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• Capítulo 10 •

- Como...? - pergunta Ethan num murmuro, dou de ombros.

- Quando acordei, não estavas aqui - volto a minha atenção para a o fogo a crepitar na lareira - saí do quarto e vi uma luz por baixo da porta do Nathan, encostei-me á porta e admito que comecei a ouvir a conversa, mas passados uns cinco minutos, não aguentei mais e voltei - olho para Ethan e o mesmo engole seco - então? Foi a história que imaginavas que seria?

- Scarlett eu..- limpa a garganta - eu lamento imenso por tudo o que aconteceu..eu..

- Podes ir parando por aí - interrompo-o - eu não preciso da tua pena, nunca precisei que tenham pena de mim - olho na direção dele - e não é agora que vou começar a precisar disso.

   O que eu disse, é verdade, sempre que alguém sabia o que me tinha acontecido, eram sempre os mesmos comentários:

"Eu tenho tanta pena!"
" Eu não fazia ideia... Desculpa"
"Lamento imenso!"
"Nem acredito que tiveste de passar por isso sozinha"

   Levanto-me da cama de Ethan, deixo o cobertor que usei em cima da mesma e vou até á porta, abro a mesma e quando estou prestes a sair completamente do quarto, sinto a mão de Ethan no meu braço.

   Em meros segundos, sinto as minhas costas encostadas á porta, que está novamente fechada, á minha frente está Ethan, com a mão no meu pulso, o seu olhar no meu e a centímetros do meu rosto, a esta pequena distância consigo sentir a sua respiração.

  Ethan observa atentamente todos os meus movimentos, assim como eu observo os dele. Os seus olhos quebram o contacto visual e Ethan começa a observar os meus lábios. Sinto Ethan se aproximar, muito lentamente. A mão livre dele dirige-se até á minha cintura, puxando-me mais para o mesmo.

- Obrigada pelos curativos - murmuro, um pequeno sorriso forma-se no rosto de Ethan - mas não penses que isso me fez te odiar menos, muito pelo contrário - respondo seco vendo o sorriso de Ethan desaparecer.

    Eu simplesmente, passei a odiar mais Ethan, pelo pequeno facto que eu ODEIO que as outras pessoas me vejam daquela maneira.
Vulnerável. Cabeça baixa. Com medo.

- Agora, eu queria ir para o meu quarto - respondo - por isso, faz o favor de me largar o braço antes que eu tenha de ir buscar a faca.

    Ethan acorda do "transe" e larga o meu braço, porém não se afasta, viro-me para a porta e abro a mesma, saio do quarto de Ethan  e o mesmo fecha a porta.

    Assim que chego ao meu quarto, entro e fecho a porta logo em seguida, vou até á mesa de mármore que se encontra ao lado da cama, pego no caderno que está em cima da mesa. O caderno do meu pai, cujo o colar que ele me deu marca as últimas páginas que li.

   Passo os dedos pela capa velha do caderno, pego no colar e entrelaço o fio do mesmo em meus dedos.

   Coloco o colar e aperto o pingente, suspiro, ponho o caderno em cima da mesa de novo. Deito-me na cama com o braço sobre a minha testa, fico a olhar para o teto.

   Percebo que passei demasiado tempo quando desvio a minha atenção para o despertador que está na outra mesa ao lado da cama, que marca exatamente 20:35. Sento-me e passo a mão pelo cabelo.

     Ouço alguém bater á porta, porém, antes de me levantar ouço a voz de Marie do outro lado da porta.

- Scar? - pergunta - não sei se estás a dormir ou não mas, nós encomendamos comida chinesa para o jantar, como não apareceste nós guardamos a tua parte no frigorífico - faz uma pausa - bem, nós vamos descansar, sei que é cedo mas nós não dormimos nada noite passada, por isso boa noite Scar.

     Não respondo, ouço os passos de Marie a afastarem-se da porta, levanto-me e abro a porta.

    Desço até á cozinha, abro o frigorífico e tiro de lá a comida, sento-me numa cadeira perto da ilha de mármore da cozinha e como.

    Quando acabo, arrumo tudo e desvio a minha atenção para a janela, o sol estava a começar a se pôr. Desço as escadas até ao primeiro andar e saio de casa, sento-me na relva e abraço o meu copo por causa do frio.

    Fico a observar o laranja a substituir o azul do céu. As nuvens estão com uma coloração rosa, o céu é a mistura de vermelho, laranja e amarelo. O sol vai se descendo aos poucos no horizonte, atrás de pinheiros, cujo estes só se via a sua silhueta negra em contraste ao céu.

    As folhas das árvores começam a bater umas nas outras devido às rajadas de vento. Nunca pude ter esta visão de casa, lá existem demasiados edifícios e, eu nunca tinha tempo para descansar, mas a questão dos edifícios é diferente, a mansão fica um pouco afastada de tudo.

    Alguém se senta ao meu lado, pelo canto do olho vejo a silhueta de Ethan. Sinceramente, nunca pensei que veria Ethan sem aquele sorriso trocista e idiota no rosto, ou preocupado com alguma coisa sem ser consigo mesmo, porém, nos últimos dois dias, ele mostrou que talvez, talvez , ele não seja tão idiota como demonstrou quando nos conhecemos.

  Apesar de eu saber que ele cuidou de mim somente para ver se conseguia as respostas que queria.

    Ethan usa um blusão preto, calça moletons cinza e tênis brancos.
    Nós os dois permanecemos em silêncio, sentados na relva, a observar o céu que agora atingia lentamente tons pretos.

     Quando a noite finalmente tomou o lugar do dia, e quando o céu começa a se preencher de pequenas estrelas, levanto-me, passo as mãos na roupa para limpar a mesma e começo a dirigir-me para "casa", Ethan não diz nada, não se move, nem desvia o olhar do céu.

     Quando estou com a mão na maçaneta da porta, sinto que uma gota de água caiu no meu nariz. Depois dessa, outras gotas de água caem também. Olho para cima e a chuva começa a ficar mais forte, olho para Ethan que ainda está na mesma posição.

- Está a chover - digo de braços cruzados.

- A sério? Não tinha reparado - diz com o sorriso trocista no rosto, reviro os olhos. Ótimo, agora tudo está normal.

- Vais mesmo ficar aí? - pergunto e o mesmo assente - sabia que eras burro, mas agora sei que és completamente renegado de inteligência.

- Que engraçada - sorri irónico - vais mesmo dizer que nunca ficaste na chuva? - olha para mim, não respondo - espera, a sério? - levanta-se.

- O que é que tem de interessante de ficar na chuva?

- Isto - Ethan aproxima-se de mim e puxa-me pelo braço até ficar completamente exposta á chuva - bem, vamos jogar um jogo - sorri.

- Não.

- Problema teu - põe a mão na linha do maxilar e desliza lentamente a mão pelo meu pescoço. Eu odeio admitir mas, a minha pele arrepiou-se quando o calor de Ethan se sobrepôs ao frio da chuva e da noite - então, o jogo é simples - afasta-se e levanta a mão com o meu colar entrelaçado nos seus dedos.

- Como?! - tentou agarrar o colar porém Ethan desviasse - Ethan dá-me o colar!

- Vem buscá-lo princesa - pisca o olho e começa a correr por entre a chuva.

- ETHAN! - grito e vou atrás do mesmo.

     Ethan corre até chegar a um muro velho, quando se vira para mudar de direção, encurralo o mesmo, aproximo-me lentamente dele, porém, quando menos espero, Ethan atira o colar por cima da minha cabeça, e enquanto eu sigo a trajetória do colar, Ethan escapa pelo meu lado, apanha o colar e volta a fugir.

- VAI Á MERDA FOSTER! - grito ouvindo depois as gargalhadas do mesmo.

   Vou atrás dele, Ethan percorre o relvado a uma velocidade difícil de alcançar, porém, quando se ia virar, Ethan escorrega numa poça de lama e caí de costas, ponho a mão na boca para evitar o riso mas não consigo.

    Ethan olha para mim com um sorriso...genuíno? Dessa não estava á espera.
Outra coisa que não estava á espera: em vez de Ethan reclamar, também começa a rir. Segundos depois, Ethan senta-se e estica a mão para eu o puxar.

- Eu não sou idiota a esse ponto - cruzo os braços ainda com o idiota sorriso na cara - sei que me vais puxar.

- Eu não te vou puxar - põe a mão no peito e levanta a outra - palavra de escoteiro - ergo a sobrancelha, suspiro.

Eu só queria o meu colar!

    Acabo por desistir e pego na mão de Ethan, porém, assim que o faço, Ethan puxa-me e eu acabo também na lama, por cima do mesmo, com uma perna para cada lado do idiota que me observa com um sorriso.

- Uma curiosidade sobre mim - aproxima mais o seu rosto do meu - eu nunca fui escoteiro - dou-lhe um murro no braço, pego no colar e levanto-me.

    Quando me viro de costas para Ethan, sinto algo nas minhas costas. Ele não fez isso. Olho para Ethan e o mesmo está em pé com uma bola de lama na mão.

- Ethan eu estou a avisar-te!

   Ele atira. Desvio e aproximo-me para fazer uma bola de lama, quando o faço atiro-a em direção a Ethan e a bola acerta-lhe na cara. Começo a rir.

     Minutos depois, ambos vamos em direção á mansão, subimos as escadas, quando fico á frente da porta do meu quarto ouço Ethan dizer:

- Ainda achas que não tem nada de interessante em ficar á chuva? - olho para ele, Ethan está cheio de lama porém ainda tem o sorriso no rosto. Não o trocista, o genuíno.

- Talvez não seja totalmente desinteresse - dou de ombros e entro no quarto. Preciso de um duche.

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