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Capítulo 14

E, antes que Diogo pudesse responder, o poderoso señor deixou o escritório, batendo a porta com toda a força atrás de si.

Alba olhou para o escritor e viu um traço de ódio em seu rosto.

— Maldição! Como eu gostaria que esse demônio voltasse logo para a Espanha e nos deixasse em paz! Ou ele poderia ser engolido pelo mar como o maldito ancestral que o mesmo tanto se orgulha.

Diogo aproximou-se dela e colocou a mão em seus ombros.

— Você é uma mulher tão sensível, senhorita Perez... Imagino como ele deve tê-la assustado com essa história ridícula de casamento... Bem, de qualquer modo, acho que agora ficou claro que você não quer nada com ele, não é? Mas sabe de uma coisa? Compreendo perfeitamente toda essa insistência dele em se casar com você.

Qualquer homem iria adorar tê-la como esposa...

Alba ficou vermelha na hora e olhou para ele, espantada. Diogo sorriu para

ela.

— Você é muito modesta, senhorita... Agora, me diga uma coisa: apesar de Adrian, você está contente por ter voltado a ilha Saramago?

— Estou, sim. A casa é maravilhosa!

— E está feliz por estarmos trabalhando juntos?

— Muito feliz, Diogo.

— Só que tem uma coisa que não está me deixando satisfeito.

— E o que é?

— Você anda trabalhando muito. Muito trabalho e pouca diversão não são coisas justas para uma jovem mulher na sua idade. Você precisa se divertir mais! Olhe, amanhã é a véspera da reconquista desta ilha e eu gostaria muito que jantasse conosco e participasse das comemorações. Mesmo que eu ache essa festa um absurdo. Hoje à noite, Tim, Adrian e eu vamos construir a fogueira, que, quando for acesa amanhã, será vista a quilômetros e quilômetros de distância. É um espetáculo e tanto!

— Seu irmão mencionou essa comemoração e eu gostaria muito de assisti-la. Agora, quanto ao jantar... bem, eu preferia não comparecer. Sinto-me mais à vontade fazendo minhas refeições sozinha...

— Por causa de minha mãe?

— É... Você sabe que ela não gosta de mim... Além disso, a casa está cheia de

hóspedes.

— E o que tem isso? Paula ficará encantada em conhecê-la! Ela é um amor de pessoa e não tem nada de esnobe!

— Sei disso, Diogo. Mas minha última tentativa de me misturar com sua família e seus amigos foi um grande desastre... — Ela o encarou com olhos suplicantes. — Por favor, entenda. Estou aqui para trabalhar e é melhor ficar no meu lugar...

— Mas, além de trabalhar para mim, você também é minha amiga. Pelo menos, eu espero que seja...

— É claro que sou.

— Ótimo. Então qual é o problema de eu convidar minha amiga para jantar comigo?

— O problema... é sua mãe, Diogo. Ela não gosta de mim e me trata como se eu fosse uma perigosa intrusa nesta casa. Ah, Diogo, se você soubesse as coisas horríveis que ela me disse aquela noite... Meu Deus, como eu fui humilhada!

E então, tomada por uma estranha mistura de emoções, Alba não conseguiu mais segurar e deixou que uma torrente de lágrimas escorresse por seu rosto.

Diogo fez com que ela se levantasse e a abraçou.

— Não chore, minha querida! Eu fico tão triste em vê-la assim... Foi Adrian, não foi? O que ele disse para aborrecê-la desse jeito?

Ela tentou se recompor.

— N... Nada, acredite. Ele não disse nada... O que eu não quero é que o desastre daquela outra noite se repita de novo... Eu... prefiro ficar no meu canto, por favor, entenda...

— Pois eu vou lhe dizer uma coisa. Minha mãe está muito mais calma, depois que eu voltei para casa. E reconheceu que cometeu um erro, dizendo aquelas coisas terríveis a seu respeito. Será que você poderia fazer um esforço e... perdoá-la?

Alba não soube o que responder. Recusar o pedido de Diogo seria, no mínimo, falta de educação. Mas será que teria coragem de enfrentar a Condessa Helena Saramago outra vez? Desde sua volta a ilha, vinha fazendo de tudo para não cruzar com ela pelos corredores. E, agora, com que cara sentaria à mesa ao seu lado?

— Se você continuar a se esconder deste jeito na vai adiantar em nada. — Continuou ele — Todos vão pensar que tem alguma coisa a esconder...

— Você sabe que eu não tenho, e...

— Pois eu quero que os outros também saibam. Ou você está escondendo algo?

Ela lançou-lhe um olhar espantado.

— Não, mas... importa a você o que sua família pensa de mim?

— Importa, sim. E muito. Não quero falar sobre isso agora, mas posso garantir que importa. Faço questão de que este mal entendido entre você e minha mãe termine e estou mais ou menos ordenando que jante conosco amanhã.

Alba tirou os óculos, um pouco confusa.

— Por acaso você está exercendo sua autoridade sobre mim?

— Se você quiser colocar as coisas desse modo, estou sim.

— E se eu recusar? Você vai me mandar embora?

Ele balançou a cabeça.

— Não. Mas ficarei profundamente desapontado com a mulher corajosa que apareceu no hotel e me apontou o caminho a ser seguido. A mulher bonita que tanto me encantou...

Ela ficou vermelha com o elogio e começou a se sentir muito pouco à vontade.

— D... Desse modo, você não está me dando chances para recusar, Diogo...

— Pois eu não quero mesmo lhe dar essa chance. Gostaria muito que você jantasse conosco amanhã e, se recusar, ficarei desapontado e a festa toda perderá a graça.

Eles pararam de falar sobre aquilo e voltaram ao trabalho, mas algo de novo havia acabado de surgir entre eles. Naquele momento, Alba teve consciência de que Diogo Saramago deixara de vê-la como sua assistente pessoal, para vê-la como mulher. E isso não estava em seus atuais planos...


Através de um livro fascinante encontrado na estante do escritório que outrora era a biblioteca particular dos Saramago, Alba ficou sabendo que as comemorações da entrada do verão eram um costume antigo, que datava dos tempos pagãos, só sendo abençoado pela Igreja muito mais tarde, surgindo assim o dia da reconquista da ilha Saramago pelo Corsário Zein, no passado o dia era um festejo realizado em prol do Santo São João. Mas pelos fatos histórios Zein usou essa festa para conseguir invadir a ilha e toma-la de volta das garras do Conde Abrantes que havia ficado viúvo a menos de um ano.

Na verdade Felipe Abrantes, o Conde desposará a prima de Zein, Alícia Saramago que morreu em um terrível acidente de navio em sua própria lua de mel. O mais inacreditável que tanto Alícia como Carmem morreram afogadas perto desta ilha. Com uma diferença, o corpo de Carmem havia aparecido na praia no dia segunte, mas o de Alícia Saramago, não.

Em cada região, a fogueira era benzida por um sacerdote, menos na ilha Saramago, que rezava em dialeto dos ciganos, realizado pelos mais velhos.

Depois, flores e plantas eram atiradas entre as chamas e, quando o fogo se apagava, as pessoas começavam a cantar canções para afastar os maus espíritos de suas casas.

Esse costume estava ligado à velha crença pagã de que o fogo ajudava a aquecer o sol, e então ele brilhava durante todo o verão, ajudando as plantações e o crescimento das crianças. E, como os demônios e as bruxas tivessem que ser afastados, bonecos feitos de galhos eram queimados na fogueira. Uma crendice que não era do gosto da Condessa e nem de seus filhos na verdade.

Alba mal podia esperar para participar dessa festa, mas a ideia de jantar com a família não era assim tão excitante. Ao contrário. Era aterradora. Fechou os olhos e imaginou-se entrando no salão nobre da família Saramago, onde os drinques eram servidos, enfrentando a ironia de Adrian, a curiosidade dos Oliveira e, pior ainda, a antipatia da Condessa Helena e sua filha Zandra Saramago.

Que os céus tivessem pena dela! Alba abriu o armário, vestiu um casaco e decidiu dar uma volta. Nada como o ar fresco da noite para refrescar-lhe as ideias e ajudá-la a decidir o que fazer.

Eram oito horas e os Saramago estavam jantando, em companhia de seus hóspedes. Ainda bem. Alba pôde atravessar a casa em paz, sem cruzar com ninguém pelos corredores, e alcançou o terraço.

Lá fora, soprava um vento morno, que trazia o delicioso aroma das rosas que ali cresciam. Um corvo negro como a noite emitiu seu lamento por entre os carvalhos, deixando Alba um pouco assustada. Ela era uma mulher da cidade e ainda não estava totalmente acostumada com os ruídos da vida na ilha.

Começou a andar sob a luz do luar, respirando o ar salgado e sentindo o vento a desmanchar-lhe os cabelos. Seus olhos brilhavam ao contemplar o mar misterioso, arrebentando suas ondas nos rochedos, com toda a força.

À sua frente, estendia-se a praia de areias muito claras e escuras, Alba não ficou surpresa ao ver que a fogueira já havia começado a ser montada. Com certeza o trabalho fora feito por Tim e seu povo, participantes entusiasmados das comemorações de todos os anos.

Havia sido do alto do penhasco, onde Alba estava agora, que Diogo jogara as cinzas de sua jovem esposa, cinzas levadas pelos ventos até as ondas do mar... reencontrando o espírito da falecida, no local de sua morte.

Respirando fundo o ar fresco da noite, ela olhou para o lado e avistou um canteiro de rosas selvagens na beira do penhasco. Ajoelhou-se perto delas para tocá- las, quando uma voz misteriosa se fez ouvir.

— Não arranque essas rosas, se não quiser que o demônio vá assombrá-la em seu quarto, esta noite...

Alba ficou paralisada de tanto susto.

— Levante-se e afaste-se da beira do penhasco! — Ordenou a voz com certo temor.

— Eu estou bem e...

— Você é uma mulher tola!

— É problema meu!

Alba, com ar desafiante, arrancou uma das rosas e levantou-se. Ao se virar para olhar o intruso, o vento vindo do mar balançou seus cabelos e a luz da lua iluminou seu rosto de pele muito clara.

— Por acaso você quer o demônio em seu quarto esta noite? — Ele perguntou, com a voz irônica de sempre. Estava vestido com um jeans apertado e uma camisa preta aberta no peito.

— O demônio não vai aparecer no meu quarto, — Respondeu ela —, pois ele já está aqui, à minha frente...

Um sorriso cínico apareceu nos lábios de Adrian Saramago.

— Que engraçado... Dizem que a lua cheia faz com que as pessoas fiquem mais atrevidas... Parece que isso é mesmo verdade, não é? Além disso, cada vez que seus cabelos estão soltos, você se transforma numa mulher de verdade e perde aquele ar de robô eficiente, que obedece cegamente a seu dono como um cão obediente... Pode se passar séculos que as coisas realmente não mudam.

— Pois fique sabendo que eu não tenho dono!

— E não quer um? Então por que continua usando coleira.

— É claro que não! Que ideia absurda! Espera... Eu não uso coleira, seu atrevido.

— Você tem alma livre, señorita?

— Tenho, señor.

— E não desejaria que um homem a colocasse numa redoma de vidro, para protegê-la de todas as maldades do mundo?

— Não! Que coisa mais antiga!

— Você acha?

— Eu sei!

— Ora, você sabe! — Ele deu um passo à frente, aproximando-se ainda mais.

— O que você pode conhecer de emoções, se passa o dia inteiro trancada naquele escritório, trabalhando com a imaginação dos outros? Você conhece muito pouco da vida real, senõrita. Não conhece a dor e nem o sofrimento das pessoas, tira conclusões precipitadas e julgam conforme lhe convém.

— Meta-se com sua vida!

O vento soprava com mais força agora, deixando os cabelos de Alba no mais completo desalinho. Adrian começou a rir.

— Na Espanha, señorita, nós dizemos que, quando uma mulher discute com um homem, ela está entrando na arena com um touro...

— Pois eu não o vejo como um touro, señor.

— Não? — Ele franziu a testa. — Então como é que você me vê?

— Como o matador, com sua espada escondida na capa!

Por longos instantes, o silêncio entre eles foi preenchido com o ruído do mar, suas ondas arrebentando nos penhascos, num espetáculo de rara beleza. Alba respirou fundo e sentiu o delicioso aroma das rosas selvagens.

— Eu estou tentando imaginar, — Disse ele, finalmente —, se você se deu conta do que falou...

Ela o encarou, desafiante.

— Eu apenas constatei um fato, señor. O toureiro não esconde sua espada, antes do golpe final?

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