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Capítulo 22 - O Diário

Durante toda a viagem dos piratas de Saramago, era impossível não notar o quanto Alícia estava incomodada desde que partiram da ilha esconderijo dos piratas.

Não era algo comum encontrá-la cabisbaixa, às vezes quieta e nos presa em seus próprios pensamentos. Deixando Don Zein dá mesma maneira, o rei do piratas não era nem de longe assim, ele nunca pensava em nada, apenas agia!

Não demorou nada para que a tripulação percebesse essa mudança de comportamento em ambos, e todos estavam um tanto incomodados ao verem os dois assim, contudo, acharam melhor não perguntar e esperar que eles se sentissem confortáveis em dizer algo sobre.

Bom, nem todos pensaram assim.

Naive, como imediato e talvez melhor amigo do capitão Saramago, era o mais incomodado com a situação. Ele queria saber logo o que estava acontecendo, apesar de já ter uma ideia do que podia ser. Naive era o sétimo irmão caçula dentro de uma família sete mulheres, todas estavam casadas e seguiam suas vidas em diferentes partes da Espanha. E cada uma delas tiveram mais do que dois filhos.

Deitada sobre algumas almofadas e um belíssimo tapete, Alícia mantinha as mãos na nuca, parecia despreocupada e um pouco entediada apesar do incrível pôr do sol na sua frente.

Saramago também logo percebeu que não estava sozinho ali, Naive se aproximava lentamente do leme, como quem não queria nada.

Aproveitando que todos os outros piratas estavam ocupados com suas tarefas diárias, o espadachim espanhol finalmente achou o momento perfeito para conversar com seu capitão e finalmente entender o que se passava na cabeça dele.

— O pôr do sol está lindo hoje.

Saramago sentiu vontade de se enfiar em um buraco depois desse comentário, isso não era algo que viria dele.

— Está mesmo. — Concordou, seco.

O espadachim se irritou e expirou forte, Zein Saramago não era tão sério assim fora de batalhas, o que estava acontecendo com aquele meio-cigano afinal?

Naive estava prestes a fazer a pergunta que não queria calar, porém foi interrompido no mesmo momento pelo próprio Saramago.

— Ei, Naive.

— Hum-hum? O que?

Zein ajeitou a postura e agora estava sentado e com as pernas cruzadas, segurando o seu lenço vermelho para não cair com o vento. Não dava para ver seu rosto, mas Naive presumiu que ele estava sério.

— Você acha que a Alícia gosta de mim de verdade?

Oh, a pergunta pegou o imediato de surpresa, mas nada que o impedisse de ajudar seu capitão. Ou ao menos tentar.

Naive olhou para a frente, mirando os olhos no tal pôr do sol que ele admirou segundos atrás.

— Hummm... Não sei. — Foi sincero, afinal, ele realmente não sabia.

Alícia era uma mulher... Estranha. Sim! Essa era a palavra que definia a jovem dama na visão de Naive.

— Ela é séria demais e vive berrando irritada... Me lembro quando o capitão a salvou, parecia uma gata selvagem de tão brava, realmente é uma mulher indomável, mas acredito que a prefere assim. Desobediente e atrevida... — O imediato falou e coçou a cabeça em seguida. — Mas também algumas vezes já a vi agir competitivamente contra seus planos como uma criança fazendo birra. Principalmente há um ano atrás quando ela, Dagger e Kellam haviam se juntado para derrotar os piratas do Sul e o gancho enferrujado. Talvez ela tenha notado algo diferente nesses movimentos enquanto a aliança ainda estava formada, e até fez uma piada mental sobre eles acabarem juntos no fim contra você no futuro... Mas nunca passaram de amigos, apesar dos piratas mais antigos sempre negar que eram. Enfim, como adivinhar ou saber o que se passa na mente e no coração de uma mulher!

E então Zein voltou à estaca 0, Alícia era realmente estranha.

— Hum... Entendi.

Saramago ficou chateado com a resposta, ou até mesmo decepcionado.

— Por que quer saber? Você gosta dela? — O imediato resolveu arriscar.

— É, acho que sim. Na verdade eu sempre gostei desde criança. Até juramos que nos casaríamos quando ficássemos adultos, mas ela acabou se casando com o Duque Abrantes e uma coisa acabou levando a outra...

E Saramago mais uma vez foi apenas o Saramago, com a sinceridade e a simplicidade de sempre. Até porque, não tinha motivos para mentir.

Já Naive, não sabia mais o que falar, ele não era especialista nesse tipo de conversa.

Na real, não sabia nada sobre sentimentos.

— E... — Naive tossiu. — E você acha que ela gosta de você?

— Acho. Quer dizer, naquele dia em que a gente parou pra descansar naquela ilha, Alícia quis me beijar? E quando percebi, a gente já tava sem roupa e...

— Ou, ou! Sem detalhes, por favor. — O espadachim interrompeu fechando os olhos.

— Foi mal meu amigo, esqueci do código entre os piratas. Jamais em hipótese alguma imaginar ou desejar a mulher de outro irmão do mar. — Saramago reviu um dos muitos códigos entre eles. — Mas aconteceu. Tudo bem que a gente estava meios bêbados, ela até falou algo sobre isso. Então eu não sei se ela realmente gosta de mim ou se foi algo no calor do momento.

— Hum, fazia sentido. Alícia nunca fez esse tipo de coisa enquanto estava bêbada, na verdade a garota detesta bebidas fortes, mas era um argumento válido. Opa, espera, talvez ela já tenha feito isso sim.

— Você já tentou falar para ela? Talvez devessem conversar sobre.

— Já tentei. Mas ela não me deixa nem chegar perto dela agora! — O rei dos piratas cerrou os punhos. — O pior é que ela quer ir embora, ela pretendi ficar na ilha Saramago e nem pensa em se despedir, ela não quer falar nada para mim.

Uma sobrancelha de Naive se ergueu ao ouvir aquilo. Zein tinha sido usado por aquela desgraçada?

— Naive... — O Capitã Saramago voltou a falar. — Você acha que Alícia só me viu como um divertimento novamente?

Quê?

Desde quando Saramago entendia de coisas assim?

Bom, ele não era um ignorante, mas chegar a essa conclusão rápido assim... Bom, na verdade, ele já estava pensando nisso faz um dias, certo?

Naive, apesar de puto em pensar nessa possibilidade, tentou se acalmar. Não queria atormentar ainda mais o capitão Zein e pensou um pouco antes de responder, finalmente chegando a uma conclusão.

— Bom, eu acho que não.

Saramago virou a cabeça e olhou para ele, interessado em ouvir quais eram os reais pensamentos de seu leal companheiro.

— Tipo, a Alícia não é uma mulher assim. Eu não acho que ela faria isso com você só pelo bem dela, afinal, vocês se tornaram amigos depois de tudo o que aconteceu no passado de ambos e ela sabe disso. Então, estando bêbada ou não. Você deveria tentar conversar com ela e esclarecer tudo. Ela também é alguém muito fechada, talvez tenha ficado com vergonha de te encarar depois do que fizeram e quer ir embora.

Zein, com os olhos brilhantes e encantado com a sabedoria de seu imediato, sorriu para ele e saltou para dentro do navio ficando de pé, empolgado.

— Então! Como eu posso fazer isso? Você sabe, né?? — Perguntou segurando os ombros do outro com força.

— Ah...? P-por que eu saberia?

— Ah...? — Saramago o largou e colocou as mãos na nuca. — É que como você está com a garota daquele bar na ilha agora, pensei que tinha alguma boa dica para me dar.

O melhor espadachim do mundo explodiu em vergonha, deixando seu rosto todo vermelho e ardente.

— D-do que você está-

— Mas se não tem, não tem problema! Já me ajudou bastante. — O braço direito do Don Zein Saramago se esticou até a porta da cozinha e ele saiu voando para lá. — Obrigado, Naive!! Me deu fome agora!...

Pronto Naive havia conseguido resolver parte do problema. Agora seria a outra parte mais complicada.


Do outro lado do navio...

— Como você está, Alícia? — Pergunta a mulher com cabelos enrolados e ruivoa ao entrar na sala médica do Sereia Azul, avistando a companheira de Saramago deitada em um dos leitos improvisados enquanto observava feito uma u=idiota o mar lá fora por uma das janelas redondas.

— Maldição.

Alícia não aguentava mais ouvir aquela pergunta e simplesmente não respondeu.

Reina suspirou com as mãos no quadril. Ah, por que mulheres da alta sociedade são assim? Mimadas e pedantes!...

Ignorando a falta de educação vinda dela, Reina se aproximou da cama e colocou sua palma da mão acima da testa dela, empurrando o lenço vermelho para trás, recebendo um murmúrio de reprovação dela.

— Hum, não está com febre, pelo menos. Ainda enjoada como a semanas atrás?

Alícia, ainda de olho na vista do mar, respondeu irritada.

— Sim.

— Pois é. O remédio que lhe dei demora para fazer efeito mesmo, desculpe. Mas estamos perto de aportar em uma ilha Saramago e vamos finalmente estar em terra firme! — Disse contente no intuito de animá-la, mas não aconteceu.

Ela a ignorou e Reina suspirou mais uma vez.

— E o Sereia Azul? Aconteceu algo com ele durante o ataque daqueles marinheiros malditos?

Ah, por que aquela mulher pirata era tão parecida assim como o Capitã Zein que apenas se preocupava mais com seu navio do que com a própria saúde? Reina nunca ia entender.

— Só alguns arranhões. — Conta ela arrumando o seu lenço e xalé multicolorido em seus ombros nus. — Mas nada grave. Reks e Rough vão consertá-lo.

— Que bom.

A porta da sala foi aberta mais uma vez, desta vez foi Lacsko, o jovem grumete quem apareceu com seus olhinhos fofos e preocupados.

— Senõrita, como está?

Grr, de novo! Alícia não se deu o incômodo de responder e o garoto se desculpou mesmo sem ter feito nada. Aquela mulher de cabelos em forma de caracóis era pior que o seu Capitã.

— Posso conversar com você, Alícia?

A garota não respondeu novamente, mas ela iria ouvir, pois Saramago estava decidido em falar.

Zein olhou para a cigana e o garoto e eles rapidamente entenderam, correndo para fora da sala e fechando a porta.

Enfim, sós. Zein pôs-se a falar.

— Olha Saramago, nós já temos percebido há algum tempo, mas esperamos deixar você falar. — Deu uma pausa. — Porém, ao que parece, o senõrita preferiu não dizer nada. Nós não somos burros, sabia?

Alícia engoliu seco e ainda não tinha coragem para encará-lo, deixando Zein prosseguir, por que ele tinha que colocar todos os demais dentro de algo que só era relacionado aos dois. Isso a deixava irritada mais ainda.

— Alícia, você se relacionou comigo nessas semanas? Não tem problema se não lembrar, não vou te julgar nem nada assim. Afinal, você é minha mulher e...

Alícia o interrompeu com uma risadinha irônica.

— Certo, vocês realmente acham que eu estou grávida? — Encarou o rei dos piratas, ainda sorrindo. — Eu não seria tão descuidada assim, vocês sabem.

Saramago inspirou e expirou fortemente indicando estar sem paciência. Claro, não é como se não soubesse que Alícia era difícil de lidar. Mas maldição, eles vivem juntos há 14 anos.

Espera... Alícia disse gravidez!...

Porém, certas vezes ambos eram muito teimosos e era difícil de conversarem de verdade, pois os dois em certos momentos pareciam duas crianças birrentas.

Alícia se surpreendeu com a atitude do navegador e virou o rosto em direção a janela novamente, meio envergonhada.

— Minha sereia... 

O apelido saiu quase como um sussurro, tinha um pequeno toque de hesitação e sua voz saiu um tanto trêmula.

Ela não esboçou nenhuma reação exagerada, posso até dizer que não estava surpresa, e realmente não estava. E então soltou.

— Já suspeitava disso a algumas semanas, mas no fundo não queria acreditar.

E Saramago também não se surpreendeu com a frase. Não era como se fosse difícil descobrir.

E com um sorriso, o rei dos piratas continuou.

— Para falar a verdade, estou feliz em saber que espera um filho meu. Ele será valente e muito forte.

Alícia deu um sorriso pequeno, mas ainda assim era um sorriso.

— E se for ela?... — E o sorriso se desfez quando ele virou a cabeça para a frente e abaixou a mesma, encarando seu corpo.

— Terei que triplicar o treinamento dela, pois ela será uma Saramago e ninguém irá feri-la! Afirmou como se fizesse um juramento.

— Mas eu estou com um pouco de medo. — Suas mãos agora tatuadas com os simbolos da casa Saramago seguiram até sua barriga, pousando-as ali. — Desde que Você se tornou o rei dos piratas, a marinha tem sido ainda mais irritante... E se eles acabarem descobrindo? — Alícia estava assustada, raramente ficava assim.

— Quando os marinheiros nos atacaram, eu só conseguia pensar isso... Argh! — Alícia dobrou suas pernas e abraçou seus joelhos fortemente, enfiando a cara entre eles. — Eu não quero... Eu não quero ter um filho que vai ser caçado somente por ter nascido. Disse Alícia em prantos.

Mudo, Zein caminhou até ela e a envolveu em um abraço com seus braços grandes, afetuosos e apaixonado, tentando confortá-la.

Alguns minutos se passaram, Zein saiu calmamente da sala e encarou os piratas Sa\ramago que esperavam pacientemente do lado de fora, aguardando qualquer notícia que fosse. Mas ele nada disse. Contudo, quando o viram ordenando o retorno definitivo para a ilha Saramago e entregando o comando do navio a Naive, já era tudo muito óbvio.

E depois de mais ou menos 30 minutos, o grumete veio todo animado avisar que a todos os Piratas, que Alícia Saramago, a Sereia Saramago, estava grávida!

Adrian passou o restante do seu tempo terminando de ler o diário de Zein e Alícia Saramago. Mas antes ele ordenou que algumas coisas pertencentes ao casal fossem levadas para o seu escritório definitivamente.

Faltando poucas páginas para o terminar a leitura, Adrian Saramago começava a entender muitas coisas.

2279 Palavras

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