, fazendo-a engolir seu protesto.

Que diabo ele estava fazendo? Estaria protegendo seus padrões de honra, porque a madrasta o encontrara no quarto com a assistente de seu irmão?

"Mas eu não sou uma assistente", pensou Alba, revoltada. "Sou uma editora, e das boas, e não vou concordar com essa farsa!"

Ela estava começando a dizer que tudo aquilo era um grande absurdo, quando Adrian a silenciou de um modo muito eficaz... com um beijo carinhoso na boca.

Depois, com muita calma, levantou-se da cama e voltou sua atenção para Helena.

— Já está na hora de eu me casar e me assentar. Como diz o ditado, um homem sem uma mulher se torna egoísta, enquanto a mulher sem um homem se torna enfadonha. Qual é o problema, Helena? Você parece que não gostou da notícia.

— É claro que eu não gostei! — Ela lançou um olhar gelado a Alba. — Recuso-me a acreditar que você esteja pensando seriamente em se casar com alguém que trabalhe nesta propriedade! Sei que você tem um senso de humor um tanto estranho, mas, agora, acho que já está indo longe demais! A empregadinha pode levá-lo a sério!

— E é para levar a sério mesmo. Ninguém está brincando aqui, Helena. Nós vamos nos casar, quer você queira, quer não. Alba mal pode esperar para ser minha mulher. — Virou-se para ela e sorriu. — Não é mesmo, querida?

— Mas é claro que ela está louca para se casar! — A voz da Condessa Helena Saramago era terrível. — Você é um homem rico, dono de propriedades, e ela deve ter decidido conquistá-lo no momento em que bateu o olho em sua bela figura! Está caindo na mesma armadilha que Diogo e vai se arrepender! Pelo amor de Deus, Adrian, use seu bom senso, dê dinheiro à essa mulher e deixe-a ir!

Alba percebeu que, agora, a brincadeira já estava indo longe demais.

— Condessa Saramago — Ela começou a dizer, sendo bruscamente interrompida por Adrian.

— Como eu disse, Helena, pretendo me fixar aqui em minha propriedade, com minha mulher. E, se você continuar com esta implicância, sugiro que deixe esta casa imediatamente. Sei que meu pai foi generoso no testamento, de modo que você pode muito bem comprar sua própria residência bem longe daqui... Aliás, Zandra poderia lhe fazer companhia. O que acha dessa ideia?

A Condessa olhou para ele, como se não pudesse acreditar em suas palavras.

— Nunca pensei que fosse viver para ouvir você me falar desse jeito, Adrian. Essaq mulher está mudando sua personalidade, assim como Carmem mudou meu filho. Deus do céu! Por que será que vocês dois se deixam atrair por moças de classe inferior?

Adrian deu um sorriso cínico.

— Talvez esteja em nosso sangue... Meu pai mesmo se casou com uma mulher falida que arrasta um título imprestável como pesadas correntes por onde vai, ou se esqueceu disso. Sabe viver encostada as minhas custas deve ser bastante desconfortável, por isso, esteja á vontade para partir quando quiser.

— Você... você está me ofendendo!

— E você está ofendendo a futura senhora desta propriedade. — O rosto dele estava duro, sombrio. — Por acaso acha que é agradável para ela ficar aí sentada e ouvir o que você está dizendo? Acha que é delicado de sua parte?

— E você acha que é delicado entrar no quarto dela, enquanto a casa está cheia de hóspedes? Foi por isso que eu vim aqui avisá-lo. Você não quer que haja um escândalo aqui em casa, quer?

— Como pode haver um escândalo, se eu pretendo me casar com ela?

— Pelo amor de Deus! — Era Alba, que não aguentava mais ficar ali, ouvindo tanto absurdo. — Você não precisa casar comigo, Adrian! Tudo isso é ridículo!

Os olhos de Helena brilharam de triunfo.

— Eu não disse? Essa mulher não está esperando um pedido de casamento, porque foi pega no quarto com um homem. Seu problema, Adrian, é que você viveu na Espanha durante muito tempo. Não precisa se sentir obrigado a se casar com ela. Dê- lhe um cheque e pronto!

Alba levantou-se, revoltada.

— Eu jamais tocaria no seu dinheiro! Vou arrumar minha mala e sair deste lugar, antes que tenha o mesmo destino que a pobre Carmem!

E foi correndo em direção ao armário, onde guardava suas roupas. Mas

Adrian segurou seu braço, fazendo-a parar.

— Você quer mesmo ir embora?

— É claro que quero! Vim a esta casa para trabalhar no livro de seu irmão e aqui estou eu, sendo tratada como se fosse uma mulher sem valor... leviana até! Não sou do tipo que sai por aí, se divertindo com homens, e me recuso a ser tratada como tal!

Helena Saramago olhou-a de cima a baixo.

— Sinceramente, se você não estava se divertindo com um homem nessa cama, não sei o que estava fazendo...

alba tentou defender-se.

— Eu estava chorando... Aconteceu uma coisa muito desagradável comigo, e Adrian só tentou me consolar...

— Tenho certeza que sim! Adrian deve ter mesmo muito jeito para consolar mulheres chorosas como você...

— Não fale bobagens, Helena! — Bradou ele, com voz furiosa.

— Vamos parar com essa discussão. — Alba deu um suspiro. — Eu vou embora mesmo e o episódio todo vai ser esquecido.

— De jeito nenhum! — Adrian falou com uma voz de ferro. — Não vou deixar que saia desta casa com o nome sujo. Vamos nos casar, sim. É uma questão de honra!

— Não estamos na Espanha, onde as coisas são diferentes e...

— A Espanha é o lugar onde mora um espanhol, não se esqueça disso. Eu repito: você não vai sair de minha ilha porque vamos nos casar!

— Isso é um absurdo, Adrian. Deixe essa mulher ir embora!

Ele virou-se para a madrasta, mal podendo se controlar.

— Você já disse tudo o que queria, Condessa. Agora, quer fazer o favor de se retirar?

Helena Saramago olhou para ele, seus olhos faiscando de tanta raiva.

— Banque o galante tolo se quiser, mas vai se arrepender! Vai se arrepender de todo o coração, assim como Diogo se arrependeu! Vocês são dois ingênuos, para escolherem como esposas mulheres que não servem! Mulheres de classes inferiores!

Dizendo isso, virou as costas e saiu do quarto com ares de rainha ofendida, deixando a porta aberta. Olhando para fora, Alba teve uma vontade enorme de sair em disparada pelo corredor, descer a escada voando e nunca mais pôr os pés naquela casa, onde havia entrado tão cheia de esperanças.

— Isso não tem cabimento, Adrian. — Disse ela. — As pessoas, nos dias de hoje, não precisam mais se casar para evitar um escândalo... Não importa o que sua madrasta tenha dito, nós dois sabemos que não fizemos nada de errado. Afinal, você só me deu um beijo...

— Eu sei. — O olhar dele era grave, sombrio. — Mas os outros não sabem e me recuso a deixar que as pessoas pensem mal de você. Por isso, faço questão desse casamento. Dessa vez vamos fazer tudo diferente!

— Mas você não vê que isso não faz sentido? Só as pessoas que se amam podem se casar...

— Na Espanha, Alba, o amor não é sempre a razão do casamento. Nós fomos vistos juntos e, agora, temos que pagar por isso.

— Eu não tenho que pagar por coisa alguma! E você não pode me obrigar a nada! Pensa que estamos no século passado, quando seu ancestral Don Rodolfo Saramago raptou a pobre moça com quem se casou? Você está tendo a mesma atitude que ele!

Ele sorriu com ironia.

— Não vou raptá-la, senõrita. E você não tem nenhuma noção da verdade que envolve os fatos desta história. Só quero que se case comigo... E não fique tão assustada com a ideia! O casamento não é tão ruim assim... Tenho bastante dinheiro para lhe proporcionar uma vida confortável e, afinal, o que é o amor? Na Espanha, nós dizemos que ele não acontece, tem que ser feito... Bem, agora chega de conversa, porque você parece muito cansada e precisa dormir. Amanhã vou começar a providenciar tudo. Ah, e não se esqueça de escrever à sua mãe, contando que vai se tornar minha esposa. Buenas noches, Alba mia...

— Eu não sou sua!

Ele estendeu a mão e acariciou-lhe os cabelos.

— Por toda a eternidade serás Alba mia... A ideia de ser minha a assusta?

— O que me assusta é esse seu jeito autoritário de resolver as coisas, isso sim! Por que essa fixação em se casar comigo agora?

— Às vezes, é mesmo preciso que tudo seja resolvido a meu modo. Você vai se casar comigo, Alba Perez, quer queira, quer não. É uma questão de honra... — Ele tirou a corrente com a pedra de Jade do bolso e a examinou. — Vou mandar consertar isso para você. Mas primeiro, me diga quem foi que lhe deu a jóia.

— Foi meu pai.

— E você acha que seu pai, de onde ele estiver, ficaria contente em saber que sua filha deixou o emprego, com uma mancha preta em seu nome?

— Você está exagerando! A moral de onde venho não é tão rígida quanto na Espanha. Além disso, eu já tinha mesmo decidido deixar a ilha Saramago!

— Porque dançou comigo, não é? Quanto mais você fala, señorita, mais ligados um ao outro ficamos. O destino parece estar do nosso lado, você não acha?

E deu um daqueles sorrisos de se tirar o fôlego.

— Eu acho que tudo isso é um grande absurdo!

— Absurdo ou não, nós vamos nos casar. E, como eu disse, você está muito cansada e precisa dormir um pouco. Amanhã vai estar mais calma e verá que a ideia de ser minha esposa não é tão ruim assim. Boa noite, señorita.

Inclinou a cabeça como se fosse um homem do século dezoito e fechou a porta atrás de si, deixando Alba sozinha, sua mente um emaranhado de pensamentos confusos.

— Adrian — Ela sussurrou. — Oh, Adrian, seu demônio... seu demônio apaixonante...

Do outro lado da porta Adrian ainda sorrindo suspira e sussurra.

— Ah, meu anjo... Meu lindo anjo... Alba Perez...

1945 Palavras

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