Epílogo
Cinco anos depois
Meghan, Geovânia e Eleanor — a minha Ellie —, corriam pelo Palácio. Era verão, e em todos os verões, eu e as minhas irmãs nos reuníamos para o jogo das tulipas, que foi algo que eu criei há muitos anos, e ainda era a melhor estratégia para contar segredos.
— Harry te deixou? — Violetta chutou. Eu e Cecília arregalamos os olhos.
— Não! Por que ele me deixaria?
— Do jeito que vocês dois brigam.
Sorri internamente, sabendo que todas as nossas brigas vinham acompanhadas de uma boa, longa e deliciosa reconciliação. A maior parte delas era porque nós dois amávamos nos irritar.
— Não, o segredo não é esse. Tentem de novo. — comi uma maçã, vendo a minha filha chutar a prima mais velha. — Ellie, não chute a Meghan!
— Ah Bella, não vamos adivinhar. Você costurou algo e não gostou? — Ceci já estava sem paciência.
Meghan correu chorando até ela e caiu no meio do caminho, ralando o joelho, com a pele morena bronzeada de todo o sol que pegou correndo o dia inteiro. Ela era a cara de Apolo.
Ceci soprou o machucado e falou que ia passar. Geovânia a puxou pela mão, com os cachinhos dourados de Christian brilhando no sol. Ela era tão doce que parecia não ter saído de Violetta.
— Vem Meg, vamos voltar a brincar!
E elas foram.
— Não foi isso. — tentei voltar ao assunto, falhando ao me concentrar nas meninas. — Ellie, peça desculpas a Meg!
— Desculpa Meg. — ela correu, com o cabelo ruivo todo suado, e a abraçou. Geovânia entrou no abraço e as três caíram juntas no chão, como três minúsculos sacos de batata. Eu e as minhas irmãs sorrimos, pensando em como aquelas garotinhas tinham saído da gente.
— A brincadeira não era assim Bella, você pegava a pétala e contava. Pare de nos enrolar.
— Violetta disse, rasgando um pão na mão.
— Tudo bem, tudo bem, eu vou dizer. Estão prontas? — senti meus olhos se encherem de lágrimas, e levei a mão à barriga. — Eu estou grávida. De novo.
As duas gritaram e pularam em cima de mim, me derrubando em risadas e choro. Uma
sombra grande pairou em cima de nós.
— Já vi que já contou para elas. — era a voz do meu Harry. Ele se agachou e me olhou, enquanto as minhas irmãs me soltavam.
— Não consegui esperar. — o beijei, sentindo ele sorrir. — Só falta dizer a Ellie que ela vai ter uma irmãzinha.
— Vai ser um garoto!
— Não, vai ser uma menina! Eu já até escolhi o nome.
— Eu também já escolhi o nosso do nosso garoto, querida. — ele me desafiou.
— Você sabe que nunca ganha uma discussão, querido. Inclusive, esse coelho que está vindo atrás de você é seu?
— Golpe baixo. — ele me pegou no colo, me tirando de perto das minhas irmãs.
— Harry, o que está fazendo? Me solte!
— Desculpe interromper o chá, cunhadinhas, tenho que sequestrar minha esposa por um instante. Ela está sendo teimosa.
As duas não pareceram se importar, porque o marido delas tinha acabado de chegar carregando arco e flecha. Ambos tinham saído para praticar. Agora, mesmo após tantos anos, Beaumont ainda estava em completa paz.
Ceci e Apolo tinham, finalmente, encontrado o equilíbrio juntos, e hoje, governavam melhor que qualquer outro Rei e Rainha. Meg era a princesinha deles.
Christian e Violetta também fizeram Várzea prosperar, e criaram diversos orfanatos com todas as crianças que ficavam nas ruas. Vi brincava dizendo que tinha tantos filhos morando neles que Geovânia era o suficiente.
— Eu não estou sendo teimosa! Será uma menina, e ela se chamará Evelise.
— Eleanor e Evelise? Dois nomes com E? Que brega, meu bem. — ele me carregou até a estufa. — Aliás, você nunca me disse qual era a sua última paixão.
— Eu esperava que fosse o meu marido. — sorri junto com ele, e o vi trancar a parta atrás de si. — Harry August Sírios de Avondale, o que está pensando em fazer com essa porta fechada?
Joguei meus braços ao seu redor, sentindo ele pousar o nariz em meu pescoço.
— Temos poucos minutos antes que Ellie nos grite. Ah, estrela, você ainda cheira a cereja.
— É para você nunca se esquecer.
Sorrimos juntos.
— Eu te amo.
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