Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo VI


O caminho de volta foi pior do que o de ida. Escutar os morcegos voando era um maior deleite aos meus ouvidos do que ouvir Harry tentando puxar conversas inúteis para tentar normalizar as coisas.

Claramente, todas as tentativas dele foram falhas. Quando chegamos à cabana, fechei a porta do quarto em sua face. Ele começou a bater.

— Meu bem, por favor, abra. Está agindo de forma imprudente e imatura.

— Imprudente e imatura?! — gritei, abrindo a porta do quarto. — O senhor é o pior dos cretinos, Duque Harry! Se é que ainda posso lhe chamar de Duque, já que também é o pior dos mentirosos e possui o título apenas por enfeite.

— Posso saber o motivo? O que fiz para deixá-la tão enfurecida? — o peito dele subia e descia de forma rápida.

— Não sabia que o senhor era tão burro dessa forma.

— Todo esse insulto é por causa da Glenda? Bella, foi ela que sentou em meu colo, eu não coloquei ela lá! E mesmo se tivesse colocado, nós temos um acordo. Você disse que não se importava e eu informei que permaneceria com as minhas atividades... externas.

— Pois permaneça com as suas atividades quando eu não estiver presente! É uma extrema falta de respeito e de decoro. Como se não fosse o bastante, você permitiu que eu fosse insultada e deixou como estava.

— Se eu dissesse que éramos casados, eu não poderia me aproximar de outras mulheres. Seria muito pior se espalhassem que eu traio a minha própria esposa. É temporário, não havia necessidade de espalhar a notícia para toda a vila!

— Pois bem, deixe como está. — fechei a porta na face dele novamente.

— Por que sinto que estou em uma briga de casados se este nem é um casamento verdadeiro? — ele murmurou. Meu queixo foi ao chão.

Ele bateu novamente.

— Bella... me perdoe. Fui um tolo, não agirei mais dessa forma quando estivermos juntos. Por favor, peço que considere o meu pedido. Não podemos morar na mesma casa sem nos falarmos.

Não o respondi. O ouvi suspirar do outro lado da porta, e sair. Engoli em seco e retirei o vestido e o corpete, ficando apenas com uma camisola.

Me deitei na cama, me afundando nos lençóis novos que eu havia trocado. Para sempre seria grata à Jude por ter mandado uma mala reserva caso eu sentisse falta de minhas cobertas.

Fechei os olhos, pensando no que Tiana havia me falado. A história dele não justificava. Eu não deveria perdoá-lo. Eu não me importava que ele fosse só no mundo e que tivesse perdido a mulher que amava a pouco tempo atrás. Ele, provavelmente, merecia tudo que estava passando.

Abri os olhos, me sentindo horrível por ter pensado dessa maneira. Como eu podia ser tão insensível e esquecer uma coisa dessa? Eu não podia julgar a dor de ninguém. Se era essa a forma como ele vivia, não era da minha conta.

Eu havia concordado com ele sobre o casamento de mentira e não havia questionado quando ele disse que procuraria outras mulheres. Nós não possuímos nenhum tipo de relação e, em breve, tudo acabaria.

Senti o sono chegar e me rendi aos poucos, planejando formas melhores de não agir como uma esposa.



O barulho de pássaros cantando me despertou. Troquei de roupa com a mala, que havia acomodado no quarto, e coloquei um de meus belos vestidos de tom turquesa com uma faixa em branco, na cintura.

Havia rendas delicadas no busto e mangas curtas. Amarrei meu cabelo em uma única trança embutida, sentindo uma imensa falta de minhas servas para fazer o serviço.

Não havia espelhos na cabana, então, me frustrei por não ver como havia ficado. Lembrando que, de qualquer maneira, não havia ninguém de importante que pudesse me contemplar, saí do quarto, descontente por outra noite mal dormida.

— Acordou cedo. — Harry se assustou quando me viu, como se eu houvesse interrompido o que ele estava fazendo. — Estava tentando lhe preparar um bom desjejum. Passei na vila e comprei alguns pães.

Passei por ele e me sentei na mesa.

— Não era preciso o incômodo, obrigada.

Ele sorriu.

— Então... estou perdoado?

— Está, por ora. — mantive a postura. Ele se sentou ao meu lado e me serviu uma xícara com leite.

— Por ora é o suficiente. — ele pegou um dos pães.

— Posso lhe perguntar como conseguirá o restante do dinheiro que lhe falta para a recuperação de seu ducado? — perguntei, com mansidão.

Harry engasgou com o pão.

— Já vejo que está ansiosa para se livrar de mim.

— Eu não deveria saber a verdade? Isso envolve a mim, também.

— Eu sei. — ele expirou lentamente. — O restante da quantia me será entregue quando eu visitar o doador.

— E quem seria esse doador?

— O Rei.

— Como?

— O Rei. — ele repetiu, abaixando a cabeça.

— O Rei... Declan? de Sírios?

— Exatamente.

— Por que ele iria se interessar em lhe emprestar tanto dinheiro?

— Por que foi ele que o tomou.

Os vagalumes confusos em minha mente voltaram a se agitar.

— Não compreendi. O senhor não havia perdido o ducado em uma aposta?

— O Rei comprou as minhas terras do homem que havia ganhado a aposta.

— Para que?

— Para garantir que ele tivesse controle sobre mim. Queria que eu me casasse. — ele parou de comer e me encarou. — Você deve entender que ele é como um pai para mim, Bella. Os meus pais morreram quando eu ainda era novo e ele cuidou de mim, de certa forma. Passei toda a minha adolescência no Palácio até possuir a idade de receber a minha herança e assumir o título do meu pai.

— Entendo. — tomei o último gole de leite. — Sendo assim, vá então. O que está esperando para visitá-lo e contar que se casou?

— Ele exige uma apresentação formal. Você deve ir comigo. Ele precisa acreditar que estamos, realmente, juntos. Não lhe contei pois não sabia se já estaria pronta para uma situação tão incômoda.

— Duque Harry, se existe algo em que eu não possuo dificuldade é me apresentar diante de um Rei. — me levantei com ele e comecei a retirar as xícaras. — Estou acostumada a isso desde que nasci. Será tão simples quanto retirar uma bala de uma criança.

— Sendo assim, mandarei uma carta anunciando a nossa visita. — ele me olhou, pedindo permissão. Assenti.

Lavei as xícaras e ele guardou os pães que haviam sobrado. Quando terminamos de organizar a cozinha, andamos até o lado externo da cabana.

— Você tem um belo cavalo. — comentei, me aproximando do belo animal. Ele relinchou na mesma hora, parecendo não gostar do que eu havia dito.

— Não a insulte, ela é uma dama.

— Não sabia que era fêmea. — me aproximei da enorme égua, percebendo que eu, realmente, não sabia praticamente nada de cavalos. Sempre tive medo de andar. — Ela é linda... qual é o nome dela?

— Acho que você não vai gostar da resposta, meu bem.

Me virei rápido, o fuzilando com o olhar.

— Você deu o meu nome a ela?

A raiva voltou.
Harry deu de ombros.

— Eu também não possuía uma boa lembrança sua de infância, e, bom, pelo menos dessa Bella eu gostava.

— O senhor é inacreditável!

— Gostaria de cavalgar um pouco? Me sentiria melhor do que a ver andando a pé só pela mata.

— Não, obrigada.

— Tem certeza? Está um belo dia para cavalgar e a Bella é uma égua mansa...

— Tenho certeza. — o cortei, tentando esconder a minha vergonha por não saber cavalgar.

Eu sabia que, na verdade, a maioria das damas não consideravam elegante uma mulher andar a cavalo, mas de alguma forma eu gostaria de ter aprendido. Parecia... libertador ter os cabelos ao vento. Eu havia me limitado por medo, e detestava constatar o quão medrosa eu era.

Em hipótese alguma eu admitiria essa fraqueza a Harry.

— Como quiser, meu bem. — ele se colocou à minha frente, me lançando um de seus sorrisos atraentes. Seus olhos azuis pareciam querer me atacar. — Devo dizer que está particularmente linda hoje.

Tentei não enrubescer.

— Seus elogios são, para mim, como fezes de cavalo. Para nada servem.

— Então por que está vermelha, querida? — ele se aproximou, me fazendo dar um passo para trás. Seus olhos encararam os meus lábios. — Se eu a beijar novamente, o que acontece?

— Creio que o senhor não estará vivo para ver.

Ele sorriu e se afastou.

— Vamos, eu disse que a ensinaria a andar pela floresta. Não quero que se perca.

Soltei a respiração de forma contida, aliviada por ele ter se afastado. Como eu pude ter ficado tão nervosa? Eu deveria me alertar sempre sobre quem ele era. O Harry assassino de bonecas infantis e um tremendo canalha.

Que Deus me ajudasse! Ele estava sendo um cafajeste comigo e eu estava gostando disso.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro