Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XV


Sem dúvidas, apesar de eu detestá-la com toda antipatia, tinha que admitir que Flávia era uma mulher à frente de seu tempo. Princesa alguma jamais teve coragem de realizar tal ato.

Seria consideravelmente inapropriado apagar as luzes em um salão repleto de jovens sozinhos e que deveriam ser antecipadamente prometidos em casamento a ter qualquer tipo de contato físico. No entanto, todos pareciam ter gostado pois, após o susto inicial, o único som que consegui ouvir fora de risadas.

O som clássico de piano voltou a inundar o salão ao fundo, fazendo meu corpo relaxar aos poucos. Me arrependi de não ter pedido outro chocolate ao tio Oliver, e me contentei com os últimos resquícios de sabor do alimento em minha boca. Na distração, sinto um corpo então se esbarrar ao meu, e antes que eu caísse, suas mãos seguram a minha cintura.

— Oh! Me desculpe. — digo observando apenas a sombra do corpo do homem se afastar. Pela silhueta, certamente era um homem.

Ty i krasavitsa. — ele sussurra com a voz grossa aproximando o corpo ao meu. Sinto meu corpo congelar ao perceber que, pela primeira vez, havia escutado uma língua que não conhecia.

— O quê? Perdoe-me, não entendi. — dou um passo à frente, tentando tornar minha voz audível em meio aos burburinhos. Quando a respiração dele foi sentida pela minha, no entanto, percebi que estávamos próximos demais.

Ty i krasavitsa. — ele repete, mesmo sabendo que eu não iria de entender. De qualquer forma, pelo tom firme e sensual de sua voz, imaginei que aquela frase era um elogio. Quando ele a sussurrou perto de meus lábios, eu senti cada pelo do meu corpo se arrepiar. Abri e fechei a pouca quase gaguejando, e me calei quando suas mãos voltaram a tocar a minha cintura.

O toque do piano se tornou mais lento, e involuntariamente, meu corpo reagiu ao do homem começando a dançar. Nós nos movíamos em um ritmo único que se completava, e eu não fazia ideia de como estava tão envolvida apenas por estar com um desconhecido que possuía uma voz atraente.

Mesmo com a ínfima luz e a barreira da máscara, eu sabia que seus olhos não deixavam os meus, porque os meus também não deixavam os dele.

Eu nunca havia beijado. Em toda a minha vida, sempre imaginei que isso aconteceria apenas no dia de meu próprio casamento, com alguém que provavelmente amava. No entanto, naquele momento toda a minha razão pareceu dar lugar aos sentidos que se aguçaram quando o homem tocou os meus lábios com a ponta dos dedos, e parou de dançar.

Ele parecia sentir a mesma atração inexplicável que eu, e naquele instante, sem que eu me desse conta ou estivesse preparada, ele me beijou. Seus lábios macios tocaram os meus de forma calma e paciente, e mesmo tendo ponderado me afastar, eu não quis. Senti um enorme calafrio em minha barriga que se estendeu até a minha espinha e me fez fechar os olhos para sentir aquela sensação, pela primeira vez em minha vida.

Envolvi meus braços involuntariamente em meu pescoço, e deixei meus lábios se entreabrirem colados ao dele. Quando a ponta da língua dele tocou suavemente a minha, eu comprovei que a teoria de Arabella estava errada.

Beijos não tinham gosto de maçã, aquele possuía sabor de chocolate e algo a mais que eu não saberia decifrar. A voz de Flávia ressoou ao fundo dizendo que as lamparinas já seriam novamente acendidas, e os lábios do homem misterioso se afastaram rapidamente dos meus, interrompendo o beijo.

Yesli by ya mog, ya by sdvinul nebesa i zvezdy, chtoby snova prikosnut'sya k nim. — ele diz em minha boca com a voz firme, e me solta, saindo sem que eu pudesse segurá-lo. Pelos reinos, eu não sabia nem o seu nome!

— Que haja luz! — grita Flávia, e todas as lamparinas se acedem. Olho ao redor desesperada tentando ver quem eram os homens mais perto de mim, e por azar, todos ao redor pareciam estar fazendo a mesma coisa e tentar ver com quem haviam dançado. As máscaras foram sendo retiradas de uma a uma, e meu coração deu um salto ao ver quem eram os homens perto de mim.

Ali estava George, sorrindo em minha direção com a sua costeleta ruiva. Toquei em meus lábios e senti nojo ao pensar se havia sido ele. Não, não pode ter sido. Virei meu olhar desesperada em outra direção, e lá estava Dominic, me encarando com seus grandes olhos azuis.

O homem mais velho do outro baile que havia olhado para meus seios também estava perto, ainda com os olhares repugnantes. Quis correr. Não acredito que havia beijado um desconhecido... onde estava com a cabeça? Havia enfiado minha mente em um poço?

Não podia ter sido nenhum deles. O cavalheiro mascarado misterioso de voz firme não podia ser nenhum deles, certamente eu não o conhecia. Minha cabeça queria explodir.

Procurei por um homem que eu não conhecia inutilmente pelo salão do palácio. Violetta apareceu em meu campo de visão com um guarda atrás dela. Prendi a respiração quando constatei que o guarda era Apolo.

— Ceci, acho que já está na hora de irmos para casa. Sabe que detesto estes bailes.

— Onde você estava? Passei tanto tempo a procurando Violetta...

— Que noite! — chega Arabella, interrompendo meu sermão. A olho confusa pensando se ela também havia beijado alguém, mas acabo deixando isso para depois.

Então Apolo estava aqui..., mas mais uma vez, estava perto de minha irmã, que havia passado muito tempo desaparecida. Engoli a pontada de incômodo que me surgiu quando imaginei mais uma vez os dois juntos e tentei esquecer todos os meus conflituosos sentimentos que se regeram por esta noite.

— Vamos embora.


Voltei na carruagem quase engasgando em meu próprio segredo. Conforme os minutos se passavam, eu me sentia mais e mais envergonhada acerca do que tinha feito.

Como eu havia tido meu primeiro beijo com um completo estranho? O que havia acontecido comigo para que eu permitisse que eu tomasse tal atitude imprópria? Se isso caísse nos ouvidos errados, minha reputação em Beaumont, e em todos os outros reinos, estaria completamente arruinada.

Suspiro sozinha colocando meu rosto entre as mãos. Arabella e Violetta já haviam caído no sono ao meu lado, e eu acabei deixando meus pensamentos irem por outro caminho.

Aquele beijo... eu precisava descobrir quem ele era. Se eu não me conhecesse bem diria que eu poderia facilmente ficar apaixonada, mas eu me conheço.

Jamais permitiria que um homem partisse meu coração, e não me deixaria me abalar apenas por um incidente como esse. Me reergueria, e se tal ato fosse a conhecimento público, lidaria com o que tivesse por vir. Eu tinha que esquecê-lo..., mas apenas depois de descobrir a sua verdadeira identidade.

Ouço o barulho do cavalo relinchar e sinto meu corpo inteiro travar. Minhas irmãs que possuíam sono mais pesado que pedra nem ousaram se mexer, e aos poucos, eu ouvi uma movimentação estranha entre os guardas do lado de fora quando a carruagem parou.

Ponderei se deveria sair ou não, mas foi inevitável quando escutei o grito de Apolo. Abri a porta com rapidez e tranquei deixando minhas irmãs dormindo.

Quando desci, estávamos em uma estrada deserta. O cheiro de sangue e de animais mortos invadiu meu olfato. Meu estômago se embrulhou. Andei até a direção do barulho, e levei a mão a boca quando vi um homem com a mesma roupa do assassino que tentou me matar no fundo do castelo segurar Apolo nos braços com uma adaga em seu pescoço. Lembrei-me de meu treinamento e levantei a barra meu vestido, me lembrando tarde demais que eu não havia trazido a adaga.

Era tarde demais. Tudo aconteceu muito rápido. No instante em que os homens me viram, alguém colocou uma lâmina gelada em meu pescoço. Meu coração se acelerou. Apolo ao encontrar meus olhos deu um golpe por trás do homem com o cotovelo e o matou com sua própria espada.

Mais dois guardas partiram em nossa direção e tudo se tornou um grande banho de sangue. Eu não consegui me mexer. O pânico me travou, e a única coisa que eu queria fazer era chorar por pensar que morreria.

Fechei os olhos em completa agonia enquanto ouvi um barulho de carne se abrindo. Ouço o corpo do homem cair ao meu lado e grito ao ver que ele havia enfiado a espada em si mesmo quando percebeu, em completo desespero, que só havia sobrado ele vivo. Apolo corre em minha direção quando percebe que não há mais nenhum bárbaro, e me envolve em um abraço que eu não esperava. Solucei em seus braços sem perceber.

— Está tudo bem Cecília, você vai ficar bem. — ele beija o topo de minha cabeça. Desabo tentando me acalmar de todo o desespero.

— Eu-eu eu não consegui reagir. — digo com a voz embargada e sinto seus braços me envolverem com mais força. — Não trouxe a adaga de emergência...

— Me escute bem. — ele me solta e segura meu rosto, olhando no fundo dos meus olhos. — Não teria feito diferença, você ainda não está pronta para lutar. Nunca mais saia da carruagem. Você poderia estar morta agora.

— Eu ouvi você gritar...

— Eu que devo protege-la, não ao contrário. — seu maxilar se cerra e ele desvia o olhar, andando de volta com passos pesados. — Vamos sair logo daqui. O cocheiro está morto, eu guiarei a carruagem. Verifique se suas irmãs estão bem.

Olho ao redor e sinto o nó em minha garganta aumentar. Só agora havia percebido que estavam todos mortos. Só sabia sobrado Apolo e mais dois guardas. Mais mortes que eram culpa minha. Mais vidas que foram tiradas para proteger uma princesa fraca como eu. Eu não deixaria isso mais se repetir.

Senti a raiva, o medo e a coragem se misturarem dentro de meu coração quando entrei de volta na carruagem e vi minhas irmãs dormirem, serenas e tranquilas. Elas ficariam bem. Todos ficariam bem. Se era uma guerra que eles queriam, eu iria começar a lutar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro