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Capítulo 5 - Pois você é a reencarnação do amor que está comigo

A propriedade Saramago estava em festa. As luzes acesas davam a mansão um ar de aconchego, e lá fora, vindo do mar, um vento forte e assustador soprava sem parar.

Antes de descer as escadas, Alba ficou no terraço durante alguns momentos, observando as nuvens escuras no céu e ouvindo o barulho das águas furiosas arrebentando contra os penhascos. Era como se os elementos da natureza estivessem tentando chegar aos ocupantes da propriedade Saramago... como se uma criatura triste e demente estivesse enfurecida pelo som da música que saía pelas janelas abertas.

Alba não pôde deixar de pensar em Carmem, a mulher que adorava dançar e perdera a vida naquelas águas. Fechou os olhos, tentando imaginar se a alma das pessoas mortas voltavam, para assombrar os vivos. Fora naquelas pedras que ela fora achada, seus longos cabelos flutuando na água, seu corpo antes tão belo e vivo e depois nada, sem vida, branco como o mármore, refletido pela luz do amanhecer. A babá Sara havia contado os detalhes a Alba, que, agora, ali de pé, vestida para a festa, sentia-se imensamente triste.

Fechou a porta do terraço, entrou no quarto e deu uma última olhada no espelho. Seu vestido vermelho era simples, mas muito bonito e elegante, e ela agora dava graças a Deus por ter lembrado de colocá-lo na mala. Deixara seus cabelos soltos e a única jóia que usava era uma pedra de jade presa a uma corrente de ouro, que seu pai comprara quando a família viajou para fora do seu país.

Pelo barulho que vinha lá de baixo, percebeu que os convidados já estavam começando a chegar. E agora, o que faria? Desceria as escadas sozinha e ficaria num canto do salão, esperando que alguém viesse falar com ela? Que vontade de tirar aquela roupa, vestir sua velha camiseta de dormir e enfiar-se debaixo das cobertas.

Então, de repente, ouviu-se uma batida na porta. E Alba sentiu o coração disparar. Só poderia ser Don Adrian Saramago, que viera para buscá-la. Fechou os olhos, imaginando-se descendo a escadaria com ele, sob as vistas de todos os convidados, e ficou arrepiada. A família Saramago não iria gostar nada disso e, então, adeus emprego...

Uma nova batida a trouxe de volta à realidade e ela abriu a porta, com a mão trêmula. E foi com uma mistura de alívio e desapontamento que viu Shawn ali parado, muito elegante num terno.

— Hum... Que beleza! — Exclamou ele. — Você está belíssima minha querida! Sabe de

uma coisa? Por um momento, pensei que fosse descer para a festa de óculos...

— Pois fique sabendo que quase fiz isso!

E era verdade. A princípio, Alba pensara em usar os óculos e fazer o coque nos cabelos, mas alguma coisa dentro dela fizera com que mudasse de idéia.

Mostraria a Zandra e a seus amigos que podia ser atraente, mesmo tendo um trabalho que a mantinha trancada no escritório o dia todo. Apesar de não poder se dar ao luxo de comprar vestidos e jóias caras como as demais mulheres da alta sociedade que estaria nesse baile, sabia que seu vestido vermelho era impecável e a jóia feita de jade, verdadeira e rara. Não iria fazer feio de modo algum!

— Fico contente de que tenha desistido, então. Se você soubesse como fica bonita sem eles. E com esses cabelos soltos, então, fica parecendo uma mulher da nobreza.

Ela deu um sorriso sem graça.

— Você é um galanteador nato, Shawn.

— Não. Apenas falo a verdade. Bem, agora chega de falatórios, porque os convidados já estão chegando e a mansão deve estar cheia. Vamos indo?

Alba tomou-lhe o braço oferecido e ambos atravessaram juntos o longo corredor, em direção à escadaria.

— Então, a doce digitadora acabou resolvendo ir mesmo à festa, não é? Posso saber o que a fez mudar de ideia?

Alba não respondeu e Shawn continuou.

— Pois eu sei muito bem qual foi o motivo. Foi sua ambição que falou mais alto, não foi? Ah, Alba, você não me engana. Nós dois somos muito parecidos, sabe? Inteligentes, ambiciosos e queremos voar muito mais alto...

— Você pode ser um homem ambicioso, Shawn. Mas o que o faz pensar que eu também seja?

Eles agora estavam no topo da escada e os sons vindos do salão eram claramente audíveis.

— Você está aqui nessa propriedade, Alba. Os Saramago são gente muito importante e aqui está você, entre eles, mais bonita do que qualquer pessoa que já pisou nesta ilha...

— Como eu já disse, Shawn, você é mesmo um galanteador! E um galanteador exagerado, diga-se de passagem.

— Eu digo novamente que sou apenas realista. Sei que você será a garota mais bonita da festa e eu serei o mais atraente e charmoso...

— E eu digo que você é um grande convencido!

— Eu? Convencido?

— Exatamente. Na sua opinião, todas as mulheres do mundo estão loucas de amor por você!

— Amor? Hum... que palavra fora de moda! O que é o amor para você, Alba? Duas almas solitárias unidas pelo destino, devotadas uma à outra, até o fim de suas vidas?

— Você está sendo sarcástico.

— Não, querida. Acho que é você que anda lendo muitos livros. Não confunda ficção com realidade, ou acabará se dando muito mal...

Eles haviam chegado ao último degrau e Shawn a olhou de um jeito malicioso, como se estivesse disposto a ensiná-la os fatos reais da vida.

— Você já teve algum namorado?

— Eu acho que você sabe a resposta para essa pergunta, Shawn...

— Não é toda mulher que admite uma coisa dessas. — Os olhos dele estavam brilhando. — Você é um muito inocente, não é? Ora, ora, você poderia gostar dessa experiência.

— Duvido. Há pouco, você me disse que eu era ambiciosa. E estava certo. Meu maior sonho é ser uma editora de sucesso e vencer na vida. Mas desconfio que meus planos irão por água abaixo, se me deixar levar por seus galanteios... Não sou nenhuma boba, Shawn. Minha cabeça está bem firme, em cima do meu pescoço...

— Quer dizer que você pretende passar a vida toda trabalhando, sem nenhum tempo de folga para se divertir? Não sei, não, mas estou achando que você vai acabar como uma solteirona solitária...

— Pois eu prefiro ficar solteira a me casar e ter o destino de Carmem Saramago. Sinto tanta pena dela! Parece que ninguém nessa casa aceitou a pobre. E sinto pena de Diogo também. Por onde será que ele anda?

— Só Deus sabe... Deve estar por esse mundo afora, tentando esquecer o fracasso de seu casamento e as possíveis escapadas da mulher...

Alba ficou revoltada.

— Não acredito que Carmem o traísse! Ela tinha um filho para cuidar e apesar do que todos pensam por aqui, não creio que tenha se casado com Diogo Saramago por dinheiro ou posição!

Shawn começou a rir.

— Como é que você pode dizer uma coisa dessas? Por acaso chegou a conhecê-la? Ah, Alba, você tem a tendência de julgar as pessoas como se elas fossem personagens de um livro. O ser humano, minha querida, é muito imprevisível e não se comporta segundo um padrão determinado. Ninguém consegue conhecer o outro a fundo. Acho que nem nós mesmos conseguimos saber o que se passa bem no fundo de nossa alma... E saiba minha caríssima dama, se quer saber mais sobre a vida íntima de Carmem pergunte ao seu adorado Don Saramago.

— Pode ser que você tenha razão, Shawn. Mas no caso de Carmem, não se esqueça de que ela tinha um filho de Diogo. E isso prova algo, não prova?

Ele deu um sorriso irônico.

— Para mim, não prova nada. Pois muitos acredito que aquele garoto nem tenha o sangue dos Saramago ou pior, seja filho... Ele parou de falr com receio de ser ouvido. — Por sorte o garoto tem as caracteristicas físicas da família.

— Isso é um absurdo!... Ora, Shawn! Prova que eles se amavam!

— Deus do céu, Alba, como você é ingênua! O fato de eles terem um filho juntos não quer dizer nada! Por acaso você acha que, para se fazer sexo, o casal precisa estar apaixonado?

— Já que você é um homem tão maldoso, Shawn, a troco de que costuma perder seu precioso tempo visitando Javier, no berçário? Quando a babá Sara me contou que você às vezes passa por lá, nem consegui acreditar.


Eles agora estavam no hall da mansão Saramago, onde o quadro a óleo de Don Zein Rodolfo de Saramago, pendurado numa das paredes, parecia um fantasma a espreitar os que por ali passavam.

— Eu conhecia Carmem, já se esqueceu disso? E o que há de errado em me interessar por seu bebê? Não sei qual é o juízo que você faz de mim, Alba, mas fique sabendo que não sou imune a sentimentos. E tenho melhor coração do que todos os membros do clã Saramago, principalmente do que o todo-poderoso dono desta propriedade...

De súbito, Shawn virou-se para ela e segurou seus ombros com força.

— Fale a verdade, Alba... Você está de olho em El Don Adrian, não está?

— É claro que não! Isso é um absurdo e...

Mas Alba não continuou sua sentença, porque Shawn abaixara a cabeça e já colava sua boca na dela, a língua insistente e provocante abrindo seus lábios à força.

Morrendo de medo que Adrian Saramago aparecesse por ali e os visse, ela chutou a canela dele com a ponta de seu sapato, fazendo-o recuar. Então, no mesmo instante, saiu correndo dali, indo em direção ao som da música e do falatório das pessoas... uma jovem sem fôlego vestida de vermelho, sem saber que tinha o olhar assustado de uma corça fugindo do incêndio da floresta, ao entrar no salão nobre da mansão Saramago, onde a festa estava em pleno vapor.

Então, ela o viu. Lá estava ele, bonito como um deus, perto da janela, observando os convidados. De repente, seus olhares se cruzaram e Alba sentiu um frio na espinha, uma sensação estranha que lhe queimava a alma, e ela ficou ali, imóvel, completamente sem ação, como se estivesse hipnotizada. Quando Shawn Diamonds apareceu e, tomando-lhe o braço, levou-a para o meio do salão, suas emoções ainda estavam tão fora de ordem, que nenhuma resistência foi oferecida.

— Você não devia ter me chutado daquele jeito sua... — Murmurou ele, em tom de carinhosa censura. — Minha canela está doendo até agora.

— Bem-feito. Espero que isso o ensine a não mais bancar o engraçadinho comigo.

— Mas eu só quis lhe dar um beijo inocente!

— Pois eu não estou nem um pouco interessada nos seus beijos.

— Você é uma mulher muito séria, Alba! Deveria ser mais solta, mais alegre, como qualquer mulher da sua idade... Sinto que está muito tensa, também. Por que não relaxa nos meus braços e curte a música? A banda que Zandra contratou é excelente, não é mesmo? Aliás, os músicos são meus conhecidos e fui eu que sugeri que ela os chamasse. Não tive uma ótima ideia?

— É, eles São bons, mesmo. Pelo menos nisso, você deu uma dentro...

Shawn sorriu,

— Não olhe agora minha querida, mas... — Murmurou ele em seu ouvido —, Nosso querido anfitrião acabou de ganhar um presente que dá água na boca...

Alba procurou não olhar, mas foi vencida pela curiosidade. E seu coração deu um salto quando viu uma loira deslumbrante ao lado de Saramago, que tinha todas as atenções voltadas para ela. Era como se os outros convidados houvessem desaparecido do salão e ele só quisesse escutá-la.

— Aquela que é Paula Oliveira? — Perguntou Alba, certa de que a moça de vestido Branco decotado fosse mesmo a escolhida da Condessa Saramago.

— Pode apostar que sim, querida. Olhe como ela é elegante, chique... Carmem nunca conseguiu adquirir esse ar de sofisticação, nem com todo o dinheiro do famoso marido. Ela nunca teve classe e era isso que a Condessa Helena não aceitava... Nessa terra, minha cara, as mulheres são julgadas por seu pedigree... A educação é um fator de grande importância; então a conta bancária do papai é levada em consideração e, finalmente, se a família tem tradição, a candidata é recebida de braços abertos...

O conjunto agora tocava "the xx - together" e ele conduziu Alba para perto da janela, onde Don Saramago e Paula Oliveira pareciam estar muito entretidos na conversa.

— Pode escrever o que eu digo minha caríssima. — Murmurou Shawn, em seu ouvido. — A Condessa Helena não gostou nem um pouco quando seu querido Diogo se envolveu com aquela dançarina de segunda classe. Mas parece que o herdeiro de Saramago está querendo remediar o erro do irmão... Olhe só o jeito como eles estão se olhando! Um parece ter sido feito para o outro... Entende agora por que jamais terá chance de conquistá-lo? Você não pertence a esse mundo, Alba. Carmem também não pertencia e veja o que aconteceu a ela. Nós, os simples mortais, não podemos nos misturar com essa gente. Aposto o que você quiser como Alba vai se casar com aquela linda loira, que nem sabe o que fazer com tanto dinheiro que tem... Ah, lá está aquela bruxa da Condessa Helena Saramago sorrindo para eles. Ela, que sempre sonhou em ter a filha do governador como nora, vai ficar eufórica!

Alba estava odiando cada minuto daquela festa e o falatório de Shawn Diamonds só estava servindo para aumentar sua dor de cabeça ainda mais. Sentiu vontade de pedir licença e deixar o salão. Porém, se o fizesse, estaria dando provas de que estava com ciúme da deslumbrante loira, e isso ela não queria. Não havia outro jeito a não ser ficar ali, rodopiando nos braços daquele ator metido a galã.

— Você ainda não me contou, Alba, o que a fez mudar de opinião e comparecer a esta festa...

Ela teve de responder, meio a contragosto.

— Só estou aqui porque ele insistiu muito...

Shawn franziu a testa.

— Ele quem? El Don Saramago? Você está dizendo que o todo-poderoso insistiu para que você viesse?

— Isso mesmo. Ele foi ao meu quarto e... — Alba cortou a sentença ao meio, quando percebeu que poderia ser mal interpretada. — Bem, o que eu quero dizer é que...

— Eu acho que sei muito bem o que você quis dizer. El Don Saramago foi fazer uma visitinha em seu quarto e sabe Deus que meios ele usou para convencê-la. Acredito que ele possa ser... muito persuasivo!

Alba ficou revoltada.

— Pare de falar bobagens, Shawn! Não aconteceu nada disso!

— Mas aposto que ele tentou seduzi-la. Conheço bem esse tipo de gente... Ficam falando muito sobre honra, sobre respeito, mas, no fundo, são uns grandes sem-vergonhas!

— Pois fique sabendo que ele não tentou nada! A única pessoa nessa casa que parece ter sedução na cabeça é você...

Ele começou a rir.

— Ora, isso é tolice, Alba. Hum... Estou começando a ficar com fome. Que tal darmos uma parada e forrarmos nossos estômagos? O que Zandra comprou de caviar e de comidas finas daria para alimentar um batalhão!

As travessas arrumadas ao longo das diversas mesas cobertas por toalhas de rendas eram mesmo de dar água na boca e, seguindo o exemplo de Shawn, Alba pegou um prato e um garfo e se serviu. Estavam lado a lado, comendo caviar e bebendo champagne, quando Zandra se aproximou deles, seus olhos brilhando de fúria.

— Você ao menos poderia ter tido a gentileza de ir me cumprimentar querido. — Disse ela a Shawn, e depois virou-se para Alba. — Ou talvez você estivesse ocupado com coisas mais interessantes, não é?

— Ora, Zandra, pare de criar caso! Você estava conversando com Gregório Kelevra e eu não quis interromper. Hum... Esse caviar está simplesmente divino. Você não quer experimentar?

Zandra deu um sorriso irônico e olhou de novo para Alba.

— Você está gostando disso, não é mesmo?

— Estou, sim. É uma delícia.

— Eu aposto que deve ser a primeira vez que você come caviar... Não estou certa?

— É verdade, eu nunca tinha experimentado antes. Seu gosto me lembra um pouco ovas de bacalhau, que minha mãe costumava preparar quando eu era pequena.

Zandra franziu a testa, revoltada.

— Você está tentando bancar a engraçadinha aqui? Como ousa fazer tal comparação.

Alba não entendeu bem o porquê de tanta indignação e balançou a cabeça.

— Ovas de bacalhau é um prato delicioso, principalmente com batatas fritas!

— Sua mulherzinha malcriada! Eu gasto uma fortuna comprando o melhor caviar que existe e lá vem você falando em ovas de bacalhau! E fique sabendo que nem deveria estar nesta festa, já que não costumamos convidar os empregados!

Shawn segurou o braço dela com força.

— Zandra! Não sei o que deu em você, mas, se quiser descontar seu mau humor em cima de alguém, desconte em mim! Já estou acostumado com os ataques de estrelismo de atrizes como você, que ficam doidas se não são o centro das atenções o tempo todo! O que foi o diretor mais renomado e famoso da Espanha não caiu no seu charme?

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