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• Capítulo 4 •

- TU O QUÊ?! - grita Rachel.

- Acertei com uma faca na orelha do novato - dou de ombros.

- Pelo menos não o matou - Nathan dá de ombros.

- Pelo menos isso - diz Marie - mas não é por falta de vontade, se ela pudesse ele já teria ido desta para melhor.

- Como se eu tivesse medo dela - resmunga Ethan que está sentado no sofá com um curativo na orelha.

- É melhor teres - aviso aproximando-me dele - e um conselho, se eu fosse tu, parava de fingir que não tenho medo de nada - murmuro, ergo o seu rosto, o nosso rosto está a centímetros de distância - na sala de treino, eu conseguia ouvir o bater do teu coração, e acredita, ele não estava nem um pouco calmo - sorrio, vejo os seus músculos ficarem tensos, afasto-me e dirijo-me para a escada.

- O almoço é daqui a meia hora - diz Marie - depois peço para a Susan te chamar - assinto.

      Subo as escadas e vou para o meu quarto, assim que lá chego, fecho a porta, suspiro. Por que é que ele tem de ser tão insuportável?! O meu olhar percorre todo o quarto, parando na secretária e no caderno pequeno e velho que estava em cima da mesma; dirigo-me até lá e pego no caderno que pertencia ao meu pai.

    Nem acredito que cometi um erro tão estúpido! Se a minha mãe soubesse que eu o tenho provavelmente iria queima-lo.

      O meu pai deu-me o caderno antes de morrer, o caderno e um colar com uma jóia verde que segundo ele, significava a esperança. O meu pai disse para consultar o caderno sempre que estiver perdida, ou com saudades, ou prestes a desmoronar.

      Por mais impossível que pareça o meu pai sempre disse as coisas certas, nos momentos certos, durante toda a sua vida ele foi escrevendo no caderno e no meu aniversário de cinco anos, deu-mo, duas semanas antes dele morrer. O caderno somente tinha alguns códigos estranhos que não serviam para nada,  conselhos e frases que ele usava para me reconfortar, como por exemplo:

"Quando te constróis em silêncio, as pessoas não sabem o que atacar"

"Nem todos em que confias serão leais"

"Faz todos os teus movimentos em silêncio, fala apenas quando for hora de dizer xeque-mate

"Aprendi a ser forte quando me percebi que teria que me levantar sozinho"

"Nunca sabes a força que tens até que a tua última alternativa seja ser forte"

    E por aí vai. Eu sei, isto é completamente idiota, mas eu simplesmente não me consigo ver livre deste caderno, as outras coisas do meu pai foram postas no lixo pela minha mãe e eu sinto que este caderno e este colar são as únicas que me ligam ao pouco que resta dele.

      E por mais estúpido que pareça, eu não o consigo odiar, mesmo que a minha mãe me tenha ensinado a fazê-lo, e mesmo depois de tudo o que ele fez. Ainda não o odeio, não o consigo odiar. A minha relação com o meu pai sempre foi mais pacífica do que com a minha mãe, isso tenho a certeza. A minha mãe sempre gritava comigo, por uma nota um pouco baixa demais, ou por não ter feito uma tarefa, por outro lado o meu pai sempre me defendia.

        Suspiro, dirigo-me para a cama, levanto o colchão, enfio o colar entre as páginas do caderno, e ponho-os por baixo do colchão. Pego no computador que está no chão e pouso-o na cama, sentando-me na mesma. Abro uma pasta de fotos que tenho no computador, fotos antigas de quando a minha família ainda era "normal". Passados alguns segundos sinto o meu rosto molhado por lágrimas que caíram sem a minha permissão, alguém bate á porta, limpo a cara com as mangas da camisa e facho o computador. Levanto-me, vou em direção á porta e abro a mesma.

- Oh, Olá Susan - sorrio - o almoço já está pronto?

- Olá senhorita Smith, sim o almoço já está pronto - sorri - e a sua mãe quer vê-la daqui a meia hora, a si e ao Ethan - baixa a cabeça e saí pelo corredor antes que possa dizer algo.

       Reviro os olhos e desço as escadas, Ethan está no sofá a falar com Nathan, Rachel está com Marie na bancada da cozinha a lamentar não terem conseguido a pantera. Assim que me vêem todos olham para mim, param de conversar. Pelos vistos tenho este efeito nas pessoas.

     Sento-me ao lado de Rachel e começo a comer, Nathan e Ethan já voltaram á conversa, porém, isso não aconteceu com Rachel e Marie, ambas me olham preocupadas.

- O que foi? - pergunto.

- Scarlett, está..- começa Marie - está tudo bem? - assinto.

- Porquê a pergunta?

- Tens a cara vermelha - murmura Rachel - estiveste a...chorar? - engasgo-me e Rachel dá leves batidas nas minhas costas - sabes que podes confiar em nós certo? - pergunta.

- Eu..eu confio em vocês mas a sério - baixo a cabeça - eu estou bem.

- Sabes que não faz mal ter pequenos momentos assim, além disso - Marie levanta-se, vem até mim e envolve-me num abraço - ninguém consegue ser sempre forte, e isso não faz mal - sorri e afasta-se para lavar a louça, olho para Rachel e a mesma abre um sorriso triste antes de se levantar e ir para o seu "passatempo".

        Levanto-me, saio da sala de convívio e percorro o corredor, ouço passos a aproximarem-se, viro-me e ali está ele a poucos passos de distância de mim, Ethan Foster, nenhum de nós se atreve a dizer nada por isso continuamos a atravessar o corredor em direção ao escritório de Joyce Smith.

       Assim que lá chegamos, a minha mãe está sentada logo atrás da secretária concentrada a assinar papéis, Ethan limpa a garganta e ela finalmente nota a nossa presença, os seus grandes olhos verdes fixam-se em nós durante segundos, após isso, abre o típico sorriso astuto, aponta para as poltronas á sua frente como indicação para nós sentarmos e assim fizemos.

- Bem, quem vai ser o sortudo que irá ver a sua vida tirada por causa de dívidas? - pergunto.

- Que engraçada - sorri, algo não está certo, normalmente ela iria mandar-me para um certo lugar - bem, temos um novo inimigo, e conto com vocês para lhe tratarem da saúde, se é que me entendem.

- Seria bom se tivéssemos alguns detalhes daquilo que vamos fazer - diz Ethan.

- Claro, bem, o nome dele é Albert Reyes, 29 anos, bilionário, e vive no Canadá, se acabarmos com ele, iremos de certeza estaremos mais perto do topo - dá de ombros.

- Espere, está a dizer que vamos para o Canadá? - pergunto surpreendida.

- Exatamente, tu, Ethan, Nathan, Rachel e Marie - sorri - como pretendo realizar este plano perguntam vocês? Bem, Albert planeia fazer uma festa daqui a um mês, vocês iram ter uma identificação falsa e também já tratámos de como vão entrar, mas não se preocupem com isso. Nathan irá pois vocês vão precisar de todas as opções de fuga necessárias, a Marie pois iram precisar das distrações delas mais do que imaginam, a Rachel porque as armas nunca são demais - dá de ombros e sorri.

- E nós servimos para matar, acertei? - pergunto.

- Sim, mas desta vez irá ser diferente, vocês têm que se esconder á vista de todos, na festa iram ter pessoas muito importantes, logo, quero que se apresentem como um casal, que ganhem a confiança de Albert e dos seus amigos ricos - olha para mim - e se isso não for o bastante, não fará mal nenhum se ofereceres um gostinho especial á nossa presa, certo Scarlett? - sorri ao ver a nossa reação.

- Isso não vai acontecer - digo, cruzando os braços sobre o meu peito.

- Querida, tu não dás a tua opinião apenas recebes ordens, além disso podem se divertir, fazer o que quiserem até ao dia da festa - dá de ombros - e sei que a decisão de serem um casal não vos alegra muito, mas se ainda não se mataram um ao outro, então não será difícil.

- Qual é o seu problema!? - levanto-me e bato com as mãos na mesa.

- Podem sair, tenho que acabar de de assinar isto, e Scarlett - olha para mim - não te preocupes, as meninas iram fazer, ou pelo mebos tentar, que tenhas maneiras, ou pelo menos, que sejas um pouco mais feminina.

     Antes que possa gritar algo de resposta, Ethan puxa-me pelo braço e arrasta-me para fora do escritório, fechando a porta atrás de si. Assim que o faz, empurra-me e sinto a parede gelada atrás de mim, quando dou por mim, vejo-me presa entre uma parede e Ethan. Ele tem uma mão de cada lado do meu corpo, impedindo que eu saía, o seu rosto a centímetros do meu, e a sua boca entreaberta.

- Senhorita Smith e...- começa Henry que antes atravessava o corredor com a cabeça virada para os papéis que tem na mão, e agora a olhar surpreendido para a cena que está á sua frente -  desculpem interromper - sorri - porém, senhor Foster, necessito de falar com a menina Smith, se não se importar claro.

       Ethan olha uma última vez para mim, e após isso, volta-se e desaparece pelo corredor.

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