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Capítulo II


Como ele sabia o meu nome? Era fato que, por comparecer a tantos bailes e possuir tantas pinturas, eu possuía um rosto conhecido por todo o reino, mas ele não havia simplesmente se dirigido a mim como Alteza ou Princesa Arabella. Ele havia me chamado pelo nome, o que era impróprio a alguém que eu não conhecesse.

Encarei os olhos franzidos dele, que começaram a parecer presunçosos conforme um sorriso se formava em sua face, até perceber que ele possuía um nariz um pouco grande e...

Não!

— É você mesma. — ele sorriu de forma mais larga ao ver o horror em minha face. — Há quantos anos não te vejo, meu bem. Você ficou... bonita.

— O que está fazendo aqui? — respondi de forma rude, lembrando da minha doce boneca Jolie.

— Ora, seremos marido e mulher, ainda não está sabendo Belinha?

— Não me chame assim. — senti a raiva me invadir. Não me importava que ele havia perdido todos os quilos ao longo dos anos e adquirido um corpo másculo e forte.

Eu, definitivamente, não me casaria com ele.

— Vejo que ainda guarda velhos ressentimentos. Não faz bem ao coração, minha estrela flamejante.

— Pare agora! Eu detesto os seus apelidos!

— Nada lhe agrada, mulher.

— Eu estou em um pesadelo. — levei minhas mãos ao rosto, pensando em como eu iria me livrar dessa.

— Vejo que não está satisfeita em me rever. — ele se aproximou, com os braços para trás, parando de sorrir. — Se não deseja mais que eu a importune, nos encontremos novamente no altar, então.

— Nós não nos casaremos!

— Já foi decidido, Arabella. Será bom para ambos. Não sou mais o garoto que conheceu há 13 anos atrás. Não pode me julgar sem me conhecer.

— Não estou o julgando. — disse, vendo-o virar a cabeça de lado e franzir o cenho em descrença. — Só não... não sinto que seja o momento de me casar.

— Como a cerimônia está marcada, não creio que seja uma pauta em discussão e eu não vim para lhe convencer a se casar comigo. — ele se aproximou, deixando os nossos rostos a centímetros de distância conforme ele se curvava para ficar à minha altura. — Vim para cortejar a minha noiva.

Me distanciei, com o coração acelerado. Ele estava pensando em me beijar? Que absurdo!

— Não desejo que me corteje.

— Como quiser, meu bem. — ele sorriu, presunçosamente, ao perceber que eu havia ficado nervosa, e se abaixou tirando o chapéu. — Até o casamento, então.


Há um momento na vida em que, se você possui a idade de se casar e não se casou ainda, não há mais espaço no mundo para que você se encaixe. Isso aconteceu comigo e com as minhas irmãs.

Entre nós três, o assunto de solteira não mais batia. Na última vez que nos sentamos, não consegui conversar. Não havia o que responder. Eu não sabia como era dormir com alguém todas as noites e acordar com ele todas as manhãs.

Não poderia entender pequenas brigas que se resolvem com beijos, nem troca de olhares que traduziam palavras não ditas.
Eu estava sozinha, como sempre estive, de certa forma.

Agora, mais do que nunca.

— A rainha Cecília pediu perdão por não poder vir, está sentindo enjoos da gravidez e não está disposta. — respondeu a parteira, segurando a porta do quarto real. — Não é bom incomodá-la, Princesa. É o último mês. Sei que precisa conversar com sua irmã, mas ela precisa de descanso.

— É claro, diga a ela que não era importante. — respondi, sentindo meu peito se quebrar.

Faltavam apenas cinco dias para o casamento, e eu nunca havia me sentido tão só em toda a minha vida. Os preparativos do matrimônio estavam me sufocando, e eu não tinha absolutamente ninguém com quem conversar.
Olhei para o teto, tentando fazer a lágrima voltar de onde queria sair.

Violetta tinha razão. Esse palácio era sufocante.

— Irmãzinha, eu nunca te vi tão acabada! — a voz irônica me chamou atenção. Olhei para a frente, sentindo meu ar voltar.

— Vi, você chegou! — corri em direção à minha irmã, a envolvendo em um abraço que eu não sabia que precisava. Ela sorriu.

— Não me aperte tanto.

— Não acredito que veio. — a soltei, sorrindo envergonhada por parecer tão desesperada.

— Eu não perderia o seu casamento, Bella. Quem pensa que sou? Já trouxe a carruagem reserva, caso precise fugir.

— Não brinque com isso. Sabe que não posso desistir.

— Só por causa de algumas pequenas confusões no reino? Não perca a cabeça, Bella, você é mais importante do que qualquer coisa.
— ela disse, colocando a bagagem que carregava ao chão.

Eu acreditaria na palavra dela se não visse, pela primeira vez na vida, olheiras em sua face. Mamãe tinha razão, não estava sendo fácil.

Violetta ainda se culpava pela guerra entre Várzea e Irina, e por todos os servos que morreram na batalha. Depois de um tempo, quando ela nos contou, ficamos chocados ao pensar em quanta coisa ela havia passado. Seu primeiro ano de casada não estava sendo fácil quando, a cada estação, uma ameaça diferente aparecia.

— Eu já disse que estou bem! — a voz de Cecília apareceu no corredor, acompanhada de uma enorme barriga ambulante. A parteira a olhava em completo desespero.

— Não está! Precisa se deitar agora...

— Não me deitarei coisa alguma! — ela cambaleou, de um lado para o outro, andando em nossa direção. — Minha irmã precisa de mim.

— Ceci, você está enorme! — Vi gritou, sem nenhum pudor.

— Violetta! — ela sorriu, com os olhos brilhando. Andamos até ela, tentando ajudá-la a andar.

— Eu irei avisar ao rei Apolo... — a parteira tentou ameaçar. Ceci a interrompeu.

— Vá lá, aproveite e mande ele me trazer um doce salgado!

— O que é um doce salgado? — a perguntei, passando seu braço ao redor de meu pescoço. Ela suspirou.

— Não sei, ele que descubra. Vamos sair daqui. Se eu ficar mais um segundo com essa velha, irei enlouquecer!

Por um momento, a sensação de solidão passou. Estar com as minhas irmãs era sempre bom, mesmo que eu tivesse que ficar de fora da conversa, na maior parte do tempo.

As duas se empolgaram e, depois de falarem bons minutos sobre o jeito carinhoso de Apolo comparado ao cavalheirismo de Christian, elas olharam para mim.

— Soubemos que recebeu uma visita do seu futuro marido, e então, o que achou dele? — perguntou Violetta.

— Não tenho muito o que dizer.

— Como assim não tem o que dizer? — Ceci arregalou os olhos.

— A minha opinião não é importante...

— Não diga um absurdo desse. Nos conte, Bella! — Vi disse, exaltada.

Então eu contei, desde o tombo da árvore até eu reconhecer quem era o homem com quem eu iria me casar.

— O Harry fedido assassino de bonecas? — Ceci se levantou.

— Você não irá se casar com ele. — Vi gritou.

— Vamos conversar com mamãe agora mesmo. — Cecília se levantou junto.

As duas marcharam até o quarto da rainha. Segui ambas, sentindo um lampejo de esperança retornar ao meu coração. Talvez ainda desse tempo do casamento ser cancelado. Do dote ser devolvido. Talvez ambas conseguissem convencer nossa mãe de que isso era uma completa loucura.

Talvez encontrássemos outro jeito.

Segurei meu vestido enquanto subia as escadas tentando disfarçar um leve sorriso. Eu não teria que aturá-lo. Poderia conhecer outro nobre que me amaria.

Um barulho de uma porta se fechando com força no corredor nos interrompeu. Meu sorriso se desfez.

— Mas o que é isso? — Violetta perguntou, vendo Ceci suspirar.

— Meu marido.

— Apolo está tenso com os problemas do reino. — expliquei, sabendo que não adiantava esconder nada de Violetta.

Muito menos passar o pano por tudo o que estava acontecendo.

— Ele está tentando reivindicar o reino de Russo. — Ceci completou, apoiando as mãos nas costas enquanto retornaremos o caminho ao quarto de nossa mãe. — Beaumont está com grande falta de cereais. A importação que recebíamos do reino de Irina foi cortada desde que fizemos aliança com Várzea. Apolo acha que, se conseguirmos mais terra, teremos mais poder político para conseguir ajuda de outros reinos e restabelecer a economia.

— É por isso que eu preciso me casar. — disse baixo, vendo Violetta suspirar.

— Esse Duque tem tanto poder assim? — Vi ergueu as sobrancelhas.

— Ele é como um enteado do rei de Sírios. — mamãe respondeu, aparecendo na porta com os braços cruzados antes que entrássemos. — Precisamos dessa aliança e você sabe disso, Arabella. Eu pedi a você que não envolvesse as suas irmãs.

— E pretendia nos dizer o que, mãe? Que Bella se apaixonou perdidamente por um homem que mal viu? — Violetta deu um passo à frente. Entramos todas no quarto enquanto nossa mãe se sentava.

Mamãe olhou para mim, soltando uma respiração pesada.

— Ele é um bom homem, Bella. Acredite em mim.

— Mas eu posso encontrar outro, só preciso de um pouco mais de tempo...

— Não há outro e não há tempo! — mamãe pousou a mão na testa, claramente nervosa. — Todos os jovens solteiros de boa classe já estão casados.

— Há o príncipe Arthur, de Dazzo...

— Pesquisei o suficiente, Cecília. — mamãe a interrompeu. — Ouvi rumores de que Arthur é um homem agressivo. Jamais daria Bella em casamento a alguém assim.

— Não se case com ninguém então Bella, nós damos um jeito. — Vi tentou contornar e se arrependeu logo ao ver minha expressão de desespero.

Não me casar. Com ninguém. Nunca.

Eu não sabia como poderia piorar.

— Não adianta intervirem nessa situação. Ainda tenho poder aqui, vocês três são minhas filhas e irão me obedecer. — mamãe repousou a mão sob a testa, parecendo mais cansada que o normal. — Eu fiz uma escolha, e sei que se o pai de vocês tivesse vivo ele também concordaria.

Não conseguimos dizer mais nada. A menção de nosso pai sempre era algo que não podíamos refutar.

Minhas irmãs me olharam com piedade.
Então eu entendi. Entendi, naquele momento, que não tinha outro jeito.

Mamãe tinha razão. A minha família precisava de mim. As minhas irmãs precisavam de mim. Eu percebi ao constatar que elas estavam dispostas a ver os próprios reinos desmoronarem por minha causa.

— Preciso sair. — me virei, segurando a barra de meu vestido azul. As três me olharam.

— Aonde você vai? — mamãe franziu o cenho, com os olhos preocupados. Prendi a respiração.

— Terminar os preparativos do meu casamento.

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