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Capitulo XLIII


Segurei a risada, até não conseguir mais. Quando soltei a mão que tinha levado à minha boca, gargalhei tão alto que os pássaros que rondavam as rosas saíram voando. Harry se levantou, confuso, e me esperou parar de sorrir.

— Eu te peço em casamento e você dá risada? O que é tão engraçado?

— Nós vamos nos casar? De novo?

— Pela lei dos reinos, nós nunca nos casamos, meu bem. Foi anulado, lembra?

— Oh! — senti meu rosto esquentar. — Eu pensei que para reverter o nosso casamento ele só precisava ser...

— Consumado? — ele ergueu as sobrancelhas.

— Bom... é.

Agora foi a vez de Harry rir da minha face, de um jeito malicioso.

— Nesse caso, eu estaria tirando a sua honra, meu bem.

Fiquei ainda mais constrangida. Era isso que dava não acompanhar Cecília nas leituras jurídicas do reino.

— Você está pensando nisso. — ele me provocou.

— Não, não estou! — abracei meu próprio corpo. — Eu estraguei tudo, não foi? Pode se ajoelhar de novo?

— Não. Você perdeu a sua chance.

— Harry!

Ele se ajoelhou, beijando a minha mão.

— Minha estrela flamejante e irritante, aceita se casar comigo? — ele acariciou os meus dedos. — Mas dessa vez não terá possibilidade de anulação. Será para sempre.

— Eu aceito. — sorri, vendo ele sorrir também.

— Aceita?

— Sim.

Ele se levantou e me girou.

— Não vai perguntar onde vamos morar?

— Não.

— Eu posso te levar para morar em uma caverna cheia de insetos e besouros gigantes, dessa vez.

— Eu não me importo.

— Tem certeza?

— Absoluta.

— Tudo bem, então. Vamos comer. — ele me puxou pela mão, enquanto saíamos da estufa.

— Então?

— Então? — ele brincou com meus dedos.

— Onde vamos morar?

— Por que quer saber? Você disse que não se importa.

— Não me enlouqueça.

— Você já aceitou. É a minha noiva, agora. Devemos preservar os segredos para a lua de mel. — ele piscou, e soltou a minha mão. O olhei, furiosa, e comecei a correr atrás dele.

— Harry, eu vou te matar, volte aqui!


A corrida matinal me cansou, mas fez os meus ossos voltarem ao normal. Depois de uma boa refeição e de matar a saudade da minha família, descobri que Cecília aguardava um novo bebê, e que Harry, Apolo e Christian tinham se tornado grandes amigos que jogavam esportes masculinos juntos.

É claro que a primeira informação era mais importante.

Em um momento que eu precisava com minha mãe e irmãs, as abracei com o coração aquecido, e, depois de muito tempo chorando juntas, percebi que tinha alguém me esperando para conversar.

— Fico feliz que você esteja bem. — Aland me lançou um sorriso sincero.

O abracei, sabendo que não precisávamos mais desse tipo de distância e formalidade.

— Não acredito que tenha ficado três meses aqui por mim.

— A sua família é muito acolhedora. — ele olhou para baixo, envergonhado. — Eu não fiquei aqui o tempo todo. Voltei para Dazzo, e... bom, eu fui coroado.

Sorri, sem conseguir acreditar.

— Aland, isso é muito bom! Por que não me avisou antes? Eu teria me curvado, já que agora estou diante de um Rei.

— Você sabe que nunca irá precisar se curvar para mim, Qhana.

Eu sabia. Isso me deixava ainda mais orgulhosa do homem que ele era.

— Sempre que precisar de uma amiga, sabe que estarei aqui.

— Você já fez demais por mim. Eu sei que quando você voltou sem vida daquela caverna, alguma coisa aconteceu, mesmo que não se lembre. Não posso acreditar que o destino é bom demais e Arthur virou uma estátua por pura coincidência, mesmo sabendo que você jamais seria capaz de pedir a morte dele apesar de tudo que ele nos fez. — ele acariciou o meu rosto com o polegar. — Obrigado. Obrigado, por tudo.

Senti um nó na garganta. Era uma despedida. Ele estava indo embora, e, mesmo sabendo que ele precisava ir, uma parte de mim queria que ele estivesse sempre por perto.

— Não deixe Dazzo parecer sempre tão longe. Venha nos visitar.

— Não me olhe com essa cara de choro. — ele sorriu, parecendo emocionado também. — Sempre que precisar de um melhor amigo que solta fogo, eu estarei aqui. É só me mandar uma carta, e eu virei.

Ele beijou a minha testa.

— Seja feliz. Não há nada que eu queira mais do que isso.

Enxuguei uma lágrima.

— Seja feliz também.

Ele se virou de costas, e eu percebi que ele carregava um colar na mão.

— Aland?

— Oi. — ele parou no caminho da carruagem, e voltou a me olhar.

— Você não vai direto para Dazzo, não é?

Sorri, vendo ele sorrir de volta.

— Acho que vou passar em Àquiles. Preciso devolver um colar a uma certa princesa.





Não foram poucas as vezes que eu tive um coração partido. Depois daquela tarde, ao sentir ele doer de novo quando eu vi o meu amigo ir embora, percebi que era a primeira vez que eu estava feliz e triste, ao mesmo tempo, o que me lembrou que dores eram necessárias para que sorrisos viessem.

Ele precisava encontrar o caminho dele, assim como eu tinha encontrado o meu.

Então, antes que eu me desse conta, dezessete dias já tinham se passado e eu já estava novamente em frente ao espelho aguardando o meu segundo casamento, e ele foi totalmente diferente do primeiro, apesar de ser com o mesmo homem.

— Eu não acredito que você irá se casar no nosso quintal, Bella. — Ceci me deu um ramo de rosas brancas, arrancadas da estufa que Harry fez para mim, assim como eu pedi.

— É o suficiente, não quero nada grande de novo. — segurei o vestido branco simples, que alcançava o pescoço e tinha mangas compridas de uma renda delicada. Ele era longo e pouco rodado, e eu nunca me senti tão...

— Linda. Você está linda, filha. — mamãe chorou e sorriu ao mesmo tempo. Vi cruzou os braços.

— Não é justo a Arabella se casar com o vestido da mamãe. Nós não tivemos essa ideia.

— Você nem queria se casar! — mamãe pontuou. Vi deu de ombros, concordando.

— A noiva está pronta? — Tiana gritou. Ela estava linda, com o cabelo amarrado em uma trança repleta de flores e um vestido rosa, que era do mesmo tom das madrinhas. No caso, ela e as minhas irmãs. Era um costume dos casamentos de Várzea, segundo Violetta, e eu tinha gostado da ideia.

— Estou. — respondi, sentindo as minhas pernas tremerem.

Eu não sabia porque estava tão nervosa. Eu já tinha feito aquilo antes. Por que parecia pior do que a primeira vez?

Porque agora eu estava me casando com o homem que eu amava. A voz respondeu dentro da minha cabeça. Antes, eu ainda não sabia quem ele era. Agora, justamente porque o conhecia, estava apavorada com o que havia de vir. Eu o amaria ainda mais? Se é que isso era possível.

Segurei na mão de mamãe, me preparando para entrar com ela e sabendo que em uma coisa ela era boa. Arranjar casamentos.

A música no piano começou a tocar. Era Ceci, com todo o seu talento. Comecei a andar, sentindo o nó aumentar na garganta.

— Filha, irá quebrar meus dedos. — mamãe disse, enquanto andava comigo até o jardim. Aliviei a mão, e tentei me acalmar até encontrar os olhos cor de oceano de Harry.
Meu coração quase saiu do peito.

— Me perdoe, mãe. — engoli a vontade de chorar. — Eu só...

— Eu sei. — ela apertou a minha mão de volta. — Ah filha, eu sei.

Sorri para Harry, que retribuiu o sorriso de volta. Tinha um total de treze pessoas no jardim além do reverendo idoso da família: Ceci, Apolo, Christian, Vi, Tiana, Jacob, Aland, Ella, Abiezer, Abigail, Michael, Calanthe e Isis.

Bom, isso além de dois animais importantes que tinham o nome dos noivos. Um coelho e uma égua, em um lugar de destaque na frente. Isis tinha trazido o antigo harry que, agora se chamava bolinha, como convidado especial.

Mamãe beijou a minha testa e a de Harry, como se ele também fosse o seu filho, e o reverendo suspirou.

— Vamos novamente?





Depois do sim e de outro beijo de tirar o fôlego, eu descobri que, na verdade, eu não iria morar em uma caverna de insetos. Harry tinha comprado um belo e pequeno Palácio em Beaumont, digno de um Duque.

O Rei Declan acabou devolvendo as terras que ele herdou do pai, e ele decidiu que não voltaria para Sírios. Ele sabia que eu sentia falta da minha mãe, e por isso, vendeu a propriedade e comprou uma em Beaumont.

Eu fiquei tão emocionada que chorei e sorri por horas enquanto a gente dançava. Jacob era um ótimo tocador de flauta, e, por incrível que pareça, formou uma mini banda improvisada com Violetta, que começou a batucar umas panelas e Cecília, que tentava harmonizar o piano com o caos.

Depois de uma tarde linda cheia de comida e música com as pessoas que eu amava, deixei Harry me puxar para uma árvore escondido. Demorei alguns minutos para reconhecer qual era.

— Foi aqui que o seu sapato me atingiu. — ele me pressionou sobre o tronco. — Tudo o que eu queria fazer naquele momento era isso.

E então ele me beijou, de forma intensa e coberta de desejo, e eu não reclamei. Eu nunca mais ia perder um único segundo da minha vida sem aproveitar o meu próprio casamento.

— Oh, desculpa incomodar! — uma voz feminina assustada surgiu. Arfei na boca de Harry e me afastei, sentindo o meu rosto queimar de vergonha.

Harry pareceu incrivelmente frustrado. O mundo inteiro parecia conspirar contra as demandas em falta do nosso casamento.

O susto maior veio quando eu reconheci a figura da princesa Grace.

Ajeitei o meu vestido, sentindo meu lábios inchados, e tentei dar um sorriso amarelo.

— Imagina, não atrapalhou nada! — a mentira quase não saiu.

Ouvi Harry resmungar algo e sair.

— Vou deixá-las a sós.

Tentei me recompor, querendo gritar para que Harry voltasse e me levasse embora com ele. Pelos reinos, o que ela queria comigo? Eu não a via há pelo menos seis estações, e da última vez que eu tinha checado, ela estava prestes a invadir o meu reino com o homem torturou o meu marido.

Há de se imaginar que eu não estava muito receptiva.

— A que devo a visita?

— Eu... eu... — ela deixou os ombros caíram, e, quando a minha parte vingativa parou de gritar, eu percebi como os olhos dela pareciam cansados. — Eu não sei como começar a dizer isso, já falei com as suas irmãs e a sua mãe, mas com você sinto que é mais difícil. Eu... vim aqui te pedir perdão.

Meus olhos se abriram em surpresa, e antes que eu sequer pensasse em algo para responder, ela começou a chorar. Eu nunca, em toda a minha vida, imaginei que veria a Princesa mais firme dos oito reinos se derramar em lágrimas daquela forma.

— Por favor, me perdoe, eu estava cega. Cega de amor. Arthur foi o único homem que me deu atenção e quando eu vi eu estava presa em um relação agressiva e o meu exército estava se preparando para matar pessoas e...

Ela não conseguiu continuar. Continuou chorando, e a única coisa que eu consegui fazer foi abraçá-la. Ela parecia completamente desesperada e desolada, e eu comecei a perceber que, se ele quase tinha acabado comigo, eu não podia sequer mensurar o que tinha feito com ela.

— Está tudo bem, acabou, ele nunca mais irá te fazer nenhum mal, nem a ninguém.

— Mas é tudo culpa minha. — ela tentou enxugar o rosto. — Eu que comecei tudo. Defendi meus primos quando eles tinham tentado estuprar a sua irmã, que tipo de monstro eu fui? Eu estava com raiva porque Christian tinha me rejeitado e incitei os Conselhos contra vocês. Disse a Arthur que queria vingança. Ele torturou o seu marido e me disse que era o meu presente de casamento. Eu queria tanto atingir a sua família a todo custo que nem sequer tentei impedir.

Aquilo fez o meu sangue ferver. Ela sabia que Arthur tinha mantido Harry, e me mantido presa, e tinha gostado? Agora que ela tinha admitido, eu não queria perdoá-la.

Para a minha surpresa, ela se ajoelhou.

— Proponho um acordo longo de paz. Estou disposta a dar a vocês o que quiserem. Ouro, terras, barcos, o que desejarem. O meu reino está de portas abertas à Beaumont, só peço que me livre dessa culpa que me corrói.

A minha parte irada se aplacou ao ver que ela realmente parecia arrependida. Eu não podia dizer que seríamos amigas, e não conseguia expressar em palavras que a perdoava, então fiz o que eu conseguia fazer.

Me ajoelhei em sua frente, e a tomei pela mão. Eu sabia o quanto a culpa era capaz de engolir alguém.

— Não precisamos de nada. Que o passado permaneça para trás. Venha, é a minha festa de casamento. Vamos comer.



Foquei nos detalhes do seu rosto — seus olhos azuis intensos, sua sobrancelha grossa e a curva que a boca dele fazia quando ele sorria ao me olhar. Finalmente acreditei que era real. Ele estava mesmo aqui, depois de todos os obstáculos.

Era o nosso final feliz.

— Se aparecer mais alguém para atrapalhar a gente agora, eu vou ter que te sequestrar e te levar para alguma cabana no meio de uma floresta outra vez. — Harry fechou a porta atrás de mim, e sorriu enquanto me beijava.

Estávamos em casa. Na nossa casa. Grande e confortável dessa vez, com um quarto repleto de móveis decorados e uma enorme cama dossel no centro, mas não era isso que importava. Ele importava.

— Você acendeu velas. — sorri, emocionada ao ver que ele tinha preparado tudo aquilo para mim. Era perfeito. Tudo estava perfeito. O puxei pelo colarinho.

— Meu cunhado me deu algumas dicas. — ele confessou, ao invés de assumir o crédito para si.

— Christian ou Apolo? — Agora eu estava curiosa. Qual das minhas irmãs também tinha ganhado velas no quarto na primeira vez?

— Não seja tão curiosa, meu bem. — ele me pegou no colo e me colocou na cama.

Decidida a perguntar isso a elas depois, já que agora eu também era uma mulher casada, puxei o meu marido mais para perto e voltei a beijá-lo.

Naquele dia, eu me casei com o homem que eu amava, pela segunda vez. E sabia que me casaria com ele quantas vezes fossem necessárias.

Naquele dia, eu descobri porque as minhas irmãs sempre andavam tão sorridentes quando falavam sobre como era dormir com o homem que amavam. Naquele dia, eu descobri que era perigoso deixar sapatos cair em cavalheiros.

Naquele dia, o meu casamento foi, finalmente, consumado.

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