💕 Entre Dilemas! 💕
Eu não sabia exatamente como era enfrentar o ensino médio. Parece que o fundamental II levou consigo toda aquela segurança, energia e disposição que estava presente em mim. É meio difícil explicar como funciona essa transição, só que as pessoas não se importam muito. Talvez, seja apenas uma questão de proximidade e tempo, porém, nada se compara ao que nós, adolescentes, enfrentamos. Seria desgastante demais expor todos os meus pensamentos, argumentos e desejos sem ao menos ter a compreensão de alguém. Isso faz com que o nosso existencial seja limitado.
Enfim... Não quero entrar nessa questão, pois estaria fugindo do propósito, afinal nada mais ideal do que ir direto ao ponto.
O primeiro ano do ensino médio foi cheio de altos e baixos, sem contar que as aulas de português passaram a ser maçantes, as de matemática cada vez mais complicadas e as de educação física (como sempre) exaustivas. Detesto estudar... bom, na verdade, eu amo fazer pesquisas, mas não de acordo com o que os professores costumam pedir em sala de aula.
E para piorar tudo, as provas mudaram da noite para o dia. Tive que estudar dobrado, me dedicar sempre que possível, trocar cada momento de lazer por horas de leituras e mais leituras desconfortáveis, e tentar não enlouquecer.
Em meio a tantos dilemas, o pior aconteceu. Na última terça-feira, recebemos um aluno novo na sala. Aparentemente, ele é legal, inteligente, bom de papo, educado, gentil, conveniente (até mesmo porque meus colegas de sala são beeeeem desagradáveis)... Confesso que gostei dele logo de cara, mas é aquela coisa, né? A gente disfarça e nega até o fim.
Por que estou falando dele??? Bom, vamos aos fatos: na quinta-feira, durante o recreio, fiquei organizando o trabalho de literatura com o grupo da turma. Estávamos atrasados, e optamos por mudar muitas coisas na parte escrita, antes da entrega final. Do nada, o tal do garoto novo se aproximou, e soltou a seguinte frase:
— O desenvolvimento da primeira parte pode ser modificado por questões mais conceituais.
— E o que você entende de conceito? — perguntei, com ironia e deboche.
O cara simplesmente se aproximou, deu um meio sorriso e disse:
— Mais do que você pode imaginar.
— Me mostre — exigi, entregando a ele a folha de rascunho.
Achei que o mauricinho novato não fosse tudo aquilo que tanto dizia ser. Além de ter feito a mudança ideal no trabalho, nos deu uma breve aula (chata) do que é literatura. O sentido literal da palavra é o seu forte (e o sarcasmo também).
Que garoto mais debochado! Nossa!
Depois disso, ele simplesmente me convidou pra sair, pediu meu número e demonstrou total interesse. Confesso que fiz algo que não deveria ter feito. Passei o número da menina que vende doces no recreio, e acho que ele não vai gostar nada disso quando descobrir.
De qualquer forma, cheguei até o ponto onde queria: comecei a gostar dele e queria poder conversar.
Já procurei o facebook e instagram dele, inclusive o twitter. Ah! Pasmem: o cara tem um perfil no wattpad com várias histórias postadas! Nos dias de hoje, acho que é quase impossível existir um garoto assim.
Parece que, sem querer, ele se tornou... o... meu... crush! E aos poucos, estou aceitando isso.
Enfim... tentando esquecer os "problemas", como refúgio e uma forma de me distrair, chamei a Helena pra tirar umas fotos minha e postar no feed do insta. Sou péssima pra tirar fotos, sem contar que sempre posto e removo, porque não curto deixar tantas imagens expostas assim. Sei lá, não me critique, é apenas uma questão minha, pessoal (e de mais ninguém).
— Nem eu tô acreditando nesses resultados! — vibrou Helena, ao ver a galeria do seu IPhone.
Sinceramente, acabei não resistindo ao momento e optei por postar três de uma só vez.
Exagerei? Um pouco! Mas é aquela coisa, se não for pra exagerar, eu nem começo.
Falando em exagero, o inesperado aconteceu! E sim, estou falando do cara mais inconveniente do momento. Recebi um novo seguidor, um novo comentário em cada foto e curtidas nas postagens.
O garoto passou dos limites ao invadir a minha privacidade e fazer esses tipos de comentários.
Nossa! Fiquei sem jeito... Como isso pôde ter acontecido comigo?!
No mesmo instante, arquivei as postagens e comecei a trocar de roupa. Eu ainda estava com as vestimentas das últimas fotos, e queria esquecer o ocorrido.
— Mariana! Por que fez isso? — questionou Helena, indignada que só ela.
— O Natan comentou em minhas fotos — esclareci.
Nada costuma dar certo, e a sorte não caminha ao meu lado ultimamente. Nunca fui bonita, muito menos atraente, e agora surge esse cara do nada, me perseguindo. Talvez, seja exagero, mas nunca tive a chance de me apaixonar por alguém, e não será com ele que irei investir um relacionamento.
O complicado é que ninguém me entende.
Novamente, para esquecer o garoto de vez, convidei minha amiga para ir ao Starbucks. Não queria conversar muito com ela, e decidi escutar minha playlist preferida. Coloquei os fones no último volume. Senti a canção tomar conta do momento, e aproveitei ao máximo.
Sem muito papo, fizemos os nossos pedidos, comemos, e nos retiramos com a mesma cara de derrota.
Para piorar mais ainda a situação, a bateria do meu IPhone chegou ao fim, e isso foi a gota d'água... Comecei a chorar, irritada com a situação, e tive o apoio de Helena. O mais estranho de tudo é que comecei a sentir uma angustia por amar... amar, não: estar a fim de um garoto popular, chato, mimado, inteligente, educado... Nossa! Nunca me imaginei com alguém assim.
É complicado demais. Nem sei o que fazer exatamente.
***
A semana passou na maior lentidão. Durante as aulas, tentei desviar o olhar de Natan, foquei no que me fizesse bem e resisti ao máximo possível.
Sem querer, me aproximei do garoto. Tudo isso por causa de um trabalho chato de português. O professor formou as duplas e exigiu esforço da nossa parte. Confesso que no fundo gostei da ideia, só que eu não queria demonstrar, aliás: não podia!
O pior de tudo foi no dia em que decidimos nos encontrar no Starbucks para resolver a parte final do nosso projeto, antes de entregar. Discutimos sobre o assunto, rimos um pouco e meio que me diverti com ele.
Quando achei que estava indo tudo bem, Natan se declarou para mim. Seus olhos chegaram a brilhar. Inclusive, o mais conflitante foi ter que ouvir o seguinte pedido de sua parte:
— Topa namorar comigo?
Franzi o cenho como refúgio para o momento, mordi o lábio inferior na maior agonia e senti um arrepio percorrer meu corpo. O medo afetara o instante, e minha cabeça passou a enfrentar grandes dilemas, porém, o maior deles seria encarar o fatos ou continuar resistindo.
No fim das contas, somos todos feitos de emoções, em meio aos erros e acertos, cabendo somente a nós mesmos decidir quais caminhos trilhar. Seria injusto deixá-lo sem uma resposta de imediato. Sendo assim... tomei a decisão.
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Olá, leitores!
Tudo bem?
Espero que esteja tudo ok. ☺
O post de hoje foi um conto no formato de fanfic para vocês. Não sei exatamente de onde surgiu a ideia, porém, o importante é que saiu alguma coisa. ✌😁 Espero que tenham gostado, e MIL DESCULPAS pela demora nas postagens por aqui. Não prometo que será semanalmente, mas adianto que me dedicarei ao máximo para trazer assuntos bons, legais e divertidos. 😉
Tchau, e até a próxima. ☺
Abraços...
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