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Encarando a realidade

Quando Albus voltou a Hogwarts, era uma manhã de quarta-feira como qualquer outra manhã. Albus cruzou os corredores com o pai logo atrás, fazendo completa questão de se esconder dos olhares curiosos dos quadros e de fugir de qualquer aluno que estava fora das salas de aula.

Adentrou a Sonserina com um pé atrás, quase se escondendo atrás do pai, que carregava a sua mala.

–Eu acho que tínhamos que conversar com a diretora da sonserina, Albus.--Harry queixou-se.--Ela disse para nós a procurarmos.

–Ela está dando aula para o quarto ano, pai. Não quero olhar para a cara deles.

Harry revirou os olhos.

–Tudo bem... Você consegue levar a sua mala para o seu novo dormitório? Tenho certeza que a sua cama já está lá.

Albus meneou a cabeça, com um ódio gritante.

–Consigo.

–Você sabe que vai ter que deixar que seus colegas te vejam, não é?--Harry falou, colocando uma mão sobre o ombro do filho.--Não pode ficar fugindo das pessoas. Hoje de tarde você terá que comparecer às aulas.

Albus engoliu em seco, imaginando-se na aula de Herbologia. Já não aguentava mais ficar em pé devido à cólica terrível o lembrando que agora tinha um útero. Só de pensar que teria que ficar em pé na aula de Herbologia, já que o professor Longbottom parecia odiar cadeiras, o deixava tonto. Era até engraçado não terem detectado que ele seria ômega quando era um bebê. Isso deveria ter sido visível. Seu novo órgão não havia surgido do nada.

–Me dê um pouco de coragem grifinória, pai.--Albus tentou brincar.--Eu irei ficar bem.

Harry puxou Albus para um abraço.

–Eu e a sua mãe vamos ficar atentos no correio caso você precisar de alguma coisa. Agora, lembre-se de tomar seus supressores direitinho e de não ficar sozinho com um alfa quando estiver no cio, mesmo com os supressores. E também não esquece de comparecer à Ala Hospitalar quando sentir que tem alguma coisa errada.

Harry beijou a sua testa antes de deixá-lo sozinho naquela sala comunal vazia e de aparência muito maior do que Albus se lembrava. Talvez fosse por se sentir diminuto.

Adentrou os dormitórios femininos com dificuldade e quando encontrou o quarto que dividiria com as garotas do sexto ano, sentiu vontade de morrer. Elas eram legais (algumas delas), mas eram garotas e Albus não queria escutar conversas sobre garotos e maquiagem.

Havia uma cama vazia esperando por ele e foi com pesar que Albus colocou a mala sobre a cama.

Não acreditava que teria que comparecer ao almoço, mas não aguentaria três períodos de Herbologia sem almoçar.

***

Albus foi um dos primeiros a chegar ao Salão Principal, isso porque não conseguiu se imaginar adentrando aquelas portas com os olhares de todo mundo sobre ele.

Quando os seus antigos colegas de dormitório adentraram o espaço, o primeiro a notá-lo foi Scorpius, que literalmente correu até ele.

–Cara, por um segundo pensei que você fosse morrer quando acordei e você estava gritando e suando frio!--Scorpius partiu a falar e Albus só agradeceu por ter esquecido o que havia sentido.--Como você está?

Albus pensou em fazer alguma piada, mas mudou de ideia quando Travers, Avery e Nott se sentaram ao seu redor na enorme mesa.

–Estou irritado, mas bem.--Albus deu de ombros.--Tem algo engraçado em ter que dividir o dormitório com as garotas.

–Se escutar uma coisa sobre nós, conta!--Travers pediu, enquanto olhava para Amelia Zabine, que se aproximava dos quatro.

–Oi, Potter.--Ela parou atrás dele.--Já foi até o dormitório?

–Sim.--Albus respondeu sem dar muita importância.

–Gostou da decoração?

A decoração era composta por bandeiras roxas ao redor das cortinas das camas e uma penteadeira lotada de maquiagem. E Albus não queria nem falar do banheiro, que tinha o espelho repleto de fotos de astros famosos.

–É bastante feminina.--Albus abriu um sorriso amarelo.--Eu acho que dá para eu me acostumar, né?

Zabine riu antes de deixá-los. Talvez estivesse esperando que ele se queixasse.

–Você sabe que pode ficar o tempo que quiser no nosso dormitório conversando conosco antes de ir até o seu, né? Se quiser pode até dormir lá.--Scorpius falou e Albus quase temeu acabar com aquela ilusão.

Depois de escutar algumas coisas assustadoras dos lábios dos pais, tudo que Albus não queria era dormir no mesmo ambiente que o Scorpius.

–Dormir, não. Mas eu vou mesmo ficar conversando com vocês. Se ninguém reclamar, está ótimo.

–Por que não dormir?--Travers fez sinal de pouco caso.--A gente transfigura um colchão. Você não precisa aturar as garotas.

Albus realmente se controlou para não rir, mas não deu muito certo.

–Por que está rindo?--Nott perguntou.

–Porque a biologia me impossibilita de pensar em dormir no mesmo ambiente que vocês.

Os quarto pareceram profundamente confusos e Scorpius, que estava sentado ao seu lado, corou.

–Ah, por causa do cio?--O loiro perguntou e Albus quase desejou que um raio acertasse a cabeça do amigo.

–É... Mas não só por causa disso.

Eles pareceram querer perguntar mais coisas, mas não tornaram a abrir as bocas. Albus agradeceu por isso.

Quando o sinal da primeira aula da tarde tocou, ele e Scorpius decidiram, sem trocar palavras, manter a amizade igual a antes, o que talvez não tenha preparado Albus para o que aconteceu minutos depois.

–Albus,--Scorpius soou um tanto quanto alegre enquanto eles se aproximavam das estufas a passos lentos–tem uma marca muito preta na sua calça e parece gosmenta. Acho que você sentou em alguma comida.--O amigo falou, rindo.

Albus parou de andar no mesmo instante e arregalou os olhos.

Menstruar era um porre!

O que não daria para ser normal novamente?!

Encabulado, voltou a adentrar o castelo e Scorpius o acompanhou de maneira confusa.

–Já volto!

Albus adentrou o banheiro, deixando Scorpius para trás.

Não tinha como disfarçar aquela mancha, mas também não tinha como Albus voltar à sonserina sem atrasar para a aula. Lembrando de algo que a sua mãe havia dito, Albus saiu do banheiro com o suéter enrolado ao redor da cintura e com a pálpebra tremendo.

Scorpius arqueou a sobrancelha para a cena.

–Por que você está com o suéter ao redor da cintura?

–Porque os ômegas menstruam.--Albus foi sincero e grosso, também se arrependeu no mesmo instante em que as palavras terminaram de deixar os seus lábios.

Um silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente pouco movimentado. Scorpius o olhava como se estivesse com a mente em um turbilhão. Quando abriu a boca, Albus soube que a pergunta que ouviria não seria normal. Não para os padrões deles, pelo menos.

–Espera um pouco.--Scorpius parecia tentar encontrar as palavras certas.--Se você menstrua, então você tem um útero. E se você tem um útero, então você pode engravidar?

Precisava de tudo isso para chegar àquela solução?

–Sim...

Albus viu os olhos de Scorpius se arregalarem lentamente. Também viu quando suas pupilas pareceram tripicar de tamanho.

–E você pode amamentar também?

–Sim.--Albus sentiu a timidez tentar o empurrar de um penhasco.--Mas por que você está me perguntando isso, sua anta?!-- Reclamou, afastando-se do amigo com o rosto congelado no vermelho.

Scorpius o seguiu meio sem jeito e com a expressão tão vermelha quanto a de Albus.

–Como é a sensação de menstruar?--Scorpius perguntou antes que eles adentrassem uma das estufas. Albus não o respondeu.

***

Albus não soube o exato motivo, mas Scorpius começou a agir de forma engraçada. Depois de ter confessado ao amigo que menstruava e, portanto, tinha um útero, Malfoy pareceu entrar em pane. Durante a aula de Herbologia, fez dupla consigo, como normalmente, e o impediu de forma apavorada de mexer com as partes complicadas da aula prática. Quando a aula acabou e tiveram que andar até o castelo no friozinho de outono, Scorpius o forçou a utilizar o suéter dele.

Albus teria ficado assustado, mas, considerando o fato de Scorpius ser um alfa lúpus e alfas lúpus serem cuidadosos, talvez aquele fosse apenas o extinto do amigo aparecendo num momento de nervosismo.

–Quer que eu te ajude com as lições de segunda, terça e de hoje de manhã? Pelo menos das matérias que fazemos juntos.--Scorpius perguntou quando eles adentraram a comunal.--Você pode copiar as minhas anotações.

Albus meneou a cabeça e se sentou no sofá com um gemido satisfatório. Suas pernas pareciam chumbo.

Scorpius se sentou ao lado do amigo e apontou para os dormitórios de uma maneira um tanto quanto engraçada.

–Você não vai pegar os seus materiais? Trocar de calça?

Com um bufo, Albus se levantou e andou até o dormitório das garotas, onde Zabine já se encontrava sentada na respectiva cama.

–E aí, Potter!--Ela apontou para umas cinco bandeiras roxas penduradas na cortina de Albus, que revirou os olhos, andou até o banheiro e quando estava devidamente vestido e sem a desgraçada de uma mancha de sangue na calça, ele voltou à comunal sem de despedir da garota.

A comunal estava cheia de sonserinos curiosos e de risadinhas. Os colegas o olhavam sem tentar disfarçar a conversa que tinham ao seu respeito.

Scorpius apontou para a saída quando parou ao seu lado, parecendo uma barreira humana de tão alta.

Desgraça! Havia esquecido que havia diminuído de tamanho!

Malfoy parecia tentar protegê-lo dos sussurros de maneira instintiva, o que era um tanto hilário de se ver, porque o amigo fuzilava as pessoas que os olhavam por muito tempo.

–Vamos para a biblioteca?--O loiro perguntou.

Albus não negou.

***

Albus tentou não se irritar quando Scorpius, ao invés de sentar em sua frente, decidiu sentar ao seu lado. Malfoy deixou que a cadeira quase tocasse a de Potter, o que resultou em um afastamento óbvio pela parte de Albus e uma aproximação ainda maior pela parte de Scorpius, que pareceu não notar o desconforto do recém ômega.

Tudo bem, isso era estranho e chato.

Albus conseguiu pegar todas as anotações de Transfiguração e DCAT, mas ficou com preguiça de anotar Feitiços, Poções e Runas.

Quando já se passava das cinco e o jantar estava próximo, Albus bocejou. De uma forma que Potter não entendeu, Scorpius pareceu tremer e soltou alguma espécie de ganido, o que teria passado despercebido se ele não estivesse com os ombros quase colados ao do amigo.

–O que foi isso, Scorp?--Albus o fuzilou.--Você está estranho.

Scorpius soltou uma risada sem graça e foi prontamente impedido de responder pelo surgimento de Rowle, que se largou sentado na cadeira ao lado esquerdo de Albus.

–Você está parecendo menor, Potter.--O sonserino do sétimo ano falou, espreguiçando-se de uma forma que seu cheiro fez as narinas de Albus doerem.--Vim aqui conversar sobre o treino de Quadribol no sábado. Você acha que poderá treinar?

Albus havia esquecido totalmente do Quadribol. Não havia nenhuma garota, ainda mais ômega, no time, o que trazia em conta o machismo estrutural daquelas paredes verdes, assim como a profunda tradição ômega enraizada nos moldes sangue-puro. Albus deveria sentir medo dos garotos tentarem o expulsar do time.

–Claro que posso!--Albus quase gritou, feliz por aquela conversa não ser sobre tirá-lo do time.--Por que não poderia?

Scorpius parecia se mexer de forma desconfortável ao seu lado, o que não passou despercebido por Rowle.

–Está tudo bem, Malfoy?--Scorpius não respondeu, mas Albus imaginou que tivesse meneado a cabeça. Rowle voltou a atenção para Albus.--Espero que isso aí não impeça você de continuar sendo rápido. Merlin sabe o quão bom seu irmão é!

Rowle tinha uma visão bastante limitada em relação à vida.

Albus meneou a cabeça.

–Isso não me impede de nada, cara.

Rowle se levantou, colocando por uma pequena fração de segundos a mão no ombro esquerdo de Albus. Scorpius soltou de novo um som estranho, dessa vez uma espécie de rosnado.

–Vejo vocês depois!--Rowle acenou enquanto saia.

Albus voltou os olhos para Scorpius, mas o amigo não o olhava.

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