Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo dezoito

As semanas passavam rápido. Os pensamentos de Yoongi e Taehyung se interligavam algumas vezes, como se buscassem notícias um do outro mentalmente.

Yoongi queria conversar com Taehyung, nem que fosse para ouvir o mais novo xinga-lo dos piores nomes vergonhosos, ou não falasse nada, só desejava ve-lo; saber como estava. Percebera o quanto era ruim ficar preso dentro daquele lugar,  lamentando por seu querido dongsaeng já está ali antes mesmo que ele, pagando mesmo sem ter pensado em nada de ruim.

Percebeu que ficaria maluco pela saudade repentina que passara a sentir de Taehyung e Jimin. Mesmo que negasse, nunca havia passado tanto tempo longe dos mesmos. Faziam muito tempo que permanecia sozinho. Sentiu-se um nada por não ter recebido nenhuma visita, nem mesmo Jimin fora visita-lo, como se estivesse sendo punido indiretamente.

Estava de saco cheio de tudo que havia se tornado; do que havia feito aquele tempo todo. Deveria ter evitado tudo. Deveria ter entendido que só magoava as pessoas do seu lado fazendo aquilo. Já havia feito o estrago, mas podia concerta-lo. 

Despertou de seus devaneios ao que era empurrado levemente pelo ombro. Virou o pescoço ficando quase no canto da cama, forçando seu rosto para o lado para ver quem era, apesar de já saber.

Kyungsoo estava em sua frente, dizendo coisas que pareciam desconexas aos ouvidos de Yoongi. Parecia ter perdido todos os sentidos, menos sua visão que estava congelada em algo no corpo do outro que permanecia com a camisa laranja desbotada aberta. De repente, começou a sentir seu corpo esquentar de raiva, como se estivesse sendo dominado por um ódio surreal.

– Ei, Yoongi! Levanta aí, vamos logo. Precisamos ir para fora antes que venham atrás de nós. Sabe que temos que seguir as regras ao pé da letra, não sabe? – O riso do homem apenas serviu para aumentar a fúria que Yoongi alimentava lentamente. –Vamos cara! Parece que você congelou.

– O-o que é isso? – Yoongi finalmente proferiu, levantando da cama lentamente, levantando sua mão trêmula até o peito do homem. – O que é isso...

– Ah... – O homem abriu mais a camiseta laranja com sua destra, ao que usava a mesma para tocar no desenho de uma estrela negra sobre seu peito direito. – Foi minha primeira tatuagem e a única também. Eu ainda estava morando no orfanato na época. – Sorriu, logo sentindo seu corpo cambalear para trás quando percebeu que Yoongi o havia empurrado com força.

– Qual foi, garoto, tá ficando doido? – O homem perguntou ao que fitava as lágrimas desenfreadas caírem do rosto do mais novo. – Cara, o que ouve-

– Foi você... – Murmurou ao que fitava o chão, levantando seu olhar novamente para o outro à sua frente. – FOI VOCÊ! – Gritou ao que nem mais estava em si.

– Do que você tá falando? Eu não tô entendendo... – Kyungsoo se afastou apenas um pouco mais até se ver impedido pela grade. A aura de Yoongi estava dando calafrios a ele. Amargura e vingança era o que o olhar de Yoongi transbordava. 

– Você matou o meu pai! – Grunhiu. – Seu desgraçado, como você pode?!

O homem deixou que seus olhos desejassem sair de órbita, enquanto entreabriu os lábios em surpresa.

– Você era aquela criança perto do carro... – Engoliu em seco. – Yoongi, me desculpa, eu-

– CALA A BOCA, PORRA! – O mais novo se aproximou de modo impertinente até Kyungsoo, pressionando-o fortemente contra a grade atrás dele. – Foi você! Você tirou o meu pai de mim! Você tirou a coisa mais importante que eu valorizava, seu idiota! Por quê? POR QUÊ?!

As lágrimas de Kyungsoo já corriam em seus olhos enquanto fitava o rosto repleto de ódio da criança que sempre quis reencontrar para pedir perdão. Sentira-se culpado em todos os dias depois daquele incidente, como se tivesse arrancado sua humanidade de dentro de si. 

Algo que Yoongi parecia próximo de cometer quando começou a apertar o pescoço de Kyungsoo que se mantinha parado em sua frente, impossibilitado de se afastar do mais novo já que não possuía o movimento de uma das mãos.

Yoongi apenas deixava que sua raiva consumisse tudo que havia de gentil ou bom dentro de si, apertando cada vez mais as mãos no pescoço do outro. 

Se afastou, porém, quando ouviu a tosse forte de Kyungsoo, que respirava com força quando sentiu finalmente as mãos longe dele.

Yoongi cambaleou de costas até bater com força na parede atrás de si, arrastando com grosseria as costas na mesma, se vendo sentado no chão. Suas mãos foram levadas até sua cabeça, puxando suas madeixas com rispidez. Deixou que seu choro preenchesse o lugar. Murmúrios inaudíveis saiam de sua boca, enquanto sua respiração ficava ofegante.

– E-Ele era tudo pra mim... – Falou enquanto forçava seus olhos a permanecerem fechados. – E você o matou na minha frente... tudo porque ele não tinha dinheiro! – Colocou os braços sobre o joelho ao que apoiava seu rosto nas mesmas, apenas para fitar o homem que agora mantinha sua cabeça abaixada em um choro silencioso. – Você também me matou naquele dia...

Minutos se passaram e um silêncio que cortava qualquer respiração se fez presente. Yoongi deixou que suas lágrimas cessassem, observando o chão daquela cela sem qualquer expressão, enquanto mantinha seus braços contra o corpo, como se buscasse consolo em si mesmo.

– Havíamos acabado de sermos expulsos do orfanato por termos completado dezoito anos, o que já era inaceitável. – Começou Kyungsoo com a voz embargada, fitando o chão abaixo de si. – Não sabíamos para onde ir, muito menos o que fazer. Nem mesmo sabíamos se iríamos jantar naquela noite. Não tínhamos família, nem mesmo o orfanato que foi nosso refúgio existia mais. Era apenas nós dois.

– Cala a boca. – Yoongi proferiu ao que olhava com desprezo o homem a sua frente, virando novamente para encarar o nada naquele chão sujo. – Você realmente é um assassino.

– Naquela mesma noite Suho havia saído de uma pequena rua onde estávamos e não demorou a voltar, trazendo uma arma nas mãos. – Ignorou o pedido de Yoongi, levando a destra sobre o braço inerte, segurando fortemente. – Não me lembro como ele conseguiu, mas ele fez minha cabeça para roubarmos. Disse que não tínhamos opção nenhuma se não quiséssemos morrer. Ele sempre cuidou de mim quando estávamos dentro daquele orfanato que estava longe de ser um lar. Então eu apenas fiz o que ele mandou. 

"Saímos para um pouco longe dali, onde cometemos nosso primeiro assalto, e conseguimos um carro e alguns xingamentos do dono. Suho simplesmente obrigou o cara a dirigir pra gente, e mesmo que eu pedisse pra ele para voltamos e tentarmos arranjar uma outra maneira, Suho simplesmente me ignorava. Então, o homem começou a dirigir em qualquer direção e foi quando Suho viu seu pai. – Kyungsoo observou Yoongi que sutilmente virava para ele, atento ao que escutava. – Eu pedi, Yoongi. Eu implorei que ele esquecesse da idéia, mas ele não deu atenção e só mandou parar o carro quando estávamos na frente do seu pai, e Suho quase me empurrou para fora, me mandando fazer o que eu não queria. 

"Seu pai dizia que não tinha dinheiro e Suho gritava para mim de dentro do carro para empurra-lo porque ele estava mentindo. Eu não sabia o que fazer, apenas obedecia. E depois que Suho cansou de esperar ele me chamou e disse que eu deveria atirar. Eu senti minhas mãos tremendo  e meu corpo suava. Eu não queria... – Deixou as lágrimas tomarem seu rosto silenciosamente. – Eu não queria! Mas ele mandou de novo e eu apenas puxei o gatilho.

Yoongi fitava o homem a sua frente com pesar, como se estivessem compartilhando da mesma dor. Deixou que uma lágrima descesse de seus olhos, limpando rapidamente.

– Eu já estava atordoado demais e meu coração batia em desespero. Eu pensei que havia acabado mas Suho me mandou confirmar se não havia realmente dinheiro nos bolsos do seu pai. Então eu obedeci novamente. Eu não podia deixar meu amigo sozinho, ele sempre me protegeu e se eu parasse ali, estaria apenas mostrando o quanto era ingrato. Mas até então eu não tinha visto vocês, Yoongi. – Suspirou. 

"Eu pensei que ele não tinha filhos. Você sabe como foi terrível saber que eu literalmente fiz alguém perder o pai?! Eu fiz alguém passar pela mesma coisa que eu passei quando meus pais me jogaram naquele lugar! Eu sempre quis o carinho deles, mesmo que eles não tivessem dispostos a me dar. E tirei isso de você. Eu não consegui te encarar e saber que eu fiz aquilo, então apenas entrei no carro com a culpa em meus ombros. Foi terrível. – Levou a destra até a testa, removendo o suor dali. Seu coração parecia prensado contra duas estacas.

"Eu voltei naquele local no outro dia, e no outro, apenas na intenção de te encontrar para pedir perdão e ser preso, mas depois que Suho percebeu que eu estava colocando tudo em risco, ele nos tirou dali. Depois disso, eu prometi que nunca faria aquilo de novo. Eu cometia assaltos a mando de Suho, mas não machucava ninguém. Tudo foi muito fácil durante anos, mas quando estávamos fugindo depois de cometermos mais um assalto, Suho perdeu o controle na avenida e o carro capotou, foi quando percebi que havia acabado. Eu estava acordado, mas Suho não aguentou. Poderia ter fugido, mas fiquei. Eu nunca quis aquilo, sempre foi ele. Resolvi que tomaria pelo menos uma atitude boa na minha vida pela primeira vez, e foi assim que vim parar aqui.

Kyungsoo caminhou calmamente até Yoongi, ficando a uma distância mínima de meio metro, ao que sentava no chão. 

– Eu lamentei todos os dias pelo que eu fiz e eu tenho certeza que não sofri nem o mínimo que fiz você sofrer. Mas eu queria te pedir perdão. Você não merecia sofrer por minha culpa. Eu só... – Fitou o rosto do mais novo. Seus olhos vermelhos pelo excesso de lágrimas. – Só quero que me perdoe para que eu possa pelo menos dormir um dia da minha vida em paz, e consiga me perdoar pelos meus erros...

O silêncio novamente se instaurou, enquanto Yoongi pensava em suas próprias conclusões. Minutos que cortavam toda a sanidade de qualquer um como se aguardasse a resposta do seu julgamento final. Yoongi sabia que precisava começar dali. Era seu recomeço.

– Meu pai sempre falava que eu deveria perdoar as pessoas pelos seus erros, pois eu também poderia cometer se estivesse no lugar delas. – Yoongi suspirou pesadamente ao que fitava o homem à sua frente. Mordeu o lábio inferior, puxando forças para que conseguisse proferir as palavras. Sorriu triste. – Eu te perdoo.

Os olhos de Kyungsoo brilharam em esperança e ele deixou que as lágrimas caíssem desesperadas, sua voz embargada em um choro nessesitado. Yoongi sorriu minimamente, sentindo seu coração ficar leve. Parecia ter tirado todo o peso que carregava em seus ombros por todos aqueles anos sem o carinho de seu pai, ressentido com a dor e a perda de alguém tão amado por si. 

– Obrigado... – Kyungsoo colocou a mão sobre os olhos, não conseguindo conter o choro. – Muito obrigado...

Yoongi levantou com um certa dificuldade, indo em direção ao banheiro da cela, trancando-se ali. Ligou o chuveiro que libertava finas gotas de água sobre seu corpo, deixando que suas roupas molhassem. Aliviou-se com o frio sobre seu corpo caloroso por minutos, antes de pegar a tolha presa em uma único ferro na parede, tratando de enxugar seu rosto e corpo, mesmo que o úmido da roupa permanecesse.

Saiu do banheiro deixando pela primeira vez um sorriso pequeno sair de forma verdadeira. Havia finalmente encontrado uma parte de sua paz. Caminhou até Kyungsoo que ainda estava no chão, insistindo em permanecer chorando, e tocou-lhe os ombros, observando o mais velho o olhar perdido.

– Vamos ? – Sorriu triste ao que levava a mão para que Kyungsoo pudesse se apoiar, vendo o sorriso terno ser devolvido a si. O outro parecia não acreditar realmente no que havia acontecido, mas logo permitiu que sua mão tocasse a do mais novo.

– Vamos.

+++

Taehyung encarou rapidamente o mais velho ainda choroso. A dúvida tomou seu corpo novamente. Não era possível, como seu hyung parecia tão mudado? O que havia acontecido? 

Manteve seu silêncio, soltando apenas um breve suspiro de desistência. Ficaria a mercê de Yoongi novamente caso aquilo fosse uma encenação, tamanha era as palavras dele sobre si.

– Eu não deveria ter feito isso... – Mordeu o lábio inferior. – Tudo isso. – Deixou novamente o silêncio tomar de conta do local. 

Nunca pensou que se arrependeria, assim como também não pensava se Taehyung poderia o perdoar. Seus atos estavam muito quebrados para obterem uma cura do mais novo.

– Eu não deveria ter te mandado fazer aquelas coisas, para começo de tudo. Eu nem mesmo deveria ter tentado te usar para me ajudar com um ressentimento idiota. Eu fui tolo e acho que todos já sabem. Provavelmente só percebi isso quando Jimin me falou várias coisas na minha casa, eu estava tão preso aquelas idéias idiotas que quase levei vocês pro fundo do poço comigo. Você me conhece mais que ninguém, Tae. Eu não queria ter feito isso, mas acabei me deixando levar. – Colocou suas mãos algemadas sobre a mesa com o pesar dos olhos azuis sobre si. – Eu não deveria ter machucado o Jeongguk. – Olhou para o Kim de forma suplicante. – Eu machuquei a pessoa que você ama e machuquei você. Você foi parar em um lugar como esse quando na verdade nunca deveria ter entrado. Você é  bom e gentil...

– Assim como você.  – Interrompeu o mais velho. – Hyung, se você estiver realmente arrependido de tudo, então eu devo ter te perdoado desde o momento que decidiu mudar. Eu sinto falta de você, do seu eu antigo. Aquele que se divertia junto comigo e com Jimin. Nós ficamos preocupados com você. Queríamos te ajudar mas você não deixava...

– Agora eu percebo. – Sorriu pequeno. – Precisei ter a verdade jogada na minha cara para perceber que estava me tornando um monstro. Precisei confrontar o passado para conseguir perdoar a mim mesmo. E apenas agora eu entendo. Não foi minha culpa.

– Não, não foi. – Taehyung deixou um sorriso esperançoso se formar nos lábios. Sempre esperou ouvir aquilo, Yoongi aceitando que não teve culpa pela morte do pai. Aquele foi o estorvo do problema, e se ele havia finalmente aceitado, era uma resposta clara que estava mudando de verdade.

– Eu o vi. Finalmente o vi, Tae. O homem que matou meu pai. – Suspirou tristonho. Esquecer tudo era uma nova etapa. 

Taehyung ficou surpreso. Aquilo era terrível! Talvez Yoongi realmente só estivesse mentindo para conseguir finalmente se vingar e...

– Eu o perdoei.

– O QUÊ?  – Soltou alto demais. – Você realmente... o perdoou?

Yoongi sorriu fraco.

– Sim, Tae. Eu fiz isso. Quer dizer, seu antigo hyung fez isso. – Abriu um sorriso tímido. – Ele me explicou tudo e  eu consegui entender. Acho que meu pai desejava que eu o perdoasse também.

– Hyung, eu...

– Tudo bem, Tae. Eu entendo que você esteja em choque com toda essa mudança repentina minha. Talvez até pense que eu só esteja fingindo.

– Me desculpe.

Yoongi suspirou ao que o sorriso morreu em seus lábios.  

– Você não tem nada para se desculpar. Eu sei que isso foi culpa minha, tudo isso que aconteceu depois que eu perdi meu pai. Nosso pai.

 Taehyung cruzou as mãos uma na outra, olhando para o mais velho.

– Nosso pai.

– Eu peço perdão por tudo isso novamente. Espero que Jimin e Jeongguk possam me perdoar também, mas irei pedir pessoalmente.

– Como eu disse, você já tem meu perdão. Eu falarei com o Jeon. Posso pedir a ele que te tire daqui e...

– Não. – Yoongi falou calmamente ao que levantava. – Eu cumprirei minha pena.

– Mas hyung e a faculdade? – Taehyung indagou surpreso. 

– Acho que Jimin pode dar um jeito de trancar minha faculdade até eu voltar. Não se preocupe, eu irei sair daqui logo. Eles liberam por ter um bom comportamento e tem trabalhos aditivos aqui. Eu tenho feito os dois. 

– Então quer dizer que voltará para nós até o início do próximo ano? – Os olhinhos de Taehyung brilharam em esperança. O verdadeiro Yoongi estava de volta.

– Seu hyung estará pronto para ir embora daqui a alguns meses. – Sorriu. – Agora vem cá me dar um abraço! 

Aquela sensação.

A sensação de abraçar alguém forte o suficiente para não desejar soltar nunca mais. 

Fazia quanto tempo não abraçava Yoongi? não tinha idéia, só sabia que a falta dele se fez totalmente naquele momento. Desejava mais daquilo para todos os dias que viessem.

– Obrigado... – Yoongi murmurou próximo ao ouvido do mais novo, deixando que suas lágrimas tomassem seu rosto. – Muito obrigado por ficar comigo esse tempo todo... Eu quase estraguei tudo e... – Yoongi voltou a chorar forte, impedindo suas palavras de saírem, apesar de Taehyung já saber.

O loiro sorriu ao que abraçava com as mãos trêmulas o mais velho. 

– Vai ficar tudo bem agora... - Murmurou. – Está tudo bem...

Permaneceram por mais alguns minutos naquela mesma posição, voltando aos seus lugares quando o peso nas pernas se tornou insuportável. Conversaram como bons amigos novamente sobre tudo. Taehyung falou como foi sua estadia na prisão e como saiu de lá. Contou também sobre como estava cada vez mais apaixonado por Jeongguk e como Jimin estava triste consigo mesmo por eles dois.

– Só trouxemos dor de cabeça pro Chim. – Yoongi sorriu, ao que falava o apelido que colocara no mais velho. – Vamos nos redimir.

– Vamos sim!  – Oi loiro falou convicto. – Faremos isso juntos.  

~

Um pouco distante dali em uma calçada, Jeongguk mantinha a cabeça sobre os joelhos. Suas mãos enlaçadas as pernas enquanto algumas lágrimas soltas molhavam seu rosto.

Jimin permanecia quieto sentado com o mais novo. Não havia falado nada, mas já imaginava o que tinha acontecido.

Jeongguk estava com medo.

Era óbvio que isso iria acontecer e Jimin se sentiu tolo mais uma vez por interpretar tarde as coisas. Ele estava debilitado e Yoongi o machucou física e emocionalmente. 

Jimin suspirou pesado. Pedia mentalmente para que aquilo não tivesse chegado ao ponto máximo. Um trauma. 

Sentiu a manga de seu moletom verde musgo ser puxada, virando para encarar o que mais se assemelhava uma criança triste.

Jeongguk mantinha um sorriso pequeno no rosto e suas bochechas estavam coradas. Seus olhinhos estavam um pouco vermelhos pelo choro repentino e seus cabelos haviam perdido o formato arrumado.

Sentiu vontade de abraça-lo, porém, não o fez. Sorriu para o mais novo como resposta e logo se levantou, batendo a mão sobre a calça para retirar resquícios de terra.

– Está tudo bem? – Finalmente perguntou, encarando o rosto do Jeon para tentar buscar algum rastro de mentira quando ele apenas confirmou assentindo que sim. Não achou nada.

– Você quer ir pra casa?

– Eu gostaria.

– Tudo bem. Hm... – Jimin virou para a delegacia e observou que Taehyung ainda não havia voltado. Precisava avisa-lo. – Eu só vou falar para o Tae e...

– Eu vou sozinho. – Interrompeu o mais velho. – Quero pensar em algumas coisas. Não irei cometer nenhuma besteira hyung, não se preocupe. – Falou com um sorriso tímido nos lábios quando percebeu que Jimin parecia nervoso demais. Não queria deixar Jimin preocupado com ele. Seu hyung já havia feito mais do que o suficiente.

– Só toma cuidado, tudo bem? Me liga se precisar de qualquer coisa.

– Tudo bem.

– Hm, o que eu digo pro Tae? – Indagou.

Jeongguk ficou quieto por alguns segundos. Uma brisa leve atravessou entre eles e Jimin levou as mãos para o bolso.

– Diga que voltei para casa e que... ele já pode voltar para a sua. – Sorriu. – Era só uma semana, certo?

– Jeon, eu...

– ... Eu já disse que está tudo bem, Jimin hyung. Dentre todos, você é o único para qual eu não preciso mentir. Só diga o que eu pedi e não se preocupe. Você precisa cuidar de você também. – Tocou o ombro do outro enquanto se afastava. – Até mais.

Jeongguk não deixou que Jimin o respondesse, logo caminhando para longe dali. Pegaria um táxi, talvez. Ou um ônibus. Estava decidindo ao que se afastava cada vez mais.

Depois de alguns minutos parado ali mesmo onde a pouco estava com Jeongguk,  Jimin retornou para buscar Taehyung que naquele momento já estava fora da delegacia. Ele parecia aflito. Talvez já tivesse percebido que Jeongguk não estava ao lado do Park.

– Jeongguk, onde ele está? – Perguntou ao que olhava para todos os lados possíveis.

– Foi para casa.

– Mas eu queria tanto falar-

– Disse que você deveria dormir hoje comigo. – Suspirou. – Ele está com medo do Yoongi, tenho certeza. Não tiro razão dele, deve ter sido horrível.

– Eu vou atrás dele – Taehyung já começava a caminhar quando seu pulso foi segurado. 

– Acho melhor não. Ele não parecia querer conversar. Precisa de um momento apenas para ele. – Engoliu em seco. – E então, como Yoongi está?

Taehyung não queria que Jeongguk ficasse sozinho, e mesmo que não fosse muita coisa, pegou rapidamente seu celular em mãos e digitou uma rápida mensagem para o mais novo, pedindo para que tomasse cuidado e que o amava. fitou Jimin ao que guardava o celular.

– Hyung, ele voltou! O antigo Yoongi voltou! – Deu um sorriso que contagiava, e logo Jimin sorriu desacreditado.

– Sério mesmo? Tipo, nosso Yoongi? – Sorriu. – Ya! Isso é música para os meus ouvidos, já estava na hora!

– Ele disse que irar ficar para cumprir a pena, mas que logo irar sair porque tem feito por merecer. Parece que tudo está finalmente se ajeitando.

– Finalmente. – Jimin  falou satisfeito. – Mas enfim, vamos voltar então? Preciso falar com Seokjin e informar todas as novidades.

– Ah, eu... eu vou ver Naeun. – Falou ao que checava algum dinheiro no bolso para um táxi.

– Tudo bem. Eu posso te levar, se quiser.

– Não precisa. – Sorriu forçado, o que Jimin percebeu logo de cara. – Eu vou pegar um táxi e aviso quando chegar. Éh... Até mais.

– Tudo bem então. – Jimin deu de ombros, já abrindo a porta do carro e entrando. – Até mais.

Fitou Taehyung se afastar rapidamente como se tivesse medo de ser perseguido, mas não deu muita atenção ao que direcionava o carro para sua casa.

Estava cansado e ainda precisava falar com Seokjin. Resolveu que daria uma passada rápida na casa de Jeongguk para ver se o mesmo já havia chegado e depois iria dormir bastante, contando para acordar apenas de noite.

Mas seu coração acelerou.

Lembrou que Taehyung não havia explicado bem o que ele tinha perguntado e deixou o assunto daquele mesmo jeito. Pensou em procura-lo mas naquele ponto o mais novo já deveria estar dentro de um táxi a caminho de sua casa.

Não tinha escolhas, teria que ir atrás dele. Não conseguiria nem mesmo tirar um cochilo se não resolvesse logo aquilo. Mas não poderia ir sozinho.

Não, precisava de um motivo mais sensato. Taehyung com certeza não iria aceitar falar caso o mais velho pedisse, daria a desculpa de estar em casa e querer descansar, mas se Jeongguk estivesse por lá, não teria escolhas, já que se não contasse falaria para Jeongguk que ele estava escondendo algo.

Não queria jogar sujo, mas Taehyung estava complicando seu jogo limpo.

Discou rapidamente o número de Jeongguk ao que ouvia a voz aguda do outro lado da linha.

– Jeon?

Sim, hyung?

– Está em casa?

– Acabei de chegar. Por quê? 

– Que ótimo, irei passar aí em vinte minutos, esteja pronto! 

E desligou.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro