CAPÍTULO 08
Minha cabeça estava querendo explodir, aquele maldito barulho de relógio e suas engrenagens estavam me deixando louco, minha sanidade já se encontrava no seu limite máximo.
Como eu havia chegado naquela floresta sem fim, a dias eu andava é parecia não chegar a lugar algum, era como se eu tivesse andando em círculos, mas aquela possibilidade era impossível sempre tomei cuidado de manter o sol durante a manhã atrás de mim e a tarde a minha frente. Porém o mais incrível era que eu não sentia fome, sede ou cansado, vi o sol se por umas três vezes desde a minha chegada.
Hoje pela manhã minha mente começou a me prega peças, ouvia constantemente o barulho de um Relógio fazendo "tic-tac" sem parar, de incio não me incomodou mas agora parecia que ele ficava mais alto com passar do tempo.
- Benjamin você se perdeu de vez garoto!
- Quem está aí?
Olhei em volta procurando quem havia falado comigo, era impossível isso, será que finalmente achei alguém? Será que conseguiria voltar para minha casa?
- Benjamin, eu já lhe disse de outras vezes, escolha seu caminho.
- Apareça seja quem for você.
- Tem certeza garoto? Da última vez você disse que era para eu desaparecer!
Ouvi aquilo e um frio gélido percorreu a minha espinha ao ver aquela figura macabra usando um capuz Petro na minha frente, o susto foi tão grande que cai para trás.
- Você e estas suas quedas!
A sua risada era diabólica, aquela figura cadavérica era mais alta do que eu, ela se curvou lentamente estendendo sua mão em minha direção, quando toquei sua pele notei que seus dedos eram tão finos e raquítico, que pensei que se quebrariam a primeira pressão que fosse feita sobre eles.
- Quem e você? Porque estou aqui?
Falei assim que me coloquei de pé a sua frente, ele por sua vez levou sua mão até seu rosto, fiquei um pouco surpreso ao notar que no olhar de olhos havia dois buracos negros que convidam minha alma para o descanso.
- Seus devaneios já estão começando a me irritar garoto!
- Devaneios? Como assim?
- INSOLENTE!
Ele disse gritando, sua voz era rouca como o de uma fera, o ar a sua volta mudou, era diferente, meu corpo como por instinto se afastou rapidamente dele, olhei a nossa volta e vi que todas as árvores começaram a secar e morrer, aos poucos. Tenho a plena certeza que aquele foi o Sopro da morte.
Olhei para minhas mãos que tremiam, se aquela minha ideia fosse verdade, por menor que seja a possibilidade disto ser real eu também estava envelhecendo e apodrecendo. Entre tanto meu corpo parecia ser excessão para aquela verdade, ele não havia mudado nenhum pouco.
Voltei meu olhar para aquela grande figura macabra de capuz a minha frente, e novamente minha mente se tornou um caos, meu olhos não acreditam no que viam ali na minha frente, para onde aquela criatura havia se metido? Não somente ele mas toda a floresta sumiu, e deu lugar a um grande e inóspito deserto.
- Oi Benji!
Disse uma voz infantil, diante dos meus olhos eu via uma criança com um olhar angelical, ela usava uma longa camisa preta que cobria quase todo seu corpo, deixando de fora seus pés descalço e suas pequenas mãos, sua pele era morena, seus olhos me lembravam ouro, sim eram amarelo ouro, o que entrava em contraste com seu longo cabelo perto que chega até o chão.
- Garoto de onde você surgiu? _disse a ele, conforme me aproximei daquele menino que deveria ter por volta de seus Oito anos, senti uma energia diferente vindo dele.
Olhei a nossa volta e vi que o deserto começou a criar vida, o cheio e a mistura do perfume de plantas a nossa volta era tão delicado e tão único.
- Benji, será que você ainda não percebeu?
- O que eu deveria ter perceb...
Droga, agora algumas coisas começaram a fazer sentido, eu estava tendo um sonho, o mais bizaro de todos, se assim posso dizer, até que eu tinha uma imaginação boa para criar tudo isso.
- Pobre Benji! Cansei de brincar com você sabia?
- Brincar comigo!
- Meu deus, como você e bonito.
Vi diante dos meus olhos um homem alto, de pele morena que me lembrava chocolate, os seus olhos estão mais amarelos do que o do garoto que havia sumido diante dos meus olhos e deu lugar aquele pedaço de pecado.
- Cuidado o sabor deste chocolate pode ser demais para você criança.
- Você leu minha mente!
- Não, mas você me disse isso! Ou iria me dizer.
- Porque você não e direto?
- Deixa ver as possibilidades!
- Possibilidades?
- Está é a melhor!
Ele falou isso e segurou meu rosto com ambas as mãos, sua mão eram quente, o seu toque era algo suave, me senti tão bem, quando fechei meus olhos eu senti meu rosto doer, vi minha mãe diante de mim, gritando revoltada, suas palavras eram facadas em meu peito, meu coração começou a acelerar de um modo que me deu tanto medo, porque ela estava me tratando assim, sentia o frio de algumas lágrimas sobre meu rosto.
Ao olhar para frente o rosto daquele homem jovem começou a envelhecer lentamente diante de mim, mas seus sorriso não mudava, a cor do seus olhos começou a mudar de amarelo ouro para um tom mais escuro, Eu olhava diretamente para a morte, e ele sorria para mim.
- Minha mãe e meu pai me odeiam!
Falei com tristeza na voz, ele por sua vez acariciou meu rosto, de maneira toa gentil, o que me fez trazer tantas lembranças boas, tantos sentimentos e memórias maravilhosas ao lado do meu pai. Me vi sentando de frente para Cássio que sorria para mim, parecia que estávamos comemorando alguma coisa.
- Eu não acredito! _Diante dos meus olhos havia uma pequena caixa com um par de alianças prateadas, ele estava me pedindo em casamento.
Olhei para o lado é me vi quando criança, comendo bolo e sorvete com meu pai, como eu pude ter esquecido aquele dia com ele? Foi a primeira vez que me senti tão bem comigo mesmo, foi quando meu pai me explicou que Amor e simplesmente Amor, que ele não escolhia quando nascia, simplismente nascia.
- Se você não e a Morte, quem e você?
- Morte e um conceito tão simples e tão abstrato Benji.
- Se você não e a Morte então e deus?
- Deus ou Deuses são criaturas tão pequenas criado por você seres com uma mente limitada, sabe o que e engraçado nesta história de criação?
- E teria alguma graça zombar do divino?
- Sim é muita. Vocês humanos em sua maioria acreditam que existe um ser divino que criou o infinito e jogou vocês no centro dele.
- Porém Benji, e sempre a um porém não se esqueça... Melhor dizendo você já se esqueceu, mas não importa.
- Você fala comigo como se adivinhasse cada palavra minha. _Falei em tom de protesto.
- Sim, eu conheço tudo e todos, só provavelmente um Divino que irá estar aqui no Começo, no Meio e no Fim.
- Me chamado INFINITUM, ou como você as vezes me chama de "Senhor Cruel".
- Você e o Tempo? Mas isso e impossível.
- Mais isso é impossível!.
- Não Benji, nada e impossível.
- E improvável! Porém o que eu desejo saber.
- Porque você está aqui comigo? Porque está preso ao Tempo?
- Já te disse isso antes, você fez seu Tic, mas ainda não e hora do seu último Tac.
- Você e um homem agora, me lembro que antes você era uma velha decrépita.
- Sou a personificação do que você desejar, de uma Criança, um Homem gostoso de Chocolate, uma velha Decrépita.
- O que aconteceu comigo Senhor Cruel?
- Benji o Tempo ou a Infinidade não e cruel com você nem ninguém, vocês que não sabem aproveitar o que lhe foi oferecido. Ou você acredita que passo a eternidade conversando com todos humanos e não humanos?
- O Espaço que vive comigo desde sempre ele e muito ocupado se expandido, é depois voltando a ser nada!
- Você foge muito do foco sabia!
- Me perco com o tempo!
Olhei para ele com uma cara de surpresa como o tempo se perdia com o tempo?nele era muito complexo, evitava me dar respostas diretas, o vi Morrer, Nascer e crescer tantas vezes, comecei a imaginar ele de formas diferentes, e ela para me agradar começou a tomar aquelas formas.
- Chega! Você está tentando me fazer de palhaço garoto... Se eu me tornar a forma que você mais tem medo agora, o viria cair duro no chão outra vez.
Olhei para aquela mulher de três cabeças, cada cabeça que eu havia imaginando tomou a forma exata do que pensei, A Alegria, A Tristeza e A Raiva.
- Benjamim entende seus medos, suas angústias, mas acima de tudo entenda que eles nunca vão poder sufocar seus sonhos e sua felicidade.
Ouvi aquelas palavras estavam me fazendo refletir sobre tudo aquilo, sobre a minha existência, vi as três cabeças tomarem uma mesma expressão, será que aquilo aconteceu porque meu coração havia por vez decidido o que seria melhor para minha existência?
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