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Capítulo Seis- Daphne

— Você está estranha.

Eu coloquei o pote de vidro no armário e depois, coloquei o filtro na cafeteira.

— Eu estou normal.

— Eu diria que seu vizinho afetou seu humor — Nate disse ao se sentar próximo a ilha da minha cozinha.

— Isso é bobagem. Por que ele me afetaria?

— Eu não sei, apenas parece. De qualquer forma, prefiro que você mantenha distância dele.

— Posso saber o motivo?

— Sério? O cara estava observando você.

— Não foi bem assim. Ele apenas estava se aproximando para tocar a campainha. É claro que ele nos viu e resolveu não incomodar. Qualquer um faria isso.

— Pode ser. Ainda assim, você está estranha.

Eu coloquei um pacote de torradas sobre a ilha e me sentei.

— Por que agiu daquela forma?

— Como assim?

— Você colocou o braço em meu ombro, apenas para marcar território. Estava com ciúmes dele.

— Isso a incomoda?

— Não quero que pareça que temos algo sério.

Nate suspirou e esfregou os olhos. O rosto estava cansado e me odiava por nunca ter sentido por ele, algo mais que uma atração.

— Bom... Parecer não significa que é. As pessoas pensarem isso sobre nós, a deixa tão desconfortável?

— Ter uma ideia voltada para um relacionamento, é o que me deixa desconfortável. E se quer saber, eu sinto muito e estou cansada, também. Estou cansada de não dá a você o que você quer. Eu não vou mentir... Eu gosto de você... Muito! Eu já pensei em dar uma chance a nós dois, só que pensar em ser uma família novamente, mesmo que seja composta por duas pessoas, é algo assustador.

— Você pensou em nós? — ele disse um pouco surpreso.

— Oh, Nate... Sim! Muitas vezes.

— Daphne... — ele segurou minha mão — Diz a verdade.

— E o que seria?

— Você ainda o ama! Mesmo que você minta para você mesma, não pode mentir pra mim. Isso é terrível.

— Eu não... Eu não quero falar...

— Você sempre foge. Isso é um dos seus piores defeitos.

"Não seja covarde, Daphne..." a voz de Weston me repreendendo.

— Ok — eu me levantei — Você quer a verdade? — eu comecei a andar em volta da ilha — Eu tenho medo de amar novamente, porque isso foi doloroso demais. E eu já disse isso a você, tantas vezes. Porque é como uma montanha russa, que você sente seu coração a mil por hora enquanto ela sobe. É uma tremenda e maravilhosa aventura, mesmo que a experiência pareça assustadora. Principalmente para quem está lá, pela primeira vez. E na primeira queda, você aguenta firme, porque você está decido a continuar. E entre tantas descidas, chega a mais alta e você despenca, como se estivesse indo direto para a morte. Despois de altos e baixos, você se vê em terra firme e pensa "eu nunca mais piso lá" — eu respirei fundo. — Eu tenho medo de ter um filho e amá-lo tanto. Porque é isso que as mães fazem. E é justamente amar o que continuamos fazendo quando eles se vão — eu tremi a voz enquanto minhas lágrimas caíam. Fiz um sinal de "pare" com as mãos quando notei que Nate estava se levanto para vir me consolar. Ele se sentou novamente. — Eu tenho medo de não saber falar as palavras certas quando for preciso, porque eu fiz isso com Weston. Então, Nate, eu tenho esses medos e isso não me permite formar algo concreto. Eu apenas quero viver sem me preocupar com que eu posso perder.

Ele me olhou triste e dessa vez eu não o impedi quando ele se aproximou.

— Eu não deixaria que isso acontecesse. Eu faria de tudo para vê-la feliz, Daphne. Eu só preciso que me deixe provar.

Eu me aninhei no seu abraço e chorei. Ele era tão bom e eu desejava com todo meu coração, que ele encontrasse alguém que o merecesse. E definitivamente, essa pessoa não era eu.

Eu não vi Nate durante a semana que se passou. Ele havia ligado informando que viria ainda essa noite, já que a senhora Carlson nos convidou para jantar em sua casa.

Seis horas depois, estávamos entrando em sua casa e eu tinha levado uma garrafa de ice wine. A senhora Carlson agradeceu, levando a garrafa para cozinha, indicando que nos sentássemos na sala onde o senhor Carlson nos aguardava.

— É um prazer recebê-los. Venham, tragam seus casacos.

Após pendurá-los e colocar minha bolsinha sobre um móvel, nos sentamos no confortável sofá e ouvimos atentamente o senhor Carlson nos contar sobre como foi visitar seu filho em New Westminter.

— A mesa já está pronta — a senhora Carlson notificou.

Não era primeira vez que jantávamos ali. Ela era uma vizinha muito carinhosa. Mesmo as casas sendo um pouco distantes umas das outras e muito raro ver alguém na rua, a senhora Carlson sempre que podia, vazia uma visita, levando biscoitos ou pedaços de bolos pela vizinhança.

Eu me sentei com Nate do meu lado e não demorou muito, a campainha tocou.

— Oh, ele chegou.

Ela saiu um pouco apressada para atender e eu olhei com questionamento para o senhor Carlson.

— Nós convidamos o novo vizinho. Como é mesmo o nome dele? — ele perguntou para si mesmo.

Eu imediatamente fiquei tensa quando ouvi a informação. Olhei para Nate e ele bufou um pouco frustrado. Era nítido que a notícia não o agradou.

Weston apareceu na sala, um pouco sem jeito. Os cabelos penteados para trás e a barba bem amparada. Ele estava com uma calça jeans escura, a gola da camisa branca para fora do suéter bege e uma jaqueta jeans por cima.

Podia alguém ser mais bonito conforme os anos passavam?

Ele me olhou por um instante sem parecer notar a presença de Nate e quando ele notou, fez um cumprimento com a cabeça e deu um boa noite a todos que estavam a mesa. Sentou-se silenciosamente do meu lado direito. Dessa forma, eu estava entre os dois homens.

Ninguém dizia nada, apenas dávamos alguns risos conforme o casal contava sobre alguma coisa e definitivamente, o salmão caramelizado acompanhado de cenouras e picles, estava uma delícia.

Weston manteve minha mentira, já que vi o senhor Carlson o chamando de San. Perguntaram de onde ele vinha — o que o fez mentir novamente —, qual era sua profissão e ele respondeu com poucas palavras. E diante dessa última pergunta, ele disse que estava envolvido com obras e como se percebessem que ele não estava dando muita informação, o deixaram em paz e eu pude ver que ele relaxou.

A presença de Weston era terrivelmente intensa. Ele tinha aquele jeito calado, tão diferente de como ele era. Ainda assim, não havia mudado o fato de que sempre tinha alguém querendo puxar conversa com ele. Era assim desde o tempo de escola.

Momentos depois, a conversa girou em torno das obras que estavam ocorrendo no bairro ao lado, onde três casas estavam sendo construídas. Senhor Carlson perguntou ao Weston sobre o que ele pretendia fazer em sua casa.

Estávamos na sala bebendo o ice wine, eu e Nate em um sofá menor e Weston e o casal Carlson, na nossa frente, em um sofá maior. Eu parei por um instante para olhar sua boca, enquanto ele falava.

— Bom, a suíte máster tinha uma lareira e como não instalaram direito, o ar quente saia do duto e entrava pela parede. De certa forma eu tenho uma parede queimada e por algum milagre, essa casa não pegou fogo. Eu preciso trocar duas vigas, preciso quebrar o teto, mexer na parte elétrica... Enfim...

Era estranha a forma como eu me sentia, estando ali, do seu lado. Ele me olhou e me pegou observando. Rapidamente eu tirei meu olhar sobre ele.

— E você já começou a fazer alguma coisa? — O senhor Carlson perguntou.

— Eu coloquei novos vidros e troquei as portas francesas. Eu tenho apenas o problema com a suíte, para arrumar. A casa é um pouco antiga e pretendo preservar isso. Eu apenas iriei colocar alguns moveis novos, mantendo a sua originalidade.

— Eu gosto que pense assim — comentou a senhora Carlson. — Aquela casa é verdadeiramente, linda.

Ele concordou.

— Me chame se precisar de ajuda. Eu não estou tão velho assim — o senhor Carlson riu. — E você, Nate? Entende alguma coisa de construção?

— Eu sou péssimo nisso. Eu sou feito para o Marketing e propaganda. Se eu precisasse construir algo para viver, eu com certeza morreria de fome — disse, nos fazendo dar risadas.

— E falando sobre lar, você não pretende se casar? — A senhora Carlson perguntou depois de um momento em que ficamos calados.

Eu sempre dizia a eles que Nate era como um melhor amigo e ela parecia acreditar, já que ela nunca soube que ele dormia em minha casa, algumas vezes.

— Christine! — O senhor Carlson a repreendeu.

— Oh, desculpe minha curiosidade.

— Não vejo problema algum com a pergunta. Na verdade, eu gosto muito de uma pessoa, mas eu não sou correspondido.

— Não creio que você sendo tão bonito, receba algum "não".

— Pois é. Pelo visto isso não implica em nada. O que é uma pena, já que sou louco por ela.

Ele estava disfarçando seu mau humor e eu sabia que isso tinha a ver com as vezes em que ele me pegou olhando Weston.

— Ela é bonita, pelo menos?

— Oh, sim. Daphne a conhece, não é Daphne? Diga a eles se você a acha bonita — ele atirou isso em mim.

— Eu... Na verdade não posso opinar sobre sua aparência. Acho que não me sinto no direito... — falei com um pouco de raiva pela situação que ele me jogou.

— E ela nunca o deu esperança de nada? — ela continuou a perguntar.

— Eu pensava que sim, só que ela deixou claro que não quer nada. Ela foge de relacionamentos

— Por qual motivo?

— Algum babaca ferrou com a vida dela — ele falou enquanto bebia seu terceiro copo de vinho.

Eu o odiei por um breve momento e vi que Weston sentia o mesmo.

Nate era muito fraco em relação a bebida. Eu sabia que ele estava agindo daquela forma, justamente porque além de estar mal-humorado, três copos para ele eram como uma noite de bebidas gratuitas em uma rave.

— Nate, acho melhor nós irmos.

— E se quer saber — ele olhou para senhora Carlson —, ela é divorciada. O cara era um babaca que passava as noites fora de casa para não ter que olhar a cara dela.

Eu gelei com o comentário. Olhei para Weston por um instante e vi que ele tinha o maxilar retesado. O casal não havia notado que Nate estava um pouco alterado e muito menos sabia que eu era a mulher que Nate citava. Eu precisava calá-lo antes que ele fizesse mais algum comentário. A essa altura, Weston sabia que eu tinha contado a ele, o nosso passado.

— Isso é terrível! — ela exclamou. — Não é difícil entender o medo que ela tem de se relacionar.

Nate concordou enquanto dava outro gole no seu vinho.

— E você, San? Alguma namorada? — Nate perguntou.

Ele me olhou com o olhar um pouco cerrado e respondeu:

— Sou divorciado.

— Oh, sinto muito. Espero que tenha superado — disse a senhora Carlson.

— Sim — ele disse a ela. — Na verdade, foi a melhor coisa que aconteceu.

— Então vocês não se davam bem? — ela quis saber.

— No começo sim. Eu era tremendamente apaixonado por ela. Até que estava sendo insuportável a nossa convivência e sinceramente, foi melhor assim.

Aquilo me machucou tanto que senti um aperto no meu coração e a tristeza foi virando raiva.

— Se você era tão apaixonado por ela, como chegou ao ponto de ficar insuportável? O problema era você ou ela? — eu o desafiei.

— Isso não vem ao caso — ele falou.

— Eu devo supor que o problema estava nela, já que você era o cara apaixonado? O que ela fazia? Trocava sua companhia pela de outros homens? Será que ela era uma perfeita babaca como o ex da mulher que o Nate gosta?

— Você quer entrar por este caminho, Daphne? — perguntou baixo.

— O que está acontecendo? — Nate perguntou.

— Apenas responda, San — eu enfatizei seu nome falso.

Ele se sentou um pouco mais na beirada do sofá e se inclinou.

— Você quer ouvir isso? Ok! Não, ela não fazia essas coisas, mas ela sabia como me machucar. Ela me olhava como se eu fosse um lixo, pronto para ser varrido da vida dela. Eu havia feito algo terrível e mesmo sendo minha culpa, não foi como seu eu quisesse que aquilo acontecesse. Mas, eu queria que ela olhasse nos meus olhos e dissesse que me perdoava. Eu esperei por isso, por várias noites, sempre que eu me deitava e ela tinha suas costas viradas pra mim. E sempre que eu me isolava pelos cantos da casa, eu esperava pacientemente que ela me absolvesse da minha culpa. Só ela podia fazer isso, mas ela não fez. Ela disse um dia, que me amava e eu pude ver isso, só que já era tarde demais, porque eu notei que não era isso que ela queria.

— O que você fez para que ela deixar de te amar? Você consegue dizer isso em voz alta? — eu perguntei enquanto se levantava.

— Chega! — ele também se levantou. — Não vou falar sobre isso com você.

— Estamos perdendo algo aqui? — o senhor Carlson perguntou visivelmente confuso. Todos estavam confusos.

— "Não seja covarde" foi o que me disseram uma vez — continuei.

— Daphne, me fala o que está acon...

Eu ignorei o Nate.

— Não seja covarde — repeti.

— Covarde? Covarde era uma palavra que a definia bem. Ela não tinha coragem de me deixar, o que a transformava numa tola.

— Ela o amava — eu disse com a voz trêmula.

— Ela odiava me amar.

— Ela só estava cansada de ser trocada por outras pessoas, por outras distrações — eu chorei. — E ela o culpava sim, mas parou de fazer isso com o tempo. Ela só queria seu marido de volta.

— Já era tarde, Daphne! E eu menti dizendo que não a amava, mas amava. Só que eu queria deixá-la ir, porque ela merecia encontrar a felicidade.

— O quê?

— Eu menti.

— Eu vi você naquele quarto.

— Eu estava chapado. Não fazia ideia do que estava acontecendo. Eu apenas via você. Eu a chamava pelo seu nome. Daphne, eu estava fora da realidade.

Quando Nate entendeu o que estava acontecendo, ele se levantou, apontando para Weston.

— Porra... É você? — ele passou as mãos nos cabelos.

O casou se levantou também.

— Alguém pode nos explicar o que está acontecendo? – o senhor Carlson perguntou.

Ignorei todos. Eu não conseguia me concentrar em nada que não fosse Weston na minha frente.

— Você mentiu. Me expulsou da sua vida — eu não conseguia controlar as lágrimas. — Eu aguentei tudo sozinha.

— Você me afastou primeiro.

— Eu sei... Eu sei. Mas você tentou tão pouco. Você lutou pouco por nós. Preferiu se entregar àquilo tudo, do que lutar. E você ainda dizia que a covarde era eu.

— Você precisava ouvir aquilo. Você precisava ir.

— Eu precisava de você.

— Você acha que eu não sei? Porque eu também precisei de você e você me afastou — agora sua voz também falhava.

Eu olhei para o Nate que tinha o rosto tenso e os olhos fixos em Weston, depois vi que os Carlson haviam entendido tudo. Eu pedi licença e comecei a andar depressa para a saída. Ouvi Nate gritar "você não vai machucá-la de novo" e depois, um barulho, como se eles estivessem brigando. Eu chorei mais ainda, peguei minha bolsa e corri para a rua. Um pouco a frente, agora andando apressada, ouvi passos atrás de mim. Weston estava à frente e Nate, logo atrás.

— Daphne...

Eu continuei andando quando senti seu toque em meu braço.

— Por favor... — ele pediu.

— Tira a mão dela — Nate gritou.

Weston era da mesma altura de Nate, mas, conhecendo-o, eu sabia que Weston podia machucá-lo. Parei e olhei para Nate.

— Eu preciso que você vá.

— O quê? Não vou deixá-la com esse drogado filho da puta.

— Já chega! Eu quero que você vá, agora! — eu gritei.

Ele me olhou magoado, com um filete de sangue escorrendo do seu nariz e me senti mal. Depois, se retirou indo em direção a minha casa para pegar seu carro. Eu pedi desculpas aos Carlson e eles me deixaram saber que se eu precisasse de ajuda, poderia procura-los.

Passei por Weston e continuei andando, sem olhar para ele. Eu cruzei meus braços, morrendo de frio, já que nossos casacos haviam ficado na casa dos meus vizinhos. Ele, porém, ainda estava com sua jaqueta e o senti colocando-a em meus ombros. Eu não disse nada, apenas andei enquanto eu sentia seu cheiro e ele andava atrás de mim.

Chegando perto da sua casa, Weston me parou, segurando meu braço.

— Precisamos conversar.

Eu não respondi. Como no piloto automático, eu retornei para meus passos e novamente ele me parou.

— Por favor, Daphne. Apenas uma vez na vida, precisamos acertar as coisas, para podermos seguir em frente.

Eu assenti devagar, um pouco lenta. Eu tinha umatristeza que me consumia profundamente.

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