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Capítulo catorze

Estávamos caminhando em uma rua pouco iluminada pelas luzes dos postes que piscavam o tempo todo. Meu pai brincava com as minhas madeixas negras, e eu estava totalmente feliz que havíamos finalmente ido ao Parque de Diversões que havia se instalado ali perto. Apesar de minha mãe ter ficado uma fera, ela não fez muita questão de nos impedir. Meu pai sempre dizia que estava tudo bem e eu acreditava nele. O amava com a minha vida, sempre tentando me por pra cima, como uma criança cheia de sonhos.

E eu desejava realiza-los.

Ele abandonou sua mão que antes acariciava meus cabelos ao lado do corpo, e eu rapidamente a segurei, fitando Taehyung imitar minha ação. Meu pai deixou que eu convidasse Taehyung e acabamos nos divertindo mais ainda enquanto voltamos para casa.

Meu progenitor estava cansado, a velhice consumia sua energia, e já estava tarde. Por sermos crianças, eu e Taehyung apenas acreditávamos que ele estava brincando, e resolvemos correr na frente para que ele tentasse nos alcançar.

Quando virei para chamá-lo, observei um carro preto parar bem em frente a ele.

Por alguns segundos eu o perdi de vista, minha visão sendo coberta pelo carro de lado, mas logo depois o homem que usava uma arma nas mãos o empurrou para a frente, fazendo meu pai cambalear.

Estava longe por ter me afastado demais, e comecei a  a correr de volta, deixando um Taehyung parado encarando a cena assustado. Eu estava com medo, mas o vencia pelo medo maior ainda de perder o meu pai. Parei ao que deveria estar a mais ou menos 2 metros do carro a minha frente, logo, apenas em uma distância mínima do homem que o ameaçava. Comecei a escutar claramente o que ele pedia: dinheiro. Repetidas vezes. Meu pai negava o tempo todo, sendo empurrado fortemente pelo ombro enquanto respondia.

A luz do porte a nossa frente desligou por segundos aterrorizantes, deixando apenas um pequeno rastro de luminosidade, mas que permitiu que eu percebesse quando o homem girou sua atenção para alguém dentro do carro, parecendo abismado segundos depois. Ele olhou novamente para o meu pai, e foi aí que tudo aconteceu.

Taehyung tocou em meu ombro no exato momento que ouvimos um barulho agudo e estridente que nos fez agachar de medo, apertando os ouvidos com as mãos e fechando os olhos com força, sucumbindo ao medo que nos dominou. Quando o som sumiu por completo, eu abrir lentamente os meus olhos, apenas para encarar uma cena aterrorizante: Meu pai estava no chão, sangrando. Mas o homem a sua frente estava agachado ao seu lado e continuava tateando o corpo inerte em busca de algo valioso. Quando não encontrou, se levantou, e por impulso, me levantei também.

O homem virou-se e me encarou assustado. Meus olhos congelaram. Ele usava uma uma máscara preta no rosto, me impedindo de grava-lo. Sua camisa estava aberta e possuía uma estrela negra sobre o peito direito. Foi a única coisa que conseguir gravar ao notar que ele havia entrado no carro, para logo sair pelo mesmo caminho que vieram até nós.

Quando me dei conta, estava ao lado de meu pai sentado no chão, enquanto Taehyung chorava alto.

– Papai! – Eu tocava em seu rosto enquanto gritava que precisávamos de ajuda. Ele estava sentindo dor, e eu não podia fazer nada. Suas mãos sutilmente se contorciam e ele respirava com força, como se não conseguisse manter aquilo por muito tempo. Senti quando meu coração artificialmente explodiu de dor ao me imaginar sem meu pai, sendo inundado pelas gotas salgadas em meu rosto.

– O-O que eu faço? Tio, o que eu faço? – Taehyung colocava as mãos sobre a testa, em desespero.

– Papai! – Clamei seu nome diversas vezes, mas ele havia apagado. Seu peito não mais subia para sinalizar que ele ainda respirava. – Precisamos voltar para casa! Mamãe mandou voltamos logo! Papai, levanta! Não podemos ficar na rua, não é seguro! Papai! – Gritei tudo que podia, observando Taehyung tentar me abraçar quando ele começou a perceber a verdade a nossa frente. Segurei a respiração ao que encarava o céu estrelado sobre mim, libertando-a com gritos estéricos que nem mesmo diminuíam a minha dor.

 Estava tudo acabado.

Ouvi quando uma voz fina gritou de volta, logo fitando um casal que caminhava por ali. A mulher se aproximou de nós e quando notou do que se tratava, começou a digitar desesperada para chamar uma ambulância. Mas a ajuda também demorou.

Meu pai já não respirava. E eu nem mesmo consegui me despedir.

– Ei cara! Acorda! – O guarda chamou entredentes, batendo diversas vezes na grade do local. – Vamos, hora do jantar.

Yoongi acordou ofegante, sendo atingido com a claridade do lugar e coçou os olhos com a costa das mãos, buscando afastar o pesadelo que sempre tinha ao deixar que uma pequena brecha do passado o preenchesse. Sentia-se culpado. Se não tivesse insistido para que seu pai o levasse no parque, poderia ter impedido tudo, mas não tinha mais essa opção.

Apenas uma lembrança de um primeiro dia de Outono, que tornou-se sangrento. Desde aí, passou a odiar essa estação com todas as suas forças. 

Mesmo sem vontade alguma, pôs se a levantar, dando uma vaga olhada pelo lugar a procura do homem que dividia cela consigo, mas não o viu. Dirigiu-se para o refeitório do lugar, sentando sozinho como bem seu feitio. A comida disposta sobre o prato não era lá agradável, muito menos dava alguma vontade para ingeri-la, mas o Min não tinha escolhas se não quisesse passar fome.

Colocou a primeira colher cheia do arroz grudento em sua boca, mastigando sem pressa. A expressão de desagrado pousou sobre sua face, dando insistência em colocar outra colher na boca.

Fitou o homem que fazia presença junto a si na cela caminhando perdido, até que o viu, se aproximando dele. Yoongi suspirou pesado, ao que observava Kyungsoo se sentar em sua frente, na cadeira oposta.

– Isso parece bom. – Falou irônico. – É até melhor do que eu comia antes. – Colocou uma colher na boca, franzindo o nariz.

– O que você comia antes? – Yoongi espelhou no mais velho, logo colocando outra colher do alimento na boca, já aceitando o sabor insosso.

– Pão velho. Tínhamos sorte quando ele não passava de uma semana guardado. – Sorriu. – Eu não reclamava, mas Suho faltava brigar com todo mundo por não termos algo melhor para comer.

Yoongi mordeu o interior da bochecha ao observar o homem a sua frente ficar sério de repente. Falar sobre aquilo parecia não ter trazido boas recordações.

– Ele era seu amigo? – Yoongi perguntou indiferente, afastando o prato na mesa para distanciar de si. – Esse Suho?

– Sim, éramos bons amigos. Nos conhecemos desde pequenos ao irmos para o mesmo orfanato, depois que  nossos pais simplesmente nos deixaram. – Murmurou, terminando de limpar o conteúdo do seu prato.

Yoongi cruzou os braços sobre o peito, tentando descobrir algo que explicasse quem realmente aquele homem era e um pouco do seu passado oculto.

 – E onde está o seu amigo?

Kyungsoo engoliu em seco. Parecia ter sentido dor em apenas ouvir a voz proferir aquele nome. Fitou Yoongi com um sorriso pequeno, ao que pegava seu prato em mãos e levantava.

– Morto.

Kyungsoo caminhou para depositar seu prato sobre a bancada da cantina onde algumas pessoas com avental e boina recolhiam, saindo em direção ao corredor que levava as celas.

O Min franziu o cenho ao que observava o homem sumir de sua vista. Sentiu remorso por suas palavras, todavia, não pediria desculpas. Elas não trariam o amigo de Kyungsoo de volta, assim como seu pai.

Depois de alguns minutos sentado na mesa do refeitório sem interesses de se levantar, Yoongi finalmente resolveu tomar rédeas sobre seu corpo e pôs se a voltar para o que chamaria de seu quarto agora.

Encontrou Kyungsoo deitado na rede, como se entendesse que a cama era de Yoongi, o que permitiu um breve sorriso se formar na boca do mais novo.

Aproximou-se do colchão desconfortável, deitando de barriga para cima e colocando suas duas mãos atrás da cabeça. A baixa iluminação impedia qualquer observação muito grande, o que era muito ao contrário do barulho, já que Kyungsoo roncava de forma alta, fazendo-o suspirar de desgosto.

Levou as mãos aos ouvidos forçando-as, ao que tentava fechar os olhos e dormir, falhando logo em seguida. Levantou seu tronco, ficando sentado na cama, ao que encarava o lugar que o homem estaria deitado.

– Ei cara! Para de roncar, eu quero dormir! – Grunhiu, ouvindo um murmúrio nada gentil do mais velho, sentindo que este agora encarava seu rosto. 

– Foi mal. Vou tentar. – Ele voltou a deitar na rede, e o Min fez o mesmo em sua cama, não dando muito tempo para pensar ao que adormecera minutos depois.

~

A manhã seguinte  repetiu as mesmas ações que Yoongi percebera que teria que fazer por um longo tempo. Acordar cedo, fazer sua limpeza matinal que não era lá tão confortável sentindo o cheiro ruim de dentro do banheiro, tomar banho de sol, seu café da manhã pouco agradável também, e deixar que suas tardes fossem literalmente de atividades aditivas. Não o deixavam parado de modo algum.

Tudo se repetia. Os dias estavam passando rápido naquele lugar agora tão mais familiar. Havia se aproximado de Kyungsoo, apenas o suficiente para se tornarem colegas de "quarto". Mesmo que o Min achasse o mais velho legal consigo, se ele estava ali, não era no fundo uma das melhores pessoas. Mantinha-se a uma distância segura para si, mental e fisicamente.

Também não conseguia evitar pensar no que Jimin havia o dito quando foi até sua casa.  Havia levado desconforto para pessoas ao seu lado que se importavam de verdade com ele, e só tinha certeza disso pois sentia o mesmo sentimento por seus amigos.

Jimin e Taehyung foram o conforto que ele encontrou quando percebeu que não aguentaria tudo aquilo sozinho. Amava seus amigos e uma intensidade tremenda, lamentava por magoá-los. Mas precisava conter a dor em seu coração de alguma maneira, não importando qual seria.

Inspirou fortemente o ar, logo o soltando, ao que se espreguiçava para mais uma manhã de trabalho.

Tinha muito o que fazer. 

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