Bônus 01
Capítulo especial de dia dos Namorados
Contando só um pouco mais sobre a família da mãe do Cássio, apresento a vocês a família da Dona Sophia B.
Olhava para animação que estava na casa dele, era como se fossemos a um casamento, confesso que sentia um frio na barriga, iria conhecer alguns dos tios do Cassio, mesmo namorando a um bom tempo nunca consegui ir nestas reuniões familiares, melhor dizendo evitava elas, tinha um certo receio mesmo dona Sophia sempre me dizendo que não teria nenhum problema pois a família dela estava empolgada em me conhecer.
Minha mala de desculpas haviam acabado e este era a segunda ou terceira reunião familiar que eles faziam após a Pandemia, sabia por alto que o irmão mais velho da dona Sophia estariam presente, além de mais alguns primos dela, infelizmente não conseguiriam reunir todos.
— Queria que meus avós ainda estivem aqui... _Sua voz tinha um tom triste sempre que falava deles
— Porém eu sei que você vai amar meus tios, é eles com certeza já te adoram e muito.
Sorri um pouco sem graça quando por fim entramos no carro e saímos em direção a Salto de Pirapora, cidade no interior de São Paulo, dona Sophia e Seu Mario até tentaram convencer meu pai de ir também, de certo modo me sentiria mais seguro com ele me acompanhado, mas já sabia a resposta do meu "Benji, já está na hora de você conhecer a família do seu namorado, sem ter medo deles, pois já te convidaram tantas vezes para estás viagens e você só enrola o Cássio", não sabia se aquilo era uma bronca ou um toque para não ficar enrolando meu namorado.
O caminho até lá foi bem tranquilo, paramos uma vez somente, pois meus sogros precisavam comprar algumas coisas que o primo deles havia pedido, e seguimos viajem, confesso que conforme via no GPS indicando nossa aproximação do local sentia minha barriga doer um pouco, era um medo bobo de minha parte, a nossa conversa ali dentro era bem agradável.
Eu sabia por alto que no local estaria o irmão mais velho da minha sogrinha, seus primos é um tio-primo, este último olhava para eles sem entender muito bem porque deste nome, meu sogro somente deu risada da minha expressão e disse que depois pedia ao pessoal para explicar como funcionava está história.
Quando por fim chegamos na chácara fomos recebidos por dois Dálmatas, que eram as coisas mais fofas do mundo, eles pularam feito doidos em cima de Cássio querendo toda atenção dele, quando me notaram, vieram com calma me cheirando, eu fiquei parado com pouco de medo, mas o Dálmata caramelo chamado Bono sentou na minha frente.
— Ben este aqui e o Bono e este o Oreon.
— Isso aí não e nome de bolacha recheada?
— Sim, meu primo Juan que deu o nome a eles, então bem provável que seja isso mesmo.
Aos poucos tiramos as malas e as compras é caminhamos em direção a uma grande casa, e que casarão enorme, sabia que a família do Cássio era boa de vida, e que a mãe dele que não curtia muito viver no luxo, conforme caminhamos para mais próximo da entrada do casarão, vi dois ruivos encarando a gente, um deles tinha uma expressão de bravo, já o outro um sorriso bobo na face.
— Quem são? _perguntei quase que sussurrando.
— O da esquerda e o irmão da minha mãe, o Tio Nano e o da direita e o primo dela o Tio Nando.
— Porque o Nano está encarando a gente? Talvez seja porque eu sou...
— Nem ouse pensar isso Benjamin. _Seu Mauricio respondeu sério é sorriu.
Sinceramente, as pessoas me olhavam sempre de cara feia, na adolescência era o "neguinho" sendo seguido toda vez quando entrava em alguma loja de departamento sozinho, quando sai com o Cássio era taxado de "Viadinhos", acredito que havia superado muito coisa, após o incidente que tentei tirar minha vida, mas com apoio do meus pai e com as consultas quinzenais na terapeuta isso tem me ajudado muito a lutar contra um mundo cheio de preconceitos, e quando me sinto cansando ou com medo ligo de imediato aos meus dois Portos Seguros que me dão colo e carinho sempre.
— Então? _o Tio do Cássio disse me encarando, acho que este era o Fernando.
— Benji? Está tudo bem?
— Sim... Me desculpem, me distrai um pouco. _falei sem graça e sentindo meu rosto queimar.
— Imagina, entra e vamos aproveitar o final de semana. _o Adriano falou animado.
Mas notei que o tal Fernando olho meio torto pra ele, ou para mim, não tinha certeza, quando chegamos em uma grande sala haviam mais quatro homens que pararam falar, e notei um garoto mais novo que veio em nossa direção e se jogou nos braços de Cássio.
— Pensé que no iria vir primo. _o Sotaque do garoto era bem carregado e uma mistura de espanhol com português.
— ¡No creo! Finalmente llegó tu novio. _Olhei para ele com um sorriso amarelo.
— Juan deixa o Cássio apresentar o famoso Benjamin. _Disse um homem de cabelos curtos e barba.
— Não sou famoso! _respondi a ele sem jeito.
— Deixa então apresentar ele... Aqueles ali você já conheceu, meus Tios Adriano e Fernando, do lado são o Tio Guilherme e o Gabriel, o que está no celular e o Tio Marcos...
— EU ESPERO QUE NÃO SEJA TRABALHO OU ELE DORME COM OS CACHORROS!
— Este e o tio Paulo! Ele, Tio Gabriel e Adriano sempre falam aos gritos.
— MENTIRA! _Os três responderam juntos o que me fez sorrir.
Dei um oi e acenei com a mão, meu sogro subiu com a gente para o andar superior mostrando onde seria nosso quarto, olhei um pouco sem graça para ele que deu risada da minha expressão.
— Benji não precisa ficar sem graça nem nada, pois aquele seis loucos lá embaixo são todos gays, então não tem que ter vergonha de nada. _Seu Maurício falou sorrindo para mim.
— Pai tô com fome!
— Se ajeitem, vou ver com seus tios o que tem de bom, espero que o Gabriel tenha feito algo e não tenha deixado seus primos passarem fome.
Ele disse isso e seguiu até o final do corredor entrando em um quarto, fiz o mesmo é quarto era bem aconchegante, cama de casal e um closet onde vi Cássio guardar nossas roupas, ele me olhava com um sorriso tão lindo e fofo no rosto.
— Quer me acompanhar no banho?
— Até que eu gostaria, mais melhor não, se não vou me animar e este nosso banho vai demorar muito.
— Tarado! Era só um banho.
Ele mal falou isso e já foi tirando sua roupa e seguiu para o banheiro, a tentação de ir atrás dele e acompanhar era grande, mas sabia bem como isso iria terminar, tirei o tênis que calçava e coloquei um chinelo que era bem mais confortável, sai do quarto avisando que iria ajudar o pai dele a fazer algo para comer, mesmo sabendo que o meu sogro não iria precisar muito da minha ajuda, já que ele era um cozinheiro de mão cheia, não falo pelo fato dele ser meu sogro, mas ele trabalhava nesta área além de ser um Mestre em Gastronomia.
Caminhei até o final do corredor mas para minha surpresa havia outro lance de escadas e não fazia ideia de onde devia ser o quarto do meu sogro, isso se ele estivesse no quarto, pensei em voltar para meu quarto e espera o Cássio para descermos juntos, mas levei um susto quando me virei e dei de cara com um garoto que deveria ter a mesma idade que Juan.
— Oi! _Falamos juntos quase em um sussurro.
— Você e o famoso Benjamin! _Afirmou o garoto que me encarava com um sorriso tímido e brilho no olhar.
— Me chamo Benjamin... mais famoso acho que fica por conta de vocês. _meu deus o que o Cássio deve ter falado de mim?
— E famoso sim... Me chamo Felipe.
— O primo sempre fala de você, de como você e bonito... _olhei para ele sem graça com aquela afirmação e o vi passar a mão na nuca sem graça.
— Vejo que o Cássio não e o único que fala tudo sem medo. _ele riu da minha informação.
— Isso e engraçado, mas e verdade, pai Paulo e Marcos me ensinaram que devemos falar o que desejamos sem ter vergonha.
Sorri para ele, então os dois eram casados, nossa isso era tão óbvio, e eu bobo achando idiotices, que talvez a família dele não me aceitaria.
— Bom conselho dos seus pais, eu acho que deveria seguir mais isso.
— Você ia descer?
Acenei em positivo com a cabeça, e fizemos isso juntos, estava praticamente todo mundo na sala bebendo e jogando conversa fora, o clima ali dentro era tão acolhedor, os tios do Cassio bebiam demasiadamente bem, me ofereceram de cerveja a algum drink, mas disse que não gostava de beber, principalmente por conta de alguns remédios que eu tomava por conta do meu acompanhamento médico.
Já tinha quase dois anos desde aquele incidente, não tinha mais pensamentos de atentar com minha vida, mas gostava das conversas com a minha terapeuta.
Levei um susto quando senti um beijo do meu namorado em meu rosto, o que fez os tios dele sorrirem com aquele seu gesto é o modo que agi na sequência.
— Ben ou Benji?
— Benji tio Biel, pode chamar ele assim
— Olha aqui nesta casa, todos estamos no Vale, então não precisa ficar com vergonha ou constrangido.
— Nossa Biel, você falou igual o Vô Scott quando conheceu você e o Gui. _Quem disse isso foi o Tio Nando.
Tentei chamar ele e os demais de Senhor, mas todos falavam que poderia ser Tio ou somente o apelido que eles tinham, que não precisava de tanta "formalidade" com a família, gostava muito daquela atitude deles, da cumplicidade que eles tinham, do modo carinhoso que se tratavam, agora entendia porque do Cássio amar passar o final de semana com sua família ou viajar com eles.
— Alguém viu minha filha? Ou Felipe e Juan? Ou melhor dizendo meu marido. _Tio Nando perguntou e todos deram de ombro.
— Vamos lá fora, Nati deve ter está aos beijos com Felipe.
— Mas porque estamos sussurrando?
Perguntei ao Cássio conforme saímos por uma porta lateral que dava acesso para uma área enorme com piscina, do lado oposto dela vimos o Sr. Marcos e Adriano conversando.
— Se o tio Nano está aqui, então eles devem estar lá próximo a entrada ou...
— Porque você ainda está sussurrando? E este seu Ou dramático não ajuda muito.
— Amor... Meu tio e todo ciumento com a filha, e o coitado do Fe sofre com ele pegando no pé.
— Ué! Não entendi?
— O que não entendeu amor?
— Amo quando me chama de amor sabia.
Falei isso e o puxei para mais próximo de mim e beijei sua boca meio sem jeito, pois não paramos de andar.
— E eu amo quando você e carinhoso assim comigo sabia, mesmo quando está morrendo de vergonha.
— Mira que lindos estos dos. _Uma garota falou e se jogou nos braços do Cássio.
— Nati assim você faz alguém fica com bico.
— ¡Mira primo!
A garota falou mostrando a mão esquerda que tinha uma pequena aliança de prata que brilhava, Juan e Felipe que estavam próximos ao observavam o entusiasmos dela, mas olhando melhor Felipe tinha um olhar diferente, mais vivido e brilhante conforme ela falava.
— Você já conheceu meu namorado Nati.
Ela se virou bem surpresa comigo, sério que ela ainda não havia notado minha presença ou isso tudo era felicidade mostrar sua pequena jóia no dedo, quando ela virou em minha direção se jogou nos braços me abraçando é fez a mesma afirmação que os garotos haviam feito mais cedo "Famoso Benjamin", o que fez meu amor ficar mais vermelho ainda com aquela sua declaração.
Entre aqueles quatro existia uma certa cumplicidade, conforme voltamos para casa Juan fez questão de nós deixar a par dos últimos acontecimentos, do pedido de namoro que Natália havia feito, achei super legal dela ser uma garota de garra que gostava de correr atrás de seus objetivos sem medo.
Assim que voltamos meus sogros avisaram que iríamos jantar, tio Nano até que tentou sentar ao lado da filha mais ela fez questão de chamar o Felipe e ficar balançando a sua mão para que todos ali notasse seu anel, já o coitado do Felipe não ficará os olhos dos pais como se pedisse ajuda para uma tempestade que estava prestes a acontecer.
— Felipe se você tem alguma coisa a comunicar deveria falar a todos!
— Eu tio Adriano?
— Sim, pois não me lembro de você pedir autorização...
— Papá pronto cumpliré 18!
Me segurava para não rir, pois aquele começo de conversa mais aprecia um drama mexicano.
— Tio com todo respeito, eu não tenho que pedir nada ao senhor ou ao meu Tio Nando. _Felipe falou de modo direto mais sem encarar o tio dele.
— Vocês dois são iguais a estes idiotas!
Quem falou isso foi dona Sophia o que fez todos rirem dos bicos que surgiu na cara do Nano e Paulo.
— El tío Nano está preocupado por la Fe, hace una solicitud pero apenas sabe que Nati que fez um pedido tão fofo de namoro.
— Juan você deveria arrumar alguém para controlar sua língua!
— Padre, traigo verdades a usted... Además eu tenho algunas personas que hacen esto.
Ver a cara de desespero dos pais dele ao ouvir tão afirmação era impagável, os dias seguintes tudo se resumia ao falatório alto, risadas e alguns momentos "constrangedores", entretanto o afeto e amor entre todos ali era algo vivido e presente.
aos meus dezenove anos descobri que existem diversos tipos de pessoas, boas e cruéis.
As pessoas cruéis, evitamos deixar elas se aproximar, evitamos tentar criar expectativas sobre o que elas podem ser, não a como descobrir quem são estas pessoas, elas quase sempre vem vestidas de cordeiro.
Contudo o mais importante são as pessoas boas nesta vida, são aquelas que acreditam em nosso melhor, são aquelas que escolheram nos amar e nos acolher, nós apoiar, mesmo durante nossos erros, somos humanos e falhos, porém podemos aprender com as falhas.
Nós últimos anos aprendi que a pessoa que mais te jurou amor na vida pode ser a mais cruel de todas, aprendi a perdoar também, por mais cruel que as palavras de Regina foram comigo, não guardo mágoas dela, somente não desejo ver alguém como ela novamente em minha vida. Aprendi com meu pai que mesmo tendo pessoas cruéis no mudo que vão contar histórias "impossíveis ou não", eu devo saber ouvir o outro lado e não tomar mais decisões de momento, pois nem sempre o Tempo pode ser gentil com todos, e que meu último Tic-tac, vai demorar anos para poder acontecer, que ainda tenho uma linda vida ao lado de pessoas que me amam e que eu amo.
Como prometido um capítulo bônus de "INFINITUM"
Contando e explicando um pouco mais da família do Cássio, acho que foram pouco que notaram e ligaram o nome da mãe dele a está família de "doidinhos"
Feliz 12 de Julho!
Se tudo der certo
Domingo posto segundo Bônus
🤩❤️🤩❤️🤩❤️🤩
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