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Coruja, livro e mão milagrosa


Quinta-feira e Albus fazia o possível para não gemer de dor. A cólica estava o matando, mas pelo menos o fluxo havia amenizado e ele não precisava mais temer pela calça.

Às vezes Albus tentava não pensar no fato de que estava saindo sangue dos seus países baixos... Sinceramente, como podia alguém num dia acreditar ser beta e no outro acordar e descobrir que tinha um útero?

Era a terceira aula de Feitiços da semana e como ele não havia participado das duas aulas da manhã de segunda-feira, o professor fazia questão de olhar diretamente para ele enquanto explicava, o que impedia Albus de deitar a cabeça na mesa e tentar dormir.

Já havia tomado o remédio para cólica, mas verdade seja dita... Aquilo era um pesadelo.

Pesadelo ambulante!

Quando a aula acabou e ele e Scorpius saíram em direção à próxima aula, Albus quis chorar de dor quando uma pontada estrondosa de tão dolorosa pinicou o recém formado útero. Teria um período livre naquela manhã, mas seria apenas antes do almoço.

–Eu tenho Aritmética agora, cara.--Scorpius falou, parecendo não ter notado a expressão agoniada de Potter.--Quer que eu vá com você até Trato das Criaturas Mágicas?

Albus não se impediu de soltar um bufar irritado.

–Você tem medo de eu cair e bater a cabeça ou o que, Scorpius?--Queixou-se, sentindo-se o terror da raiva.

Scorpius pareceu se assustar com a brusquidão, mas não comentou a respeito. Albus o deixou sozinho e desceu em direção à cabana do professor, que mexia com o que parecia se tratar de uma caixa com alguns bichinhos minúsculos e vermelho-brilhantes.

– Olha se não é meu Potter favorito!--Hagrid o cumprimentou antes de se voltar para o resto da turma, que se aproximava com cautela da caixa.--Quem quer tentar adivinhar o que eu tenho dentro da caixa?!

Albus não queria...

***

Hagrid poderia ter dito que aqueles bichinhos eram fissurados por sangue. Ele e três garotas grifinórias acabaram lotados de bichinhos do tamanho de lagartixas e levaram mordidas que quase arrancaram pedaços.

Albus às vezes se perguntava o porquê de Hagrid ainda ser professor... E se perguntava porque havia escolhido continuar com Trato das Criaturas Mágicas como matéria.

Quando saiu da Ala Hospitalar com curativos em grande parte de seu rosto e mãos, encontrou Scorpius o esperando com uma expressão quase indecifrável no rosto.

–E aí, cara?--Albus chamou a atenção dele, que deu um salto devido ao susto.--Como foi a aula de Aritmética?

–Por que você estava na Ala Hospitalar?--Scorpius perguntou, parecendo não ter escutado a pergunta feita por ele.

–Levei mordidas de uma criaturinha engraçada.--Albus deu de ombros.--Você não tinha aula de Astronomia agora?

–Hoje a aula é de noite, iremos observar vênus.--Scorpius respondeu sem fazer muito caso.--Você está bem?

Tinha algo de estranho nos olhos de Malfoy e isso era um pouco assustador. Albus imaginava que o amigo já devesse ter voltado ao normal depois do dia anterior, mas parecia que a reação do alfa lúpus estava cada vez pior.

–Sim, estou bem.

–Está com curativos no queixo, na testa e em uma das bochechas.--Scorpius apontou e Albus quase riu, mas o rosto de Malfoy estava longe de parecer risonho.--Hagrid nunca aprende a lição!

–Já me machuquei mais vezes na aula de...

Albus foi interrompido de forma brusca:

–Agora você é ômega e está mais frágil, ele tinha que pegar mais leve!

O rosto de Albus murchou, porque os olhos de Scorpius haviam brilhado e seus caninos pareceram maiores por uma pequena fração de tempo.

Aquela reação não era normal... Aquela forma como ele havia falado... Aquela vermelhidão em seu rosto e a maneira como parecia ansioso para fazer algo que iria se arrepender depois.

Albus não sabia o que é que estava acontecendo com Scorpius, mas seus instintos diziam que aquilo não deveria ser considerado adequado ou normal.

Scorpius pareceu voltar ao foco de maneira assustada. Tentou abrir a boca para talvez se desculpar, mas Albus inconscientemente se afastou.

–Vejo você depois, Scorpius.--Falou, sem conseguir olhar nos olhos do amigo.

Andando de forma trêmula em direção à Sonserina, Albus desejou que Harry tivesse a resposta para aquela reação inesperada, porque a única coisa que conseguiu pensar após deixar Scorpius sozinho em frente à Ala Hospitalar, foi em mandar uma carta aos pais para perguntar se Scorpius estava bem.

Porque, na opinião de Albus, Malfoy não estava nada bem.

Ele só não podia ter certeza.

***

Albus adentrou o Salão Principal com passos nervosos na hora do almoço. Antes de chegar à mesa, Scorpius levantou os olhos e o olhou de uma forma que fez Albus pensar em cachorros pidões.

–Está atrasado.--Scorpius se queixou quando Albus se colocou sentado.--Desculpa por antes... Não sei por que agir daquela maneira.

Albus deu tapinhas inconscientes nas costas de Scorpius, que estranhou a situação.

Disposto a trazer à tona um assunto diferente e que não o lembrasse do caos que fora a reação do amigo, Albus disse:

–Meu aniversário é dia 21.

–Quer fazer alguma coisa para comemorar?--Scorpius soou animado, talvez animado demais. Seus olhos pareceram brilhar novamente, o que fez Albus mudar de ideia sobre olhar nos olhos do outro enquanto conversavam.

Albus não sabia porque havia trazido o assunto de seu aniversário à tona. Poderia ter começado uma conversa sobre Quadribol... Teria sido mais fácil.

–Não, não pensei.--Albus negou, dando de ombros.--James e eu achamos que seria divertido ir escondido a Hogsmeade, mas agora não acho uma boa ideia mais.

–Bem... No meu aniversário nós invadimos a cozinha...

–E isso foi há duas semanas atrás.

–Não se faz 17 todo o dia...

–Podemos pedir para a minha mãe enviar alguns doces e um bolo, então.

Scorpius pareceu ficar feliz com a ideia. Feliz demais.

Tudo bem... Albus estava com muito medo do amigo.

Antes que Albus conseguisse comer o suficiente para se sentir satisfeito, as comidas desapareceram da mesa e os dois tiveram que se levantar para irem à próxima aula.

Albus teria dois períodos livres à tarde, o que seria bom para resplandecer.

Talvez.

***

Dormir no mesmo ambiente que as garotas era horrível. Era horrível porque Albus estava com uma baita de uma crise existencial.

Enquanto elas usavam robe e duas delas estavam com uma máscara facial assustadora, ele se sentia uma fraude.

–Você não sente atração por garotas, Potter?-- Roth o fez saltar de forma nervosa na cama, porque, até então, elas os ignoravam.

–Quê?

–Antes de se transformar, você sentia atração por garotas?--Zabine complementou a pergunta, aproximando-se com um sorriso malicioso.

Albus sentiu o rosto esquentar. Ele não havia parado para pensar se sentia atração por garotas... Quer dizer... Era trabalho e prova demais para fazer... O máximo que ele fazia era conversar com os garotos quando eles diziam gostar de uma ou outra.

–Que tipo de pergunta é essa?--Albus se queixou.--E eu não vou ficar olhando vocês, se é essa a preocupação das duas.

As garotas riram e soaram um tanto quanto maliciosas quando falaram:

–A gente sabe disso...

Albus bufou. Como poderia aguentar aquilo?

Disposto a só tornar a adentrar o dormitório quando elas estivessem dormindo, ele desceu até a sala comunal. Uma coruja raivosa adentrou a entrada da comunal assim que ela se abriu, assustando alguns primeiranistas.

Era a coruja da família. Uma coruja das neves que, para o seu pai, lembrava a antiga coruja dele de quando ainda era estudante.

Albus retirou a carta das patas da ave, assim como um livro e deixou que ela descansasse em cima do sofá.


Querido Albus,

Eu e a sua mãe conversamos sobre o que você nos contou e ficamos um pouco assustados. Se você viu mesmo o que nos contou que aconteceu, assim como as estranhezas que Scorpius tem mostrado, então significava que ele te escolheu.

Enviamos um livro marcado no capítulo que te explicará o que isso significa.

Mantenha a calma, porque não precisa ser algo ruim.

Eu e a sua mãe vamos encontrar um dia para visitá-lo, porque infelizmente o seu diretor gosta que marquemos horário.

Com carinho, papai.


Albus sentiu as mãos tremendo quando largou a carta e pegou o livro. No capítulo marcado, uma página foi o suficiente para fazer Albus entender.

Quando um alfa lúpus chega aos 17, ele tem que escolher o ômega com quem deseja passar a vida. Nos dias ou semanas posteriores à data, a escolha é feita. O alfa não percebe, porém, que escolheu, porque isso é coisa dos desgraçados dos instintos! E se esse ômega o nega, então o lúpus nunca mais aceita outro ômega, podendo chegar ao ponto de adoecer e morrer de tristeza.

Albus largou-se sentado no sofá e enterrou as mãos no rosto. Os estudantes ao redor pareciam prestar a atenção nele, ainda curiosos pela transformação atrasada.

Transformação atrasada.

Teria acontecido por causa de Scorpius?

Albus esperava que não.

Uma mão foi depositada em seu ombro, o que o fez saltar. Parado logo atrás do sofá, Scorpius o olhava com uma espécie de sorriso.

–O que está fazendo aqui, Albus?

Albus fechou o livro e amassou a carta, a jogando dentro da lareira.

Scorpius arqueou uma das sobrancelhas, curioso.

–Eu não aguento mais as garotas.--Albus improvisou, mas foi sincero.--Ficar no mesmo ambiente que elas se tornou desconfortável.

Scorpius se sentou ao lado dele e olhou para a pequena pontinha de pergaminho que não havia queimado na lareira.

–Elas são tão chatas assim?

–A Zabine é.

Scorpius riu.

–É a segunda noite que você vai dormir no novo dormitório e já não aguenta mais?

–Se você se colocasse no meu lugar, entenderia.--Albus queixou-se, agarrando-se ao livro ainda com a marcação no capítulo. Se Scorpius visse, Albus não saberia onde enfiar o rosto.

Scorpius provavelmente não sabia que havia o escolhido. E isso só deixava a situação pior.

–Você não quer conversar comigo e os garotos lá no quarto?--Malfoy perguntou e sorriu de uma forma que teria sido adorável para qualquer outra pessoa, mas que fez Albus engolir em seco.

Ele até queria conversar com Scorpius e os garotos, mas estava um pouco, senão muito, assustado.

–Já se passaram das 9, Scorpius. Acho que eu vou dormir.

–Você, que nunca dorme cedo, vai dormir agora?

A resposta de Albus foi um riso sem graça.

–O que fez você vir para a comunal, cara?--Albus tentou mudar de assunto.

–Queria ver se você estava aqui. Achei que você fosse me procurar depois de tomar banho.

Albus havia permanecido no quarto com a mente acelerada demais para processar tudo o que estava rolando. Normalmente os dois jogavam xadrez depois do jantar e ontem, tampouco hoje, eles haviam feito isso.

–Desculpa, Scorpius.--Albus abanou a cabeça.--As coisas estão confusas... Não queria deixar você mal.

Albus gemeu de dor quando sentiu uma pontada forte na barriga, um pouco menos pior do que havia sentido no corredor, mas, dessa vez, Malfoy percebeu. Scorpius mexeu os ombros de forma desconfortável e pareceu que iria se levantar, mas fez algo que Albus não imaginou que ele fosse fazer. Malfoy colocou a mão na barriga de Potter e foi como se Albus tivesse deitado sobre nuvens de algodão doce, porque a cólica sumiu, seus ombros abaixaram e ele gemeu de felicidade contra o sofá.

A sensação, porém, sumiu quando Scorpius percebeu o que havia feito. Um pouco assustado, Malfoy fitou a lareira de supetão. .

–Desculpa, Albie...–O amigo falou, levantando-se do sofá.--Boa noite.--E o deixando sozinho.

Albus quase implorou para Scorpius voltar quando a cólica retornou.

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