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Capítulo XXXIV


Sempre acreditei que a morte é uma fase que transcende a vontade humana. Todos nascemos, crescemos, construímos nossas vidas e morremos. Era imutável e cotidiano. Todos deveríamos estar acostumados, certo?

Em Beaumont, a expectativa de vida de um nobre não passava de 60 anos, o que era uma idade razoável, constando com o fato de que um trabalhador comum da cidade não vivia até os 45.

Eu, Violetta e Arabella sempre pensávamos que viveríamos até os 62 e entraríamos para a história. Vi sempre foi a mais forte, por isso era óbvio pensar que ela teria mais facilidade. Bella era doce, delicada e responsável. Sabia se cuidar melhor do que ninguém. Por isso, sempre pensei que eu fosse acabar indo primeiro.

Depois da frase, aquela frase, eu apenas segui tio Oliver sem me lembrar de como era possível respirar. Eu não consegui perguntar a ele de qual irmã ele estava se referindo, porque de alguma forma, dentro de mim, eu não queria saber.

Perder qualquer uma das duas significaria perder a minha estrutura, significaria arrancar uma parte de mim que jamais se recuperaria. Elas não eram apenas as minhas irmãs, eram as únicas amigas verdadeiras que eu já tive.

A cada passo que eu dava, eu sentia que estava andando até um beco sem saída. Em algum momento do caminho, eu parei sem querer mais andar. Apolo segurou a minha mão e me olhou, como se estivesse me dizendo que eu conseguia ir adiante. A questão é que eu não sabia se conseguiria.

— Eu estou aqui. — Apolo sussurrou, entrelaçando ainda mais os nossos dedos. Engoli em seco encontrando seus olhos e assenti, voltando a andar.

Tio Oliver não olhou para trás. Ele adentrou as portas do castelo parecendo sentir tanta dor quanto eu, e fechou as portas atrás de nós quando passamos. As janelas e cortinas do castelo, por algum motivo que eu não entendia, estavam fechadas.

A quase escuridão me causou um arrepio, e eu apertei ainda mais a mão de Apolo tentando entender o que estava acontecendo. Uma lamparina foi acendida no centro do salão, e eu arregalei os olhos ao ver duas cadeiras no centro. Uma estava vazia. Violetta estava na outra.

Amarrada e amordaçada.

— Vi, porque está desse jeito? — ando em sua direção confusa e vejo tio Oliver parar em minha frente. — Bella não está aqui. Foi Arabella?

— Ceci! — ouço um grito vindo do andar de cima. Levanto a cabeça e vejo minha irmã do topo da escada com Niklaus segurando uma faca em seu pescoço. Eu mal consegui associar se o que estava vendo era real. Minhas irmãs... elas estavam vivas...

— O que está acontecendo aqui? Solte-a! — grito sentindo os dedos de Apolo se separarem dos meus. Quando me viro, dois guardas haviam o pegado e o seguraram também pelo pescoço. — Tio Oli! Faça alguma coisa.

— Já estou fazendo, minha querida. — ele responde me olhando com o mesmo sorriso de sempre, só que desta vez, eu estremeci.

Do que ele estava falando? O castelo está sendo invadido de novo? Porque não tem guardas segurando o meu tio?

— Eu... eu não estou entendendo... o senhor disse que minha irmã tinha morrido...

— Foi ele, Ceci! — Arabella grita da escada soltando uma lágrima e antes que eu pudesse associar o que estava acontecendo, tio Oliver faz um sinal com a mão e o guarda empurra Bella da escada.

— Bom, uma morreu agora.

— NÃO! — três vozes gritaram ao mesmo tempo incluindo a minha, e algum dos homens vestidos de preto me seguraram me impedindo de ir até minha irmã.

Uma das vozes era a minha. A outra de Violetta, que saiu abafada pela mordaça. A terceira, também veio do andar de cima. Prendi a respiração quando vi mamãe chorar da sacada, segurando firme o corrimão.

— Ora, não fiquem tão surpresas. — ele andou até o corpo de minha irmã e elevou os braços para trás, a olhando como se tivesse simplesmente observando a natureza. Nenhuma expressão. — Perdoe-me querida sobrinha, sua queda foi consequência. Não deveria ter gritado sobre mim tão cedo para a sua irmã. Acabou com a graça de minha revelação. Detesto estes efeitos colaterais.

— Era você! O tempo todo era você. Como pôde? Você é nosso tio! — grito e o vejo se virar para a minha direção, andando novamente a passos calmos e seu sorriso constante no rosto. — SEU MONSTRO!

Minha face ardeu. Ele havia me dado um tapa na cara.

— Se tocar nela mais uma vez eu juro que te mato seu infeliz! — Apolo grita tentando se livrar dos guardas e um dos homens dá um soco em seu estômago, fazendo-o cair de joelhos.

— Carter Carter, não vê que não está em posição de me causar nada? — ele anda até Apolo e olha para baixo, se inclinando para falar mais perto do seu rosto. — Olha, tenho que admitir que você chegou bem perto.
Merece meus parabéns, mas foi um tolo por ser se apaixonado pela idiota da minha sobrinha. Você poderia ter ganhado muito dinheiro, meu rapaz... eu vi potencial em você.

— Nem por todo dinheiro do mundo eu faria mal a Cecília. Eu a amo. — Apolo respondeu e tio Oliver soltou uma gargalhada estrondosa.

Tio? Não, eu não poderia mais chama-lo de tio... minha cabeça estava dando voltas. Um punhal teria doído menos do que olhar para o homem que estava em minha frente. Minha irmã... o corpo da minha irmã...

— Ama? Ah, vocês jovens. Não aprenderam ainda que amor não existe? O que você sentiu por esta tola foi apenas feitiço, caro amigo. Tudo ocorreu segundo a minha vontade.

— Do que você está falando? Acabe logo com isso. — digo com a voz arrastada sentindo as lágrimas descerem.

— Ora essa minha querida, para quê a pressa? Eu tenho o dia todo, e a noite se eu quiser. — ele se senta na cadeira ao lado de Violetta e retira uma mecha do cabelo de minha irmã da orelha. Nunca presenciei os olhos de Vi com tanto ódio antes. — Bom, sei que a cena da pobre Arabella está mudando nosso foco então por favor Niklaus meu caro, pegue o corpo da garota e coloque sobre aquele sofá. Não a deixe sangrando no chão do meu castelo.

— Perfeitamente. — Niklaus respondeu e desceu as escadas, obedecendo a ordem do monstro que continuava a olhar para todos como se fôssemos marionetes em um espetáculo de horror. — Onde eu estava? Ah claro, a ilusão de amor do belo casal! O romance proibido entre a princesa e o plebeu. Que poético.

— Minha filha! Me deixe ficar com Arabella. — a voz de mamãe clamou do andar de cima. Eu não entendia porque não havia ninguém a segurando. Ela apenas estava sentada na cadeira, como se estivesse sendo obrigada a permanecer ali e assistir tudo parada.

— Anna meu amor, sinto recusar este profundo pedido seu. Não se deve lamentar pelos mortos, se preocupe com os que eu ainda posso deixar vivos. — ele abre os braços e olha para todos nós. Meu amor? Porque ele havia chamado mamãe assim?

— Seu verme! — Violetta resmunga com dificuldade com a mordaça.

— Minha bela rebelde, acho que este pano não está apertado o suficiente. Friedrich, feche mais a boca de minha sobrinha antes que eu arranque a língua dela. — ele ordena e um guarda aperta a mordaça de minha irmã, fazendo seus olhos marejarem. — Pronto, sempre linda de boca fechada.

— Onde está papai? — pergunto sentindo meu braço doer com a força em que os homens me seguravam.

— Família, quantas perguntas! Eu nem expliquei ainda sobre a sua história de amor. Meu querido irmão é o espetáculo final, não pularemos etapas. Bom, posso começar ou alguém mais quer me interromper? — ele pergunta com o seu sorriso assustador, e retira uma adaga da bainha. — Ótimo, todos calados. Assim que eu gosto. Bom, começaremos desconstruindo a parte em que a princesa e o plebeu pensavam que se amavam. Querida Cecília, lembra do bombom que te dei no baile?

Não aguentei responder. Apenas assenti. Outro tapa foi dado em minha face pelo guarda que me segurava. Apolo tentou se levantar e ganhou mais um soco.

— Responda quando eu perguntar. — Oliver esbraveja, me olhando com impaciência.

— Sim. — respondi sentindo outra lágrima descer.

— Pois bem. — ele volta a sorrir de novo. — Aquele chocolate passou pelas mãos da minha bela amiga feiticeira da vila. Como foi que ela me disse que era o nome? Porção do amor... ou do desejo... algo do tipo. Conseguir objetos pessoais dos dois para a ligação da porção fora demasiadamente fácil. Quando o Carter desistiu de tentar lhe fazer mal, quis redirecioná-lo para um plano B, juntar vocês dois. — ele cruza as pernas e se apoia na cadeira, com uma expressão satisfeita. — Coloquei um pouco da porção na comida que se servia para soldados antes do baile do reino de Allis, e o seu no bombom. Assim que ambos se vissem, o primeiro beijo já estaria garantido.

— Porque se interessaria que eu e o Apolo ficássemos juntos? — pergunto estremecendo com medo de ganhar outro tapa. Não veio. O sorriso dele aumentou.

— Coloque seu cérebro para funcionar, querida sobrinha. Para que você perdesse o seu trono, é claro. Ninguém jamais aceitaria uma princesa casada com um mero guarda. Isso vai contra todas as tradições de Beaumont. A cena que consegui que você fizesse lá fora, foi magnífica!
O povo a acha fraca, e os nobres a acham tola.

— Se queria que ficássemos juntos, porque tentou me matar? — Apolo perguntou com o maxilar cerrado.

— Porquê você se meteu aonde não deveria, amigo. Atrapalhaste todo o curso de meus planos... sabe, esta cena deveria ocorrer no dia do aniversário de Cecília, mas tive que adiantar por sua causa. Conseguir chegar a meu filho Niklaus foi bastante astuto... não poderia permitir que chegasse até mim.

— Filho? — todos ressoaram juntos, incrédulos. Como assim filho?

— Eu amo a expressão de choque de todos vocês. Filho querido, se apresente. — ele abre um braço e Niklaus se aproxima, com o mesmo sorriso asqueroso de Oliver.

— Estava ansioso para conhecer vocês, família.

— Não é demais? Vocês são primos. — Oliver sorri, se divertindo com a situação. — Escondi meu filho por muitos anos preparando-o para o trono que ele irá assumir.

— És um louco! — digo e o vejo se levantar da poltrona ainda com a adaga na mão.

— É uma pena machucar um rostinho tão bonito. — ele passa a lâmina lentamente pelo meu queixo e faz um pequeno corte ali. Sinto um pouco de sangue escorrer até o meu pescoço. — Não me ofenda, eu tenho que cumprir a promessa que fiz a sua mãe de matar apenas uma única filha. Não me faça ser um homem sem palavra.

— Prefiro morrer ao ter que olhar em sua cara mais uma vez. — respondo deixando toda a minha raiva, angústia e dor transparecer. Eu sempre dizia que ele era o melhor tio do mundo... como alguém de sua própria família pode lhe trair de tal forma? Cuspi em seu rosto e apenas o vi sorrir de novo, limpando a face com um lenço.

— Como ficou tão corajosa, querida? Gostava mais de quando era mais fraca... eu quase consegui mata-la de tantas formas. Quando lhe mandei a cidade, eu realmente esperava que o povo a reconhecesse e alguém te machucasse, mas seu herói tinha que a encontrar. O envenenamento também foi interessante, mas você acordou tão rápido. No dia do ataque ao castelo eu tive que me esfaquear para parecer uma vítima. Vê a extensão do trabalho que tive para chegar até aqui? Vocês deveriam me admirar e me agradecer. Todas as vezes que a dei o bombom vocês ficaram mais juntos. Falando nisso, já se convenceu de que o amor de vocês não é real?

— Eu amo Apolo! Não é você e suas bruxarias que irão me convencer do contrário.

— Se assim preferem acreditar... — ele dá de ombros e sorri, levantando o braço que estava sem a adaga. — Filho querido, pode trazer meu caro irmão para a nossa pequena reunião em família?

— Claro pai. — Niklaus faz uma reverência e abre uma das portas do salão que levava para a área. A cena que presenciei dilacerou o meu peito. Papai estava completamente machucado, como se tivesse ganhado uma enorme surra. Ele foi arrastado pelo braço por Niklaus como se fosse um mero prisioneiro, e não o próprio Rei.

— Irmão, sua filha mais velha já estava perguntando por você! — Oliver diz com ironia e coloca o braço no ombro de papai.

— Seu desgraçado...

— Quanto ódio, Joseph! Deve estar no sangue, porque eu lhe odiei por anos quando roubou o trono que era pra ter sido meu.

— Você nunca mereceu, seu bastardo! — papai diz com raiva e um dos guardas segura os seus braços com mais força. — Agora solte as minhas filhas. Arabella... — ele percebe minha irmã desacordada no sofá e abre a boca em choque, sem saber o que dizer.

— Joseph... — mamãe grita do andar de cima e papai a olha com lágrimas nos olhos.

— Seu problema é comigo, Oliver! Me mate e deixe a minha família em paz.

— Essa família deveria ter sido minha! — ele rosna, como um completo louco. — Eu sou o irmão mais velho, eu deveria ter tido o trono de Beaumont e não você. Anna era para ter sido a minha esposa e você a roubou de mim.

— Nós éramos irmãos! Eu e Anna nos apaixonamos e eu sempre fui o mais preparado para reinar. Nossa mãe sabia o quanto você era ambicioso e eu sempre te defendi. Te acolhi em meu castelo e te dei uma chance quando todos me avisaram que você não possuía caráter.

— Um verdadeiro líder deve buscar poder, meu irmão. Você sempre foi fraco. Além de não conseguir ser homem suficiente para dar a Anna um herdeiro de verdade, resolveu dar o trono para a tola de sua filha que arrisca o próprio título por um guarda medíocre. Eu mereço tudo isso, e finalmente, após tantos anos planejando uma vingança, eu irei ter. — ele termina de falar e coloca a adaga na bainha novamente, esticando o braço e recebendo uma enorme espada de Niklaus.

A cena que se passou em seguida, foi a pior que já presenciei em toda a minha vida. Eu preferia ter morrido. Meu chão desapareceu, minhas forças se esvaíram e o meu mundo ruiu. Tudo o que eu escutei em seguida foi o meu próprio grito, doloroso e estridente.

Oliver havia enfiado a espada em meu pai.

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