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Capítulo XXI

✨Interrupção deste capítulo para dúvida da escritora que vos fala:

Gente meu Wattpad está bugado, as imagens dos capítulos estão aparecendo para vocês? Nos últimos quatro eu coloquei, mas não está aparecendo aqui. Sei que é um detalhe bobo, mas eu sou perfeccionista 😂 se tiver, coloquem aqui no comentário.

Voltando ao capítulo, preparem os corações 💕

Vocês também estão angustiados com a Bella?
ps: não saiam sem comentar e dar a estrelinha⭐️



Acordei com meu corpo sendo chacoalhado. Abigail me encarava com os olhos castanhos assustados, cobertos de preocupação. Eu ainda sentia o meu coração bater mais forte.

— Alteza? Achei que não fosse acordar mais!

— O que aconteceu? — me levantei, ainda zonza, sentindo a lembrança do sonho ocupar a minha mente, aos poucos. Toquei em meus lábios, tentando guardar a sensação do beijo no sonho. A realidade era esmagadora.

— Está dormindo há muitas horas, tive medo de que não acordasse. Nunca vi um sono tão pesado.

— Abigail...

— Precisa fugir hoje! O Príncipe retornará mais cedo. Ouvi boatos.

— Tudo bem. — comecei a me levantar, sentindo uma onda forte de preocupação me tomar.

A fita em meu pulso se soltou e caiu ao chão. A peguei desesperada para manter algo de Harry em mim quando vi os olhos de Abigail se tornarem mais suaves.

— É viúva, milady?

— Não... eu ganhei do meu marido... mas nos separamos. É complicado. Pode me ajudar a colocar de volta? Está folgado. — estendi o braço. Ela me ajudou.

— Como pode ter ganhado essa pulseira e ter se separado? Elas são raras.

— Como assim raras? — senti minha cabeça girar. Harry tinha mentido? — O que significa?

— É um juramento de amor. Cada frase é diferente e única. — ela sorriu fraco, solene, ganhando um pouco de cor nas bochechas. Por um momento, me lembrei de novo que ela era apenas uma adolescente e que, no fundo, ainda guardava esperanças de um romance. — Está escrito: "sempre seu, eternamente".

Meu peito se apertou e eu tentei engolir as lágrimas que queriam se formar. Eu não sabia como ele tinha conseguido a pulseira e porque havia alterado a história dela, mas não importava.

Harry, provavelmente, não sabia o significado da frase, e se soubesse, apenas consideraria como outra besteira ou tradição de tolos. E, por mais que houvesse uma parte dele que sentia o mesmo, eu não podia mais pensar nisso. Não mudava a nossa realidade.

Eu fui embora, e ele me deixou ir.

Foi apenas um sonho. Ele não viria me buscar.

— Conseguiu as roupas? — mudei de assunto, perguntando a Abigail.

Ela pegou um saco grande e o abriu, retirando uma enorme armadura de dentro.

— Consegui. Se esconder o cabelo com o capacete, conseguirá sair como um guarda.

— Só tem uma armadura. — a olhei, engolindo uma saliva. Abigail me olhou de forma triste.

— Não posso acompanhá-la. Ainda tenho uma prima que também trabalha aqui. Ele pode matá-la por minha causa.

— Nós a levamos também. — tentei persuadi-la. Senti medo por ela.

— Chamará muita atenção. Deve fazer isso sozinha. Irei ajudar como puder. — ela suspirou. — Certeza que possui dinheiro? Precisará pagar bem no porto se quiser sair do reino.

— Tenho sim. — peguei o saco de moedas que Tiana havia me dado, escondido debaixo do colchão, e contei.

Era exatamente o valor do meu dote.
Harry.

— É o suficiente. — Abigail sorriu, sem compreender o motivo de eu ter ficado estática.

Então me lembrei. As mãos machucadas. Ele deve ter apostado ou trabalhado muito mais do que suportava para me devolver o dinheiro que tinha prometido devolver.

Engoli em seco, tentando me convencer que havia sido apenas por orgulho. Novamente, para cumprir uma promessa. Era o que ele fazia de melhor.

Um arrepio percorreu a minha pele, me trazendo de volta ao sonho. Doeu mais do que eu pudesse admitir. Eu me sentia ridícula por sofrer tanto por algo que não existia.

Cada parte de mim implorava pelo toque dele. Eu deveria mesmo estar perdendo a cabeça se até sonhava com os dedos dele em meu cabelo e a sua voz dizendo que me amava.

Por outro lado, uma parte de mim gritava que eu poderia viver em minha própria loucura, porque o sonho tinha sido real demais, e eu preferia viver naquela realidade. Engoli um pouco de água e tentei me recompor, focando no que deveria ser o meu maior objetivo.

Fugir da fortaleza do inferno.

Segui passo a passo do plano com Abigail o dia todo, e, enquanto tentava vestir a armadura, tropecei em um piso de madeira que parecia meio solto. Ignorei a situação e continuei tentando me mover sob a roupa pesada e consideravelmente folgada.

— Tem certeza que consegue cavalgar? Deve manter a postura, e evitar falar. Apenas acene, com autoridade.

— Darei o meu melhor. — respirei, apavorada. Esperava que a única aula de Harry fosse suficiente. Tentei não pensar que eu levei uma queda nela. Eu teria que deixar o meu medo de lado.

Era a minha única chance.

— Está na hora. — Abigail me olhou, com angústia. Ela também estava com medo. — Irei afastar os guardas da porta, como planejado. Não se preocupe com o seu coelhinho, cuidarei bem dele.

A abracei, vendo-a se assustar e grunhir. Ao parecer que o grunhido vinha do incômodo do metal da armadura, a soltei.

— Obrigada, por tudo. — quase chorei. Harry, o coelho, me olhava com saudade na cama. Eu não queria deixá-lo, mas não podia levar nada além de mim mesma. Ele seria sufocado em qualquer mala que eu colocasse, e guardas não andavam carregando coelhos. — Voltarei para te buscar com reforços.

— Ficarei feliz se souber que está bem. Boa sorte, milady. — ela sorriu de volta, sem muita esperança, fez uma reverência e saiu do quarto.

Contei os minutos que combinamos. Fechei os olhos.

Já.

Os gritos começaram. Abigail causou um pequeno incêndio e eu escutei os passos dos guardas se afastarem na porta. Saí imediatamente.

Não foi fácil andar devagar vestindo algo tão pesado. Meu coração batia tão forte que eu me surpreendi que ninguém tivesse escutado. No entanto, ninguém parecia me notar.
Instantaneamente, eu era apenas mais um guarda.

Atravessei o Palácio e saí pelos fundos. Andei até os estábulos e vi o trabalhador se retrair, como se apanhasse apenas por respirar. Apontei para um dos cavalos e ele o preparou rapidamente para mim, com medo estampado nos olhos. Foi mais fácil do que eu pensava.
Cavalgar já não foi tão fácil assim.

Percebi que a minha farsa iria acabar de forma ridícula enquanto tentava me equilibrar com a armadura no grande corcel. Eu era pequena, e mal consegui subir. O cavalariço me olhou desconfiado, e parou de olhar quando eu fiz menção de retirar a espada. O pavor nos olhos dele me aliviou e, ao mesmo tempo, partiu meu coração.

Segui aos trancos tentando segurar a sela e engolir o choro. Nunca fiz nada parecido antes. Não imaginava nem Violetta passando por isso. No entanto, tinha certeza que ela estaria com muito mais coragem do que eu estava agora.

Prestes a desfalecer, parei na frente dos portões.

— Para onde vai, soldado? — o mais alto perguntou, com uma voz que me fez estremecer.

Puxei o papel do bolso, conforme Abigail havia me instruído. Era uma ordem formal do príncipe para ir à cidade, que eu tinha falsificado. As orientações de Abigail estavam certas.

Eles não sabiam ler.

Por isso, apenas assentiram constrangidos e abriram os portões. O cavalo relinchou mais alto do que eu esperava e começou a se contrair. Tentei controlá-lo, desesperada, e quase caí quando ele correu desesperadamente.

Meu cabelo se soltou do capacete. Os guardas gritaram.

Senti que iria morrer.




Não morri. Pelo menos, não ainda. O corcel era rápido, e o meu medo foi grande o suficiente para que eu segurasse no cavalo com a minha vida. Os guardas não me alcançaram, e eu me misturei na primeira multidão que vi ao chegar na cidade.

Escondi o cabelo de novo no capacete. Eu sabia que eles estavam me procurando, e precisava, com urgência, achar o caminho para o porto.

A cena que eu vi na cidade, no entanto, me partiu no meio.

A escravidão que Abigail tinha me descrito não era, nem de perto, tão horrível quanto eu tinha imaginado. Era pior.

As pessoas trabalhavam com o sangue escorrendo pelos braços e costas. Capatazes açoitavam homens nos troncos e crianças carregavam pesos inimagináveis. Ninguém tinha nome, e havia uma carroça para os corpos que, simplesmente, não suportavam mais e caíam sem vida.

Chorei por dentro do capacete e entrei em uma casa velha abandonada. Eu não tinha muito tempo, mas precisava respirar. O porto estava ao lado. Meu corpo inteiro suava frio. O barulho de gritos do lado de fora era doloroso demais para suportar.

Retirei o capacete que me sufocava e tentei encontrar ar, até sentir algo diferente. Eu não sabia como explicar, mas de alguma forma, senti a presença de Harry. Tentei me convencer de que estava em uma crise de adrenalina até que a porta da casa se abriu e o homem que eu amava entrou por ela.

Pisquei, enquanto tentava digerir o fato de que estava mesmo em um lapso de loucura. Arthur tinha conseguido me enlouquecer.  A porta se fechou e o homem que se parecia com Harry me envolveu em um abraço. Não consegui me mover.

— Bella! — ele segurou em meu rosto com as duas mãos, como se tentasse me acordar. — Até que enfim te encontrei, meu bem.

Meu chão ruiu. Ele me chamou de meu bem.

— Está bem? Está machucada? — ele tentou me examinar.

Ainda não consegui responder.

— Parece que está em choque. — ele continuou me encarando, preocupado, e abaixou o olhar. — Eu nunca pensei que me sentiria atraído por uma armadura masculina antes.

Sorri. Era ele.

— Harry? — me perdi tentando reconhecer os olhos azuis que eu tanto amava. Deixei as lágrimas descerem, enquanto tocava em seu rosto.

Se eu tivesse mesmo perdido a sanidade, não me importava. Me inclinei para beijá-lo quando um barulho nos parou.

A porta foi abaixo com um chute que veio do lado de fora.

Sete guardas entraram com tudo, partindo para cima do Duque. Harry puxou a espada que carregava e me mandou usar a minha, que estava presa a armadura. Não consegui nem retirá-la. Dois guardas forçaram meus braços para trás.

Eu nunca o vi lutar daquela forma. Harry derrubou os sete homens, mas não suportou quando mais sete entraram. Havia tanto sangue em sua roupa que eu me desesperei sem saber qual era dele. Tentei me livrar dos braços dos guardas, mas era impossível. Meus braços já doíam pela força que eles faziam.

Harry foi levado sem que eu pudesse segui-lo.
Então, passos de botas pesadas rangeram na madeira quando ele entrou, sorrindo pela metade em que a máscara não ocupava.

— O que temos aqui? — Arthur me encarou de cima a baixo, e cruzou os braços. — Estava me traindo, Arabella?

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