Capítulo 28 - O Diário...
Estavam na casa da cigana chamada Dara, que se encontrava fechado justamente para que pudessem conversar em paz. Os piratas estavam espalhados pelas mesas do salão que logo seriam uma taverna, Zein estava sentado ao lado de Alícia em um dos bancos perto do balcão enquanto a anciã Rubi, Reina e Dara estavam de pé com os queixos caídos!
— Sua Babá!... — Os todos gritaram juntos, surpresos com a novidade que acabara de ser dita pelo rei dos piratas.
— Dara foi contratada pelos meus pais para ser minha babá, ela deveria cuidar de mim na viagem que faríamos juntamente com o tio William e família, mas como todos sabem o plano do meu tio sempre fora outro. Dara ainda era solteira, e junto de seu noivo conseguiram me retirar da mansão antes que a tragédia foi completa. — Alícia coloca a mão sobre a boca e encara Saramago, recebendo um meio sorriso dele.
— Que coisa maravilhosa, não é? Saber que foi mais uma vez o nosso sangue que ajudou o jovem Saramago a escapar da morte. — Os olhos da anciã brilharam.
— Zein, seu irresponsável! Você sai daqui dizendo que vai ser rei dos piratas, iria se vingar do homem que assassinou seus pais e recuperar suas terras; e sei lá o que mais e agora me volta com a filha do seu pior inimigo que você engravidou. Não uma, mas duas vezes!... — Dara pergunta/grita nos ouvidos do Saramago.
— Pois é! E veio aqui para que? Acha que vai fazer igual ao teu pai e vai largar essas crianças aqui comigo?! Pode tirar o cavalo da chuva! — Dara indagou gritando. A cigana extremamente brava ainda ia deixar Zein surdo com seus gritos.
— E você, moça? — Dara mirou em Alícia. — Como você se sente estando grávida pela segunda vez de um idiota desses? Não tentou cortar a garganta dele ainda pelo que vejo. Pois pela lógica esse pirata Saramago deveria ser o seu inimigo!
Alícia se assustou com a pergunta e não sabia o que responder. Mas, em certa parte, ela concordava com a cigana.
— Eu...
— Aí! Parem de gritar! — Saramago tampa os dois ouvidos com as mãos. — Eu não sou um idiota e eu não vou largar os meus filhos aqui com você! Eu vou cuidar deles e da Alícia juntos!
O bando sorriu e Alícia ficou desconcertada, sem saber como agir diante de tal situação. Zein dizia coisas bonitas do nada e, ainda por cima, sem querer.
Rubi a líder da vila cigana e Reina riram e sorriram depois para Saramago.
— Fico feliz em ouvir isso vindo de você, Zein. Se tornou um homem muito responsável.
Ele riu enquanto coçava a nuca com uma das mãos, envergonhado.
— Foi bem educado por você, Dara!
— Certo, certo. Se não veio largar essas crianças comigo. O que veio fazer aqui? — A mulher de longos cabelos escuros perguntaram apoiando a cabeça em uma das mãos na mesa. — E veja que não caiu nessa sua história de vir me buscar, você só retornou por causa daquilo? O punhal da família Saramago, seu pai havia me ordenado lhe entregar apenas quando fosse um homem feito. Pelo jeito esse dia finalmente chegou!
Adrian piscou algumas vezes...
Como assim?
Ele nunca ouviu falar desse punhal antes.
Suas mãos rapidamente passaram as páginas em busca de mais pistas, mas com diversas páginas arrancadas ficaria difícil descobrir algo a esse respeito.
— Maldição! Outro beco sem saída dessa estranha história. Afirmou ao retornar a leitura do diário.
— Bom, eu e o meus companheiros discutimos e achamos que aqui seria um bom lugar para cuidar da segunda gravidez de minha esposa, pois ela não quer que descubram que está grávida novamente.
— Hum? E qual o problema? Pelo que vejo vocês dois já possuem o herdeiro primogênio dos Saramago. — Dara o questionou, cruzando os braços.
— Bom, além de eu ainda deter o título de reis dos piratas agora. — Felipe II, que brincava com Ruan nos braços, diz. — É perigoso deixar que saibam que a senhora Alícia está esperando um segundo bebê. Iria colocar a vida dela e do bebê em perigo. Alguns parentes estão ainda tentando matar o pequeno Ruan e os senhores Saramago, uma segunda gravidez deixou tudo mais frágil do que imaginamos. e com tudo estão acusando o emu pai de favorecer os piratas Saramago... O reino está em conflito nesse instante, então...
— Ah, sim... Por isso, acreditaram que na ilha dos ciganos estarão a salvo por enquanto.
— Espera. — Dara chama a atenção de todos. — Mas esse não seria o primeiro lugar onde procurariam? Digo, é a terra onde Zein cresceu e foi treinado.
— É um bom ponto. — Renia concorda. — Porém ninguém sabe da segunda gravidez da Alícia. Então, ninguém vira. A não ser que descubram e matem todos nós... Além disso, vão achar que Zein trouxe o herdeiro Saramago para ser treinado como ele foi. E ao trazer o Felipe II confirma que o príncipe também tem interesse no treinamento secreto do mais temido corsário da Espanha.
— Maldição, não fala isso não! — A anciã briga com a Dara com falas tão obscuras quando os seus próprios olhos poderiam ser naquele momento.
— Hum, faz sentido. — Igor concorda e tira o cigarro da boca, jogando-o em uma pequena lata de lixo a poucos passos de deles. — Vou me controlar para não fumar na sua frente, Alícia e do pequeno reizinho.
Dara sorriu com a decisão e olhou para a família Saramago.
— De qualquer forma, estou feliz em conhecer você, Alícia Saramago ou melhor dizendo, Sereia! E mais feliz ainda por ser a escolhida do meu menino Saramago e estar aguardando o segundo filho dele. — Ela aperta e levanta uma das mãos dele. — Estou disposta a ajudar em qualquer coisa que você precise, certo?
Alícia olha para Zein que sorria com o comentário da cigana, e então ele sorriu também, meio tímido, e concorda com a cabeça.
— Certo, e obrigado ABBA.
Zein estava feliz em saber que sua família estaria em boas mãos, feliz em ter voltado para ver todos e feliz por finalmente poder mostrar o lugar onde viveu para todos os seus amigos. Ah, como é bom finalmente estar de volta ao lar.
O céu já estava completamente escuro e a lua era o único ponto de luz naquele momento. Os piratas haviam acabado de sair da casa da cigana Dara depois de uma longa conversa. — sobre Rodolfo Saramago — descobriram que Zein havia sido acrescentado pela cigana como forma de protegê-lo... e caminhavam cansativamente até a vila dos ciganos.
Zein não queria ir, claro, e propôs que fizessem um banquete para comemorar a vinda dele à vila depois de tanto tempo. Porém negaram o pedido por estarem cansados demais, foram 7 semanas inteiras de viagem, afinal.
O capitão compreendeu e sugeriu que fizessem aquilo outro dia, e todos concordaram.
— Alícia Saramago! — Dara chamou e ela, juntamente a todos os piratas, pararam e se viraram. — Não acha melhor dormir na minha casa? Talvez se sinta melhor aqui.
Alícia não sabia muito bem como responder, era gentileza demais.
— Obrigada, mas não quero atrapalhar ninguém.
— Ah...? Nada disso, querida! — Tara se pronunciou. — Você tem dormido naquele navio desconfortável todo esse tempo, acho bom dormir em uma cama de verdade pra variar.
Alícia encarou a cigana decidida e o resto de seus companheiros de viagem que concordaram com a cabeça.
O médico particular que também acabou sendo convidado para a viagem olhou de volta para a mulher e suspirou, aceitando a proposta dela.
E Zein, com ambas as mãos na nuca, formou uma estranha careta vendo seu amada se distanciar dele.
— Pode vir também se quiser, Zein! — A cigana de cabelos escuros e longos diz e ele acabou abrindo um sorriso.
— Certo!! Amanhã vejo vocês, pessoal!
Zein coloca o braço em volta do pescoço de Alícia e o puxa para perto enquanto os dois caminham de volta até a cigana e seus dois filhos.
— Humm, que inveja... — Felipe solta voltando sua caminhada até a vila dos ciganos com os outros.
— Pois é. Felipe II, por que não temos mulheres? — Dante questiona emburrado.
— Eh? A culpa é minha? Me recusei a casar por acordos! E você...?
— Não consigo encontrar mulheres de temperamento dócil, já basta eu de mal humor o tempo todo.
— É injusto só o Capitã ser paparicado assim! — Dagger fala.
— Mas se quiser, pode dormir conosco, Galera. Nossa casa é enorme, a maior da vila e temos diversos quartos. — Reina diz para todos que assentem sorrindo.
— Ehh... E eu, e o Rough? Snake? E... — Charm indaga manhoso e Dante estala a língua olhando em volta com curiosidade.
— E como se sentem sabendo que vamos ter que passar um bom tempo aqui? — Sandra pergunta logo que alcançam a entrada da vila cigana.
Todos entram pelo enorme portão feito de madeira e dão uma breve olhada para a vila, pensativos sobre a pergunta da governanta dos Saramago.
— Humm, não sei. Não é do nosso costume ficar a tanto tempo num mesmo lugar. — Naive diz e logo em seguida ordena que as bagagens sejam trazidas.
— Pois é. Vamos ter que achar algo para fazer durante esses meses. — Damian comenta.
— Pelo que pude ver nos mapas, há outras ilhas aqui por perto também. Algumas até possuem outros reinos. Talvez possamos fazer algumas compras lá. — Reina diz e Naive se anima. Pensando nos inúmeros negócios que podem surgir disso.
— Hum, mas temos que ter cuidado. — Sandra chama a atenção de todos ao dizer e logo acende o cigarro do príncipe Felipe II. — Nesse tal reino aí... Talvez sejam aliados da Marinha inglesa, nunca se sabe.
— Oh, certamente. — Bard concorda. — Não podemos ficar mais tranquilos só porque chegamos aqui. Temos que protegê-los!
E todos concordaram novamente.
— E como vocês acham que o Zein vai lidar com isso? Ele é o que mais gosta de aventuras de todos nós. Com certeza vai querer se aventurar por aí!... — Bard solta mais um questionamento e todos param para pensar.
— Humm, é difícil dizer. — Kellam fala. — Ele ama aventuras, mas está ciente da responsabilidade dele como pai agora.
— Sim. Ele está tão feliz com a chegada do segundo filho que talvez nem se lembre que é um pirata. — Drunk se pronuncia e dá uma risada logo depois.
— De qualquer forma, eu vou adorar ver isso essa nova versão do Capitã Saramago! Explica Dante fazendo todos rirem com essa possibilidade.
Adrian tinha certeza, Zein Saramago viveu a vida intensamente e tinha valorosos amigos. E mesmo que todos eram piratas dava para se notar o amor que todos nutriam um pelo outro.
Abaixou seus olhos voltando a leitura...
Quando chegaram na casa da cigana de cabelos escuros, a primeira coisa que Alícia fez foi sorrir como uma criança que vê um doce. Logo na entrada, ela já podia sentir a nostalgia lhe atingindo em cheio.
Zein revelou algumas de suas memórias sobre como foi crescer dentro de uma família cigana. Ele costumava almoçar ali algumas vezes com Igor e Tara e depois os três ficavam bagunçando na pequena sala, o que causou alguns vasos e mobílias quebradas.
Alícia entrou na casa por último e observou bem o lugar; as paredes pintadas de rosa bebê, o sofá com minúsculas flores rosadas e a mesma mesa de centro continuavam ali, estava continha o nome das três crianças que quase destruiram a casa toda com as suas inúmeras travessuras.
— O que foi, Zein? — Ela pergunta, se inclinando para pegar seu filho Ruan do chão.
— É que já faz tanto tempo que eu não venho aqui... — Ele diz com os lábios trêmulos, tenho boas e más lembranças daqui.
Alícia sorriu gentilmente para Saramago e colocou a mão em sua cabeça, movendo-a sobre os cabelos escuros dele.
Dara os levou para um quarto vago dentro da casa e disse que eles poderiam dormir ali. Eles pronunciaram um "Boa noite" e a cigana fechou a porta do quarto, deixando o casal a sós.
O quarto não era muito grande; tinha uma cama de casal, uma pequena cômoda e uma janela do outro lado. Bom, já era bom o suficiente. Zein havia enviado dinheiro suficiente todos esses anos que ficou ausente para que Dara pudesse reconstruir seu lar e montar o seu próprio negócio dentro da vila cigana.
— Aah! Que saudade dessa casa! — Zein pronunciou-se jogando na cama e rolando sobre a mesma. — A comida da ABBA é tão deliciosa que eu como tanto que parece que estou grávido também, olha!
Alícia encarou-o e riu, concordando com a cabeça. Zein tinha uma estranha particularidade, quando ansioso ou nervoso demais ele descarregava na comida ou bebida.
— Parece sim. Agora vamos ter três bebês.
— Eh..! Será?... — Ele se senta, empolgado com a ideia.
— Não, Saramago. Eu não sei se vou dar conta de uma criança, imagina mais duas?
— E se for três?! — Ele parece ainda mais animado.
Alícia suspira e se senta na parte esquerda da cama, deitando-se lentamente sobre os travesseiros brancos e macios.
— Vamos nos contentar com um só por enquanto. E eu estava falando do Ruan e de você!... — Explica e pede com paciência Alícia e Zein assente sorrindo de modo travesso.
Com ela deitado sobre a cama, imóvel e com um dos braços sobre os olhos, Zein entendeu que ela queria descansar, então tentou não atrapalhar muito.
Engatinhou sobre a cama e se aproximou dela. Deu um pequeno e curto beijo em sua bochecha do e pousou uma das mãos em sua barriga, alisando o lugar com cuidado.
Em seguida ele se deitou ao lado dela e continuou seu carinho na barriga, sentindo Alícia relaxar com o toque.
Zein sorri.
— Sereia.
— Hum?
— O que acha de fazermos um banquete com todos os nossos amigos? Sabe, pra comemorar a vinda do nosso segundo bebê.
— Você diz... Todos, todos? Todos os seus amigos mesmo?
— Sim! — Zein se levanta um pouco e tira o braço de Alícia dos olhos dela, encarando-a com um pequeno sorriso. — Você aceita?
— Bom, Don Saramago. Acho que não é uma boa. Nós conhecemos muitas pessoas, isso ia chamar a atenção da marinha, não acha?
Zein ficou pensativo por alguns segundos.
— É, tem razão. Mas poderíamos aproveitar que na vila dos ciganos á sempre comemorações.
Alícia sentiu o tom triste e meloso que a frase alheia saiu e segurou o rosto de Saramago dos dois lados, puxando-o para um selinho demorado.
— Mas podemos fazer um banquete aqui mesmo, o que acha? Com a sua tripulação e as pessoas importantes para você, certo? Algo mais simples e divertido.
Os olhos castanhos escuros brilharam.
— Humm, está bem, minha Sereia!
Os dois juntam os lábios e mais um beijo se inicia, juntamente de outras carícias e mãos sedentas por todos os lados.
Com o passar dos minutos, o casal ia ficando ainda mais animado e quando se deram por si, já estavam completamente nus e se amando de uma forma mais íntima.
Essa era a segunda vez depois da revelação da segunda gravidez de Alícia. A segunda vez que transavam com calma e sem preocupações aparentemente.
Desde a primeira vez, não tinham tido oportunidade para uma segunda vez mais serena e aqui estavam eles agora, aproveitando o primeiro momento a sós depois de vários e vários dias sem toques tão íntimos.
Quando acabaram, Alícia fez questão de abraçar Saramago por debaixo dos Lençois floridos com enormes girassóis amarelos, aproveitando para depositar vários beijos em sua face.
Zein gostava de sentir que estava protegendo algo.
Já Alícia, apenas aproveitou o abraço que recebera do rei dos piratas.
Ele não era muito de abraçar. Abraçava Ruan às vezes e raramente o fazia com o resto de sua tripulação. Só em momentos mais específicos.
Já com Alícia, bom, pode-se dizer que ela foi a pessoa que mais abraçou nesses últimos anos, afinal, Saramago não vivia sem o bendito contato físico. Mas Alícia não reclamava, ah, mas não mesmo!
— Zein.
— O que foi?
— Pode me contar um pouco das pessoas que conheci hoje? Digo, eles só ficaram gritando e falando sobre você. — Ela diz em um tom de humor.
— Ah, Dara e sua família? — Saramago ri e prepara os pulmões para falar. — Bom, como a Dara disse, o meu pai me entregou pra ela e ela cuidou de mim, do Igor e da Tara. Como uma mãe, sabe? Só não conta pra ela que eu disse isso. — Ele coloca o dedo indicador nos lábios e Alícia assente. — Já a anciã Rubi nos ensinou a ler e ter bons modos. Ela é legal! E o prefeito... Bom, ele é um velhote que vivia gritando comigo e as demais crianças por causa das inúmeras travessuras que fazíamos por aqui. Como deve ter percebido eu não foi nem uma criança serena e muito menos um adolescente fácil.
— Entendi, entendi. Você nunca os mencionou pra mim. — Alícia comentou, abraçando Saramago de volta.
— Bom, é que nunca encontrei oportunidade. Além disso, eu preciso mantê-los a salvo o máximo possível. O que acha que teria acontecido a eles se todos soubessem que Dara e os ciganos foram responsáveis pela minha sobrevivência. Mas o importante é que você conhece eles agora! Conhece até demais, agora! Pode tratar ABBA e seus filhos como a minha família na verdade.
Alícia ri junto e volta a ficar quieta, tentando se aconchegar ao máximo com o rosto enfiado no pescoço dele, fazendo-o sentir pequenas cócegas ali.
— Ei, Sereia. Mas e você? Você nunca me contou sobre você também! A única coisa que eu sei é daquele tal de Convento El Corazón Imaculado que você falou que ficou por alguns anos. E que tinha freiras que considerava mais do que a sua própria família?
Alícia engoliu seco e respirou fundo.
— Bom, eu tinha pai, mãe e uma irmã mais nova. Aconteceram umas coisas e eles morreram... — Disse em um tom melancólica.
— Ah... Eu sinto muito... E me desculpe por fazê-la lembrar dos nossos dias sombrios. A culpa foi toda minha. — Beijou a testa dela e apertou um pouco mais o abraço.
— Tudo bem. Já faz tempo. E a culpa não foi sua... Minha irmã morreu de uma doença e talvez tenha sido melhor assim. Com certeza nosso pai a teria negociado também como fez comigo. Minha mãe era tão submissa que nunca se importou com que acontecia fora ou dentro de nossa própria casa. — Ela pausou. — O Corazón Imaculado era um lugar sagrado, elas, as freiras me ajudaram muito e graças a elas eu conheci um pouco de felicidade. E creio que você já saiba o resto.
— É. — Zein pausou por um tempo, pensando. — Então... É por isso que você tem tanto medo que descubram do nosso bebê?
— É... Exatamente. As pessoas à minha volta têm o costume de ir rápido. Ou não percebeu isso antes. — Alícia falou com tristeza e ironia. — Eu me preocupo com você, mas não tanto, pois você é forte. Mas Ruan e o bebê são frágeis ainda e não podem se defender. Então, é natural ficar preocupada, certo?
— Humm, mas e as freiras? Elas ainda estão vivas, não é?
— Bom, sim, mas...
— Não precisa se preocupar tanto, Alícia. — Zein encarou os olhos castanhos claros dela, sorrindo com confiança. — Eu entendo seus motivos, mas eu já falei: eu vou proteger vocês Três, custe o que custar!
E depois dessa frase, Alícia Saramago pôde dormir tranquilo.
3261 Palavras
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro